Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 7
Capítulo 7




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No decorrer da viagem, Alice encontra muitos caminhos que seguiam em várias direções. Em dado momento, ela perguntou a um gato sentado numa árvore:
– Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
– Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
– Eu não sei.
O gato, então, respondeu sabiamente:
– Sendo assim, qualquer caminho serve.

Alice no país das maravilhas Lewis Carroll

Ally arrumou a mochila nas costas e correu mais rápido. Ela podia sentir seus pulmões gritando para ela parar, mas não ligou. Ela virou a toda velocidade e correu para as escadas. Glenn estava atrás dela. Eles estavam pegando remédios quando foram cercados. Eles não sabiam de onde tinham aparecido tanto walker. Do nada, eles estavam para todos os lados. Eles não viram outra saída a não ser fugir. Eles subiram as escadas o mais rápido que podiam. Ally corria bem mais rápido do que Glenn mais eles estavam correndo a um tempo, por isso estava um pouco mais devagar do que Glenn. Ela parou um segundo e respirou fundo e voltou a correr. Eles chegaram ao telhado. Ally foi até a ponta e olhou para baixo, depois para o outro telhado em sua frente. Ela respirou fundo e jogou a mochila para o outro telhado.

– O que você está fazendo? – Glenn perguntou quando ela voltou para perto da porta.

– Uma loucura. – ela disse. – Não tem como matarmos todos. Não tem para onde irmos, a não ser o outro lado.

– Você não vai...?

– Não. Nós vamos. – ela disse e saiu correndo.

Quando chegou perto da ponta do telhado e pulou. Ela nunca pensou que faria isso na vida, mas de uns tempo para cá, ela já tinha se acostumado. Glenn nunca viu ela fazendo isso, já tinha escutado Daryl, Merle e Shane, falando sobre isso, mas ver era outra coisa. Segundo Daryl ela conseguia fazer isso por que era magra e rápida. Ela se concentra em um ponto e conseguia ir direto para ele. Ally aterrissou do outro lado em pé. Ela se abaixou e rolou ficando de pé novamente.

– Venha, Glenn. – ela gritou. – Eles estão chegando.

– Isso é loucura. – ele disse olhando para ela assustado.

– Eu sei. Jogue a mochila e venha. – ela disse olhando para atrás. – Eles estão chegando na porta.

Glenn fez o que ela mandou. Quando ele chegou perto da porta o primeiro errante chegou até ele. Ally tirou sua arma da cintura e acertou ele na cabeça.

– Glenn, agora. – ela gritou e continuou atirando.

Glenn xingou e correu. Ele pensou que ia morrer, mas conseguiu chegar ao outro lado. Uma pena que foi apenas as mãos deles. Ally correu para a ponta e segurou as mãos dele.

– Me puxa, me puxa. Não me deixa morrer. – ele disse balançando as pernas desesperado. – Eu não quero morrer. Eu não quero morre. Não me deixa morrer.

– Para de se mexer tanto. – ela disse apoiando o peso nos pés. – Desse jeito eu vou cair junto com você.

Ela conseguiu com puxar ele para cima com toda a sua força. Ally caiu no chão cansada. Glenn era mais pesado do que parecia. Respirando com dificuldade ela se levantou.

– Temos que continuar. – ela disse pegando sua bolsa. – Não podemos parar.

– Eu sei.

Glenn pegou a dele e eles desceram as escadas correndo. Ally parou duas vezes para respirar. Ela estava começando a ficar com falta de ar e não tinha levado sua bombinha com ela. Eles correram para o beco e correram para onde tinham deixado o carro. Pelo caminho eles atiravam e cortavam a cabeça dos walker. Ally tinha encontrado algumas armas, munição e silenciadores. Quando estava quase chegando ao carro quando ela se lembrou de uma coisa que Carol tinha pedido para ela.

– Glenn, leve isso para o carro. Esqueci uma coisa. – ela disse entregando a mochila para ele.

– O que? Ally, não podemos nos separar. – ele disse assustado. – Daryl me mata se acontecer alguma coisa com você. Ele me deixa igual um queijo de tanto buraco.

– Vai ser rápido. – ela falou e se virou.

Ally correu o mais rápido que podia. Depois de entrar na loja cortou a cabeça de dois errantes. Ela correu até onde tinha as roupas. Pegou várias diferentes. Não sabia o que Carol gostava de vesti, mas ia levar o que dava. Ela colocou tudo em uma bolsa e fechou. Ela estava quase indo para fora quando viu alguns brinquedos. Sabia que isso era loucura, mas mesmo assim pegou alguns. Ela encontrou um violão quando estava saindo. Ele estava afinado e por isso ela decidiu pegar para ela. Ally respirou fundo e correu. Ela correu sem olhar para atrás. Quando chegou onde o carro estava abriu a porta e se jogou lá dentro.

– Vamos. – ela disse tentando normalizar sua respiração. – Vamos, logo.

Glenn ligou o carro e arrancou. Ele notou que ela não estava espirando direito.

– Você está bem? – ele perguntou olhando para ela. – Está branca e suando.

– Não. Estou tendo uma crise respiratória. – ela disse fechando os olhos. – Preciso da bombinha para asma

– Podermos passar em uma farmácia. Assim você fica melhor de uma vez.

– Não. Eu tenho bombinha no acampamento. Eu posso aguenta até lá – ela disse tentando controlar a respiração.

Glenn nada disse, apenas acelerou mais. Eles estavam um pouco mais longe do que normal do acampamento, então iria demorar mais. Conforme eles andavam viram que os errantes estavam em grupo. Para falar a verdade, até agora tinha sido apenas aqueles dois que estavam na loja estavam em menos de dez. Glenn estava tenso. Ally começou a fazer um som estranho, ele sabia que era por que não estava conseguindo respirar. Durante todo o caminho Glenn não tirou o pé do acelerador.

– Estamos quase chegando. – ele disse olhando rapidamente para ela.

Ally apenas concordou com a cabeça. Quando Glenn parou o carro, todos olharam para eles. Glenn saiu e correu para ajudar Ally.

– O que aconteceu com ela? – Rick perguntou se aproximando deles.

– Ela está tendo uma crise respiratória. – Glenn disse ajudando Ally a descer.

– Crise? – Rick perguntou confuso.

– Sim. Ela precisa da bombinha. Já vi ela assim. Daryl disse que ela tem bronquite e ás vezes fica sem ar. Seria melhor oxigênio, mas como não temos, ela usa a bombinha para asma. – Carl disse se aproximando deles. – Ela deixa na barraca.

Rick colocou a arma nas costa e pegou Ally no colo. Carl foi na frente e abriu a porta. Ele mexeu em algumas coisas e encontrou o que precisa.

– Aqui. – ele disse entregando a bombinha para ela.

Ally a levou para a boca e apertou, respirando fundo. Ela fez isso duas vezes e fechou os olhos. Aos poucos ela voltou a respirar normalmente.

– Melhor? – Rick perguntou se ajoelhando ao lado dela.

– Sim. – ela disse abrindo os olhos. – Eu ódio o chiado.

– O que aconteceu? – ele perguntou tirando o cabelo dela o rosto.

– Eu corri mais do que devia. – ela disse e olhou em volta. – Preciso falar com você e com o pessoal que te apoia.

– O que foi? – ele perguntou confuso.

– Aqui não. – ela disse vendo Shane se aproximar. – Mais tarde no lago.

– Certo.

– Oi. Vi você sendo carregada para cá. Tudo bem? – Shane perguntou da porta.

– Crise respiratória. – ela disse mostrando a bombinha. – Está tudo bem.

– Que bom. Acharam tudo o que você foi atrás?

– Quase. – ela olhou para Rick. – Ainda não achamos uma barraca. Falei com Daryl ontem. Ele concordou que você não pode mais dormi naquele carro. Então, vou ceder minha barraca para você.

– E você? – Shane perguntou olhando para ela de um jeito estranho.

– Vou ficar com Daryl. – ela deu os ombros, achando que a reposta estaria bem óbvia.

– Que pena, pensei que ia dormi com você. – Rick disse brincando.

– Sinto muito, xerife, mas não tão fácil assim. – ela se levantou.

– Você não acha que...

– Olha, Shane, eu fico sem ar desse jeito desde que era um bebê. Estou bem. – ela passou por ele. – Rick, eu não vou tirar minhas coisas daí.

Ao dizer isso se afastou deles.

– Ei, tudo bem? – Daryl perguntou se aproximando dela.

– Sim. Venha precisamos conversa. – ela disse pegando o braço dele e o levou até o carro. Depois que viu que ninguém estava dando atenção para eles começou a falar enquanto pegava as coisas que tinha levado. – As coisas na cidade estão pior do que pensamos.

– Como assim?

– Eles não andam mais sozinho. Você tinha que ver. – ela disse pegando as mochilas. – Em todos lugares que fomos tinha um grupo. No mínimo uns dez, máximo, não dava para contar.

– Rick...

– Não. Vou falar com todos que falaram que queriam que ele fosse o líder para nós encontra no lago. – ela disse pegando o violão.

– Por quê?

– Você vai ver. – ela disse saindo do carro.

Ally foi até onde Carol estava parada.

– Carol, eu trouxe umas roupas para você. Aqui. São apenas roupas simples. – ela disse entregando uma das mochilas para ela.

– Obrigada. – a mulher sorriu para ela.

– Não foi nada. – ela disse ajeitando o violão nas costas. – Eu não sei seu número e estava com presa, espero que alguma sirva.

– Tudo bem.

– Ah, antes que eu me esqueça. – ela disse pegando uma boneca em sua mochila. – Para Sofia.

– Obrigada. – Carol disse pegando a boneca. – Ela é muito bonita.

Ally sorriu e se aproximou como se fosse ajudar a abri a pacote.

– Vamos nós encontra hoje no lago. – ela disse baixinho. – É importante.

Carol concordou com a cabeça. Ally começou a andar e entregar as coisas para as pessoas. Ela falou com Morales, Jacqui, Andrea, Dale, Glenn, Jim e Nayla que eles iam se encontra no lago.

– Oi. – Carl disse se sentando ao lado dela.

Ally estava sentada em cima do carro com o violão em seu colo e tocava alguns acordes.

– Oi. – ela disse sorrindo para ele. – Cansou de ouvi Shane te contando histórias infantis?

– A muito tempo. Já sei todas essas histórias. – ele ficou um tempo em silêncio. – Meu pai disse que vocês estão namorando.

– Serio? E o que você acha sobre isso?

– Eu apenas quero que ele seja feliz. – ele disse dando de ombros.

– Eu também. – ela disse olhando para longe. – Eu gosto muito do seu pai. E de você também.

– Eu também gosto de você. – Carl disse sorrindo.

– Antes que me esqueça tenho uma coisa para você. – ela disse se esticando e pegando uma bola na sua mochila. – Na verdade, é para você e Louis.

– Obrigado. – ele disse animado.

– E antes de pensar que eu trouxe isso para te compra, eu também peguei boneca para as meninas. Tem mais alguns brinquedos aqui, vocês podem dividir depois.

– Valeu. – ele disse descendo do carro e correndo até onde Louis estava. Em menos de dois minutos eles já tinha um time e estavam jogando.

– Ele está feliz. – Rick disse se sentando ao lado dela e passando o braço na cintura dela. – Eu gosto de ver o sorriso dele.

– Ele tem um belo sorriso. – ela concordou. – Se incomoda se eu tocar?

– Não. Vai em frente.

Ally nada disse, apenas começou a tocar uma de suas músicas favoritas.


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