Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 63
Capítulo 63




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A História está repleta de pessoas que, como resultado do medo, ou por ignorância, ou por cobiça de poder, destruíram conhecimentos de imensurável valor que em verdade pertenciam a todos nós. Nós não devemos deixar isso acontecer de novo.

Carl Sagan

Ally olhou para todos. O clima de festa tinha acabado. Carol começou a arrumar tudo com Rosita e Maggie, enquanto Rick, Daryl, Tyreese e Sasha procuravam por Bob. A mulher tinha acabado de fazer a filha dormi e olhava para o rosto dela. Hoje era o seu dia de dormi com a pequena. Não tinha sido bem um acordo, mas ela Rick e Carl, dormiriam com a Judith um atrás do outro, para que não ficassem doloridos. Apesar de pequena e leve, dormi todas as noites com Judith em cima deles ia se cansativo e dolorido. Rick voltou lá para dentro com os outros. Ele estava espumando. Ally levantou e entregou a filha para Carl e fez sinal para que ele fosse mais para o canto e ficasse lá com ela.

– O que você está fazendo? – Sasha perguntou indo até Gabriel. – O que está fazendo? Que jogo está jogando? Desde que você apareceu estamos sendo observados e um dos nossos sumiu. Qual é seu jogo?

– Eu não... Eu não tenho nada com isso.

Sasha tirou a faca do sinto e Gabriel foi para trás. Rosita foi na direção deles, mas Abraham a segurou.

– Sasha, guarde isso. – Tyreese disse dando um passo para frente.

– Quem está lá fora? Que jogo doentio você está fazendo?

– Eu não fiz nada com eles. Eu não sei onde estão. – Gabriel disse ainda com as mãos para cima.

– Onde está Bob? Onde ele está?

Rick foi até a mulher e fez com que ela recuasse. Ally podia jurar que o padre estava com mais medo do Rick que estava com as mãos vazias do que de Sasha com a faca.

– Por que deixou a gente entra aqui? Por que nos trouxe para cá? – Rick perguntou olhando para ele.

– Eu... Eu... Eu...

– Com quem você está trabalhando?

– Eu estou sozinho.

– Aquela mulher no armazém de comida... O que você fez com ela? Você vai queimar no inferno. Aquilo era para você. – Rick perguntou pegando o padre pelo colarinho. – O que você fez? O. QUE. VOCÊ. FEZ?

– Eu... – Gabriel olhou para os lados e começou a chorar. Ally puxou Mike para perto dela assim como as meninas que se assustaram com o grito de Rick. – Eu... Sempre tranco as portas à noite. Sempre. Eles começaram a vim. A minha congregação. Eles tinham bombardeado Atlanta e eles estavam com medo. Queriam um lugar para se proteger. As portas estavam trancadas. Eles bateram nas portas, nas janelas. Mas... Eu fui covarde. – ele passou a chorar mais. – Muitos estavam ali, gritando e os mortos chegaram. E eu os deixei eles ali. Eu vou para o inferno. Mas enterrei todos eles. Todos. Eu trouxe vocês aqui para me punir. Estou condenado. Já estava condenado antes. – ele se sentou no chão chorando. – Mas não tenho nada com a sumiço de Bob. Eu juro. Nada.

Eles escutaram um som e Glenn correu para ver.

– Tem alguma coisa. – Glenn disse olhando pela janela. – Tem alguém lá fora. Deitado na grama.

Sasha correu para a porta com Rick logo atrás.

– Fiquem aqui. – Ally disse pegando a espada.

– Bob. Bob. – Sasha gritou correndo até o homem no chão.

– A perna dele. – Maggie disse vendo que uma perna tinha sido cortada.

– Leve ele para dentro. – Glenn disse correndo até os walkers que estavam ali. – Cuidamos deles.

Ally correu para ajudar Glenn e Abraham a matar os walkers. Rick foi para o outro lado e começou atirar.

– Vão para dentro. Vão. – Rick gritou antes de seguir eles.

Quando Ally entrou, viu que tinham deitado Bob perto do altar e que Tara apoiava a cabeça dele com a perna, enquanto Sasha estava ao lado dele segurando sua mão. Ally passou por eles e foi até onde estavam as garrafas d’água. Ela pegou um pano limpo, o molhou e passou no rosto dele. Aos poucos ele foi recordando a consciência.

– Bob, está tudo bem. – Sasha disse quando ele abriu os olhos. – Tudo bem.

– O que aconteceu? – Rick perguntou se agachando ao lado dele, enquanto Ally dava um pouco de água para ele. Ele estava com febre, baixa mais estava.

– Eu estava no cemitério, quando algo me acertou. – ele respondeu meio confuso. – Quando acordei estava em uma escola. Foi aquele cara. Gareth e mais cinco outros. Eles comeram minha perna na minha frente, como se fosse nada. Pensaram que tinham tudo sobre o controle.

– Ele está com muita dor. – Sasha disse olhando para Rosita. – Tem alguma coisa?

– Alguns comprimidos.

– Deixa para lá. – Bob disse com dificuldade.

– Não você está com dor.

Bob se sentou com a ajuda de Ally e puxou a blusa mostrando a mordida.

– Aconteceu no deposito de alimento.

Sasha ficou um tempo olhando para a mordida. Ally podia ver que ela estava segurando o choro.

– Está tudo bem. – ela disse quando Bob desmaiou. – Bob.

– Ele desmaiou. – Ally disse segurando a cabeça dele para não bater no chão.

– Tem um sofá na minha sala. – Gabriel disse. – Sei que não é muito, mas é alguma coisa.

– Obrigada. – Sasha disse.

Daryl e Tyreese levaram ele para a sala e o deitaram. Ally pegou o pano e colocou novamente na testa de Bob. Não podia abaixar a febre, mas podia diminuir o incomodo.

Rick ficou lá com os outros e foi até o padre. Ele sabia que devia ter matado aquele pessoal quando eles tiveram a chance. Por causa de um erro seu, todos estavam em perigo. Sua esposa, seus filhos, seus irmãos e irmãs.

– Conhece esse lugar que Bob disse? – Rick perguntou para o padre.

– A escola infantil. Fica perto.

– Quão perto? – Erick perguntou olhando para ele. – Que distância? Quantos quilômetros?

– São só dez minutos de caminhada pelo sul aqui pela floresta. – Gabriel respondeu.

Rick olhou para Carl que pegou a cesta na qual tinha colocado a irmã. Carl passou por eles e foi para onde Bob estava com as outras crianças logo atrás.

– Está com febre? – Rick perguntou para a esposa.

– Sim. Mas pode ser tanto pela mordida, quanto pela perda de sangue.

– Jim durou quase dois dias antes de deixamos ele. – Glenn disse olhando para Rick.

– Hora do choque de realidade. – Abraham disse olhando para eles com a arma na mão. – Temos que ir para Washington, agora mesmo.

– Não. Não vamos. – Rick disse olhando para ele. – Bob não está em condição de viajar.

– Bom, façam o que quiser. A gente vai.

– Vão a pé? – Rick perguntou indo até ele.

– Carol, vá para lá e feche a porta. – Ally mandou apontando para onde os outros estavam. – Isso aqui vai ficar feio e não quero que as crianças vejam.

– Certo. – Carol disse indo fazer o que Ally disse.

– Nos que consertamos aquela merda de ônibus.

– Estamos em maior número.

– E daí?

– E daí que se você pensar em sair daqui com aquele ônibus. Eu vou te matar. Vou matar ela. E mato o Eugene também. Eu queria ter voltado e matado eles e o que você me disse? – Rick parou e ficou cara a cara com Abraham. – Eu não estou gostando disso? Saímos agora, acabou? Foi isso não foi? Podemos fazer as coisas do modo mais difícil, ou mais vazio. Você que sabe. Aquele ônibus não vai sai daqui até eu falar que ele pode sair.

– Eu posso te matar agora mesmo. – Abraham disse mostrando a arma para ele.

– Está vendo aquele cachorro ali? – ele perguntou apontando com a cabeça para Poseidon que estava nos fundos da igreja. A única coisa que dava para realmente ver, eram dois olhos brilhando e dentes brancos. – Ele vai pula no seu pescoço antes que tenha a chance de aperta esse gatilho.

Abraham soltou a arma e deu um soco em Rick.

– Abraham. – Rosita gritou.

Glenn se adiantou para entra entre os dois quando Rick se preparou para revidar, mas Ally já estava lá. Ela segurou Abraham pela gola da camisa e deu um soco certeiro nele, o fazendo ir para trás.

– Chega. – ela falou olhando para os dois. – Parem de agirem com duas crianças. Temos problemas mais sérios para trata agora. Eles vão vim atrás da gente mais cedo ou mais tarde.

– Não. Não vão. – Rick disse passando a mão na boca para tirar o sangue. – A gente vamos atrás deles primeiro.

– O que? – Glenn perguntou.

– Eles estão a dez minutos de caminhada daqui. Vai ser rápido. – Rick disse. – Você e as crianças vão ficar aqui. Cuide deles.

– Certo. – ela respondeu olhando para Rick.

– Vou falar com Sasha. Ver se ela quer ir. – Rick disse e se virou seguindo para o escritório de Gabriel.

– Abraham? – Ally chamou quando ele passou por ela nervoso.

– O que foi?

– Da próxima vez que levantar a mão para qualquer um desse grupo, eu as corto e jogo para o primeiro walker que eu encontra, comer. – ela disse olhando para ele. – E acredite, não terei problemas com isso. Já matei homens mais forte do que você, apenas com um canivete.

Ally se virou e entrou onde o marido estava. Ele estava conversando com Bob enquanto Sasha arrumava suas coisas.

– Você vai? – ela perguntou olhando Sasha.

– Vou.

– Eu cuido dele. – Ally disse sorrindo. – Não se preocupe, ele está em boas mãos. Já fiz isso antes.

– Eu sei. Carl me contou sobre Jim. Disse que você cuidava dele à noite. Cantava e ajudava ele a não pensar nisso. Será que você pode fazer a mesma coisa com Bob?

– Claro. Não precisa se preocupar com ele.

– Obrigada.

Ally deu um último sorriso triste e foi até onde Rick estava com Carl.

– E cuide da sua mãe também. Estarei de volta rápido. – Rick falada quando ela parou ao seu lado.

– Eu não preciso de babá, Rick. – ela falou rolando os olhos. – Está tudo pronto.

– Voltamos logo. Cuidado. – ele a beijou e saiu com Sasha. – Vamos estar lá fora esperando por eles.

– Eu sei.

Ally suspirou e foi para o lado de Bob. Ele estava acordado, mas não falava nada, o que ela achava melhor.

– Ei, como estão as coisas? – ela perguntou passando o pano na testa dele.

– Mal. Está doendo. Como se estivesse sendo queimado de dentro para fora. – ele disse tentando sorri. – Isso é uma droga.

– Eu sei. – ela disse vendo os outros entrarem ali. – Eu vou canta para você, que tal? Você pede até mesmo escolher a música.

– Nossa, agora me senti importante. – ele disse fazendo graça, enquanto Gabriel entrava e fechava a porta. – Lembra daquela música que você cantou na noite eu cheguei na prisão? Pode ser ela?

– Claro.

(Can you stop the fire? (Please)) {(Você pode parar o fogo? (Por favor))}

(Can you stand to fight her? (Please)) {(Você pode ficar para lutar contra ela? (Por favor))}

(You can't stop the fire, (please)) {(Você não pode parar o fogo, (por favor))}

(You won't say the words, (please, please)) {(Você não vai dizer as palavras, (por favor, por favor))}

Ally começou a cantar baixinho, apenas para eles escutaram. Ela se lembrava por que cantou essa música no dia em que Bob chegou. Ela e Rick tinham brigado por causa do jeito super protetor dele. E ela acabou perdendo a cabeça, mas naquela noite mesmo, eles tinham feito as pazes.

Please, please, forgive me (Por favor, por favor, me perdoe)

But I won't be home again (Mas eu não estarei em casa de novo)

Maybe someday you'll look up (Talvez algum dia você procure)

And, barely conscious, you'll say to no one: (E, pouco consciente, você dirá a ninguém:)

"Isn't something missing?" ("Não tem algo faltando?")

Ally passava a mão delicadamente na cabeça de Bob enquanto os outros olhavam para eles. Ally sabia que ele estava sentindo dor, mas mesmo assim ele se recusava a tomar qualquer coisa para a dor. Ela sorriu suavemente para ele, enquanto segurava sua mão.

You won't cry for my absence, I know (Você não vai chorar pela minha ausência, eu sei)

You forgot me long ago (Você me esqueceu há muito tempo)

Am I that unimportant? (Eu sou tão sem importância?)

Am I so insignificant? (Eu sou tão insignificante?)

Isn't something missing? (Não tem algo faltando?)

Isn't someone missing me? (Ninguém está sentindo a minha falta?)

Ally secou uma lágrima que desceu e olhou para o rosto de Bob. Ele tinha dormido de novo. Ela colocou a mão dele no sofá delicadamente e foi se sentar onde Judith estava. A menina estava dormindo agarrada a blusa que lhe servia de coberto. Ally arrumou o cabelo dela e olhou para o Carl que estava parado ao lado da mesa do padre batendo os dedos na arma.

– Ouviram isso? – Amy perguntou colocando o ouvido na porta. – Eles estão aqui.

– Calma. – Ally disse e pegou sua arma junto com Carl. Os dois se colocaram na frente da porta, prontos para atirar. – Vamos seguir o plano.

– E qual é o plano? – Tyreese perguntou sentando ao lado de Bob.

– Fiquem quietos e rezem para não descobrirem onde estávamos. – Carl disse olhando para a mãe.

Even though I'd be sacrifice (Mesmo se eu fosse o sacrifício)

You won't try for me, not now (Você não iria tentar por mim, não agora)

Though I'd die to know you loved me, I'm all alone (Mesmo se eu morresse para saber que você me amou, estou totalmente só)

Isn't someone missing me? (Ninguém está sentindo a minha falta?)

Rick estava escondido com os outros atrás das árvores e viu quando Gareth e seu bando entraram na igreja. Ele sabia que Ally e Carl sabiam o que tinham que fazer, mas isso não tornava a espera mais fácil. Ele não queria entra logo atrás deles, queria que eles pensassem que tinham ganhado. Queria ver o desespero que várias das vítimas deles sentiram. O mesmo medo que pessoas que ainda tinham humanidade dentro de si, sentiram quando estavam sendo executados.

(Can you stop the fire? (Please)) {(Você pode parar o fogo? (Por favor))}

(Can you stand to fight her? (Please)) {(Você pode ficar para lutar contra ela? (Por favor))}

(You can't stop the fire, (please)) {(Você não pode parar o fogo, (por favor))}

(You won't say the words, (please)) {(Você não vai dizer as palavras, (por favor, por favor))}

Ally e Carl engatilharam as armas juntos quando escutaram a voz de Gareth. Sabiam que ele estava tentando brincar com a mente deles e não deixariam isso acontecer. Carol se levantou e foi para o lado deles com uma arma na mão. Ally não tinha certeza se ia precisar se defender ou não. Rick não tinha dito quando iria entrar em ação.

– Vocês sabem que estamos aqui. Como sabemos que vocês estão aqui. – Gareth disse. – Temos armas, não tem motivo para que vocês se escondam. Estamos em maior número e virmos seus amigos saírem daqui com as armas. Saiam que será melhor. Se não, vamos atirar em vocês antes mesmo que possam pensar no que estamos fazendo.

– Não diga nada. – Ally sussurrou para Gabriel que estava escondido em um canto rezando e parecia a ponto de ter um ataque de nervo. – Ele está apenas jogando. Vai nos matar de qualquer jeito.

Please, please, forgive me (Por favor, por favor, me perdoe)

But I won't be home again (Mas eu não estarei em casa de novo)

I know what you do to yourself (Eu sei o que você faz a si mesmo)

I breathe deep and cry out: (Eu respiro fundo e grito:)

"Isn't something missing?" ("Não tem algo faltando?")

"Isn't someone missing me?" ("Ninguém está sentindo a minha falta?")

– Temos observado vocês. – Rick escutou Gareth falar enquanto começavam a se aproximar das porta. – Sabemos quem está aqui. O Bob, se ainda não acabaram com ele. A Rosita. O Eugenio. A Carol. O Tyreese. A Lizzie. A Mika. O Mike. A Amy. O Carl. A Judith. – ele deu uma pausa. – E a Ally. Sabe, estou pensando em uma tratamento especial para ela. Para ela e Carol. As duas merecem. Carol, por te matado minha mãe. Daremos uma bela surra nela. E Ally... Bom, desde que Terminus foi atacado e até mesmo antes disse sou completamente contra o estupro. Mas vou adorar ver a cara de Rick quando estiver possuindo a esposa gostosa dele.

Rick sentiu seu sangue ferver. Ele não queria apenas matar e comer pessoas, queria estupra também. Ele poderia falar que era apenas Ally pelo que ele tinha feito no Terminus, mas era mentira. Quando você começar com isso não para.

Even though I'd be sacrifice (Mesmo se eu fosse o sacrifício)

You won't try for me, not now (Você não iria tentar por mim, não agora)

Though I'd die to know you loved me, I'm all alone (Mesmo se eu morresse para saber que você me amou, estou totalmente só)

Isn't someone missing me? (Ninguém está sentindo a minha falta?)

– Não sei onde estão. Mas aqui não é grande e vocês tem apenas duas portas para se esconderem. – Gareth continuou. – Temos poder de fogo mais do que suficiente para derrubar as duas.

Rosita se arrastou até parar ao lado da porta com uma espingarda na mão. Ally fez um gesto com a mão para ela esperar. Ainda não. Só mais um pouco. Que droga, onde Rick e os outros estavam.

– Então, como vai ser?

And if I bleed, I'll bleed (E se eu sangrar, eu sangrarei)

Knowing you don't care (Sabendo que você não se importa)

And if I sleep just to dream of you (E se eu dormir só para sonhar com você)

I'll wake without you there (Vou acordar sem você lá)

Isn't something missing? (Não tem algo faltando?)

Isn't something... (Não tem algo...)

Rick respirou mais aliviado quando Gareth foi para a outra porta.

– Quanto ao padre... Pode sair. Você nos ajudou a chegar aqui. Pode abri a porta e sair. Pode levar o bebê.

– Vamos entra. – Rick falou. – Chega de palhaçada.

– Demorou muito. – Daryl disse indo para o lado de Rick.

Even though I'd be sacrifice (Mesmo se eu fosse o sacrifício)

You won't try for me, not now (Você não iria tentar por mim, não agora)

Though I'd die to know you loved me, I'm all alone (Mesmo se eu morresse para saber que você me amou, estou totalmente só)

Isn't something missing? (Não tem algo faltando?)

Isn't someone missing me? (Ninguém está sentindo a minha falta?)

– O que acha? – Gareth gritou e assustou Judith que começou a chorar. Carl correu para o lado dela e pegou a irmã. – Ou talvez ficamos com ela. Estou começando a gosta dessa garota. – Ally se colocou na frete dos filhos e esperou. – É sua última chance.

Assim que Gareth deu o sinal para atirarem na porta, fiz o mesmo. Daryl e Sasha atiraram nos dois atiradores que estavam na porta.

– Larguem as armas e se ajoelhem. – Rick disse saindo das sombras com a arma na mão.

– Rick, vamos atirar na porta. – Gareth ameaçou levantando a mão.

Rick não ligou para o que ele disse, apenas atirou na mão arrancando três dos seus dedos.

– Larguem as armas e se ajoelhem. – Rick tornou a dizer lentamente.

– Faça o que ele está mandando. Não temos escolha. – Gareth disse para o único do seu bando que continuava em pé.

– Ainda temos escolha. – ele disse apontando a arma para o peito de Rick.

– Tem certeza? – Daryl perguntou aparecendo ao lado dele com a arma em mãos. – Por que acho que você está muito morto para meu gosto.

Mesmo sem querer ele largou a arma e se ajoelhou. Gareth começou a falar sobre o que tinha acontecido com eles. As surras, os dias com fome, os estupros e as torturas que sofreram. Mas Rick não ligava. Se você passou por isso, seja duro. Não aceite estranhos em seu grupo. Mas não faça armadilhas para inocentes e os matem quando eles se recusarem a comer carne humana.

– Deixe a gente ir. – Gareth disse segurando a mão ferida. – Não vamos cruzar seu caminho novamente. Juro.

– Mas vão cruzar com outros e faram a mesma coisa. – Rick disse colocando a arma na cintura. – E se me lembro bem, tinha feito uma promessa para você. Se lembra do machado com cabo vermelho que disse que estava na bolsa e usaria para te matar?

– Não. – Gareth conseguiu dizer antes de Rick acerta a primeira machadada, nele.

Os outros não ficaram atrás e começaram a acerta os canibais com suas armas. Glenn, Maggie e Tara assistiam aquilo assombrados, mas Rick sabia. Eles não tinham outra escolha. Se eles deixassem aquelas pessoas vivas, outras morreriam. Outras seriam feitas de comida. Uma vez Hershel tinha dito para ele que não tinha problema em se perde no caminho, contando que soubesse voltar. Enquanto dava machadadas em Gareth, ele pensava nisso. Mesmo matando esses caras, ele ainda sabia quem era, e por que estava fazendo isso. Sabia que não deveria matar inocentes apenas por que sofreu. Gareth e seu bando, podiam ter sofrido, mas isso não era motivo para matar pessoas que não tinham nada com isso.

– Se não fossem eles, seriamos nos. Eles teriam feito a mesma coisa. – Rick disse quando eles pararam de acerta Gareth e os outros e Maggie e Glenn olharam para ele assustado. – Temos que limpar isso.

Nessa hora Gabriel saiu de dentro da sala e olhou para a carnificina a sua volta. Não podia acreditar que aquelas pessoas tiveram coragem de fazer aqui dentro da casa de Deus. Não podia acreditar que estava com aquelas pessoas.

Ally pegou a filha no colo e olhou para Bob, ele tinha acordado e tentava ver o que estava acontecendo, mas Tyreese conseguia manter ele deitado e calmo. Poucos minutos depois Sasha entrou e se sentou ao lado dele. E assim eles passaram a noite. Metade deles na sala com Bob e a outra metade limpando a igreja.

(Can you stop the fire? (Please)) {(Você não pode parar o fogo, (por favor))}

(Can you stand to fight her? (Please)) {(Você pode ficar para lutar contra ela? (Por favor))}

(You can't stop the fire, (please)) {(Você pode parar o fogo? (Por favor))}

(You won't say the words, (please, please)) {(Você não vai dizer as palavras, (por favor, por favor))}

O dia amanheceu lentamente e Bob tinha piorado durante a noite. Rick decidiu que estava na hora de se despedirem. Sabia que ele não demoraria muito para morrer. Todos entraram no escritório e se prepararam para o momento de dizer adeus. Aos poucos, eles foram dizendo adeus. No fim, sobrou apenas Maggie, Glenn e Ally.


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Notas finais do capítulo

Se que demorei para postar, mas estava com a mão machucada e sem muita imaginação para escrever.
Lyne



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