Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 56
Capítulo 56




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O pai é o maior herói de todos os filhos.

Tiago Augusto da Cunha (mindinho)

Rick estava mexendo a água que colocou para ferver. Ele tinha ensinado Carl a fazer armadilhas e agora estava esperando para que fossem ver se pegaram alguma coisa. Carl tinha ficado feliz quando o pai mostrou como ele devia fazer as armadilhas e ver se algum animal tinha passado por ali. Ficou feliz em saber que o pai estava ensinado coisas para ele. E que finalmente percebeu que ele cresceu. Michonne nada disse enquanto olhava para os dois conversando e arrumando as armadilhas. Apenas olhou para os dois. Apesar das diferencias, as semelhanças eram maiores. Agora finalmente eles estavam se ajudando a superar a dor das perdas. O xerife estava se sentindo cada dia melhor. E eles estavam cada vez mais perto um do outro. Na noite anterior, Carl tinha até mesmo pegado a pulseira da mãe e olhado para os pingentes, enquanto contava histórias de algumas pessoas que Michonne não tinha conhecido.

– Estão com fome? – Rick perguntou se levantando e olhando para os dois. – Acho que vou dá uma olhada. Talvez tenhamos pegado algo.

– Posso ir com você? – Carl perguntou olhando para o pai.

– É o único modo de você aprender. – Rick disse sorrindo. – Você vem também.

Rick falou para Michonne enquanto chutava a terra para cima do fogo. Os três saíram juntos e foram em direção a floresta. Carl estava animado com isso. Eles andaram um pouco até que encontraram uma das armadilhas. Tinha um pequeno coelho. Era bem pequeno para os três, mas ele não podia se mostra desanimado.

– Isso. – Rick disse pegando o animal. – É pequeno, mas serve. – ele guardou o coelho e olhou para o filho. – É uma armadilha simples. Você faz um nó nas duas pontas, amarra em um nó galho. Estava vendo que aqui está como um funil?

– É uma trilha? – Carl perguntou olhando para o pai.

– Isso. Qualquer animal que vim por aqui, irá direto para a armadilha.

Rick mostrou para Carl como era feito o nó e como era fácil ficar preso. Quando ele ia falar como reconhecer trilhas quando eles escutaram alguém gritando por socorro. Os três olharam naquela direção. Carl pegou sua arma e se levantou correndo em direção aos gritos.

– Carl. – Rick chamou pegando a arma e se levantando também. – Carl, volte.

Michonne e Rick correram atrás do menino. Pela cabeça de Rick apenas passava o sonho que teve com Ally e como ele prometeu que cuidaria do filho. Que o manteria seguro. Ele não estava sendo muito eficiente nisso até o momento, mas Carl também não colaborava. Quando o encontraram, ele estava com a arma na mão se preparando para atirar. Rick o abraçou por trás e fez com que ele desse um passo para trás. Carl começou a se debater. Rick o levou até uma árvore.

– Não podemos ajudar. – ele disse para o filho que parou de se debater e ficou olhando os walkers comerem o homem.

– Temos que sair daqui. – Michonne disse quando os walkers notaram a presença deles.

Ela foi na frente e Rick foi atrás anda agarrando em Carl. Eles correram para os trilhos. Carl passou a correr por ele mesmo e Rick o soltou fazendo com ele corresse na sua frente de modo como ele pudesse ver o filho. Assim que eles chegaram nos trilhos viram um pequeno grupo comendo alguma coisa. Rick tirou sua faca do sinto e correu em direção a eles, matando o primeiro com um golpe certeiro na cabeça.

Ally olhou para as folhas nas árvores que se mexiam de acordo com o vendo. Depois de terem voltado para o acampamento, Carol e ela tinham feito um curativo improvisado e eles seguiram viagem. Por causa da dor que estava sentindo no pé, eles tiveram que parar muitas vezes, até que encontraram uma antiga loja que caça, onde depois de matar os walkers que estavam dentro, montaram acampamento. Já tinham se passado um dia e ela ainda não conseguia apoiar o pé direito no chão. Quando falou da mensagem de Maggie, os outros se animaram, mas ela disse que não conseguiria ir. Seria uns dois dias andando, e o pé dela estava inchado. Ela tinha imobilizado com uma madeira e ataduras que tinha encontrado na loja, mas mesmo assim teria que esperar uns dois dias para seguir viagem. Judith soltou um gritinho do chão onde brincava com uma boneca que Lizzie tinha encontrado nos fundos da loja. Parece que o dono da loja tinha uma filha pequena e deixou tudo para trás. Lizzie e Mika tinham pegado uns brinquedos para Judith, o que Ally agradeceu, já que assim distraia a filha.

– Oi, amor. – ela disse olhando para a filha. – Está se divertindo? É. A mamãe estar aqui pensando em como podemos encontrar seu pai daqui a dois dias. Se ele viu aquele cartaz tenho certeza que ele foi para Terminus. Tenho certeza que vamos encontra mais dos nossos. Logo, logo sermos uma família novamente.

Ally foi mancando até a filha e se sentou na frente dela. Judith estendeu a boneca para ela e soltou um gritinho animado, enquanto balançava o brinquedo na frente da mãe. Ally sorriu e passou a mão na cabeça da filha enquanto pegava um ursinho de pelúcia. Ela passou a brincar com a filha.

– Ally? Carol mandou traze sua comida. – Mika disse entrando com um prato na mão. – Ela disse que é feijão. Temos apenas isso e carne. Sinto muito.

– Tudo bem. É alguma coisa. – Ally sorriu para a menina que se sentou ao lado dela e olhou para a bebê.

– Ela se parece muito com o senhor Grimes.

– Sim. Parece.

– Não tem como negar que é filha dele. – ela disse distraidamente. – Principalmente pelos olhos. São tão marcantes quanto os dele, mas ela olha do mesmo modo como a senhora olha. Com o mesmo brilho no olhar. Como se pudesse ver a alma de quem está olhando. Ás vezes, dá medo olhar para você. Luke uma vez me disse que sempre que fazia alguma coisa errada e a senhora passava por ele, ele olhava para todos os lados menos para a senhora, com medo que descobrisse o que ele tinha feito.

– Eu não sou assim tão mal. Sou?

– Tinha muita gente na prisão que tinha mais medo da senhora, do que do senhor Grimes.

Ally apenas riu. Ela já tinha escutado isso. O medo que os outros tinham, era que falassem para elas as coisas que tinham feito e não se orgulhavam. Eram falar quantas pessoas mataram e como. Ou até mesmo quantas pessoas que amavam viram serem devoradas vivas. Ally entendia, apenas não sabia como ela conseguia fazer com que eles contassem tudo para ela.

– Já comeu?

– Sim. Carol deu comida para a gente primeiro. – ela disse tirando o cabelo do rosto. – Acha que vamos encontra mais alguém além do Glenn e da Maggie lá?

– Sim. Acho. Vamos encontra mais dos nossos. – Ally disse e olhou para a filha rapidamente. – Quer saber de uma coisa? Chame Carol. Vamos parti amanhã cedo. Para que esperar mais? Estou bem e consigo andar ser for bem devagar.

Rick continuou matando os walkers com a ajuda de Michonne. Eles mataram os que estavam comendo e seguiram em frente. Em pouco tempo eles chegaram a uma estrada. Eles começaram a andar. Tirando o coelho que tinham pego estavam sem comida. Eles seguiram em frente.

– Achei que tiram casas por aqui. – Michonne comentou. – Ou uma loja. Qualquer coisa. Precisamos encontra comida.

– Olhem. – Carl disse apontando para um carro parado na estrada.

Ele estava com a porta aberta e quebrado na frente. Rick pegou sua arma e se certificou se Carl também estava com a dele, antes de ir para o carro. Michonne tirou a espada das costas e matou o errante que estava na escada. Para bem dizer, ele tinha apenas os braços e a cabeça. Rick e Carl olharam o carro e não encontraram nada.

– Vazio. – Rick disse fechando o porta-malas. – Está ficando tarde. Vamos monta acampamento aqui. Dormimos e amanhã seguimos para Terminus. Vamos preparar esse coelho e depois descansar um pouco.

Michonne se prontificou para ir pegar lenha, enquanto Rick limpava o animal.

– Quer me ajudar limpar? – ele perguntou para o filho que estava parado ao lado dele.

– Posso?

– Claro. Sabe o que tem que fazer? Vamos tirar a pele. Assim sai todo o pelo. – o xerife pegou sua faca e se aproximou mais do filho para mostra como tinha que se fazer. – Você faz um corte fundo e...

– E ver se dá para puxar. Se dê, vai puxando devagar e usando a faca para continuar soltando o corro. – Carl completou fazendo com que Rick olhasse para ele surpreso. – A mãe me ensinou.

– Claro que ela ensinou.

– Eu sonhei com ela ontem. – Carl disse enquanto segurava a pele para que o pai pudesse ir cortando.

– Sonhou com o que exatamente?

– Com ela cantando. Sabe, aquelas músicas estranhas que ela cantava para Judith dormi. Eu senti como se ela estivesse comigo novamente.

Rick tirou o resto do pelo e olhou para ele. Carl o olhava como se esperasse que ele falasse alguma coisa sobre isso.

– Você sonha com a Lori?

– Ás vezes. Mas não sinto tanta saudade dela assim. Ela é minha mãe, sei disso e a amo. Mas acho que Ally assumiu um papel tão importante na minha vida que não sobrou espaço para pensa que nunca mais verei Lori. Acho que Ally e eu temos uma ligação mais forte do que eu tinha com Lori. Principalmente depois que vocês se separaram.

– Você era o maior orgulho de Lori, assim como era de Ally. Eu também sonho com as duas. Não tem problemas nisso, Carl. Elas eram suas mães. Pessoas que você ama. E você tem que se lembra elas. As manter vivas, aqui. – ele tocou o peito do filho com a mão. – Sempre. Não importa o que aconteça. E não se esqueça, elas sempre estarão com você. Certo?

– Eu sei.

– Ei, meninos. Será que um dos dois pode me ajudar com essa madeira? – Michonne perguntou saindo da floresta com os braços cheios de madeiras. – Está pesado.

Ally estava sentada no chão com Judith em seu colo tentando fazer com que a filha se acalmasse. Ela ainda tinha dificuldade para acreditar como as coisas podiam ficar ruins tão rapidamente. Em um estante ela estava arrumando suas coisas para seguir viagem no dia seguinte. No outro, estava se escondendo em um quarto com todos por causa de um horla que estava passando por ali. O problema apenas piorou quando Judith ficou com fome e com a presa para se esconder Carol deixou as formulas lá embaixo.

– Eles vão ouvi. – Mika disse olhado para Ally e Judith. – Não tem como fazer ela ficar quieta só um pouquinho?

– Ela está com fome. – Ally disse balançando a filha delicadamente. – Vamos, monstrinha, ajuda a mamãe. Fique quieta só um pouquinho.

– Eu posso...

– Não, Carol. É perigoso. – Ally interrompeu já sabendo o que a mulher ia dizer. – Eles podem estar lá embaixo.

Judith começou a chorar mais alto quando eles escutaram um barulho vindo do andar de baixo. Sem ter o que fazer, Ally fez a única coisa que lhe veio à cabeça. Abaixou a blusa, colocou o seio para fora e o colocou na boca da filha. Assim que ela sugou, Ally sentiu uma dor forte, mas mordeu os lábios e ignorou. A cada segundo a filha sugava com mais força. Ally sabia que não tinha mais leite, mas mesmo assim não tinha outra coisa que podia fazer no momento.

– Ai. – Ally deixou escapar quando sentiu a dor aumente e Judith aperta o seio dela com a mãozinha enquanto sentia o leite saindo.

Ela já tinha escutado e até mesmo lido que quando um bebê sugava muito o seio, a mulher passava a produzi leite, mas nunca pensou que fosse tão rápido. Ela fechou os olhos e deixou que a filha mamasse. Era dolorido, mas pelo menos, seu bebê não estava com fome.

– Acho que eles saíram. – Carol sussurrou ao lado dela.

– Vamos passar a noite aqui. – Ally disse. – Até amanhã, a horla já vai ter ido embora, então podemos matar qualquer um que esteja dentro da loja. Durmam crianças. Estamos bem agora.

Aos poucos, eles foram se arrumando pelo quarto, enquanto Ally, Amy e Carol ficavam perto da porta com facas perto prontas para serem usadas caso fosse necessário.

– Tudo bem?

– Sim. Apenas doí. Faz tempo que não alimento ela no peito. – Ally passou a mão no rosto da filha. – Isso não vai ser o suficiente para saciar a fome dela.

– Vamos dá um jeito. Acho que ela está bastante feliz com o leite por hora. – Amy disse pegando a mão da menina. – Não é Judith? Leite do peito da mãe. A bebê não está gostando?

– Como vamos fazer amanhã? Seguimos os trilhos direto? – Carol perguntou olhando para Ally.

– Não. Eles podem ser o que falam, mas podem não ser. Temos que tomar cuidado. Lembra de Woodbury? Parecia uma coisa e era outra completamente diferente. Temos bastante crianças e temos que tomar cuidado.

– Se quiser, posso fazer um reconhecimento antes. Você não está em condições de andar muito. Seu pé ainda está feio.

– Está apenas um pouco inchado. Estou bem. Mas acho melhor irmos divagar. Apenas para garanti. Sei que amanhã vai estar melhor do que hoje.

– Sei que vai. Descanse um pouco. Você precisa mais do que a gente.

– Eu não vou consegui. – ela disse tirando a filha do seio e fazendo ela arrotar. – Estou com uma sensação ruim. Como se Carl corresse perigo. Não conseguirei dormi hoje.

Rick e Michonne estavam sentados fora do carro, enquanto Carl dormi lá dentro. O menino estava cansado e precisava descansar. Depois de comer, ele entrou no carro e dormiu.

– Aquele era um coelho muito pequeno. – Rick disse olhando para o fogo.

– Já era alguma coisa. – Michonne respondeu olhando para Carl. – Temos que reconhecer, ele viajou bem.

Rick riu do comentário dela antes de olhar para ela.

– Você percebeu, a gente só fala de uma coisa? Comida. Eu já tinha me esquecido como era isso.

– Eu também. Espero poder esquecer isso em breve.

– Estamos perto. Mais um dia. Se estão aceitando gente lá. São fortes. Devem ter um sistema. – Rick disse apagado o fogo com o pé.

– Será que são pessoas boas?

Nessa hora um som veio da floresta. Rick se levantou e Michonne pegou sua espada.

– Nós aceitamos pessoas. – Rick disse se sentando novamente.

– O Governador também e veja só o que ele fez.

– A gente apenas vamos saber quando chegarmos lá e vermos com nossos próprios olhos. – Rick disse.

Assim que ele terminou de falar sentiu uma arma em seu rosto.

– Olha só o que temos aqui. – disse uma voz que Rick reconheceu da casa onde eles ficaram logo após a queda da prisão. – Você pisou na bola, otário. Pisou na bola.


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