Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 50
Capítulo 50




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Frequente nos descobrimos desesperançados, mas urge não perder a fé e a esperança por dias melhores. Por mais que as tormentas nos dilacerem elas abrandam, sempre abrandam.

Marlene A. Torrigo

Ally passou a mão no rosto e notou que tinha muito sangue. Ela colocou a mão na testa e gemeu ao senti o corte. Colocando a arma de lado, ela rasgou um pedaço da blusa e tirou o sangue de cima do corte o pressionando, tentando estacar o sangramento. Vendo o que a esposa estava fazendo, Rick tirou o pano da mão dela e passou a pressionar. Rick apertou mais um pouco e depois tirou o pano, rasgando outro pedaço e limpando o resto do sangue. Quando terminou, ele sorriu para ela e se afastou um pouco. Mesmo com a testa doendo, Ally tirou a espada da costas e foi em direção aos walkers. Ela começou a acerta as cabeça dos que ainda estavam vivos. Logo, Rick e Carl estavam ajudando ela. Eles andaram pelos corpos acertando a cabeça de todos que ainda se mexiam ou apenas gemiam no chão. Rick olhava para Carl, sem dizer nada. Mas Ally podia

– Pai? – Carl chamou quando eles escutaram o barulho de um motor de carro. – Tudo vai ficar bem.

Rick olhou para Carl enquanto ele corria com a arma na mão em direção ao portão. Ally foi até Rick e tirou o pé de cabra da mão dele.

– Vai lá, xerife.

Rick olhou para ela antes de correr atrás do filho. Suspirando a mulher continuou andando peles corpos e acertando a cabeça deles. Ela viu quando eles pararam o carros e todos descerem. Eles pegaram as mochilas e já foram para o bloco A. Ally terminou de matar todos e seguiu para o bloco B. Ally tomou um banho demorado. Precisava tirar a tensão que estava sentindo. Ela deixou que a água caísse por seu corpo. Que lavasse tudo o que estava sentindo. Ela estava se ensaboando quando Rick entrou. Ele estava com uma aparência horrível, mas tinha um sorriso no rosto.

– Eles conseguiram tudo que iam precisa. – ele disse tirando a roupa. – Logo as pessoas estarão bem. Logo as coisas serão como antes.

– Você realmente acredita nisso? – ela perguntou indo para o lado para ele poder entrar na água também.

– Temos que acreditar. – ele disse molhando a cabeça. – O que aconteceu?

– Nada. Apenas depois de tudo o que passamos, pensei que não teríamos que entrar em pânico por coisas que sempre foram banais. Uma gripe, Rick. Pessoas morreram por causa de uma gripe. Tivemos que tranca pessoas para mantemos outras em segurança. Apenas acho que não podemos mais acreditar que alguma coisa vai voltar ao que era antes. Sempre vamos ficar com medo dessa doença voltar. Sempre que alguém espirar, ou tossi vamos nos perguntar se não está morrendo. Se vamos precisar tranca ela apenas por segurança. – ela pegou o sabão e começou a passar pelas costas do marido. – Vamos pensar que em poucas horas vamos encontra essa pessoa morta pelo próprio sangue.

– Temos que acreditar. Pelo menos foi isso que você me disse a muito tempo atrás.

– E eu acredito. Acredito em muitas coisas. Mas que as coisas vão voltar a ser o que eram antes dessa gripe, não é uma delas. – Ally passou a mão no rosto do marido. – E isso é uma coisa que nem você acredita, não é?

– Quero apenas que Carl, Judith e você fiquem seguros. Nada mais me importa a não ser isso.

– Eu sei. E eu também quero isso, Rick. Vocês são minha família, são minha vida. Eu morreria e mataria por qualquer um de vocês, sempre, sem nem pensar.

– Eu sei. E eu te amo por isso.

– Eu também te amo. – ela disse.

– Sua testa ainda está sangrando um pouco. – comentou passando a mão no rosto dela. – Temos que cuidar desse corte. Está feio.

– Assim que terminar aqui, eu vou cuidar disso.

Ally e Rick terminaram o banho e se trocaram. Ally sorriu para o marido, antes de ir em direção as celas. Ela entrou e viu Carl saindo com uma muda de roupa e sua toalha. Ela seguiu para a sua cela e se sentou na cama. Ela pegou um espelho e colocou de modo que desse para ela ver o corte. Ela pegou um quite de primeiros socorros e começou a limpar o corte. Tinha algumas farpas que ela tirou com uma pinça. Depois passou um algodão com álcool, para finalmente examinar bem a ferida. Ela olhou bem para o corte, ia precisar de pontos, mas como Hershel e Edwin estavam com os doentes e Carol tinha ido embora, ela teria que se virar. Ally já tinha dado pontos antes. Muitas vezes Daryl se machucava e não tinha dinheiro para ir ao médico e na prisão mesmo ela já tinha costurado algumas pessoas, mas nunca tinha se dado pontos. Ela pegou a agulha e a linha, arrumou as duas e se preparou para começa.

– O que vai fazer? – Rick perguntou entrando na cela, fazendo com que ela desse um pulo na cama, já que estava distraída e não o escutou se aproximar.

– Que susto, Rick. – ela disse olhando feio para ele. – Preciso de pontos. E não temos muitas pessoas para fazer isso no momento.

– Deixa que eu faço. – Rick pegou a agulha da mão dela e se sentou de frente para a esposa. – Já deu anestesia?

– Tudo o que tínhamos para a dor foi para o bloco A. – ela disse calmamente. – Pode fazer. Os da boca também foram sem nada.

Rick não estava feliz com aquilo, mas fez o que ela disse. Com cuidado começou a dá os pontos. Ally olhou para ele sem demostra dor. Apesar de doer, não era tanto assim. Rick deu cinco pontos no total, antes de corta a linha e fazer um curativo. Quando ele terminou se aproximou dela e a beijou. Ally colocou as mãos no pescoço dele, enquanto ele a deitava na cama.

– E Judith? – Ally sussurrou.

– Falei com Beth. Elas vão passar a noite no prédio da administração. Apenas para garanti. – Rick disse se afastando minimamente dela. – Temos o resto da noite apenas para nós dois.

Ally sorriu e olhou para ele que foi até a porta a fechando e puxou a coberta que tinha na frente. Rick foi em direção a cama já tirando a blusa. Ally se sentou para ele poder se arrumar na cama. Lentamente ele a beijou e a ajudou a tirar a roupa. Ally os rolou na cama e se sentou em cima dele. Rick passou as mãos pelas costas dela e a puxou mais para perto.

– Sua barba faz cocegas. – ela sussurrou se afastando ele.

– Michonne me deu um barbeador elétrico. – ele disse tirando a calça e a cueca juntos. – Amanhã à noite eu tiro.

– Eu gosto dela. Te deixa sexy. – ela mordeu de leve o pescoço dele. – Eu não estou reclamando.

– Pensei que não gostasse de homens com barba. – ele disse os rolando na cama novamente.

– Eu não gosto de todos. Tem uns que ficam horríveis, mas você fica bem com barba. Contando que não deixe crescer mais do que isso. Não quero ser casada com um homem das cavernas.

– Pode deixar comigo.

Sem dizer mais nada, Rick a penetrou. Apesar de já está casada com Rick por quase dois anos, Ally ainda não parava de se surpreender como ele era carinhoso e gentil na cama. Ás vezes, vendo como ele podia perde o controle e fazer coisas que muitas pessoas duvidariam que ele possa ser carinhoso, ela faz essa comparação. O Rick era duas pessoas em uma só. Rick, o seu marido carinhoso, ótimo pai de família e amigo para qualquer um que precisar. E o Rick líder, frio e sem coração, que mata sem nem mesmo pensar duas vezes. Ás vezes, Ally duvidava que ele pensasse uma vez antes de aperta o gatilho se isso significasse a vida de um deles. Quando eles chegaram ao ápice, Rick caiu em cima dela. Apesar de falar várias vezes que é pesado, Ally gostava de senti o peso dele em cima dela nesses momentos. Tudo bem, chegava uma hora que começava a incomodar, mas ela gostava mesmo assim. Eles ficavam mais unidos do que nunca. E ela amava isso.

– Não. Fica mais um pouco. – ela disse quando ele fez menção de se afastar.

– Sou pesado.

– Eu sei. Quando incomodar eu aviso. – ela o abraçou mais apertado. – Eu gosto de te senti assim. Você fica tão indefeso.

– Deve ser por que acabei de fazer uma atividade física que requer muita energia.

– Deuses, deveria ter me casado com um homem mais moço. – ela beijou a bochecha dele delicadamente. – E eu que pensei que como correr rápido teria mais energia.

– Está duvidando da minha masculinidade? – Rick levantou a cabeça para poder olhar para ela.

– Não. Estou duvidando da sua força e energia.

– Eu vou dá um motivo para retirar o que disse.

Ele disse e a beijou. Ally e ele passaram as próximas horas se amando.

Ally acordou no dia seguinte com a claridade no seu rosto. Ela resmungou e se virou na cama. Ally bateu nas costas do marido e bocejou, se sentando na cama. Ela olhou para o relógio e viu que ele despertaria a qualquer momento.

– Rick, acorda. Está na hora. – ela disse balançando ele delicadamente. – Você tem que ir cuidar da horta.

– Já vou. – ele falou a abraçando. – Mais cinco minutos.

– Te dou três, que é o tempo para o despertador tocar.

– Ótimo. – Rick a puxou para seu peito e escondeu o rosto nos cabelos dela.

Ally fechou os olhos mas não voltou a dormi. Apenas ficou deitada, fazendo carinho nas costas do marido. Quando o despertado tocou, eles se levantaram e de trocaram. Ally fez o café da manhã, enquanto Rick colocava uma facha nova na mão. Eles tomaram café em silêncio, depois Ally beijou o marido e ficou vendo ele se afastar. Rick disse que não chamaria Carl, que ele precisava descansar, mas assim que ele saiu. Carl se levantou.

– Onde está o pai? – ele perguntou coçando os olhos.

– Já saiu. Ei, onde vai?

– Vou com ele. – Carl respondeu olhando para a mãe. – Preciso ajudar.

– Tome. Coma pelo menos um pão.

Carl pegou o pão que a mãe deu, para ele, e correu para fora da cela. Ally suspirou e riu. Ela estava terminando de arruma a comida para os doentes quando Hershel entrou.

– Ei. – ela disse sorrindo para ele. – Bom dia, herói.

– Acreditaria se eu falasse que não estou me sentindo como um herói?

– Acreditaria. Como você está?

– Bem. Apenas meio cansado. Mas acho que um pouco de ar me fará bem. Onde está Rick?

– Na horta com Carl.

– E Glenn? Rick me disse que ele estava mal.

– Está melhor. Se recuperou durante a noite e está respirando sozinho.

– Precisa conversa? – Ally perguntou pegando a mão dele.

Hershel ficou em silêncio por um tempo apenas olhando para frente. Ally esperou.

– Já se perguntou alguma vez do porquê das coisas? Por que ainda estávamos vivo?

– O tempo todo. – ela disse servindo um pouco de café para ele. – Sempre que mato um deles, me perguntou, por que estou viva e eles não. Mas nunca consegui uma resposta. Hershel, duvidar do mundo, do modo como as coisas ou o porquê das coisas acontecerem, é normal. Aqueles walkers tinham tanto direito quanto qualquer um de nós de ainda ser humano. Mas a vida não é justa. Nunca foi e nunca será.

– A dúvida é uma das coisas que mais temo.

– Não tema. A dúvida nos mantem quem somos. Mostra que ainda temos muito a oferecer. Veja Edwin. Ele tinha decidido que a morte seria a melhor saída, mas viu uma luz. Duvidava que pudesse ter uma salvação para o mundo. Está tão animado agora. Rick disse que ele poderia usar a parte norte da prisão para fazer um laboratório, mesmo tendo poucas coisas, ele continua pesquisando sobre a doença. Continua tentando encontra a cura e continua me picando com agulhas para ter amostras de sangue. A dúvida dele, o salvou. E pode salvar a todos nós.

– Você tem razão. – Hershel bebeu um pouco de seu café. – Vou sair um pouco. Até depois.

– Até. – Ally disse e ficou vendo ele se afastar.

Rick suspirou quando viu Daryl se aproximar dele. Sabia que mais cedo ou mais tarde teriam que ter essa conversa, mas ele preferia que não fosse agora.

– Eu preciso falar com Daryl. – Rick falou olhando para o filho. – Vá descansar um pouco, ou fique com Sofia.

Rick sorriu para o filho e foi em direção ao caipira. Daryl notou quando ele fez um sinal com a cabaça, para se seguido e passou a seguir Rick. Eles entraram em um dos blocos de cela vazios.

– Onde está Carol? – Daryl perguntou fazendo com que Rick suspirasse.

– Eu a mandei embora. – falou de uma vez.

– O que?

– Ela matou Karen e David, não podia deixar ela aqui. Ela se tornou um perigo.

– Rick, estamos falando de Carol. Carol. – Daryl disse nervoso. – Não pode estar falando sério.

– Ela matou dois dos nossos. Não podia deixar ela aqui. Dei, armas, comida e um carro para ela. Se ela voltasse comigo, Tyreese a mataria, ou tentaria antes de você matar ele para proteger Carol. Já perdemos tanto em tão pouco tempo, não podíamos perde mais.

– Você mandou a mãe dos meus filhos embora sem mais nem menos? Você não tinha esse direito.

– Daryl, eu fiz o que achei melhor. Escute, não foi para sempre. Ela está por perto. – Rick tentou se aproximar do caçador enquanto Ally entrava no bloco de cela. – Assim que falar com Tyreese e...

Rick não terminou por causa do soco que recebeu. Ele colocou a mão na boca e olhou para Daryl que vinha para cima dele novamente, ele teria batido em Rick de novo se Ally não tivesse pegasse ele pelo braço e empurrado contra a parede.

– Chega. – ela disse calma. – Você não vai bater em Rick.

– Ele mandou...

– Eu sei. Você sabe tão bem quanto eu que ela não podia ficar aqui. Se Você não conseguisse parar Tyreese, ia querer que Sofia e Mike vissem ele matando Carol? Se acalme e vamos conversar.

– Ally, solte ele. – Rick disse colocando as mãos nos ombros da esposa. – Deixe ele soltar a raiva dele.

– Não.

– Pode me solta, não vou bater nele novamente. – Daryl disse olhando para trás com dificuldade.

Ally suspirou e o soltou. Daryl e Rick se encararam por um tempo.

– Eu preciso ir ver minha filha. Não quero saber de briga.

Dizendo isso deixou os dois sozinhos.


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