Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 44
Capítulo 44




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Aqueles que têm coragem para amar deveriam ter coragem para sofrer.

Anthony Trollope

O dia amanheceu com o céu limpo. Não pareciam que estavam se preparando para uma guerra. O dia prometia ser ensolarado e bonito. Quem olhasse para fora não podia acreditar no que iria acontecer em pouco tempo. Ally já estava de pé a muito tempo. Ela tinha arrumado uma mochila com as coisas da filha e coisas para eles comerem. Ela estava tensa por causa disso. Não agradava a ideia de ficar lá fora com as crianças, Beth, Amy e Hershel. Mas sabia que seria melhor. Ela ainda não estava cem por cento e não queria deixar os filhos sem proteção na floresta, mesmo com todos estarem armados.

– Já terminou de arrumar as coisas? – Rick perguntou parado na porta da cela.

– Sim. Já estou com tudo pronto. – Ally colocou a mochila nas costas e pegou Judith no colo. – Estou pronta.

– Carl e os outros estão te esperando lá fora. – Rick disse olhando para a filha que dormia calmamente no colo dela. – Amor, eu não queria deixar vocês lá sozinhos, mas preciso ajudar aqui.

– Eu sei. – ela passou por ele. – Eu te conheço, Rick. Sei que estaria lá com a gente, mas você ajudar mais aqui.

Rick segurou o braço dela e a virou se aproximando dela. Ally sorriu para ele e arrumou Judith em seu colo para que ele pudesse beija-la. Como a filha estava no meio deles, Rick a abraçou delicadamente. Eles passaram um tempo se beijando até que Ally se afastou dele.

– Temos que ir, xerife. – ela disse sorrindo para ele. – Podemos terminar isso depois.

– É. Podemos. – ele disse dando uma pequena risada nasal. – Vamos.

Eles saíram do bloco da prisão e foram para onde os outros estavam esperando. Carl estava dentro do carro com os outros. Ele acenou para o pai, enquanto a mãe entrava no carro e se sentava ao lado dele. Amy foi dirigindo até onde Rick e Daryl tinha marcado. Eles fizeram um pequeno acampamento ali e esperaram. De onde eles estavam dava para ter uma boa vista da prisão, mas não dava para ver eles se manterem sentados no chão. Ally se sentou no chão e colocou a filha no baby conforto que Rick tinha pego na cidade para a filha a dois dias atrás quando tinha ido atrás de comida. Ally olhou para a bebê e depois para Carl. O menino estava com arma na mão e olhava em volta. Eles ficaram um bom tempo sentados ali até que escutaram uma explosão. Ally viu que uma das torres tinha sido derrubada e teve que se segurar para não correr para lá e ver se estavam todos bem.

– Mãe...

– Está tudo bem, querido. – Ally disse pegando a filha no colo. – Eles estão dentro e nas pontes.

Ally tentava ver alguma coisa, mas nada parecia fora do normal. Ela acalmou a filha e a colocou no baby conforte, depois a colou no carro. Eles olharam mais atentamente quando começaram a escutar tiros. Ally pegou o binóculos e viu na hora que eles saíram correndo de dentro dos blocos de celas. Maggie e Gleen começaram a atirar.

– Eles estão indo para os carros. – Ally disse vendo eles fugindo. – Estão indo embora.

– Tem certeza? – Carol perguntou parando ao lado dela.

– Sim.

– Todos? – Hershel perguntou tentando ver alguma coisa.

– Não sei. – ela disse tentando ver melhor. – Eles são muitos e estão correndo desorganizadamente.

– Quando vamos voltar? – Sofia perguntou parada perto da porta do carro.

– Rick vai vim buscar a gente quando chegar a hora. Não se preocupem.

Ally se levantou e foi até o carro onde Judith chorando. Ela se sentou no banco traseiro e começou a amamentar. Ela estava tão distraída que se assustou quando escutou a voz de Carl.

– Largue a arma. – o menino disse. Ally se esticou e viu o filho apontando a arma para um garoto. – Eu mandei larga a arma.

– Calma. Tudo bem. – o menino disse abaixando a arma. – Já estou colocando no chão.

Ally tirou a filha do peito e a fez arrotar. Depois colocou a bebê no baby conforto e saiu do carro. Ela mal deu um passo e parou quando Carl atirou no menino.

– Carl. – ela disse indo até ele. – Eu... Por que fez isso? Ele tinha largado a arma.

– Ele podia voltar. Papai deixou Andrew vivo e você quase morreu. T-Dog morreu. – ele disse sem olhar para o corpo do garoto.

– Me dê essa arma e entra no carro agora. – ela disse tomando a arma da mão dele. – Fique com a sua irmã. Quando voltamos para a prisão vou falar com seu pai. Ele vai decidi se te devolve a arma ou não.

Carl se virou e entrou no carro fechando a porta logo depois. Ally suspirou e se sentou onde estava antes. Ela viu Maggie e Gleen descendo da pontes e esperaram os outros a saírem. Michonne se aproximou com Sasha e Tyreese com as armas nas mãos e sorrindo. Depois Rick, Daryl e Edwin saíram da prisão. O xerife passou pelo portão e foi em direção à onde eles estavam.

– Está tudo seguro. – ele disse abraçando a esposa. – Eles foram embora.

– Eu vi. Vamos. Precisamos conversar. – ela disse o beijando rapidamente.

– Tudo bem?

– Falamos sobre isso depois. – ela entrou no carro e passou a mão na cabeça da filha que estava no colo de Carl.

– Estava agitada. – ele disse olhando para a irmã. – Fiz mal em pegar ela?

– Não. Ela deve estar com cólica de novo. – ela disse passou a mão no rosto dele. – Melhora se você apoiar ela em sua barriga. Isso mesmo, assim.

Eles ficaram em silêncio o resto do caminho. Ally pegou Judith no colo e entrou na prisão quando eles chegaram. Rick estava com a mochila dela e a seguiu. Ally entrou na cela dela e de Rick. Ela colocou a filha no berço e se virou para o marido.

– Carl matou um garoto. – ela disse fechando os olhos. – Acho que quando eles fugiram, o deixaram para trás. Ele mandou o menino larga a arma e atirou.

– Você está falando sério? – Rick perguntou olhando para a esposa tentando encontra sinal de que ela mentia. – Me diz que você está mentindo.

– Não. Eu queria estar mentindo, mas ele realmente matou aquele garoto.

– Notei o corpo quando cheguei. Mas pensei que tinha sido você. Que ele tinha tentado alguma coisa e você o matado.

– Não. Ele já tinha se rendido e Carl o matou. – ela pegou a arma do filho da cintura. – Você que decide o que vai fazer.

– Tudo bem. – ele pegou a arma do filho e se aproximou dela. – Vamos para a cidade e mataremos aquele desgraçado.

– Tudo bem. Vamos ficar aqui e proteger a prisão. Apenas para caso eles voltarem.

– Tudo bem. – ele a beijou e tirou o cabelo do rosto dela. – Eu te amo.

– Eu também te amo. – ela disse passando a mão no cabelo dele. – Volte para mim.

– Sempre.

Ally ficou sozinha na cela e se sentou na cama. Ela estava tensa com isso, mas mesmo assim ficou lá dentro. Ela desceu para fazer comida.

– Oi, mãe. – Carl disse parando ao lado dela.

– Oi, querido. – ela disse sorrindo para ele. – O que seu pai disse?

– Ficarei sem a arma por tempo indeterminado e terei que ajudar ele na horta. – ele disse parando ao lado dela. – Até que não foi tão ruim. Pensei que ele ia me fazer limpar as botas de Daryl. Ou pior, lavar as cuecas dele.

– Elas não são assim tão ruim. Carol o faz trocar e lava esporadicamente. – Ally disse experimentando a comida para ver se estava bom de sal.

– Mesmo assim. – ele disse fazendo careta. – Prefiro ficar longe delas.

– Você que sabe. – ela disse rindo. – Estou quase terminando aqui. Você pode falar para os outros?

– Claro.

Ally terminou o almoço e quando foi chamar os outros Rick entrou e a pegou pela braço levando para a cela deles.

– O que foi? – ela perguntou.

– O pessoal de Woodbury vai vim morar aqui. O Governador matou todos os soldados que estavam com ele, deixou apenas uma mulher viva. Não podia deixar eles lá sozinhos. Eles tem crianças, idosos. Pessoas que não sabem se defender.

– Tudo bem, Rick. Essa foi sua última decisão como líder?

– Daryl me ajudou a decidi. – ele disse passando a mão no rosto dela. – A única coisa que fiz questão é que a parte de cima é minha. Não quero ninguém de Woodbury aqui.

– Como achar melhor. – ela disse o abraçando. – Eu te amo e sei que tem um ótimo coração. Nunca deixaria uma pessoa morrer se não fosse preciso.

– Tem certeza disso? Você mesma me disse que um dia teria que matar pessoas para manter essas pessoas vivas.

– Isso é diferente, meu bem. Agora vai lavar as mãos para comer.

– Tudo bem.

Ally deu de mamar para a filha e desceu para conhecer as outras pessoas. Carl estava sentado no canto com Sofia e Mike. Eles comiam e conversavam, enquanto as outras pessoas andavam e conversavam animadamente. Quando ela passou com a bebê muitos olharam para ela com curiosidade, mas ela não deu atenção.

– Tudo bem, meninos?

– Tudo.

– Então, está bom. – ela disse se sentando ao lado deles.


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