Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 37
Capítulo 37




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/631542/chapter/37

Um revolucionário pode perder tudo: a família, a liberdade, até a vida. Menos a moral.

Fidel Castro

– Eles estão vindo. – Carl disse chamando a atenção dos outros, que olharam para o outro lado da cerca.

– Ele não vai entra. – Glenn disse olhando para Merle que se aproximava. – Eu não vou deixar.

– Sim. Ele vai. – Ally disse olhando para ele firmemente. – Eu não vou perde meu irmão de novo. E ele pode ajudar. Você gostando disso ou não.

Ally se afastou e foi em direção aos bancos. Ela subiu ali e passou a atirar nos walkers que se aproximavam deles. Ela atirava no automático. Mirava e atirava. Se pensar ou hesitar. Ela não deixar nenhum se aproximar mais que meio metro deles. Quando eles passaram pelo portão, ela escutou o som de um gemido atrás dela. Quando virou viu Allan atrás dela, transformado. Ela não sabia de onde ele tinha saído, nem como tinha se transformando tão rápido, mas ele tropeçou e caiu em cima dela. Ela gritou assustada quando caiu para trás com o walker em cima dela. A arma tinha caído para o lado e não tinha como ela se defender, então fez a única coisa que podia. Ela segurou o pescoço o mais longe de si que pode e fechou a boca bem na hora em que a cabeça dele foi estourada com um tiro. Ally empurrou ele de cima de si e rolou para o outro lado.

– Mãe? – Carl gritou preocupado correndo até ela com Rick e Edwin logo atrás.

– Estou bem. – ela disse se levantando, passando a mão no rosto para tirar um pouco do sangue. – Apenas cai. Ele não me mordeu.

Nessa hora Tyreese e Sasha apareceram correndo com pás nas mãos. Eles estavam assustados e com os olhos arregalados.

– Estávamos do outro lado colocando barricadas nos portões igual Carol e Axel. – Sasha disse tentando controlar a respiração. – Eles apareceram do nada. Mataram Ben com um tiro na cabeça e Allan no peito. Estávamos escondidos já que não tínhamos armas. Mas assim que eles pararam de atira fomos procura Allan. Assim que não o encontramos, corremos para cá.

– Tudo bem. – Rick disse olhando para a esposa que levantou a manga da blusa que usava e via o corte ali. – Foi ele? Te arranhou?

– Não. Bala. Quando estava correndo para perto de Mike. Aquele desgraçado me acertou– ela disse fazendo uma careta de dor quando tocou no corte. – Foi apenas de raspão.

Ally levantou a cabeça e olhou para Daryl que estava abraçando Sofia. Ou Sofia que estava abraçando ele. Ela não sabia ao certo pelo modo que a menina agarrava o pescoço dele. Assim que a menina o soltou, ela foi até o caipira. Ally o abraçou forte e Daryl devolveu.

– Me desculpa. – ele disse baixo. – Me desculpa, não deveria ter ido.

– Desculpa? Não deveria ter ido? – ela perguntou se afastando do irmão, vermelha.

– Ele não devia ter dito disso. – Merle e Rick falaram ao mesmo tempo.

– Desculpa? – Ally repetiu ignorando os dois. – Você sabe o que se passou pela minha cabeça quando Rick me contou? – ela perguntou se afastando enquanto deva tapas nele. – Sabe como me preocupei com você. Seu irresponsável. Insensível. Idiota. Burro. Desmiolado. Covarde. Babaca. Inútil. Desgraçado. Maldito. Estupido. – a cada palavra ela dava tapas e alguns chutes. – Sabe o que pensei? Você não usa esse celebro para pensar, não?

– Ei, querida, chega. – Rick disse tentando afasta ela do irmão. – Ele já entendeu. Já chega.

– Você quer levar uns sopapos também? – ela perguntou se virando para o marido. – Por que posso muito bem te dá uns tapas também.

– Pode bater mais. – Rick disse dando um passo para trás com as mão para cima. – Eu não ligo.

– Olha, eu não continuou te batendo por que Judith está sozinha lá dentro e deve está chorando. Mas não pense nem por um segundo que terminei com você. Porque quando tiver certeza que minha filha está bem, eu vou arrancar seu coro fora e dá para os walkers comerem. – ela disse tirando o cabelo do rosto.

Ally se virou jogando o cabelo no rosto dele e começou a andar em direção ao bloco de celas resmungando sobre homens serem estupidos.

– Ela é sempre assim? – Tyreese perguntou olhando a mulher se afastar. Ele parecia mais assustado com ela, do que com o que acabou de acontecer.

– Apenas quando está com raiva. – Rick falou olhando para o portão ser fechado.

– Ou ferida. – Merle acrescentou.

– E ela está os dois. – Daryl completou.

– Isso sem falar os hormônios da gravidez que ainda estão dançando dentro dela. – Edwin disse apoiando a arma na perna. – Ela está muito melhor agora que a bebê nasceu. Acredite.

Ally passou pelos cachorros e foi para a sua cela onde Judith chorava a plenos pulmões. Ela subiu as escadas correndo e pegou a filha no colo. Judith se mexia e olhava em volta. Ally suspirou e começou a cantar a música que sempre cantava quando a filha se mexia muito quando ela estava gravida. Aos poucos a menina foi se acalmando. Ally se sentou na cama com Judith no colo e ficou quieta enquanto a fazia dormi novamente. Em pouco tempo Rick estava na cela. Ele estava sujo e suado, mas parecia bem. A não ser, é claro, por esta furioso.

– Ela está bem? – ele perguntou enquanto andava de um lado para o outro.

– Apenas um pouco assustada. – Ally respondeu deitando a filha na caixa. – E você?

– Bem. – ele se aproximou dela e puxou a blusa para ver a ferida dela. – Não foi assim tão mal.

– Eu disse que foi apenas de raspão. – ela disse segurando a mão dele. – O que vai fazer?

– Vou manter Merle do outro lado do portão, por enquanto. Glenn não gosta disso, mas ele me salvou e trouxe Daryl de volta. Não posso mandar ele embora novamente. – Rick disse quando ela se levantou e começou a procura o quite de primeiros socorros. – Posso usar ele para conhecer mais do Governador e assim saber qual será meu próximo passo.

– Certo. – ela disse se sentando e pegando o álcool. – Pode fazer o curativo para mim?

– Posso. Me dê isso. – ele disse pegando as coisas das mãos dela.

Rick se sentou na frente dela e passou o algodão gentilmente pelo corte. Ally fez uma careta quando sentiu arde, mas não disse nada. Rick olhou para ela e sorriu.

– Não ria de mim. – ela disse sorrindo.

– Você sempre faz careta. – ele disse tirando o algodão e pegando ataduras. – Não acho que vai precisar de pontos.

– Ainda bem. – ela disse sorrindo. – Tenho recordações ruins da única vez que ganhei pontos.

– Você nunca me disse com conseguiu esse corte no lábio. – ele disse apontando para o lábio dela.

– Cai da rede de boca no chão. – ela disse dando de ombros. – Levei dois pontos. Um por dentro e outro por fora. Eu chorei quando soube que teria que levar pontos.

– Você é louca. – ele disse olhando para ela. – Pronto. Está inteira de novo.

– Obrigada. – ela disse olhando para ele.

– Não por isso. – ele disse tirando o cabelo dela do rosto. – Vou deixa Merle trancado até saber como Glenn e Hershel vão reagir a ele. Ele não poderá passar para esse lado do bloco.

– Era isso que você devia fazer desde o começo. Ele pode nós contar mais sobre o Governador. – ela disse olhando para Judith que estava se mexendo no berço dela. – O que vamos fazer agora?

– Eu não vou desisti desse lugar. – ele disse seguindo o olhar dela. – Lutamos e perdemos para conseguimos esse lugar, não vamos dá de mão beijada para ele. Se ele quer luta, vai ter luta.

– Temos que consegui mais armas. – ela disse se levantando. – Suprimento. Comida. Temos vantagem aqui. Temos roupas para nos proteger. Podemos fazer uma armadilha, mas mesmo assim precisamos de armas.

– Eu sei. Mas primeiro temos que cuidar da segurança daqui. Temos que arrumar aquele portão. – ele disse se levantando. – Podemos cuidar das armas mais tarde.

– Tudo bem. – ela disse se levantando também. – Eu vou ajudar.

– Ally...

– Estou bem. – ela disse olhando para ele sorrindo. – Não precisa ficar assim tão preocupado. Temos que arrumar aquele portão e sei que os outros não vão querer sair agora. Posso ficar de vigia, apesar de ter quase certeza que ele não vai atacar hoje de novo.

– Tudo bem. – ele disse pegado a mão dela.

Os dois saíram da cela e desceram as escadas. Assim que chegaram lá embaixo todos olharam para eles esperando para ver o que iam fazer. Daryl estava sentado em uma cadeira com Edwin costurando o braço dele.

– Vamos arrumar aquele portão. – Rick disse olhando para todos. – Vocês vão ficar aqui. Não vamos demorar muito.

– Eu não acho isso uma boa ideia. – Hershel disse olhando para eles.

– Vamos ficar bem. – Ally disse sorrindo para ele. – Beth, cuida de Judith para mim?

– Claro.

– Ela está dormindo. – ela disse seguindo o marido para a saída.

Eles passaram pela cozinha onde Merle estava sentado em uma cadeira brincando com Poseidon que corria em volta dele. Rick olhou para ele de cara feia. Eles subiram as escadas e saíram. Ally pegou a arma que Rick estendeu para ela e os dois desceram a escadas. Rick foi para o portão e começou a arrumar. Não daria para arrastar. Depois de suspirar ele começou a arrumar o melhor que pode. Ally encostou e uma viga e ficou olhando em volta. Amy e Glenn estavam cada um em uma torre de vigia. Rick demorou mais ou menos uma hora para consegui arrumar de um modo que deixasse firme no chão.

– Vai ter que dá. – Rick disse se aproximando dela.

– Melhor que isso, só dois disso. – ela disse tirando o cabelo do rosto dela. – Precisamos de água.

– Eu sei. Vou chamar Daryl...

– Eu vou com você. – ela disse arrumando a arma. – Vamos logo.

– Vou pegar as garrafas. – ele disse suspirando.

Ally sorriu e viu Rick se afastando. Ela pegou a espada dela que estava ali do lado já que Carol e Axel estavam matando walkers que estavam se acumulando nas cercas. Rick chegou ao lado dela e abriu o portão. Ally passou e acetou a cabeça de um walker. Enquanto Rick fechava o portão ela matava os walkers que se aproximavam. De mãos dadas eles foram até o lado. Rick encheu as garrafas enquanto Ally olhava em volta, tinha poucos mortos ali.

– Pronto. – Rick disse se levantando com as garrafas cheias em uma bolsa.

– Vamos.

Eles voltaram para a prisão. Assim que fecharam o portão pararam e olharam para longe. Depois que cuidassem do Governador, teriam muito trabalho a fazer.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Survival Instinct" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.