Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 31
Capítulo 31




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/631542/chapter/31

Porque ás vezes você tem que abrir mão de uma coisa para dar espaço para a chegada da outra.

Clarissa Corrêa

Ally abriu os olhos lentamente. Ela sentia seu corpo todo doendo, mas sabia que tinha que acorda. Depois de fechar os olhos por causa da luz, levou a mão a cabeça e abriu os olhos novamente. Ela estava em uma cela, deitada sozinha na cama. Fazendo força, ela se sentou. Ally olhou em volta e viu que estava na cela que dividia com Rick. Ela estava confusa. Não se lembrava direito o que tinha acontecido. Apenas algumas coisas. Ela se lembrava que estava lá fora com os outros, que Hershel tinha ido depois que ela deu as muletas para ele. Carl gritando, Walkers, dor... Ela olhou pata baixo e viu que sua barriga tinha sumido. O bebê.

– Carl... – ela chamou baixo. – Carl.

Ally tentou se levantar, mas suas pernas a traíram e ela caiu no chão, levando uma bacia junto fazendo um barulho alto. Em menos de dois segundos, Rick, Hershel e Carl estavam na porta.

– Ally, o que você está fazendo? – Rick disse pegando ela no colo.

– O bebê. O que aconteceu com o bebê? – ela perguntou enquanto Rick a colocou na cama. – Onde está meu bebê?

– Ela está bem. – ele disse se agachando na frente dela. – Não precisa se preocupar.

– Ela? É uma menina?

– Sim. – Carl disse se sentando ao lado da mãe. – Como você está?

– Bem. – ela disse olhando para eles. – Me sinto meio tonta e enjoada. E estou confusa, não consigo lembra muita coisa. Apenas que coremos, a dor e algumas partes do parto.

– Isso é normal. Você perdeu muito sangue. Se não fosse por Daryl, não sei o que faríamos. Ele doou sangue para você. Não sabia que ele também era O +. – Hershel disse se aproximando dela. – Carl, vá busca sua irmã enquanto eu examino sua mãe.

Carl se levantou e saiu da cela. Hershel se sentou ao lado de Ally e a examinou rapidamente. Depois deu dois comprimidos para ela, quando pegou o remédio viu que tinha uma facha em sua mão. Provavelmente por causa da mordida que ela se deu quando Carl estava tirando o cordão do pescoço da bebê. Nessa hora Beth e Carl entraram na cela. Beth estava com a bebê no colo e sorria para Ally.

– Tem alguém aqui que quer te conhecer. – ela disse indo até Ally.

Ally sorriu e se arrumou para pegar a filha no colo. Beth entregou o bebê para ela e se afastou um pouco. Sofia, Mike e Amy estavam olhando a cena pela porta.

– Ela é linda. – ela disse passando a mão no rosto da bebê. – Ela se parece com você, Rick.

– É. Mas acredite, ela se parece mais com Carl. – Rick disse se sentando ao lado dela.

– Quanto tempo eu fiquei apagada? – ela perguntou olhando para Rick.

– Três dias.

– E como ela comeu?

– Daryl e Maggie foram atrás de formulas. – Carl disse sentando do outro lado da mãe quando Hershel se levantou. – Você pode não acreditar, mas Daryl que a alimentou pela primeira vez.

– Daryl? – ela perguntou sorrindo.

– É. Ela a chama de Bravinha. – Rick disse pegando a mão da bebê. – Achei melhor espera você acorda para escolher o nome para ela.

– Carl, vai escolher. – ela disse olhando para o filho. – Esse tinha sido o combinado, não foi?

– Serio? – ele perguntou olhando para os pais. – Posso mesmo?

– Claro. – Rick concordou com a esposa. – Como vamos chama-la?

– Você se lembra da minha professora da terceira série? O primeiro nome dela era Judith. Podemos chamar ela assim? Judith?

– Eu não vejo problemas nisso. – Ally disse olhando para Rick. – E você?

– Também não. – ele disse passando a mão na cabeça da filha. – Então o nome dela será Judith.

– Ei, pessoal, por que estão todos aqui? – Ally ouviu a voz de Daryl. – Temos que limpar a prisão.

– Estamos apresentando a bebê para Ally. – Sofia disse olhando para ele.

– Ally acordou? – ele perguntou entrando na cela. – Ei, como está?

– Bem. – ela disse sorrindo. – Onde estão os outros?

– Maggie e Glenn estão lá fora com os ex-presidiários. Edwin está lá em baixo arrumando as armas. Carol e T-Dog... Eles não sobreviveram.

– Eu sinto muito. – ela disse balançando a filha. – Eu acho que ela está com fome. Posso alimentar ela, ou ela pode comer apenas a formula?

– Você deve alimentar ela. – Hershel disse olhando para ela. – Leite materno é fundamental para o bebê. Vamos deixar eles sozinhos. Esse é o memento deles.

Aos poucos todos saíram, ficando apenas Rick e Ally. Rick ajudou Ally a tirar a parte de cima da blusa. Ally levou a boca da bebê até o seio dela. A bebê mamou com vontade. Rick segurava a mão da filha e sorriu enquanto a bebê mamava.

– Como estão as coisas? – ela perguntou olhando para o marido, depois olhou para a filha.

– Agora estão melhores. – Rick disse passando a mão na cabeça da bebê. – Mas quando Carl chegou com a Judith, Daryl e você, foi uma loucura. Depois que a gente te trouxe para cá. Examinamos, acho que a ficha finalmente caiu. Perdemos dois dos nossos. Sofia e Mike estão abalados. Carl está tentando ajudar ela, mas não está sendo fácil. Limpamos a maior parte da prisão, falta apenas alguns walkers no bloco C, desse lado a prisão. Ainda não nos aventuramos nos blocos do outro lado. Estávamos esperando para ver o que vai acontecer. Precisamos encontra por onde aquela civil que matamos no segundo dia entrou.

– Como aqueles walkers entraram aqui para nos atacar? – ela perguntou olhando para ele.

– Um dos prisioneiros. Eu pensei que ele tinha sido comido pelos walkers, mas não. – ele olhou para a bebê no colo da mãe. – Ele matou alguma coisa e os atraiu para cá, depois abriu o portão. Entrou na prisão e ligou o alarme. Ele estava pensando em abri o portão principal para que os mortos entrassem. Ele está morto agora.

– Tudo bem. – Ally tirou a bebê do seio quando sentiu que ela parou de sugar e a apoiou em seu ombro e a fez arrotar. – Temos que encontra um lugar para ela dormi.

– É. – ele disse olhando para ela. – Como você estar se sentindo? De verdade.

– Cansada. – ela disse arrumando a filha no colo. – Estou um pouco dolorida, mas mesmo assim acho que estou bem.

– Carl me contou como foi o parto. – ele falou tirando o cabelo do rosto dela. – Você foi corajosa.

– Não fui. – ela disse rindo sem humor. – Eu estava em pânico, mas sabia que Carl não podia perceber. Ele estava assustado, e eu precisava de ajuda, não podia fazer aquilo sem ele.

– Eu estou orgulhoso dele e de você também. – ele disse sorrindo para ela. – Os dois foram fortes e corajosos.

– Eu estava morrendo de medo. – ela disse passando a mão no rosto de Judith. – Estava com dor e com medo. Ela não se mexia e eu comecei a sangra. Carl teve que tirar o cordão do pescoço dela, ele estava tão assustado. Eu podia ver isso nos olhos dele.

– Eu posso imaginar. Eu também fiquei. Quando matamos aqueles walkers e aquele desgraçado, saímos correndo atrás de vocês. Passamos um bom tempo andando pelos blocos e não vimos vocês. Depois nos separamos. Quando voltei para fora esperando encontra vocês e não os vi. Entrei em pânico. E então, escutei o choro. – Rick fez uma pausa. – Quando olhei para trás e olhei vi Carl segurando a Judith, chorando junto com ela, com as mãos e as roupas cheias de sangue... Eu acho que nunca senti tanto medo na vida. Acho que chegou muito perto do que senti quando Carl foi baleado. Você estava nos braços de Daryl, desmaia e sangrando... Pensei que você estava morta.

– Eu sinto muito. – ela disse mordendo os lábios. – Eu menti quando disse que estava pensando em todas as possibilidades. Eu nunca pensei que walkers iam entra aqui, eu ia correr com Carl para um bloco de celas que ainda não tinha sido limpo e que ele fosse fazer meu parto.

– Acho que ninguém pensou nisso. – Rick falou rindo. – Se eu pensasse nessa possibilidade, você ficaria trancada aqui com Hershel até ela nascer.

– Por que isso não me surpreende? – ela disse rolando os olhos. – Você não vai ajuda os outros?

– Está me expulsando?

– Não. Apenas fiz uma pergunta. – ela disse beijando a testa da bebê e a colocou na cama. – Temos que encontra um lugar para ela dormi. Não podemos deixar ela dormindo com a gente.

– Eu sei. – ele disse levantando.

Ally colocou a bebê perto da parede, com um travesseiro entre ela e a parede e outro do outro lado fazendo uma barreira.

– Eu posso tomar banho? – ela perguntou olhando para ele. – Estou me sentindo suja.

– Claro. Espera que vou chamar Carl para ficar com a irmã e te levo. Acho que você ainda não consegue andar sozinha.

Ally concordou com a cabeça. Ela pegou sua mochila e começou a procura uma roupa. Ela pegou uma calça e uma blusa. Rick voltou em pouco tempo com Carl ao lado dele. O xerife pegou a esposa no colo e desceu as escadas. Ele a levou para o banheiro. Ele a colocou sentada em um banco que tinha ali e depois foi arrumar as coisas. Depois que estava tudo pronto ele foi até ela. Ally suspirou e pegou a mão do marido. As pernas dela estavam fracas e ela quase caiu, Rick a segurou.

– Tudo bem? – ele perguntou olhando para ela preocupado.

– Estou. Apenas minhas pernas estão dormentes. – ela disse dando um passo para frente. – Acho que consigo andar se você me ajudar.

– Certo. – Rick passou o braço na cintura dela, que passou o braço pelos ombros dele.

Quando eles chegaram perto do chuveiro, Rick a ajudou a tirar a roupa e ligou o chuveiro. A água era gelada, mas os chuveiros ainda funcionavam. Ally se apoiou na parede e estremeceu quando sentiu a água fria em seu corpo, mas mesmo assim continuou. Rick pegou o sabonete e começou a passar pelo corpo dela. Quando ele terminou, lavou o cabelo dela. Quando ela estava limpa, Rick desligou o chuveiro e a enrolou com uma toalha. O xerife a levou até onde estavam suas roupas e a secou. Depois a ajudou a colocar as roupas.

– Melhor? – ele perguntou olhando para ela que penteava o cabelo sentada ao lado dele.

– Sim. Agora me sinto limpa. – ela disse sorrindo para ele. – Quem me limpou? Pensei que teria mais sangue pelo corpo.

– Amy e Beth. Elas limparam você enquanto Carl cuidava de Judith. – ele disse ajudando ela a levantar. – Consegue andar?

– Sim. Minhas pernas estão mais firmes. – ela disse dando um passo para a frente. – Mas agradeceria se você me apoiar. Apenas para o caso da minhas pernas me traírem.

– Claro. – ele disse abraçando a cintura dela.

– O que falta fazer? – ela perguntou colocando a cabeça no ombro dele enquanto eles começaram andando.

– Vamos tirar os resto dos walkers do bloco B. – ele disse abrindo uma porta. – Depois vamos para o D. Temos que matar os errantes de lá.

– Todos estão ajudando a limpar?

– Hershel, Mike e Beth, não. Hershel não pode correr, Mike é muito novo e Beth cuida da Judith e Mike. Amy e Sofia estão de vigia. O resto sim. – ele abriu a porta que levava para a celas deles. – Não quero deixar Axel e Oscar ficar sozinhos com as meninas, então eles estão comigo, Daryl e Carl matando e carregando os caminhantes. Maggie, Glenn e Edwin estão queimando os corpos.

– Certo. – ela disse parando de andar um pouco. – Será que posso fazer a comida? Ou vou ficar vegetando lá em cima?

– Acho que você deve descasar por pelo menos mais dois dias. – Hershel disse olhando para ela. – Você perdeu muito sangue. Está fraca ainda.

– Dois dias? Serio? – ela perguntou cruzando os braços.

– Sim. Como sua cela fica na parte de cima, acho que seria bom se andasse apenas por lá. Hoje e amanhã suas pernas ainda devem ficar um pouco dormentes, depois pode descer.

– Tudo bem. – ela disse se levantando.

Rick deu um passo para ajudar ela, mas ela balançou a cabeça e continuou andando sozinha. Ally andou devagar e chegou as escadas. Para ela pareceu uma eternidade para subi, já que ela tinha que subi devagar e presta atenção a cada passo que dava. Quando chegou na cela, Carl estava sentado ao lado da irmã, olhando para ela.

– Oi. – ela disse entrando na cela e indo para cama.

– Oi. Já estar pronta para correr? – ele perguntou rindo.

– Me dê uma semana. Talvez duas. E corremos por toda essa prisão. E se eu não cair depois de tropeçar nos meus pés, vou ganha. – ela se sentou ao lado dele. – Minhas pernas ainda estão dormentes. Eu queria te agradecer, Carl. Eu não teria conseguido sem você.

– Eu estava com medo. – ele falou olhando para ela. – Pensei que você ia morrer, quando desmaiou pensei que você tinha morrido.

– Sinto muito, querido. – ela falou passando a mão no rosto dele. – Mas você foi muito corajoso. Muitos marmanjos desmaiam apenas de assistir o parto de longe.

– Eu pensei que ia desmaia, mas quem ia cuida de vocês duas? – ele perguntou sorrindo para ela.

– Não sei. – ela disse beijando a testa dele. – Por que você não vai ficar com seu pai? Eu cuida dela.

– Certo. – Carl se levantou e começou a anda em direção a porta, mas ele parou e correu até ela e a abraçou. – Eu te amo, mãe.

– Eu também te amo, Carl. – ela disse apertando ele.

Eles se separaram e Carl saiu. Ally tirou o travesseiro e se deitou ao lado da filha.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Survival Instinct" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.