Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 30
Capítulo 30




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O herói de hoje é aquele que, frente à dúvida da escolha, foge do padrão comum, preferindo o risco e a responsabilidade da invenção às soluções prontas.

Jorge Forbes

I'm just a step away (Eu estou a apenas um passo)

I'm just a breath away (Eu estou a apenas um suspiro)

Losin' my faith today (Perdendo a minha fé hoje)

(Fallin' off the edge today) {(Caindo do precipício hoje)}

Os dias tinham se passado desde que Hershel tinha sido mordido. Rick e os outros começaram a limpar a prisão. Primeiro tirando os mortos de dentro o que levou um dia e meio. Ally era responsável por Hershel. Ajudava ele e limpava a ferida, o que a ajudava a se acalmar. Ela tinha arrumado as roupas do bebê e estava com tudo pronto para a chegada do bebê. Eles ainda não tinham visto os prisioneiros que tinha sobrevivido, Rick disse que apenas dois ficaram. Os outros ele teve que matar. Carl ainda não tinha falado com ela, mas ele tinha falado com o pai. Já que na mesma noite em que ele falou que Ally não era mãe dele, Rick conversou com ela e perguntou como ela se sentia sobre isso. Ela apenas disse que estava bem, que apesar de ter se sentido ferida com aquilo, ela estava bem. Para logo depois chorar nos braços do marido, que tento manter a calma e ficou fazendo carinho em seu cabelo até ela dormi.

Ally não culpava Carl pelo que disse e fez Rick prometer que não faria nada sobre aquilo. Pela primeira vez desde que tinha saído da fazenda Ally tinha colocando um vestido.

– Carl, Beth e eu vamos até a enfermaria. – Ally disse pegando seu revolve e colocando presa na perna. – Sofia e Mike vão ficar aqui com você. Laica e Poseidon vão para lá fora fica com seu pai.

– Tudo bem. – ele disse olhando para ela.

As duas saíram daí e foram para a enfermaria. Ally abriu a porta e olhou lá dentro apenas para ter certeza que não tinha ninguém. Ally entrou e começou a olhar em volta.

– O que estávamos procurando? – Beth perguntou para Ally.

– Muletas. – ela disse olhando atrás de um armário. – Seu pai vai precisar. Assim ele pode andar e saiu um pouco da cela. Vai fazer bem para ele.

– E aqui vai ter? Afinal, isso é uma prisão.

– Sim. Até mesmo bandidos se machucam. – ela disse olhando para a menina. – Sempre pode ter alguma briga, rebelião, coisas assim. Deve ter um par de muletas em algum lugar por aqui. Tenho certeza. – ela disse abrindo alguns armários. – Apenas vamos ter esperança. Tenho quase certeza que deve ter uma muleta e se não tiver, podemos achar alguma coisa para improvisar muletas. Vamos achar alguma coisa.

Elas passaram alguns minutos assim até que Ally finalmente encontrou o que procurava. Eram duas muletas simples e fáceis de usar. As duas voltaram para o bloco C, falando em como faria as coisas. Ally disse que seria bom se Hershel só andasse um pouco pela cela e depois descanse um pouco. Carl estava sentado na escada com Sofia ao seu lado. Assim que elas entraram, Carl e Sofia se levantaram e foram até elas.

– Aqui. Vamos devagar. – Ally disse vendo Hershel se sentar quando ele olhou para as muletas na mão dela. – Não precisamos ter presa. Vamos com calma.

Hershel se sentou e fez força para se levantar. Ele se apoiou na cama enquanto Ally se aproximasse dele.

– Calma, pai. Não faça força. – Beth disse olhando para ele.

– Força é tudo o que eu posso fazer. – ele disse pegando as muletas.

Assim que ele deu o primeiro passo quase caiu. Beth e Ally o seguraram e o mantiveram firme. Ele se apoiou algumas vezes no mesmo lugar.

– Bom, eu já estou firme. – ele disse olhando para Ally.

Hershel deu os primeiros passos com dificuldade. Ally apoiava Hershel colocando as mãos em seus ombros. Eles deram alguns passos juntos. Ally estava pronta para segurar Hershel. Apesar ela estava preocupada com isso. Ela não sabia se conseguiria segurar Hershel. Estava gravida e não podia força suficiente para segurar ele. Isso sem falar que ele pode cair por cima da barriga dela.

– Está indo bem. – Ally disse sorrindo para ele. – Vamos descansar agora?

– Descansar? Não. Estou cansado de ver esse beliche. Vamos dá uma volta. – ele disse olhando para ela. – Vamos andar um pouco.

I am just a man (Eu sou apenas um homem)

Not superhuman (Não um super-humano)

(I'm not superhuman) {(Eu não sou um super-humano)}

Someone save me from the hate (Alguém salve-me do ódio)

Ally sorriu e concordou com a cabeça. Ally foi andando na frente, enquanto Beth ia atrás do pai. Amy, Sofia, Carl e Mike iam mais atrás felizes por verem que Hershel estava indo bem. Ally olhava para trás e para frente. Ela sabia que não podia cair por causa da gravidez, mas tinha que tomar cuidado com Hershel. Assim que eles chegaram a porta, Ally se afastou um pouco e a abriu, indo para a escadas.

– Estou aqui se precisar. – ela disse descendo os primeiros degraus e apoiando a mão no peito dele, enquanto segurava a grade com a outra. – Não precisa ter presa.

– Desce devagar. – Beth disse. – Cuidado.

Assim que apoiou o pé no primeiro degrau, Hershel se desequilibrou. Ally pegou o braço dele e o ajudou a apoiar a muleta no chão. Eles desceram as escadas devagar. Ally se afastou e deixou Hershel passar, depois apoiou uma das mãos no ombro dele.

– Já tiraram todos os corpos. – Hershel disse olhando em volta. – Agora sim parece um lugar que podemos morar.

– Olhe por onde anda. Não precisamos de um tombo. – Ally disse olhando para ele.

– Estou bem. – Hershel disse olhando para ela sorrindo.

Ally olhou para traz e viu Beth e Amy andando juntas abraçadas e sorrindo. Sofia vinha mais atrás de mãos dadas com Mike. Assim que eles chegaram perto da outra cerca, Ally viu Glenn, Rick e Daryl entrando com lenha.

– Mandou bem, Hershel. – Glenn gritou acenando para eles.

Eles continuaram andando. Beth foi mais à frente para ficar ao lado do pai, enquanto Ally ficou mais para traz.

– Está indo bem, pai. – a loira disse sorrindo.

– Está pronto para correr, Hershel? – Carl perguntou olhando para ele.

– Me dê uns dois dias, que você vai comer poeira. – Hershel disse olhando para ele sorrindo.

Eles andaram mais um pouco e pararam de um lugar que dava para ter uma boa visão de Rick, Daryl e Gleen. Ally sorriu para eles e colocou a mão nas costas, enquanto tirava o cabelo do rosto com a outra. Eles olharam para longe.

It's just another war (É apenas mais uma guerra)

Just another family torn (Apenas outra família destruída)

(Falling from my faith today) {(Caindo da minha fé hoje)}

Just a step from the edge (Apenas a um passo do precipício)

Just another day in the world we live (Apenas outro dia no mundo em que vivemos)

– Walker. – Carl gritou olhando para traz enquanto pegava a arma.

Ally também pegou a arma dela e eles começaram a atirar. Como Beth, Hershel e Mike estavam desarmados, eles correram para um lugar seguro.

– Não. – Rick gritou correndo com os outros. – Saiam. Saiam daí. Agora. Ally.

Ally não podia olhar para ele. Maggie, Edwin, T-Dog e Carol correram para ajudar, mas eram muitos. Amy e Sofia correram para o lado de Maggie. Ally se afastava com Carl, mas era muitos indo para cima deles.

– Carl, vem pra cá. – Rick gritou enquanto corria desesperado.

– O portão tá aberto. – T-Dog disse atirando.

– Mãe, ali. – Carl disse mostrando o portão que levava para o bloco C que tinha poucos walkers em volta.

– Vamos. – ela disse colocando a mão no ombro dele.

Eles correram para lá. Assim que eles passaram pelo portão, vários errantes chegaram a ele. Carl correu para cima e Ally o seguiu depois de fechar o portão. Eles passaram pela porta e fecharam. Desceram as escadas, quando estava chegando onde as celas ficavam, viram mais walkers indo até eles.

– Por aqui. – Carl disse correndo para o outro lado.

Eles passaram a entra cada vez mais na prisão. Aquele bloco ainda não tinha sido limpo, por isso tinha muitos walkers. Ally respirou fundo e seguiu Carl. Ele ia na frente com a arma em punho pronto para atirar. Ally olhou para traz para ter certeza que não estavam sendo seguidos. Ally sentiu uma pontada de dor no pé da barriga. Ela ignorou que continuou correndo com Carl, apesar da dor que estava sentido. Eles andaram por mais alguns corredores quando Ally sentiu um liquido escorrendo por suas pernas.

– Não. – ela disse parando por causa da dor. – Carl, pare.

– O que foi? Você foi mordida? – ele perguntou indo para o lado dela preocupado.

– Não. Mas tem alguma coisa errada com o bebê. – ela disse olhando para ele. – Acho que ele vai nascer.

– Agora? – ele perguntou olhando para ela assustado. – Tem certeza?

– Sim. Temos que encontra algum lugar onde eu posso parar de andar. – ela disse colocando uma mão nas costa e a outra na parede. Nessa hora um som de sirene começou a tocar.

– Venha. – Carl passou um dos braços pela cintura dela e passou a ajudar ela a andar.

I need a hero to save me now (Preciso de um herói para me salvar agora)

I need a hero (save me now) {(Preciso de um herói (salve-me agora)}

I need a hero to save my life (Preciso de um herói para salvar a minha vida)

A hero'll save me (just in time) {(Um herói irá me salvar (bem a tempo)}

Ally tentava controlar a respiração, mas as contrações estavam aumentando. Ela tentava não se apoiar muito em Carl, nem o aperta quando sentia dor. Ele estava com a arma na mão e olhava para frete e para traz para ter certeza que eles estavam bem.

– Aqui. – ele disse quando eles passaram por uma porta, mas voltaram, já que mais à frente tinha mais walkers.

Carl abriu a porta e a fechou. Ele desceu e viu se estava tudo seguro, antes de voltar a ajudar a mãe a descer as escadas que tinha ali e depois subiu correndo para fechar a porta direito. Depois desceu correndo para ver se ali era seguro mais para o fundo. Ally o seguiu e se apoiou na parede segurando uma corrente. Sempre que sentia dor ela aperta ali e fazia de tudo para não gemer de dor. Carl já estava muito assustado para escutar ela gemendo. Ela suspirou e tentou pensar. Ela não podia ter o bebê ali. Sozinha com Carl, sem ajuda. Ally suspirou de novo. Aquele barulho estava deixando ela louca.

– Que barulho é esse? – ela perguntou olhando para a porta.

– Não sei. – Carl disse. – E se atrai os errantes?

– Não se preocupe com isso. – ela disse andando para mais fundo da sala. – Estamos seguros aqui. Venha.

– Mãe, temos que volta para nosso bloco. Hershel pode te ajudar. Ou o Edwin. Eu não sei o que fazer. – ele disse olhando assustado para ela. – Você não pode ficar aqui.

– Não. O bebê já vai nascer. – ela disse controlando a respiração. – Carl, eu preciso que você me escute e preste atenção no que eu vou te falar. Eu vou ter o bebê aqui e você precisar me ajudar.

– O que? – ele perguntou com os olhos arregalados.

– Escuta, você pode fazer isso. – ela disse e começou a respirar mais pesadamente.

– Mãe! – ele gritou se aproximando mais. – Você consegue respirar?

– Eu estou bem. Estou bem. – ela disse colocando a mão na barriga. – Eu vou fazer a maior parte do trabalho, você vai apenas me ajuda. Eu vou deitar e você vai ter que tirar minha calcinha. E faça tudo o que eu manda.

– Mãe... – ele disse com a voz chorosa.

– Você precisa, filho. Eu não posso fazer isso, não sem você. – ela colocou as mãos no ombro dele. – Você pode fazer isso, querido. Eu não posso sem você. Eu preciso da sua ajuda.

– Certo. Eu ajudo. – Ally se deitou no chão e Carl se ajoelho entre as pernas dela. Ele a ajudou a tirar a calcinha dela. – E agora?

– Eu vou fazer força. – ela disse respirando fundo. – Vou precisa que você fique pronto para pegar o bebê. Não tente puxa-lo, apenas espere para pegar ele logo após o parto. Se quiser pode apoia a cabeça dele, mas espera que ela saia completamente, não tente puxar, você pode matar o bebê se fizer isso.

– Mãe, eu to com medo. – ele disse chorando sentindo suas mãos tremendo.

– Eu sei, bebê. Mas vai ficar tudo bem. – ela disse tentando sorri. – Você vai apenas me ajudar. Eu vou fazer todo o trabalho.

I've gotta fight today (Eu tenho que lutar hoje)

To live another day (Para viver mais um dia)

Speakin' my mind today (Falando o que penso hoje)

(My voice will be heard today) {(Minha voz será ouvida hoje)}

Ally suspirou e começou a fazer força. Ela fazia o que podia para não fazer muito barulho. Não sabia se tinha muitos walkers do lado de fora, não sabia como estavam as coisas lá, muito menos se estava delatada, mas sentia que tinha que fazer força. Carl a olhava assustado, mas estava pronto para fazer o que ela mandasse. Ally perdeu a conta de quanto tempo fez força sem resultado.

– Mãe, eu não vejo mudança. – Carl disse apoiando as mãos nas pernas dela.

– Eu sei. Também não sinto o bebê se mexendo. – ela disse nervosa. Tinha alguma coisa errada com o bebê. – Carl, eu preciso que você faça uma coisa.

– O que?

– O bebê deve estar virado. Deve estar com as pernas para baixo e a cabeça para cima. Você vai ter que virar.

– Certo. Como eu faço isso?

– Você vai precisar colocar as mãos dentro de mim e vira-lo. – ela disse soltando um gemido de dor.

– Eu não posso. Você é minha mãe.

– Não sou. Lembra? Você mesmo me disse isso. Sou apenas a esposa do seu pai. – ela disse se apoiando nos braços para poder olhar para ele. – Você precisa fazer isso ou seu irmão vai morrer. E eu também. Você precisa.

– Mãe, me desculpa, eu não devia ter falado aquilo. Apenas estava triste que você tenha ficado brava comigo quando tentei ajuda. Eu não acho que você não seja minha mãe. Porque você é. Eu não quero que você morra.

– Eu sei que você não quis falar aquilo. E eu não vou morrer se você me ajudar. – ela disse respirando fundo. – Você tem que fazer isso. Coloque suas mãos dentro de mim, ache o bebê e o vire. Acho que ele quer sair ao contrário. Carl, por favor. Ele vai acabar morrendo sufocado.

I've gotta make a stand (Eu tenho que tomar uma posição)

But I am just a man (Mas eu sou apenas um homem)

(I'm not superhuman) {(Eu não sou um super-humano)}

My voice will be heard today (Minha voz será ouvida hoje)

Carl olhou para o meio das pernas da mãe e fez o que ela pediu. Ally podia senti as mãos dele dentro de si. Sabia que ele estava sendo o mais delicado que podia e sentia isso. Mas à medida que a dor ia aumentando, a pressão das mãos dele também. Parecia que ela estava sendo rasgada por dentro.

– Achei a cabeça dele, mas ele não está virado. – ele disse olhando para a mãe assustado.

Ally tentava controla a respiração e manter Carl calmo. O que não estava sendo fácil. Ao escutar isso ela deixou escapar um não fraco e tremulo.

– Pode senti a nuca dele também? Pode ser o cordão. Deve estar enrolado no pescoço dele, o sufocando e impedindo que saia. – Ally disse e mordeu a mão para abafar um grito, ela podia sentir o gosto de sangue na boca tamanha a força da mordida.

– De que cordão você está falando?

– Apenas ache o pescoço dele. – ela disse tentando manter a calma, mas estava quase entrando em pânico.

A cada segundo que se passava Ally sentia a dor aumentar. Parecia que as mãos de Carl a estavam rasgando por dentro com garras afiadas. Ela chegou a pedi para morrer e acabar logo com a dor.

– Achei. Tem uma coisa parecida com uma corda no pescoço dele. É isso? – ele perguntou olhando para ela.

– Sim. Consegue soltar? – ela disse prendendo a respiração.

– Vou tentar. – ele disse, enquanto Ally deitava as costas no chão e mordia a mão cada vez mais forte para não gritar.

It's just another war (É apenas mais uma guerra)

Just another family torn (Apenas outra família destruída)

(My voice will be heard today) {(Minha voz será ouvida hoje)}

It's just another kill (É apenas outra matança)

The countdown begins to destroy ourselves (A contagem regressiva para nos destruir começou)

Ally pensou que fosse morrer. A dor era tanta, que ela sentiu vontade de morre mesmo e sentiu a visão ficando escura. Carl tentava ser o mais delicado que podia e o mais rápido. Não queria machucar a mãe. Ally suspirou e jogou a cabeça para trás quando sentiu o gosto de sangue em sua mão descer pela sua garganta.

– Consegui. – Carl disse alto, olhando para ela sorrindo. – Solte o cordão do pescoço dele.

– Certo. Tire as mãos que agora é comigo. – ela disse tentando se acalmar.

Ally não podia mais lutar contra a natureza nessa hora. Se apoiou nos cotovelos e usando as forças que lhe restavam começou a fazer força. Ela sentiu quando o bebê se mexeu e podia senti a diferencia em seu interior, fazendo com que ela chorasse mais do que já estava. Sabia que tinha que continuar, se quisesse salva a vida de seu filho, tinha que fazer força. Quando as contrações diminuíram, ela se permitiu descansa um pouco. Apenas alguns segundos antes de uma nova onda chegar.

– Eu posso ver a cabeça. – Carl gritou segurando as pernas dela no lugar. – Empurre, mãe. Está quase lá.

Ally deu um leve grito e usando o que lhe estava de força deu mais dois empurrões. Pode senti quando o bebê saiu de dentro dela e caiu exausta no chão.

– Peguei. O que faço agora? – Carl disse olhando para ela.

I need a hero to save me now (Preciso de um herói para me salvar agora)

I need a hero (save me now) {Eu preciso de um herói (salve-me agora)}

I need a hero to save my life (Eu preciso de um herói para salvar minha vida)

A hero'll save me (just in time) {Um herói irá me salvar (bem a tempo)}

Depois de respira fundo duas vezes, Ally se apoiou nos cotovelos para poder olhar para Carl. Ele olhava para ela esperando as ordens e estava quase tão suado quanto ela.

– Segure ele no alto, pelos calcanhares, com cuidado, Carl. – ela disse com a respiração pesada. Seus olhos queriam se fechar. – Dê pequenos tapinhas nas costas dele, até que ele chore. Veja se não tem nada na boca e no nariz que impeça que ele respire. Se tiver, você terá que sugar.

Carl fez o que ela mandou. Em pouco tempo um som alto e estridente foi ouvido em toda a sala. Carl tirou sua jaqueta e colocou em volta do bebê, o cobrindo. Ally sentiu as contrações voltando, como se fosse cólica. Ela não se preocupou com isso, sabia que era a placenta.

– Carl, você precisa cortar o cordão. Use sua faca. – ela com a respiração mais calma. – Preciso que tire o cordão da sua jaqueta e o use para amarrar o cordão. Coloque o bebê deitado no chão com cuidado, com as costa no chão. Depois meça quatro dedos do bebê e amarre. Meça cinco dedo depois do primeiro nó e amarre novamente. Corte entre os nós.

Carl fez o que ela mandou. Ele cortou o cordão e olhou para a mãe esperando para ver o que teria que fazer agora.

I need a hero to save my life (Eu preciso de um herói para salvar minha vida)

I need a hero just in time (Eu preciso de um herói bem a tempo)

Save me just in time (Salvar-me bem a tempo)

Save me just in time (Salvar-me bem a tempo)

– Veja se o bebê é normal. Ele tem tudo que um bebê normal deve ter? Dedos dos pés e das mãos? – ela perguntou sem forças para se apoiar e ver o bebê.

– Sim. Está tudo aqui. Vinte dedinhos.

Ally sentiu a cólica diminuir e alguma coisa escorrendo por suas pernas.

– Temos que sair daqui. – ela disse olhando para ele. – Temos que ir.

– Mas você está fraca. – Carl disse balançando o bebê para ele parar de chorar. Não queria atrai walkers.

– Eu sei. Me ajuda. – ela esticou a mão para ele.

Who's gonna fight for what's right (Quem vai lutar pelo o que é certo?)

Who's gonna help us survive (Quem vai nos ajudar a sobreviver?)

We're in the fight of our lives (Nós estamos na luta por nossas vidas)

(And we're not ready to die) {(E nós não estamos prontos para morrer)}

Carl segurou a mão dela e a ajudou a levantar, apoiando o corpo dela. Depois a ajudou a sair dali. Ally usar as forças que não tinha para continuar andando. Ela sentia sua energia indo embora rapidamente. Cada vez que piscava, era mais difícil abri os olhos novamente.

– Carl, espera... Eu preciso parar. – ela disse antes de cai sentada no chão. – Leve o bebê. Você tem que proteger ele. Eu não posso mais. Não consigo dá nenhum passo. Leve o bebê para seu pai, cuide dele. Eu não posso ir com vocês. Estou morta de cansaço.

– Sim, você pode. Vem. – ele disse tentando levantar ela com uma mão. – Vamos, mãe. Só mais um pouco. Estamos quase lá.

– Não posso. Sinto muito. – ela falou e a hora o corredor rodou e tudo fico escuro.

Quando Ally desmaiou, Carl entrou em pânico. Ele segurou o bebê mais apertado no colo e se aproximou de Ally a balançando.

Who's gonna fight for the weak? (Quem vai lutar pelos fracos?)

Who's gonna make 'em believe? (Quem vai fazê-los acreditar?)

I've got a hero (I've got a hero) {Eu tenho um herói (eu tenho um herói)}

Livin' in me (Vivendo em mim)

– Mãe? Mãe, por favor, não faça isso comigo. – ele disse chorando enquanto encostava a cabeça no ombro dela. – Eu sinto muito. Eu não queria falar aquilo. Você é minha mãe. Me desculpa, mamãe. Por favor. Eu juro que nunca quis dizer aquilo, eu falei sem pensar. Você é minha mãe. E eu preciso de você. Você não pode morrer. Não pode. Mamãe...

Carl não sabia o que fazer. Não podia deixar a mãe ali. Algum walker podia pegar ela. Ele nem sabia se ela estava viva ou não. Ele olhou para a irmã que chorava em seus braços e se mexia agitada. Sabia que o choro ia chamar a atenção dos walkers e que ele devia levar ela para um lugar seguro, mas ele não podia sair. Não podia deixar a mãe ali sozinha.

I'm gonna fight for what's right (Eu vou lutar pelo que é certo)

Today I'm speaking my mind (Hoje eu estou falando o que penso)

And if it kills me tonight (E se isso me matar esta noite)

(I will be ready to die) {(Eu estarei pronto para morrer)}

– Mãe... Por favor. – ele disse chorando. – Eu não sei o que fazer. Eu não sei. Mãe, volta.

– Ally? Carl? Carol? T-Dog? – ele escutou a voz de Daryl mais à frente. – Tem alguém ai?

– Aqui. – Carl chamou, tentando vê alguma coisa a sua frente. – Corre, é minha mãe.

O caçador correu até onde eles estavam o mais rápido que podia. Quando viu Ally no chão sentiu seu sangue sumi de seu rosto. Ela estava mais branca do que papel. Pelo menos até a cintura, já que dali para baixo estava toda suja de sangue. Ele se aproximou deles e olhou para o bebê nos braços de Carl.

– Carl... O que...? – ele disse se ajoelhando ao lado da irmã. – Ela...

– Eu não sei. Depois que o bebê nasceu, ela disse que tínhamos que volta para o bloco de celas e começou a anda. Andamos um pouco, e ela parou, falou que não podia mais andar, depois desmaiou. – Carl disse balançando a irmã delicadamente olhando desesperado para a mãe. – Eu a chamei, mas ela não me respondeu. Ela morreu?

A hero's not afraid to give his life (Um herói não tem medo de dar a sua vida)

A hero's gonna save me just in time (Um herói vai me salvar bem a tempo)

Daryl respirou fundo e colocou a mão no pescoço de Ally. Ela estava pálida e sangrava um pouco, mas isso não queria dizer que estava viva ou morta. O caipira prendeu a respiração e apenas soltou quando sentiu o pulso as irmã. Estava fraco, mas estava ali.

– Ela ainda está viva. – ele disse olhando para o menino. – Mas temos que leva-la para Edwin.

Daryl colocou a besta nas costas e pegou a irmã no colo o mais delicadamente que pode. Carl se levantou e pegou sua arma. Ele foi na frente e olhou em volta para ver se era seguro continuar. Como não viu nada, ele continuou. Carl ia na frente com o coração acelerado, segurava a irmã com uma mão e a arma com a outra, seus pensamentos a mil. O medo ainda presente em seu coração. Eles chegaram até as celas e passaram por ali e subiram as escadas para sair do bloco de celas. Carl estava na frente de Daryl por um bom espaço, ele abriu a porta e desceu as escadas. Nessa hora o bebê começou a chora chamando a atenção dos outros que estavam ali.

– Carl... – Rick disse olhando para ele, depois para o bebê e o sangue em sua roupa. – Onde...

– Daryl está trazendo ela. – Carl respondeu abrindo o outro portão.

I need a hero to save me now (Eu preciso de um herói para me salvar agora)

I need a hero (save me now) {Eu preciso de um herói (salve-me agora)}

I need a hero to save my life (Eu preciso de um herói para salvar a minha vida)

A hero'll save me (just in time) {Um herói irá me salvar (bem a tempo)}

Nessa hora Daryl saiu do bloco B e desceu as escadas correndo.

– Acho que ela parou de respirar. – ele gritou deitando a irmã no chão.

Rick e os outros correram até eles. Edwin assumiu os cuidados, já que Hershel não conseguiria examina-la deitada no chão. Ele a examinou rapidamente.

– Ela perdeu muito sangue. – ele disse fazendo uma espécie de massagem na barriga dela. – Ela está respirando e acho que está bem. Apenas cansada. Isso é normal. Ela acabou de ter um bebê. Temos que levar ela para dentro e cuida deles. Lá vou pode cuidar dela direito. Acho que vamos precisar de uma transfusão.

Rick concordou com a cabeça e pegou Ally no colo. Eles foram para o Bloco C e seguiram para as celas. O xerife subiu as escadas com a esposa no colo e a deitou na cama deles. Edwin entrou pouco tempo depois com a mochila que Carl tinha trazido da enfermaria e começou a cuidar dela. Ele deu alguns anti-inflamatórios que tinha ali direto na veia dela. Depois com a ajuda de Beth a limpou, enquanto Rick e os outros fechavam onde os outros walkers estavam.

– Isso é tudo o que posso fazer. Vamos ter que esperar ela acorda. – Edwin disse se levantando. – Vou chamar Amy para te ajuda trocar ela e ver se seu pai precisa de ajuda com o bebê. Daqui a pouco Hershel vai trazer o sangue de Daryl para ela.

I need a hero (Eu preciso de um herói)

Who's gonna fight for what's right? (Quem vai lutar pelo o que é certo?)

Who's gonna help us survive? (Quem vai nos ajudar a sobreviver?)

Amy e Beth trocaram Ally e saíram da cela. Rick e Carl chegaram pouco tempo depois e se sentaram ao lado de Ally. Beth trouxe a bebê e entregou a Rick antes de sair e deixa os quatro sozinhos.

I need a hero (Eu preciso de um herói)

Who's gonna fight for the weak? (Quem vai lutar pelos fracos?)

Who's gonna make 'em believe? (Quem vai fazê-los acreditar?)

I need a hero (Eu preciso de um herói)

I need a hero (Eu preciso de um herói)

A hero's gonna save me just in time (Um herói irá me salvar bem a tempo)


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Notas finais do capítulo

Eu amo essa música. Achei que ficaria perfeita nesse momento. Espero que tenham gostado.
Lyne
Música: Hero.
Skillet



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