Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 25
Capítulo 25




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Aprendi que a coragem não é a ausência do medo, mas o triunfo sobre ele. O homem corajoso não é aquele que não sente medo, mas o que conquista esse medo.

Nelson Mandela

Ally estava sentada no carro esperando com Hershel, Beth, Amy, Carol e Mike os outros limparem a casa. Ela já estava com a gravidez avançada. Sete ou oito meses, ela ainda não sabia ao certo, por isso não podia ajudar os outros. Enquanto olhava para fora da janela no carro, Ally se lembrava da sua família enquanto sentia o bebê mexendo. Ela queria que sua mãe estivesse ali para falar que tudo ficaria bem, que ela estava indo bem. Mas não. Sua mãe não estava ali. Ela suspirou alto e se mexeu no banco, chamando a atenção de Carol que estava parada do lado de fora do carro com um machado na mão. Todos sempre estavam armados. Sempre. Ally nem se lembrava quando foi a última vez que ela não estava com suas facas.

– Esse é o sinal. – Hershel disse quando eles escutaram o assubiu.

Ally estava tão perdida em seus pensamentos que nem o ouviu. Ela colocou as pernas para fora do carro e saiu. Ela pegou uma mochila e seu coberto com uma mão e foi em direção a casa. Ela apoiava a mão livre na barriga para poder andar mais rápido. Subiu os degraus rapidamente e viu Rick parado com a arma na mão na porta. Ela passou por ele e foi para a sala onde os outros estavam indo. Ally colocou suas coisas no chão e olhou em volta. Ela se sentou ao lado de Carol e Beth encostada no sofá e olhou para longe, sem realmente ver nada na sua frente. Carl se sentou ao lado dela com uma cara triste. Ela notou que ele não tinha encontrado nada para eles comerem, mas encontrou algumas latas de comida para cachorro que guardou. Desde que Ally começou a ter dificuldades para comer ele sempre procurava alguma coisa para ela comer esperando que alguma coisa a agradasse. Todos na sala ficaram em silêncio e sem olhar para ninguém. Rick estava andando de um lado para o outro com a arma em uma das mãos.

Laica foi até ela e se sentou ao seu lado olhando para ela. Ally suspirou e se levantou indo até a escadas, onde se sentou longe de todos. Não era a intenção dela, mas ela começou a chora. Ela tentava chorar baixo para não chamar a atenção dos outros, mas não deu muito certo. Em pouco tempo Rick estava sentado ao lado dela.

– Eu quero minha mãe. – ela disse passando a mão no rosto para secar as lágrimas. – Eu quero saber se ela está viva. Era o sonho dela ser vó e agora que estou quase tento um bebê e ela não está aqui para ver. Que tipo de filha eu sou? Que tipo de filha não realiza esse sonho da mãe quando está quase ganhando bebê? E Carl? Que tipo de mãe eu sou? Deixo ele andar armado, matar walker, invadir casas com você. Ele é apenas uma criança. E acha que tem responsabilidade em me manter alimentada. Ele quis me dá a comida dele ontem.

– Está tudo bem. – Rick disse a abraçando. – Vamos dá um jeito.

– Não, não vamos. – ela disse escondendo o rosto nas mãos. – Eu vou ter esse bebê na rua. E se acontecer alguma coisa com ele? Carl anda armado, Rick, não tem um lugar seguro.

– Vamos. Esse pessimismo são seus hormônios falando. – ele disse passando a mão na cabeça dela tentando acalma-la.

– Temos que ir. – Hershel disse indo para a saída com as coisas deles nas mãos.

Rick levantou e ajudou ela a levantar. Daryl saiu primeiro com Glenn e Edwin logo atrás. Ally saiu depois com Beth, Amy, Sofia e Mike. Carol veio um pouco mais atrás com Carl e Hershel. Rick, como sempre, foi o último. Eles corriam o mais rápido que podiam. Ally entrou no seu carro que Daryl mantinha a porta aberta para ela. Eles entraram nos carros e foram para a estrada mais próxima. Ela ainda chorava e continuou assim por um tempo. Mesmo depois de ter parado de chorar, ela mantinha o olhar longe e não falava. Rick olhava para ela ás vezes, para ter certeza que ela estava bem. Depois de andarem por algumas horas eles pararam. Ally ficou no carro enquanto todos corriam para fazer uma formação para ver qual seria o próximo passo. Carl estava na frente do grupo com a arma na mão e Laica e Poseidon ao seu lado. Sofia e Amy estavam ao lado de Ally com machados nas mãos de um lado e Beth e Carol do outro. Ally olhou para a floresta a sua frente e fechou os olhos. Ela sentiu o bebê chutar forte e passou a mão pela barriga como se para acalma-lo.

– Vamos caçar então. – ela escutou a voz de Rick. – Temos que ser rápidos.

Ela olhou para fora do carro e viu que Rick vinha em sua direção. Ally suspirou e se esticou para pegar suas facas. Sempre que Rick saia para caçar com Daryl, ele levava alguma delas.

– Vou levar a espada dessa vez. – ele disse indo até Sofia.

Desde que sua barriga começou a crescer, ela emprestou sua espada e seu arco que tinha ganhado de Daryl para Sofia. Ally apenas concordou com a cabeça e se arrumou no banco.

– Tudo bem? – Carol perguntou quando Rick se afastou dela.

– Sim. – ela respondeu olhando Carol. – Eu vou andar um pouco, não aguento ficar mais parada.

– Tem certeza? Andamos bastante nesses dias.

– Sim andamos, mas não posso ficar mais nem um segundo sentada. Não vou me afasta muito do carro, mas preciso andar. Minhas costas estão me matando.

Ela desceu do carro e começou a andar por ali. T-Dog e Edwin tinham ido buscar água, enquanto os outros ficaram ali. Ally viu Daryl e Rick entraram na floresta. Hershel olhou para ela e sorriu. Ally sorriu de volta e começou a anda para longe do grupo. Carl olhou para a mãe e correu em sua direção. Eles andaram em silêncio por ali. Ally parava ás vezes, apenas para esticar um pouco as costas.

– Você está bem, mãe? – Carl perguntou olhando para ela.

– Sim. Estou bem.

– Por que você estava chorando?

– Hormônios. É normal quando se está gravida. Estou sentindo saudade da minha família. – ela olhou para ele e sorriu. – Estou bem agora. Apenas precisava chorar um pouco para não ficar louca.

– Então, você está bem agora, não é?

– Estou. – ela disse sorrindo mais para ele. – Estou bem mesmo.

Eles continuaram andando. Carl sorria para ela e contava como estava cada vez mais perto de Sofia. Os olhos do garoto brilhavam a cada palavra que falava. A mulher apenas escutava e falava algumas coisas, ás vezes, apenas para mostra que estava prestando atenção na conversa. Ally virou ao escutar o som de um walker vindo atrás deles.

– Maggie. – ela disse apontando para o morto.

A garota concordou com a cabeça e foi em direção ao errante. Com um golpe certo, ela o matou. Maggie se virou para eles sorrindo. Ally apenas balançou a cabeça e continuo andando. Quando se cansou ela se sentou no carro de Hershel que era o mais próximo.

– Carl, vai mais para a frente. Olhe para lá para ver se não tem nada vindo. – Hershel disse se aproximando dela.

Carl balançou a cabeça para ele e foi para onde estava antes de começar a andar com a mãe.

– Como está se sentindo? – ele perguntou olhando para a barriga dela.

– Bem.

– Está sentindo dor?

– Apenas não consigo ficar muito tempo na mesma posição. Passo muito tempo sentada. Passo a maior parte do dia sentada.

– Eu sei. – ele disse colocando a mão no ombro dela. – Como está sua relação com Rick?

– Bem. A gente discutimos por causa da proteção dele. Estou cansada dele me falando o que não posso fazer. Mas estamos bem.

– Ele está preocupado.

– E eu não? Hershel, eu nem sei se esse bebê está vivo. – ela disse baixo apenas para ele ouvi. – Sinto ele se mexer mas não sei se é humano ou não. Carl anda armado, entra nas casas que podem estar cheia de Walkers, pode ser mordido a qualquer momento. Não sei onde vou ter esse bebê. Rick está ficando cada vez mais tenso com a liderança. Eu sei que tenho que pensa nesse bebê. Sei que não posso me colocar em perigo, mas estou cansada de ficar sentada sem fazer nada enquanto vocês correm perigo.

Hershel apertou a mão dela. Ele queria saber o que falar para ela se sentir melhor, mas normalmente quem dava conselhos e falava como expor o que estava sentindo era Ally. Ela que sabia o que falar nessas horas. Nesse momento, T-Dog e Edwin chegaram. Ally continuou onde estava, não mexeu um musculo.

– Eles estão vindo. – Carl disse vendo o pai e Daryl se aproximando.

Ally olhou para eles e notou que tinha acontecido alguma coisa. Rick tinha um brilho diferente nos olhos.

– O que aconteceu? – ela perguntou olhando para ele.

– Encontramos um lugar. – ele disse indo até ela. – Temos que limpar, mas é perfeito. Grande, espaçoso, tem abrigo, cercas, muros. Tudo.

– O que seria esse lugar? – ela perguntou olhando para os dois.

– Uma prisão. – ele disse indo até o carro deles. – Vamos limpar aquele lugar.

– Tem certeza que vamos consegui? – Daryl pergunto tenso.

– Tenho. – ele olhou para eles. – Temos que fazer isso.

Eles entraram nos carros e partiram. Eles pararam perto da prisão, depois saíram do carro e foram correndo para a prisão. Ally colocou uma das mão na barriga e segurou a mão de Mike com a outra, já que não podia usar armas. Rick cortou as grades e eles entram pouco a pouco. Ally entrou e olhou em volta. Eles votaram a correr depois que Glenn e Daryl terem fechado a grade. Assim que eles pararam Rick falou o que eles iam fazer. Em pouco tempo todos estavam no seu lugar.

– Eu vou fechar o portão. – Rick disse olhando para a frente.

Ally foi até o portão. Ela e Rick se olharam por um tempo. Ally deu um passo à frente e o beijou, ela suspirou e abriu o portão. Rick entrou e ela fechou. Ally tentava ver alguma coisa, mas tinha um caminhão tombado bem na frente. Ela podia escutar o som de tiros e os gritos do pessoal que estava matando o walkers pelas cercas. Até mesmo Laica e Poseidon ajudavam latindo.

– Podem mandar ver. – ela escutou Daryl grita.

Ally pegou um revolve e começou a atirar também. Ela mirava nos poucos que ela podia ver. Em pouco tempo todos os walkers estavam no chão. Ally abaixou a arma e olhou em volta. Ali não era o melhor do mundo, mas era o melhor que eles tinham nos últimos meses. Ela balançou a cabeça e abriu o portão. Os outros estavam vindo em direção a ela. Carol estavam tão animada por ter ido bem. Daryl a elogiou e foi até o portão.

– Você está bem? – Carol perguntou olhando para ela.

– Melhor do que nas últimas semanas. – ela respondeu sorrindo para a amiga.

– Tudo bem? – Daryl perguntou apertando o ombro dela quando passou por ela.

– Sim. – ela sorriu para ele.

Carl passou por ela e sorriu antes de entra no pátio da prisão. Ally esperou que todos passassem para ela ir. Assim que colocou o pé lá dentro, viu Glenn correndo para matar um walker que estava no chão. Ally andou devagar e olhando em volta. Rick saiu da torre em que tinha entrado e olhou para a esposa sorrindo. Ally parou de andar e levou a mão esquerda até as costelas. Há algumas semanas ela passou a ter essas dores, sempre que o bebê se mexia ela sentia um pouco. Ela respirou fundo esperando a dor passar. Carl e Rick olhavam para ela esperando para ver se ela precisava de ajuda. Eles estavam esperando o bebê para esses dias e estavam ansiosos. Toda vez que ela parava, eles ficavam encarando ela. Ally abriu os olhos e voltou a andar.

– Tudo bem? – Sofia perguntou para ela.

– Sim. Apenas o bebê decidiu jogar bola com meu pulmão. – ela disse passando a mão no rosto dela sorrindo para a menina. – Estou bem. O que vamos fazer agora?

– Vamos levar esses walkers para aquele canto. – Rick disse olhando para ela. – Daryl, Glenn e eu vamos busca os carros. Carol, Maggie e Beth, vocês podem ver se encontra alguma coisa para fazer uma fogueira. Edwin passe pelas cercas e vejam se tem algum buraco se tiver dê um jeito de fechar. Mate todos os que estiverem ali pelas cercas, certo? Não vamos arriscar. Mike, Sofia e Amy limpem ali para montamos acampamento. Hershel, T-Dog e Carl, vocês levam os walker. Ally você vai abri o portão para a gente.

Todos começaram a fazer o que Rick disse. Ally olhou para o esposo e colocou a mão na barriga, com a respiração pesada.

– Tudo bem? – Rick perguntou preocupado.

– Sim. Apenas seu filho que acha divertido chutar minhas costelas. – ela disse se arrumando. – Vamos lá.

Ally pegou a chave que Rick estendeu para ela e abriu o portão enquanto os três passaram correndo. Ela fechou e olhou para ele se afastarem. Ela se sentou no chão e ficou olhando para longe. Sabia que não deixariam ela ajudar. Ela passou a mão na barriga. Mesmo falando para todos que estava bem, ela tinha medo. E se o bebê estivesse morto? E se ela não conseguisse ter um parto normal? Se ela morresse no parto? Ally ficou ali olhando para o nada até que avistou os carros ao longe. Ela se levantou e se preparou para abri o portão. Assim que eles estavam perto ela afastou o portão e esperou o último carro entra, fechando rapidamente. Ally sorriu para Daryl quando ele saiu do carro e olhou para ela.

– Você vem? – o caçador perguntou olhando para ela.

– Já vou. – ela disse vendo Glenn e Daryl se afastar. – Não tem nada que eu possa fazer?

– Não podemos ariscar. – Rick disse sem olhar para ela. – Você pode se machucar.

– E vou fazer o que? Ficar aqui sentada sem fazer nada enquanto você trabalham? – ela se aproximou dele. – Eu posso ajudar. Acenda a fogueira que eu faço a comida.

– Ally...

– Rick, estou cansada de ser um peso morto. – ela disse indo até ele. – Eu posso fazer a comida.

– Tudo bem. – ele disse levando a mão a barriga dela. – Mas qualquer coisa chama alguém para te ajudar.


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