Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 24
Capítulo 24




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As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras.

Friedrich Nietzsche

Todos estavam sentados perto do fogo. Ally olhou para o marido que era o único de pé. Todos olhavam para ele, esperando que ele falasse alguma coisa. Estavam todos cansados e preocupados. Ally estava abraçada a Carl que estava com frio. Sofia e Mike estavam deitados abraçados ao lado deles, fazendo as pernas de Carol de travesseiro. Mike já estava dormindo, mas se mexia incomodado. T-Dog, Glenn e Maggie estavam com suas armas e olhavam em volta tensos. Rick estava mexendo em seu revolve e não olhava para eles. Daryl estava um pouco mais distante com a besta no colo e olhava para as crianças. Edwin estava sentando ao lado de Amy que deixava alguns soluços escaparem. Hershel estava abraçado a Beth que tentava dormi. Laica e Poseidon estava na frente de Ally e Sofia, esquentando Carl e Mike.

– O que foi isso? – Maggie perguntou quando eles escutaram um som vindo de algum lugar na frente dele.

– Não sei. – Rick disse olhando para onde veio o som.

Os outros levantaram e pegaram suas armas. Ally continuou como estava assim como Sofia. Ela passou a presta mais atenção a sua volta. Tentando descobri de onde veio o som.

– Acho que veio de onde estávamos. – Carol disse olhando para Rick.

– Eu sei.

– E se...

– Não. Vamos ficar juntos. – Rick interrompeu Maggie. – A última coisa que precisamos é ficarmos correndo no escuro.

– Não estou falando isso. Apenas não me sinto bem ficando aqui parada.

– Escute o Rick. Ele sabe o que está fazendo. – Hershel disse.

– Eu concordo com Maggie, temos que fazer alguma coisa. – Glenn disse olhando em volta.

– Eu estou fazendo. Estou mantendo esse grupo unido. – ele disse nervoso. – Se nos separamos agora, morremos. É isso que querem? Então vão. Eu não ligo. Não pedi para ser o líder desse grupo. Eu não pedi isso. Vão embora. Sem carro, no escuro. Agora me digam onde temos mais chance de sobreviver, como temos mais chance de saímos vivos. Aqui, juntos ou por ai no escuro? Vamos me digam. – ele gritou fazendo Mike acorda assustado. – Estou cansado de vocês apenas reclama. Acabou, isso não é mais uma democracia. Se querem segui comigo, vão fazer as coisas do meu jeito. Se acharem ruim. Vão embora.

– Rick, se acalme. – Edwin disse olhando para ele.

– Não vou me acalmar. – ele disse apontando para ele com o revolve. – Estou farto. Estou fazendo o melhor para nos manter vivos, para não deixar eles piores do que já estão, mas acho que não é o bastante. Vocês podem fazer melhor que eu? Me mostrem. Façam alguma coisa além de reclamar e questionar as minhas escolhas. Eu acredito que tem um lugar para nós. Um lugar seguro. Posso está ficando louco, posso está confuso, posso estar apenas me iludindo. Mas tenho que acreditar. Eu preciso acreditar. Vamos, Edwin. Conte para eles o que você me disse quando saímos do CCD. Conte para eles por que o sangue da Ally é diferente do nosso. Conte.

– Rick...

– Estamos todos infectados. – ele disse olhando para cada um ali. – Todos nós temos o vírus dentro de nós. Menos a Ally. Por isso quando foi mordida, ela não morreu.

O silêncio foi mortal. Todos se olharam e depois olharam para Ally que ainda estava abraçada a Carl. Ela nada, disse apenas olhou para Rick que se afastava.

– Está tudo bem. – Carol disse fazendo carinho na cabeça de Mike. – Vamos ficar bem, querido.

Daryl e Ally trocaram um olhar antes dela abraçar Carl mais apertado fazendo ele deitar no chão. Daryl fez que sim com a cabeça para ela e se afastou, seguindo Rick. Ally apoiou o queixo na cabeça de Carl e ficou olhando para onde Rick tinha desaparecido. Eles ficaram assim por um tempo. Todos tensos e sem falar nada. Ally suspirou e começou a cantar baixinho. Aos poucos as coisas foram se acalmando. Logo as crianças estavam dormindo. Ally se deitou ao lado de Carl. Ela não conseguiu dormi tão fácil como as crianças. Apesar de cansada, ela não conseguia dormi. Carol tinha ido mais para perto dela, de modo que eles se aquecessem. Ally viu quando Daryl voltou com Rick e eles ficaram conversando um pouco mais longe do grupo. Aos poucos o cansaço falou mais alto e ela acabou dormindo.

Ally acordou quando senti Rick se deitando ao lado dela. Ele passou a mão em sua cintura e colou seu peito com as costas dela. Ally fechou os olhos novamente mais não conseguiu volta a dormi. Ela apenas ficou sentindo a respiração do marido em seu pescoço. Carl se mexeu e viu até ficar viro de frente para ela. Ally passou a mão no rosto dele e abriu os olhos olhando para cima. Daryl estava parado alguns metros dela com besta na mão olhando para Carol, Sofia e Mike que dormiam ali.

– Você tem que dormi. – Rick disse baixinho no ouvido dela. – Amanhã vai ser cansativo.

– Estou sem sono. – ela disse virando um pouco a cabeça para tentar olhar para ele.

– Tente. – ele disse beijando a nuca dela. – Você precisa descansar.

Ally sentiu ele levar a mão para a barriga dela. Ela suspirou, mas não disse nada. Ally encostou a cabeça o peito dele e fechou os olhos. Aos pouco conseguiu dormi. No dia seguinte, Ally foi uma das primeira levantar, deixando Carl e Rick dormindo. Ela pegou sua espada e suas facas e foi se sentar ao lado de Hershel que estava de guarda. Eles ficaram em silêncio por um tempo. Sem nada para dizer. Aos pouco os outros foram acordando, todos estavam doloridos por terem dormido no chão. Ally e Carol conseguiram fazer uma sopa rala com um esquilo que Daryl tinha pego e algumas coisas que tinha pegado na fazenda. Depois eles levantaram acampamento e se separaram. Glenn e Maggie foram atrás de gasolina e suprimentos. T-Dog e Edwin foram ver o que tinha em volta da onde estavam acampando. Ver se encontravam alguma casa. O resto voltou para a estrada.

– Eu vou caçar. – Daryl disse pegando a besta e uma corda. – Não vou muito longe. Devo voltar no máximo uma hora.

– Eu vou com você. – Ally disse saindo de cima do capô do carro que estava sentada.

– Não. – Rick disse. – Você está gravida, não pode ficar andando por ai.

– Gravidez não é doença. Não vou para o meio de uma horla. Vou apenas acompanha meu irmão. – ela disse olhando para ele. – Você não vai me proibi de fazer as coisas que quero, Rick. Eu e o bebê vamos ficar bem.

– Eu vou cuidar deles. – Daryl disse arrumando a besta nas costas. – Não se preocupe.

Ally pegou sua mochila e se afastou dele. Daryl olhou por Rick e deu os ombros antes de segui a irmã. Os dois entraram na floresta e ficaram em silêncio. Daryl sabia que ela precisa se afasta um pouco te todos, que precisava de um tempo para ela. Eles conseguiram pegar alguns esquilos antes de voltarem para a estrada. Assim que saíram da floresta Carl e Sofia correram até eles. Carl abraçou a Ally que sorriu para ele e se afastou indo até onde os outros estavam.

– Como foi? – Rick perguntou mal humorado.

– Bem. Conseguimos alguns esquilos. – ela respondeu tirando a franja da cara. – Daryl vai limpa, para mim e Carol cozinhamos.

– Eu preciso conversa com você. – ele disse olhando para a esposa.

Ally apenas concordou com a cabeça e se afastou do grupo com ele. Eles foram para perto dos carros onde não tinha ninguém e pararam ali. Rick olhou para ela por um tempo.

– Não quero que você saia do modo que fez hoje. – ele disse olhando nos olhos dela. – É perigoso. Tanto para você quanto para o bebê. Sei que estava com Daryl e que pode se cuidar, mas mesmo assim.

– Eu vou continuar a fazer o que for melhor para o grupo, Rick. Sei que não posso me por em risco, mas ficar como um peso morto não vai ajudar em nada. Posso muito bem ajudar. Quando minha barriga estiver maior, vou ficar quietinha no cantinho esperando suas ordens, mas até lá, não. – ela disse cruzando os braços.

– Ally, estou fazendo o que acho melhor para você.

– E eu agradeço, mas não posso deixar que todos façam as coisas por mim, por estar gravida. – ela colocou a mão no ombro dele. – Não se eu não sair mais para caçar isso te faz se senti melhor, eu não vou. Mas ajudarei o grupo no que sei fazer. Posso ler os mapas e ficar de vigia, com você se se senti melhor. Não vou lutar, apenas fica atenta aos sons na nossa volta. Está bom para você assim?

– Sim. Eu preferiria que você não fizesse nada, mas mesmo assim está bom. – ele disse se aproximando dela.

– Maggie e Glenn estão voltando. – ela disse quando ele se abaixou para beija-la.

– Como sabe?

– Posso ouvi o som do motor do carro. A não ser que seja outra pessoa. – ela disse olhando para ele.

– Vamos nos juntar aos outros. – ele disse passando o braço pelo ombro dela. Ally nada disse, apenas se deixou se guiada pelo marido. – Eles estão voltando.

– Certeza? – Hershel perguntou olhando na direção que Maggie e Glenn tinham partido a algumas horas. Ele estava preocupado com a filha e não escondia isso.

– Sim. – Ally respondeu sorrindo para Hershel.

Eles ficaram em silêncio esperando os outros dois. Em pouco tempo o carro apareceu. Depois de todos se abraçarem, Glenn disse o que eles tinham conseguido. Eles tinham conseguido bastante gasolina em um posto que tinham encontrado. Alguma comida, mas muito pouca e algumas roupas de frio. Rick mandou dá as roupas para as crianças e deixou claro que teriam que encontra roupas para os outros depois.

– O que vamos fazer agora? – Carol perguntou colocando uma das blusas em Mike que tremia.

– Vamos continuar. Até encontramos alguma coisa. – Rick disse olhando em volta. – Sei que não é um plano bom, nem pode ser considerado um plano, mas é a única coisa que podemos fazer. Vamos ver se encontramos uma casa. Precisamos de roupas e cobertores. Vamos ter que fazer com que essa comida dê até encontramos mais. Peguem o que deixaram de fora e vão para os carros.

Todos fizeram o que Rick mandou. Eles estavam na estra em pouco tempo. Quatro meses foram se passando assim. Depois que conseguiram algumas roupas, cobertores e poucos alimentos, eles passaram a fazer acampamentos no meio da floresta, ou dormiam em bares à beira da estrada, em casas abandonadas e nos carros quando não encontravam abrigo e estava chovendo ou frio demais para dormi ao ar livre. A cada dia que se passava Ally ficava mais preocupada. Não sabia o que ia fazer. Não dava para ter o bebê desse jeito. Ela passava cada vez mais tempo em silêncio pensando em como teria o bebê na estrada. Beth sempre conversava com ela, assim como Amy. Rick estava cada vez mais empenhado em conseguir um lugar seguro, mas estava difícil. Os walkers andavam juntos a maior parte do tempo. Era quase impossível encontra um sozinho.

Ally emburrou a manga da blusa para cima e pegou o galho no chão. Ela estava com a jaqueta de Rick, pois mesmo com a barriga ainda pequena, sua blusa de frio a aperta e incomodava na barriga e ela não conseguia ficar por mais do que alguns minutos com ela. Logo, ela usaria apenas as blusas dele, até que eles encontrasse algum lugar que tivesse roupas femininas maiores. Ou roupas de gravida.

– O que você está fazendo? – Sofia perguntou ao ver Ally pegar alguns galhos e dobrá-los.

– Testando. – ela disse tirando o cabelo do rosto. – Vou fazer um arco para mim. Não posso usar uma arma maior do que revolve por causa do bebê e não posso ir para uma luta direta. Então, vou usa arco e flecha.

– E você sabe fazer um arco?

– Sim. Daryl me ensinou. – ela disse pegando um que ela acho que daria.

Elas voltaram para onde os outros estavam.

– O que você vai fazer? – Rick perguntou olhando para ela que começou a passar a faca em um dos lados da madeira.

– Um arco. – ela respondeu simplesmente.

– Deixa que eu faço. – Daryl disse indo até ela. – Por que não me disse que queria um? Eu podia fazer.

– Eu pensei nisso agora, enquanto olhava para alguns gravetos. – ela disse entregando as coisas para ele.

– Você sabe atirar com arco? – Carl perguntou.

– Sim. Com a besta também. – ela respondeu sem dá muita atenção. – Eu queria aprender a usar a besta, mas Daryl disse que seria mais fácil começar com o arco. Ele me ensinou, quando estava boa, ele me ensinou a usar a besta.

– Ela é uma boa aluna. Apenas teve que aprender a acerta o alvo. – ele disse olhando para a irmã. – Apesar dela ter uma mira certeira quando não esteja com a mão vazia consiga acerta tudo.

– Como assim? – Edwin perguntou olhando para ele.

– Ela pode acerta três a cada cinco coisas que ela joga com a mão em qualquer coisa. Mas com uma arma, ela acerta as cinco. Isso quando ela não atira mais de uma flecha por vez. – ele disse.

Ally apenas rolou os olhos. Ela fechou os olhos e apoiou a cabeça na árvore que estava sentada. Ela estava tentando descobri de quanto tempo estava gravida. Para ter uma ideia de quando o bebê ia nascer. Ela estava tão distraia em seus pensamentos que quase pulou ao senti uma pressão na barriga. Ela olhou para baixo por um tempo com o cilho franzido.

– Tudo bem, Ally? – Hershel perguntou olhando para ela.

Ally levantou a cabeça e viu que todos estavam olhando para ela preocupados. Depois ela olhou novamente para a barriga e balançou a cabeça.

– Acho que o monstrinho mexeu. – ela disse passando a mão na barriga.

– Serio? Posso senti? – Carl perguntou ignorando o apelido que Ally tinha dado para o bebê.

A primeira vez que ela o chamou assim, Carl e Rick tinham ficado nervosos e perguntaram para ela se era assim que ela via o bebê. Apenas depois que Ally explicou que estava chamando o bebê assim por causa da sua fome monstruosa que eles deixaram para lá. Mesmo assim não gostavam do apelido. Ally disse que assim que ele nascesse ela escolheria um apelido melhor.

– Você pode tentar. – ela disse. – Ás vezes, a mãe sente o bebê e os outros não. Mas isso só acontece por um tempo. Depende muito da mãe e do bebê.

As crianças se aproximaram e foram para o lado dela. Ally riu quando todos colocaram as mãos ao mesmo tempo em sua barriga, tinha mão para todo quanto a lado. Ela calculou que devia estar com quatro ou cinco meses, por isso não estava surpresa por não ter tanta barriga e ela sempre teve dificuldade para engorda, então não ligava muito para isso.

– Aqui. – ela disse pegando a mão de Carl. – Consegue senti?

– Sim. Parece uma pressão, não é? – ele perguntou com os olhos brilhando.

– É. – ela disse sorrindo para ele.

– É minha vez de senti. – Sofia disse empurrando Carl.

Aos poucos eles foram sentindo. Rick olhou para Ally de longe, sem falar nada.


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