Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 21
Capítulo 21




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A perda de um inimigo não compensa a de um amigo.

Abraham Lincoln

Ally estava olhando para Carl brincando com Sofia e Mike. Ela estava sorrindo. Era bom ver as crianças felizes e sem correr perigo. Carl e Sofia ainda estavam mal, não podiam abusar muito, mas não estavam fazendo nada demais. Carol estava sentada mais distante conversando com Daryl. Ally riu. Daryl estava muito próximo de Carol e Sofia. Ally não podia falar com certeza, mas achava que Daryl estava se apaixonando. Ally viu Rick e os outros conversando sobre as aulas de tiro, mesmo com Hershel sendo contra, eles teriam as aulas. Sofia e Carl iam começar a ter aula no dia seguinte. E isso deixou Rick feliz. Ele não queria que o tiro deixasse o filho com medo de armas, já que nesse mundo, os mais fortes sobrevivem.

Ally se afastou deles e foi tirar as roupas do varal. Ela e Carol tinham tirado a manhã para lavar a roupa. Elas tinham pego as roupas de Hershel e sua família. Elas tinham passado amanhã fazendo isso. Depois estenderam. Ally ficou feliz que pelo menos isso ela pode fazer, já que Carol deixou com que ela lavasse a roupa sem presa e sem falar que ela precisava de tomar cuidado por que estava gravida. Depois de pegar as roupas, Ally e Carol passaram e separaram. Carol levou a roupa dos Greenes. E Ally levou as deles. Depois deixar as roupas nas barracas ela foi para a frente da casa. Ela pegou um livro e começou a ler.

– A, vamos começar a ter aula agora. – Daryl disse se aproximando dela. – As crianças também vão. Você vem?

– Não. Eu vou ficar lendo. – ela disse mostrando o livro para ele.

– Certo. – ele disse se afastando.

Carol veio para o lado dela e se sentou. As duas ficaram um tempo sem falar nada.

– Você acha errado eu passar tanto tempo com Daryl? – Carol perguntou do nada.

– O que? – ela perguntou olhando para a mulher ao seu lado.

– Eu e Daryl estamos passando muito tempo junto. Você acha isso errado? Quer dizer, ele é mais novo que eu, eu tenho uma filha.

– Carol, você é mais nova. – ela disse interrompendo a mulher. – Você me disse que tem trinta e sete. Daryl tem quarenta.

– Serio? Não parece. – ela disse olhando para longe.

– E idade não quer dizer nada. Eu e Rick temos dez anos de diferencia. – ela disse dando os ombros. – Se vocês gostam da companhia um do outro, tudo bem. Eu gosto dessa amizade dele com você. Ele está mais feliz e sociável. Ele está sendo uma pessoa melhor.

– Você acha mesmo?

– Acho. Você e Sofia estão sendo a família que ele nunca teve. Eu sou a irmã dele, mas ele precisa de mais do que isso. – ela disse sorrindo. – Ele está se abrindo para vocês. Nunca pensei que Daryl sorria de uma piada contada por um criança. Ele dormiu naquela poltrona para ficar de olho em Sofia e Carl. Eu acho que isso era uma coisa muito louca. Ele nunca deixou ninguém se aproximar dele desse modo. Ele gosta de vocês. E isso me deixar feliz. Eu estou feliz que ele tenha vocês. E acho que você também que você está feliz por vocês terem ele.

– Estou. Ele faz bem para mim e para Sofia. Ele fez mais por ela nesses dias do que o pai dela a vida toda.

– Ele é incrível. – ela disse sorrindo. – E você também. Os dois são durões.

– Que isso. – ela disse corada. – Eu sou fraca. Não sei nem cuidar de mim mesma.

– Estou falando sério. – ela disse rindo. – Vocês foram feitos um para o outro.

– Oi. – Beth disse olhando para elas. – Posso me sentar aqui com vocês?

– Claro, querida. – Carol disse sorrindo para ela.

– Sobre o que você estão falando? Quer dizer, eu posso saber?

– Claro que pode. Estamos falando sobre o romance de Carol e Daryl. – Ally disse fazendo com que Carol corasse e olhasse para ela com os olhos arregalados.

– O que? – Carol perguntou olhando para Ally assustada. – Meu o que?

– O que foi? Não era sobre isso que estávamos falando? – Ally olhou para ela inocentemente, depois olhou para Beth. – Estávamos falando em como Daryl faz bem para ela e Sofia. E em como Sofia e Carol fazem bem para ele. Até mesmo Mike está passando um tempo com ele. E ele odeia criança. Carol perguntou se passar tanto tempo com Daryl não seria errado, já que eles tem uma diferencia de idade. Mas não acho isso. Acho que eles formam um casal bonitinho. Daryl e Carol ficam corados sempre que alguém chegar perto deles e eles estão conversando.

– Você tem muita sorte que está gravida. – Carol disse vermelha sem olhar para elas com vergonha. – Por que se não, eu te daria uns tapas.

– Nem se eu tivesse com uma mega barriga de gravida, você conseguiria me bater. – ela disse piscando enquanto Beth ria.

– Você não tem jeito. – Carol disse rindo. – Serio, não mudar nada desde que eu te conheci.

As três passaram as próximas horas conversando sobre coisas banais. Beth disse que estava feliz por sair um pouco de casa e poder conversar com alguém que não fosse a família dela sobre coisas normais. Depois dela falar isso, Ally começou a falar das novelas que assistia quando era crianças e as que a mãe assistia quando ela era maior e recebia o resumo da mãe. Elas estavam rindo e provocando uma a outra. Ally acenou quando viu, o pessoal voltando da aula de tiro. Carl e Sofia correram até elas com Mike logo atrás.

– Mãe, eu acertei todos os alvos. – Carl disse animado. – Papai disse que daqui a pouco vou poder tenta uma arma maior.

– Que bom, querido. – ela disse sorrindo para ele. – Onde está seu pai?

– Ele e Daryl ficaram para trás conversando com Glenn. – Sofia disse tirando o cabelo que caia no rosto. – Eles estão falando sobre assunto de adultos.

– Tudo bem. Por que não vão tirar essa roupa suada e depois vem para comer alguma coisa?

– Tudo bem. – Sofia disse e ela e Carl começaram a correr.

– Cara, tinha acabado de chegar aqui e eles voltam a correr. – Mike disse cruzando os braços fazendo bico.

– Venha, eu te levo para trocar de roupa. – Carol disse se levantando. – Isso que dá ter dois filhos.

Ally apenas sorriu e ficou olhando para os dois se afastando.

– Ally?

– Oi?

– Você acha que tem como aquelas coisas voltarem a ser humanas? – ela perguntou sem olhar para a mulher na sua frente.

– Não, Beth. Eu não acredito nisso. – ela disse olhando para Beth. – E acho que se isso fosse possível seria muita maldade. Eles estão se decompondo. Não acredito que isso tem como mudar. Eles teriam que viver sem partes do corpo. Seria pior se isso fosse possível, seria crueldade. Sei que isso pode parecer horrível, mas é a verdade.

– Eles sofreram muito? – perguntou olhando para ela. – Eles sofrem?

– Não acredito nisso. Eles estão mortos. Apenas sentem fome. Não acho que eles sentem dor, ou coisa parecida. Eles apenas andam. Não estão vivos. Eles não lembram de suas vidas passadas. Você já assistiu algum filme que alguém foi possuído? – ela concordou com a cabeça. – É mais ou menos isso. Eles se movem, mas na verdade não tem nada lá. Como um carro. Pode andar, precisa de alimento, mas não vive realmente. Apenas existe. Sinto muito por isso. Sei que vocês aqui acreditam que isso é possível. Sei que o real motivo para que seu pai não deixar a gente matar os walkers, é que ele ainda pensa que eles estão vivos, que ainda sentem. Mas não.

– Você acha que eles perderam toda humanidade?

Ally ficou um tempo em silêncio. Ela olhou para longe, antes de suspirar e olhar para ela.

– Eu acredito, que alguma humanidade vive neles, mas é muito pequena e remota para que tenha algum significado para eles. Eles não entende o que é aquilo. Eles estão mortos, mas tem alguma coisa de sua consciência. Mas nada que possamos trazer de volta. Simplesmente acabou, estão mortos. Não sentem nada, mas isso não quer dizer que precisamos ser maus e sem coração para com eles. Um dia eles foram amados por alguém, mas temos que mata-los, se não eles nos mata. Agora o mundo é isso Beth.

– Tudo bem. – ela disse olhando para Ally com um sorriso falso. – Acho que parte de mim sabe isso, apenas não quer acreditar.

– Vai ficar tudo bem. – Ally disse a abraçando. – Vamos dá um jeito nisso.

As duas ficaram assim por um tempo. Ally se afastou dela e se levantou. Ela foi até o acampamento. Ally estava quase lá quando escutou o grito.

– Dale. – ela gritou quando viu o walker atacando ele por trás.

Ally correu em direção a eles. Rick e os outros também. Ally chegou lá e o empurrou para logo. Com um movimento preciso ela arrancou a cabeça do errante com a espada. Ela se virou e se ajoelhou ao lado de Dale. Ele ainda estava vivo, mas com a barriga aberta.

– Dale. – ela disse passando a mão no rosto dele. – Está tudo bem.

– Eu...

– Ei, não fale nada. – ela disse com lágrimas nos olhos. – Está tudo bem. Tudo.

– Eu tenho que falar. – ele disse lentamente. – Ele veio do celeiro. Ele conseguiu escapar. Glenn estava certo. Eles pegam walkers. Os mantem ali.

– O que?

– Eu vim ver se estava tudo bem por aqui. Quando ele saiu. – ele disse tentando levantar o braço. – Tem outros.

– O que aconteceu? – Rick disse se aproximando deles.

– Não sei. Apenas vi quando ele está sendo atacado. – Ally disse segurando a mão dele. – Não podemos deixar ele assim. Ele vai demorar para morrer. Não tem nada que a gente podemos fazer para salvar a vida dele.

– Não. – Andrea falou chorando.

– Ela tem razão. – Dale disse engasgando. – Vocês tem que fazer isso.

– Dale...

– Eu faço. – Daryl disse quando viu Rick hesitar em pegar a arma. – Deixa comigo. – O caçador se ajoelhou ao lado dele. – Sinto muito, amigo.

Daryl atirou na cabeça dele na hora em que Hershel e os outros chegaram. Ally viu tudo vermelho. Ela se levantou e foi para cima dele.

– Está vendo o que sua loucura fez? – ela perguntou sem pensar enquanto avançava. – Olhe para ele e me fala que aquelas coisas ainda são humanas.

– Amor, calma. – Rick disse segurando ela.

– Não. Foi um dos que eles pegaram. Ele saiu do celeiro. – ela disse olhando para Rick. – Dale morreu porque ele acha que aquelas coisas ainda podem voltar a ser humanos.

– Peguem as armas. – Rick disse para o grupo dele. – Ally, você e as crianças vão para o acampamento.

– Não. Eu vou ficar. – ela disse olhando para Hershel.

Em pouco tempo Andrea estava de volta com as armas. Cada um pegou uma. Rick pegou um machado e foi até a porta. Ele estourou o cadeado. Foi apenas ele se afastar da porta para os walkers sair. Todos colocaram as armas em posição e começaram a atirar. Glenn hesitou e olhou para Maggie que concordou com a cabeça, ele se colocou ao lado de T-Dog e começou a atirar também. Ally podia escutar Beth e Maggie chorando abraçadas. Assim como as crianças. Carol estava com elas, mas mesmo assim elas estavam vendo tudo. Em pouco tempo todos estavam no chão.

– Não. – Beth disse indo até os walkers assim que o último foi para o chão. – Mãe. Mãe.

Quando ela se aproximou do corpo da mãe, ela começou a tenta agarrar Beth. Se não fosse por Rick, ela teria sido mordida. Todos foram para cima delas. Depois de afastar Beth, eles começaram a chutar a cabeça, mas nada que destruísse a cabeça. Ally se aproximou rápido e enfiou a espada na cabeça dela.

– Tirem ela daqui. – Ally disse olhando para Hershel.

Ele concordou e tirou a filha dali.


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