Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 19
Capítulo 19




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/631542/chapter/19

Assim é a vida! Injusta, realista... Mas sempre traz surpresas e nunca saberá o que te espera na última porta.

– Dulce Maria.

Ally estava sentada ao lado de Carl na cama. Rick e os outros tinham ido atrás de Sofia. Do grupo, apenas Carl, Carol, Andrea, Amy, Andrea, Dale e ela estavam ali. Hershel e sua família estavam ali também. Ally estava cantando para Carl já que ele estava entediado quando escutou o som de tiro. Ela se levantou e colocou o violão rapidamente em cima da cadeira ao seu lado e correu para fora.

– Rick. – ela gritou assim que chegou lá fora.

– O que você pensa que está fazendo? – Hershel perguntou chegando lá com os outros.

– Eu vi um walker e atirei. – Andrea disse se defendendo.

Ally pegou o binóculos de Maggie e olhou para longe. Ela viu Rick e Edwin correndo para o que fosse que estivesse deitado no chão. Os dois examinaram e levantaram.

– Daryl. Você atirou no Daryl. – ela disse furiosa. – Como você não viu que era ele? – ela perguntou indo para cima de Andrea. – Como? Pensei que Rick disse que não era para atira.

– Eu...

– Ally, se a calma. Ela não fez por mal. Não viu que era seu irmão. – Dale disse se colocando na frente dela.

– Reze para ele está bem. Por que se você o baleou, eu vou acabar com você.

Ela queria corre para ver se Daryl estava bem, mas Carl deveria estar preocupado. Ela voltou para dentro e disse para ele que estava tudo bem. Que tinha sido Andrea que atirou em Daryl pensando que ele fosse um walker. Ally viu quando Rick e Edwin levaram Daryl para cima e Hershel os seguiu. Pouco tempo depois Rick desceu.

– Como ele está? – Ally perguntou.

– Bem. Apenas cansado. – ele se sentou ao lado dela. – Ele encontrou a boneca de Sofia.

– O que?

– Em um lago perto daqui. Ele disse que estava procurando ela, quando caiu de um penhasco. Ele está bem e quer volta as buscas. Hershel e Edwin conseguiram convencer ele a ficar. Mas não sei até quando.

Ally nada disse, apenas continuou o que estava fazendo. Ela ainda não tinha contado para ele sobre a gravidez. Ela estava esperando, um pouco para contar. A noite foi se aproximando lentamente. Ally estava enjoada e sem fome por isso foi dormi cedo. Ela se deitou na barraca e dormiu fácil. Na manhã seguinte ela acordou antes de Rick. Ela se levantou e saiu. Ela viu Laica e Poseidon deitado juntos na porta da casa. Ela foi andando para o carro. Ally tinha deixado suas armas ali. Depois de trocar de roupa, ela foi beber alguma coisa. Ally estava quase indo para a casa ver como Carl estava quando viu Daryl saindo da casa furtivamente. Ela foi até ele.

– Aonde você vai? – ela perguntou chamando a atenção do caipira.

– A, o que faz acordada? – ele perguntou surpreso.

– Dormi cedo ontem. Ia ver como Carl está. Mas você ainda não me respondeu. Onde pensa que vai?

– Atrás daquela garotinha. – ele disse dando os ombros. – Se eu não for, ninguém vai.

– Rick vai atrás dela. Ele já te disse isso. – Ally disse cruzando os braços. – Volte já para dentro.

– Não. Eu vou atrás dela.

Eles ficaram se encarando por um tempo. Eles não queriam voltar atrás.

– Tudo bem. Pode ir. – ela disse.

– O que? Assim tão fácil?

– Quer ir? Pode. Mas eu vou com você. – ela disse se virando e indo para o carro.

– O que? Você não pode ir. Está gravida. – ele disse seguindo ela.

– E daí? Gravidez não é doença. E eu preciso ir na cidade. – ela disse pegando suas facas.

– Fazer o que na cidade?

– Como você mesmo disse, eu estou gravida. Preciso de vitaminas. – ela disse colocando a arma nas pernas. – Eu vou ter o bebê, ou você acha que devo aborta?

– Rick já...

– Não. Eu conto assim que voltamos. – ela disse colocando as facas de caça nas costas e pegando a espada. – Vamos?

– Sim. Mas vamos primeiro a cidade, depois voltamos para as buscas.

Ally apenas concordou com a cabeça. Eles foram para a moto. Como Daryl estava com pontos nas costelas, Ally foi pilotando. Eles chegaram na cidade e foram direto para a farmácia. Assim que entrou Ally foi pegar as vitaminas, mas diferente da outra vez que eles estiveram ali, tinha um walker. Ele apareceu do nada. Ally se assustou, se não fosse por Daryl ela tinha sido pega. Mas o caçador conseguiu atirar na cabeça dele com um flecha.

– Obrigada. – ela disse passando a mão no rosto para tirar o sangue que tinha voado no rosto dela. – Vamos acabar logo com isso.

Daryl apenas concordou com a cabeça. Ally pegou a mochila de Daryl e começou a colocar as vitaminas dentro. Depois os dois saíram da farmácia e foram de volta para a fazenda. Quando eles chegaram lá, viram apenas Dale em cima do trailer. Ally foi até sua barraca e viu que Rick já tinha acordado. Ela deixou as vitaminas lá e saiu. Daryl estava esperando ela atrás do celeiro. Eles andaram em silêncio. Daryl sabia que o pensamento dela deveria estar a mil. Eles andaram alguns metros, mas não encontraram nada.

– Estou começando a pensar que devemos dá as buscas por encerradas. – ele disse depois de um tempo em silêncio. – Se aquelas coisas não estivessem por ai, seria mais fácil ela se manter em segurança. Mas se um daqueles serem a pegar...

– Vamos encontra ela, Daryl. – Ally disse colocando a mão no ombro dele. – Ela é esperta. Encontrou um lugar seguro e com comida para passar a noite. Ela está viva ainda. Não podemos perde a fé.

– Fé? Você ainda acredita nisso? Em Deus?

– Eu acredito que temos que ter fé. Não importa em que. Em Deus, que vamos sobreviver, que vamos conseguir passar por nisso. Realmente não faz diferencia nesse mundo. Temos que acreditar. Apenas assim podemos continuar.

– Em que você tem fé? – Ally ficou um tempo em silêncio. Ela apenas continuou andando enquanto olhava para a frente. – A?

– Eu tenho fé que vamos sobreviver. Por quanto tempo? Não sei. Mas tenho que ter fé em alguma coisa.

– Você não tem fé em nada, então. – ele disse sorrindo para ela.

– Basicamente isso. – ela disse olhando para o chão. – Olha Daryl, você sabe que sempre tive meus problemas com Deus. Sabe que fé para mim é uma coisa complicada, sabe que sou complicada, mas pense comigo. Ás vezes, temos que acreditar. Eu acredito que Carl vai melhorar, que vamos encontra Sofia viva, que vamos achar um lugar seguro para viver. Eu acredito em coisas boas ainda, isso não quer dizer nada do que acredito vai acontecer.

Daryl olhou para ela antes deles seguirem em silêncio cada um perdido em seus pensamentos.

– Olha aquilo. É uma trilha humana? – Ally disse do nada.

– Onde? – ele perguntou se aproximando de onde ela apontou. – É. De criança. Estão frescas. Uma hora e meia de vantagem da gente. Venha.

Eles começaram a anda em direção a trilha. Eles andaram por alguns metros e tinham apenas as pegadas de criança. Até que outras se misturaram a elas. Eles passaram a correr. Ally tirou a espada das costas, enquanto Daryl preparou a besta. Eles chegaram em outra parte do riacho. Quando eles chegaram lá não viram Sofia, mas tinha alguns walkers tentando pegar alguma coisa entre algumas pedras. Daryl acertou o primeiro, enquanto Ally decapitou o segundo. De tanto lutarem juntos sabiam o que fazer e como fazer. Eles mataram os walkers em pouco tempo. Daryl se aproximou das pedras com a besta pronta para atirar. Podia ser um animal e ele poderia pular em cima dele. Assim que chegou perto o bastante viu Sofia encolhida ali, chorando. Daryl tentou se abaixar, mas seu pontos puxaram.

– Sofia? – Ally chamou passando por ele e se ajoelhou ao lado das pedras. – Está tudo bem agora. Sou eu, Ally e o Daryl também está aqui. Você está em segurança. Venha.

Sofia virou o rosto para ela. Ela estava pálida e com um corte na bochecha. Ally se aproximou mais do buraco e esticou os braços para ela em um chamado mudo. Sofia se arrastou até ela chorando ainda mais. Assim que pegou a mão menina, Ally percebeu que estava fria. Ela a ajudou a sair dali e a sentou no chão. Ally começou a examinar Sofia com os olhos. Ela estava mais magra do que a duas semanas atrás, mas isso era de se esperar. Ela viu se Sofia tinha sido mordida ou alguma coisa assim, mas não. Ela estava apenas magra, fraca e assustada. Ally pegou as mãos dela e olhou os dedos. Eles estavam roxos.

– Ela está bem? – Daryl perguntou andando de um lado para o outro atrás delas. Sofia olhou para ele pela primeira vez, mesmo tremendo e assustada, ela sorriu para ele.

– Não. Não foi mordida, mas está com hipotermia. – Ally disse olhando para ele preocupada. – Precisamos levar ela para a fazenda agora ou ela vai morrer de frio.

Ally se levantou e começou a tirar as armas das costas. Depois ela tirou sua jaqueta. E abraçou Sofia o mais forte que pode sem machucar a menina.

– O que está fazendo? – Daryl perguntou confuso. – Não temos que levar ela para não morrer de frio?

– Temos que aumentar a temperatura dela. Calor corporal é o melhor no momento. Poderíamos acender uma fogueira, mas poderíamos aumentar a temperatura rápido demais e assim parar o coração dela. – ela disse olhando para a menina. – Sofia, eu quero que preste atenção em mim. Eu vou te pegar no colo e você vai se aproximar de mim o máximo que dê, certo?

– Não. Eu vou levar ela. Você não pode pegar peso. – Daryl disse colocando a besta nas costas.

Ally não queria deixar ele a levar por causa dos pontos, mas sabia que ele estava certo. Ela não podia pegar Sofia no colo. Mesmo que pudesse, ela não conseguiria levar Sofia no colo até a fazendo. Ally ajudou Sofia a levantar e apoiou o peso da garota.

– Abra a sua blusa. – ela disse para o caçador. – Assim seu calor corporal será maior.

Daryl fez o que ela mandou, mesmo se sentindo desconfortável. Ele pegou a menina no colo e Ally jogou sua jaqueta por cima dela. Ally pegou a besta que ele tinha tirado das costas e eles foram andando juntos. Sofia tinha colocado a cabeça no ombro de Daryl e se apertou nele. Mesmo não gostando de contato físico e tudo mais, ele não ligou. O caçador estava feliz por ela está ali viva e bem. Ally começou a conversa com Sofia, ela queria que a menina se distraísse e não pensassem muito sobre o que tinha acontecido com ela ou o que poderia ter acontecido. Eles andaram o mais rápido que conseguiram. Daryl estava sentindo os pontos doerem e Ally perguntou para ele algumas vezes se ele queria que ela levasse Sofia, mas ele apenas balançou a cabeça. Quando chegaram na fazenda não viram ninguém. Ally correu na frente em direção a casa, ela abriu a porta da casa e olhou em volta.

– Hershel? – ela gritou segurando a porta. – Hershel?

– Mãe? – ela escutou a voz de Carl. – Mãe, tudo bem?

– Hershel? – ela chamou de novo. – Onde você está?

– O que aconteceu? – Hershel perguntou descendo as escadas correndo. – Alguém está ferido?

– Sim. Não. Mais ou menos. – ela disse rápido e arfante. – Encontramos Sofia.

Hershel olhou para ela e depois para Daryl que tinha acabado de entrar com Sofia no colo.

– Venha. Leve ela para a sala junto com Carl. – ele disse indo para lá já levantando as mangas da blusa.

– Sofia! – Carl disse se sentando com tudo com os olhos arregalados.

– Sabe onde estão os outros? – Ally perguntou quando Daryl se sentou na poltrona que normalmente ela se sentava para ficar com Carl, com Sofia em seu colo.

– No acampamento. – Maggie disse. – Acabei de vim de lá. Essa é Sofia?

– Sim. Eu vou chamar eles. – ela disse saindo.

Ally correu para fora. Ela desceu as escadas o mais rápido que pode sem cair e foi até onde eles estavam acampado. Todos estavam sentados perto da barraca de Daryl que era a que ficava mais longe da de todos discutindo alguma coisa.

– Ally onde esteve? – Amy perguntou quando viu ela correndo para eles. – Tudo bem? Está pálida.

– Carol. – ela disse sem ar, ela colocou a mão no peito e tentou puxar o ar com força. – Venha. Daryl e eu encontramos Sofia. Venha.

– O que? Sofia? – Carol perguntou olhando para ela sem acreditar.

– A gente a encontrou. Vem. – ela pegou a mão da outra mulher e voltou a correr.

Apenas quando já estava no meio do caminho, Ally viu que os outros estavam seguindo elas. Assim que entrou na casa, ela foi até a sala com Carol. Sofia ainda estava sentada no colo de Daryl, tinha um coberto por cima deles. Hershel não estava na sala, nem Maggie. Carl falava com Sofia que olhava para o curativo no peito dele.

– Sofia. – Carol disse correndo até a filha.

– Mamãe. – Sofia disse mas não fez o menor movimento para sair do colo de Daryl que matinha um braço ao redor dela.

As duas se abraçaram chorando. Ally sorriu e sentiu Rick a abraçando por trás e apoiando a cabeça no ombro dela. Eles sabiam que no fim, tudo terminava bem. Eles precisavam apenas acreditar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Survival Instinct" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.