Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 14
Capítulo 14




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Vou-lhe dizer um grande segredo, meu caro. Não espere o juízo final. Ele realiza-se todos os dias.

Albert Camus

Ally olhou para Rick e Carl que estava mais atrás. Ela pegou a mão do menino e aos poucos eles entraram. Estava tudo silêncio e meio escuro. O lugar cheirava a hospital. E Ally conhecia bem aquele cheiro.

– Daryl, cuide de retaguarda. – Rick disse entrando primeiro. – Cuidado com as portas, pode ter algum caminhante. – ele olhou e volta e gritou. – Olá? Tem alguém aqui? Olá?

Ally olhou em volta. Não tinha ninguém por ali. Estava tudo vazio e isso não agradava ela. Alguma coisa estava estranha. Alguma coisa errada. Eles escutaram o som de uma arma sendo engatilhada e todos apontaram para lá.

– Tem alguém infectado? – um homem perguntou apontando uma arma para eles. Ally colocou Carl atrás de seu corpo.

– Tínhamos um, mas ele não está mais com a gente. – Rick respondeu sem abaixar a arma. – Ele morreu faz uns dias.

O homem se aproximou deles. Pelo modo como segurava arma, não tinha pratica em atirar. Não segurava a arma direito. Ally tinha certeza que se ele disparasse iria para trás por causa do ricochete. Ele segurava a arma muito em baixo e estava com a mão no cano, se disparasse queimaria a mão.

– Por que estão aqui? – disse olhando para eles.

– Uma oportunidade. – Rick disse. – É tudo o que queremos.

– É pedi muito nesses dias. – disse dando mais alguns passos para a frente.

– Eu sei. – Rick disse. – Mas precisamos de ajuda.

O cara olhou para todos com bastante atenção. Principalmente para as crianças. Sofia estava abraçada a mãe. Ally estava na frente de Carl como um escudo.

– Uma amostra de sangue é o preço para ficar aqui.

– Daremos isso. – Rick concordou sem hesitar.

– Então se apressem. Temos que fechar a porta antes que os bichos venham. – ele disse abaixando a porta. – Uma vez fechada, não abrirá novamente.

Rick fez sinal para os outros e eles rapidamente começaram a se movimenta. Eles correram e pegaram tudo o que iriam precisar. T-Dog e Dale foram os últimos a entra e fecharam as porta.

– Fechar porta principal. – o homem falou depois de passar o cartão em um leitor.

– Rick Grimes. – Rick disse estendendo a mão.

– Dr. Edwin Jenner. – ele disse olhando para o Rick.

O médico os levou até um elevador. Ele era grande o bastante para irem todos sem problemas. Rick abraçou Ally e Carl. Daryl estava entre a irmã e Carol, olhando para o médico.

– Todos os médicos andam armados como você? – o caçador perguntou.

– Aviam muitas armas por ai, me acostumei com elas. – ele respondeu abraçado a arma. – Mas vocês parecem inofensivos. Menos você. – ele disse para Carl.

– Quantas pessoas tem aqui? – Ally perguntou arrumando sua espada nas costas.

– Sou apenas eu. – ele respondeu. – Os outros... Bom, você podem imaginar o que aconteceu. Sinto muito se isso não é o que esperavam. Venham.

A porta se abriu e eles saíram. Ally olhou em volta. As paredes eram brancas e fechadas. Ally tinha certeza que eles estavam de baixo da terra e não tinha certeza de como se sentia sobre isso. Ela pegou a mão de Carl e olhou para Daryl. Laica e Poseidon estavam de pé ao lado do caçador e olhavam para o médico prontos para atacar.

– Estamos de baixo da terra? – Carol perguntou nervosa.

– É claustrofóbica? – perguntou o médico olhando para trás.

– Um pouco.

– Não pense nisso. – ele disse dando os ombros. – Ligar as luzes da sala.

As luzes se acenderam. Ally notou um cronometro atrás do médico, mas não disse nada. Ela ainda segurava a mão de Carl firmemente.

– Venham por aqui. – ele disse mostrando o caminho até uma lada onde pareciam que dava palestra.

Edwin pegou um quite de primeiros socorros e outras coisas e se sentou em uma cadeira. Ele preparou tudo e começou a se prepara para tirar o sangue.

– Quem vai primeiro? – ele perguntou olhando para Rick.

– As crianças. – Rick disse passando a mão na cabeça do filho. – Para que não fiquem mais assustadas do que precisem. Depois as mulheres, por último a gente.

– Eu posso ser a última sem problema. – Ally disse encolhida no canto.

Todos olharam para ela. Quando viu que ela estava pálida, Daryl riu.

– Ainda tem medo de agulha? – perguntou balançando a cabeça. – Você não é mais criança.

– Não. Apenas não gosto de ser furada. – ela disse cruzando os braços.

– Será rápido. É apenas uma pequena amostra. – o Dr disse.

Ally suspirou e pegou Mike no colo. Ela se sentou na cadeira e colocou as pernas dele entre as suas e segurou os braços dele. O menino gritou bastante, mesmo com Ally falando para ele ficar calmo que já ia passar. Depois foram Sofia e Carl. Ally ficou ao lado do marido enquanto as outras mulheres tiravam sangue. Rick riu quando Andrea se levantou, sendo ela a única que faltava além de Ally, e a esposa se encolheu. Ainda rindo o xerife foi. Aos poucos Edwin tirou o sangue de todos e ficou apenas ela. Depois de respirar fundo três vezes, ela foi até a cadeira onde os outros sentaram. Ela esticou o braço e olhou para longe.

– Não sei para que isso. Se estivéssemos infectados estaríamos com febre. – Andrea disse abraçando a irmã.

– É a regra. Já quebrei muitas deixando vocês entra. Não custa nada ser prevenido.

– Não é no seu braço que estão enfiando uma agulha. – Ally disse quando ele terminou e tirou a agulha do braço dela.

Ela se levantou e ficou um pouco mais pálida do que o normal. Jacque foi até ela e a apoiou.

– Ela está bem? – ele perguntou olhando para Ally.

– Sim. Apenas faz tempo que não come direito. Assim como todos nós. – ela disse entregando Ally para o marido que passou o braço ao redor dela.

– Vou levar vocês para comerem alguma coisa. – ele disse se levantando. – E os cachorros?

– Eles não comem muito. – Ally disse vendo seu sangue sair de seu braço. – Não precisa se preocupar com eles. Eles ficaram comigo e não se meteram em problemas.

– Tudo bem. Quer colocar mais algodão ai para ver se para de sangra?

– Não precisa. Eu perco sangue fácil. Sempre foi assim. Daqui a pouco para.

O Dr levou eles para a cozinha. Todos se sentaram em uma mesa enquanto ele servia as coisas rapidamente. Depois ele saiu deixando eles sozinhos. Falando que ia examinar as amostras de sangue. Ally ficou vendo ele se afasta e nada disse.

– Eu não acredito que conseguimos. – Jacque disse sorrindo. – Ainda não creio que estamos aqui.

– Somos incríveis. – Daryl disse se jogando em uma cadeira e colocando os pés em cima da mesa.

– Tire os pés de cima da mesa. – Ally disse ainda olhando para a porta. – Ele nos deixou vinho.

– É. Você vai beber um pouco? – Rick perguntou se servindo.

– Não. Não quero dá um show para o Dr no nosso primeiro dia aqui. – ela disse começando a comer depois de colocar para Carl.

– Qual é maninha? Hoje é dia de festa, vamos nos animar. – Daryl disse enchendo a boca de comida.

Ally olhou para ele e levantou a sobrancelha. Daryl engoliu a comida de uma vez e se engasgou por causa do olhar dela.

– Para me animar preciso beber? – perguntou sorrindo para ele.

– Não. Droga, odeio quando você me olha desse jeito. Parece que pode ver minha alma. – ele disse estremecendo. – Dá até um arrepio estranho na coluna.

– Me olhar matador funcionava antes e funciona agora. – ela disse colocando os braços na mesa e se esticando para mais perto dele. – Se lembra o que você fazia quando eu te olhava desse jeito, Daryl?

– Tem outra garrafa de vinho ai, xerife? – ele perguntou pegando a garrafa que estava em cima da mesa e tirando a rolha.

– Sim. Ele nós deixou com cinco garrafas, por quê? – Dale respondeu por Rick.

– Era tudo o que precisava saber. – Daryl disse antes de virar a garrafa na boca.

Ally sorriu e voltou a comer. Daryl mostrou a língua para ela e bebeu mais.

– O que ele fazia quando você olhava para ele desse jeito? – Sofia perguntou olhando para Ally. – Ai, mãe. Por que me chutou? – ela olhou para a mãe confusa.

– Isso não é coisa que se pergunte. – Carol disse baixinho, enquanto corava. – Desculpem ela por isso.

– Tudo bem. – Ally disse bebendo seu suco. – Daryl sempre teve uns casos com umas pessoas... Hum... Diferentes. E bom, ele não se orgulhava muito delas e nunca falava para mim ou para o Merle. E quando eu olhava assim para ele, ele sempre se entregava. Falava tudo.

– Meus casos não eram tão estranhos assim. – ele disse com as bochechas rosas.

– Daryl, Camila era doida. Ela saiu correndo pela rua apenas com o corpo pintado. – Ally disse colocando mais suco para Carl. – Se não me engano a frase era: Daryl Dixon, case comigo. Ela foi presa por atentado ao pudor.

– Eu lavo minhas mãos. – Daryl disse quando os outros começaram a rir.

Ally apenas sorriu e continuou comendo. Edwin veio pouco tempo depois falar com eles. Ally não deu muita atenção para o que ele estava falando. Ela apenas se levantou e foi colocar o resto da sua comida para os cachorros.

– Pode comer. Podemos dá um pouco da comida para eles. – Edwin disse olhando para ela.

– Nunca fui de comer muito. Como faz tempo que como, não quero comer demais e passar mal. – ela disse se endireitando. – Estou bem, obrigada por se preocupar.

– Você sempre é tão defensiva?

– Costumo ser com as pessoas que mal troco dez palavras e me fura com uma agulha. – ela disse sorrindo. – Bom, eu sou irmã do ogro ali, tenho que ser mal comportada ás vezes, não é?

– Prefiro quando você é gentil. – Sofia disse olhando para ela. – Mal você me dá medo.

– Eu nunca dou medo. – Ally disse se sentando novamente ao lado de Carl.

– Concordo. – Daryl disse bebendo mais. – É aterroriza.

Ally pegou o osso do peito de frango que estava em cima da mesa e tacou em Daryl. Foi um arremesso certeiro na cara dele. Daryl foi um pouco para traz na sua cadeira por causa do susto e quase caiu, mas conseguiu se segurar em T-Dog antes de ir para o chão.

– Au. – ele disse passando a mão no nariz. – Acho que quebrou.

– Eu disse para não mexer comigo. – ela disse sorrindo. – Então, doutor, faz muito tempo que está aqui sozinho?

– Sim. Acho que isso já era de se esperar. Aquelas coisas não são espertas, mas qualquer tipo de barulho atrai eles, mas acho que isso você já sabem.

– Sim. Sabemos. – Rick concordou. – Eu queria agradecer por nos receber. Por abri as portas para a gente.

– Tudo bem. – ele disse. – Ainda temos que fazer coisas boas, não é?

– Acho que sim. – Rick respondeu olhando para a esposa que ajudava Carl a corta a carne.

– Bem, quando estiverem prontos para dormi mostrarei onde podem descansar. – ele disse sorrindo fracamente para eles. – Vou estar na sala.

Eles comeram normalmente e depois Rick foi chamar Edwin. Ele os levou para um corredor onde tinha várias salas de pesquisas. Poseidon ia na frente enquanto Laica ia atrás do grupo. Ambos cheirando para terem certeza que eram os únicos ali. Vivos ou não.

– Os quartos estão sem energia. Mas aqui tem uns sofás confortáveis. Mas temos camas montáveis se quiserem. Não podemos ligar televisão ou computador. Mas o resto está normal. Vocês vão encontra os banheiros ali. Podem tomar banho à-vontade. Tem água quente. E tem uma sala de jogos adiante, mas como disse não podemos ligar as TV, então nada de vídeo game, nem nada elétrico, OK? - ele olhou para as crianças. - O mesmo vale para todos. – ele disse apontando para os lugares que ia falando. – Acho que é isso. – E entrou em uma sala e fechou a porta.

– Água quente? – Glenn perguntou rindo.

Todos eles foram direto para os banheiros. Ally fez com que Carl tomasse banho primeiro. Depois que ele estava trocado e com o cabelo penteado, ela o deixou com Carol, Mike e Sofia na sala de jogos e foi tomar banho. Ela ficou um tempo apenas sentindo a água cair. Ficava boba com coisas que antes pareciam tão banais, agora era motivo para festeja. Rick entrou no banheiro pouco tempo depois, quando ela estava se ensaboando. Eles tomaram banho entre beijos e carícias mais ousadas. Quando estavam quase saindo Rick a colocou contra a parede e eles começaram a fazer amor ali mesmo. Ally saiu primeiro do banheiro. Ela foi para a sala de jogos ficar com Carl. Quando chegou lá, viu que ele e Daryl estavam competindo na mesa de sinuca.

– Quem está ganhando? – ela perguntou se apoiando na mesa.

– Daryl. – Carl respondeu. – Nem estou triste. Ele já ganhou do Glenn, do T-Dog e do Dale.

– Eu sou invencível. – ele disse bebendo mais um pouco.

– Eu sou a próxima. – Ally disse sorrindo.

– Além de corrida, vai me dizer que se arriscava em sinuca? – Rick perguntou entrando na sala.

– Eu trabalha em um bar. Sei alguns truques. – Ally disse rindo. – Por que para todos que olho, tem uma garrafa na mão?

– Porque é dia de festa, baby. – Daryl respondeu dando mais uma tacada.


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