Survival Instinct escrita por Anieper


Capítulo 13
Capítulo 13




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A esperança é um alimento da nossa alma, ao qual se mistura sempre o veneno do medo.

Voltaire

Ally estava de vigia. Ela olhava atentamente para a floresta. Nada se mexia por ali, mas ela escutava escutando o som deles por ali. Ally podia escutar Carl e Sofia conversando ali perto. A menina tentava conforta o garoto por causa do mãe. Ela sabia que Carl estava com raiva dela por ela não ter voltado, sabia que ele pensava que se eles tivessem voltado, sua mãe estaria com ele naquele momento. Mas não. Ally tinha que proteger ele, Carol, Sofia e Mike. Ela não podia colocar a vida deles em perigo por acha que poderia encontra ou consegui salvar alguém. Ally suspirou e apontou a arma para o errante que finalmente apareceu. Ela apertou o gatilho e o matou. Laica foi para o lado dela e se sentou. As duas ficaram olhando para o floresta.

– Tudo bem por aqui? – Rick perguntou parando ao lado dela.

– Tudo. Por enquanto apareceu apenas um. – ela respondeu sem olhar para ele. – Mas não podemos ficar muito tempo aqui.

– Tudo bem. Daryl já acordou. Temos mesmo que ir. Jim está piorando. – ele disse olhando para a floresta de onde vinha mais três walker.

– Eu cuido deles. Preparem o pessoal para parti. – ela disse colocando a arma de lado e pegou a espada.

Ela andou em direção aos errantes e pegou o primeiro pelo pescoço e acertou a espada na cabeça dele. Cortou a cabeça do segundo. E acertou a espada no olho do terceiro. Ela suspirou e voltou para onde estava antes. Ally voltou a olhar para a floresta quando Carl parou ao lado dela. Os dois ficaram em silêncio por um tempo.

– Eu sinto muito. – Carl disse olhando para ela. – Eu sei que se você voltasse ou se a gente ficasse lá, poderíamos morrer. Eu sinto muito mesmo.

– Tudo bem. – ela disse desviando os olhos da floresta e olhando para ele. – Se fosse meus pais, eu faria a mesma coisa. Sei que você acha que eu não gostava da sua mãe, Carl, mas eu gostava. Só que naquele momento manter vocês protegidos era prioridade. Eu amo você e sempre farei o que é o certo para te manter seguro. Você, assim como aquelas duas crianças ali, são meus filhos. Se queremos sobreviver a isso, temos que ser uma família, ver o que é mais importante. Quem devemos manter em segurança e como. Eu vou cuidar de você o melhor que eu poder. Mas não posso te prometer que as escolhas que eu fizer serão as melhores, por que provavelmente não serão. Em momentos de perigos estamos com muita adrenalina no corpo, por isso ás vezes fazermos a coisa errada que parece errada, por que nosso extinto é sobreviver.

– Eu sei. E você estava certa. Tinha que proteger a Sofia e Mike, assim como a Carol.

– E você também, mocinho.

– Vamos? – Rick perguntou chegando ao lado deles.

– Sim. – Ally disse sorrindo para ele.

– Gente, a gente não vamos com vocês. – Morales disse olhando para eles. – Vamos tentar encontra nossos parentes em Birmingham, no Alabama.

– Tem certeza? As respostas podem estar lá no CCD. – Rick perguntou olhando para ele.

– Depois de todo esse tempo, depois de tudo o que aconteceu, sim, temos certeza. – Morales respondeu. – Talvez não encontraremos nada, mas temos que tenta. É nossa família.

– Eu sei como você se sente. – ele respondeu olhando para o filho. – Boa sorte e se mantenha em segurança.

– Vocês também.

Eles começaram a se despedir. Se abraçaram e desejaram sorte um para o outro. Daryl foi o único com não falou nada. Na verdade, ele nem chegou perto deles. Se manteve afastado de todos durante todo o tempo. Aos poucos eles foram entrando nos carros. E partiram. Daryl ia na frente na picape com a sua moto. Dale ia com o trailer logo atrás, junto com Carlo, Jacque, Andrea, Amy, Jim e os cachorros. Rick seguia com Ally, Carl, Carol, Sofia e Mike. Eles andaram pouco mais de dos quilômetros antes de terem que parar.

– Ele está pior. – Jacque disse para Rick assim que eles pararam. – Ele quer falar com você.

– Fiquem aqui. – ele disse para Ally e Carl. – Será rápido.

O xerife entrou no trailer e todos ficaram esperando por ele. Daryl tinha parado mais à frente e agora estava parado ao lado do carro do Rick fumando. Ally e Dale estavam de olho nas coisas, enquanto Carol via se tinha alguma coisa que eles pudessem comer.

– Pessoal, venham aqui. – Rick disse descendo as escadas do Trailer. – Ele quer que o deixamos aqui. Disse que não quer atrapalhar o grupo. Pede apenas que deixamos uma arma para que ele possa dá um fim naquilo quando ele achar que a hora chegou.

– Não podemos fazer isso. – Dale disse. – É suicídio. Não podemos concorda com isso.

– É a vontade dele. Se ele quer assim, que seja. – Daryl disse dando os ombros.

– Você está errado. Ele não precisa fazer isso.

– Daryl está certo. É o que ele quer. – Ally disse. – Ele está sofrendo, está sendo morto por dentro. Tem o direito de escolher.

– Você não pode concorda com isso. – Jacque disse.

– Se fosse eu no lugar dele, faria a mesma escolha. – ela disse olhando para eles. – Não é suicídio, é piedade. Ele tem o direito de escolher como morrer. Seria egoísmo nosso deixar ele assim. Ele está morrendo aos poucos com dores horríveis. Se ele quer acabar com a vida dele, o certo é deixamos.

– Não estamos fazendo uma votação. – Rick disse olhando para eles. – Foi a escolha dele. Ele me pediu e eu vou fazer isso. Ally está certa. Essa escolha é dele, não nossa.

Todos ficaram em silêncio. Sabiam que o assunto não estava em discursão. Se Jim escolheu essa forma de parti, assim seria feito. Daryl e Rick entraram no trailer e pegaram Jim pelos braços. Eles o tiraram do trailer e o levaram até uma árvore.

– Aqui. – Rick disse entregando um revolve para Jim. – Tem seis balas. Tem certeza que é isso mesmo que você quer?

– Sim. – ele respondeu.

– Não precisa ter medo. – Ally disse se agachando ao lado dele. – Vai ficar tudo bem. Apenas feche os olhos e fique em paz. Será rápido, como uma picada de abelha.

– Você sempre sabe o que falar. – ele disse sorrindo.

– Vamos senti sua falta. – ela disse abraçando ele.

Ela se afastou e colocou a mão no ombro de Carl, tirando ele, Mike e Sofia dali. Enquanto todos se despediam, ela levou as crianças para comerem. Depois de dá comida para elas, Ally viu que todos estavam voltando para onde eles estavam.

– Temos que continuar. – Rick disse.

Ally apenas concordou com a cabeça e entrou no carro. Eles partiram em direção ao CCD, essa era a última esperança deles. Ally não falou muito durante todo o caminho. Ela estava pensando em tudo o que tinha acontecido. Deixar Jim tinha sido a escolha certa, mas isso fez com que ela se lembrasse de outra coisa. Ela tinha que conversa com Rick, tinha que contar para ele, mas estava com medo. Não sabia como ele reagiria ao que ela tinha que contar. Como reagiria ao segredo dela. Apenas Daryl sabia. Daryl e ninguém mais. Nos últimos dias de viagem isso era uma coisa que a atormentava. Que a deixava tensa. Eles tinham pouca comida e quase não tinham mais água e ao invés de se preocupar com isso, Ally era atormentada por seus pensamentos. Em seus medos.

– Em que tanto pensa? - Rick perguntou tirando ela de seus pensamentos.

– Em tudo, em nada. – ela disse olhando para ele. – Estou pensando em tantas coisas que nem sei no que estou pensando. Acho que estou pensando na vida, mas não em um assusto especifico.

– Isso é normal. Ás vezes, me sento do mesmo modo. – Carol disse sorrindo para ela.

– Minha mente é uma bagunça. Na verdade, sempre foi. – ela suspirou e se encostou no banco. – Sabia que Daryl e eu já participamos de corridas de carro?

– Não. – Rick disse. – Nunca pensei que você fosse de quebra as leis.

– E não sou. Mas era divertido correr. E o dinheiro era bom. – ela deu os ombros e sorriu para ele. – Eu geralmente apostava e ele corria.

– Você que apostava?

– Ninguém acreditava na pobre menina com pouco dinheiro. Eu sempre ganhava. Sempre. Daryl sempre foi rápido e eu sou muito boa em intimidar as pessoas ou engana-la. Uma vez um deles tentou me bater.

– E o que você fez? – Carl perguntou indo mais para frente no banco.

– Acertei ele no meio das pernas. – ela sorriu.

– Oh. – Rick e Carl falaram juntos.

– Depois Daryl e ele começaram a brigar e eu tive que arrasta meu irmão até o carro. – ela disse dando os ombros. – Até que foi divertido.

– Acho que não podia escolher mulher melhor para me ajudar criar meu filho. Você dá ótimos exemplos para as crianças. – o xerife disse rindo.

– Ei, eu sou um ótimo exemplo. – ela disse rindo junto com os outros. – As corridas não eram ilegais. Ás apostas que era. Mas até os policiais e o juiz da cidade apostavam. E elas apenas eram ilegais por que não sei quem negou o pedido do prefeito para legalizar as apostas.

– Então a culpa não era sua?

– Eu não disse isso, meu bem. Sei que não deveria aposta. Mas não resistia. Daryl não podia aposta por si mesmo e o dinheiro ia para o lançamento do meu livro. Agora serei um mal exemplo. – ela se virou para olhar para Sofia. – Eu também gostava de ver os motoqueiros. Eles eram tão bonitos. Tinha um chamado James que tinha uma bunda, que deuses, era tão perfeita. E sem falar que lá a batata frita era barata.

– Batata frita? Você se colocava em perigo por causa da batata frita?

– Eu adoro batata frita. Sem dúvida é uma das minhas comidas favoritas. Pelo menos era. – ela disse cruzando os braços e fazendo bico. – Ás vezes, eu sonho que tem um monte de batata frita dançando na minha frente e falando. Me coma, me coma.

– Serio? Que sonho estranho. – Carl disse.

– Não. Estranho é quando eu sonho que tem um monte de errante comendo batata e falando que eu nunca mais vou comer.

– Tem razão. Isso que é sonho estranho.

Eles ficaram em silêncio por um tempo. Aos poucos eles foram avistando as barreiras policiais. Ally e Rick se olharam e tiveram um entendimento, aquele não seria o fim. Daryl parou e desceu do carro. Rick e os outros fizeram o mesmo.

– Não dá mais para ir de carro por aqui. Temos que ir andando. – ele disse apontando para os blocos de concreto.

– Certo. – Rick disse pegando uma bolsa com roupas e indo para o lado deles.

Para todos os lados que eles olhassem viam errantes mortos. Ally pegou a mão de Carl e colocou a outra mão na espada. Ela olhou para o Rick e ele tomou a liderança. Ally esperou Daryl está ao lado do marido dela para começar a andar. Eles andaram lentamente olhando em volta procurando algum vivo. Carl colocou a mão na frente do nariz por causa do cheiro. Ally queria fazer o mesmo, mas não queria tirar a mão da espada. Eles continuaram andando, enquanto Daryl e Rick falavam para ficarem juntos e não fazerem barulho. Eles andavam rápido e prestando atenção em tudo. Eles chegaram a porta e Rick e Daryl tentaram abri. Daryl bateu na porta.

– Está trancada. – Rick disse olhando em volta.

– Não tem ninguém aqui. – T-Dog disse.

– Então por que as portas estão trancadas? – Rick perguntou.

– Walker. – Daryl disse se preparando para atirar com a besta. Ele deu um tiro certeiro. – Droga, é um beco sem saída. Nos troce para um cemitério.

– Ele tomou uma decisão. – Dale disse.

– A decisão errada. – Daryl gritou.

– Chega. – Ally disse entrando na frente do Daryl. – Chega, isso não vai ajudar em nada. Rick temos que sair daqui. Agora.

Rick olhou para ela e atirou no zumbi que estava atrás dela. Eles estavam começando a ficar cercados.

– Vamos voltar para os carros. – Rick disse.

Quando eles se viraram a porta se abriu. Eles se olharam sem acreditar naquilo.


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