Entrando em Apuros em Vegas escrita por LelahBallu


Capítulo 7
Capítulo 06


Notas iniciais do capítulo

Hey guys!!

Geralmente eu demoro mais para aparecer entre uma fic e outra (Não por maldade ou por querer), mas surpresa surpresa!! Aqui estou eu novamente e em menos de 24 horas!!! (Para quem não sabe postei uma fic nova, então após lerem esse capítulo, não deixem de dar uma conferida em PROBLEM, ou deixem, eu não mando em vocês.) Agora não vamos falar sobre um capítulo da mesma fic e outro ;)
Então, eu é claro venho trazer esse capítulo para vocês e dar uma daqueles youtubers, sabe que no final do vídeo pede para se inscrever no canal e deixar o like e tals?! Bem, é mais ou menos isso que eu vou pedir para vocês.
"Mas LelahBallu, você veio pedir comentários, recomendações e afins?!"
NÃO!!
Como qualquer um que já me conhece sabe, eu não suporto a ideia de ter que pedir algo assim para vocês, para mim qualquer comentário, recomendação e até mesmo favoritos tem que vir de vocês, tem que ser uma resposta positiva de vocês para a fic, não para mim.O que eu vim fazer é mais como um aviso, eu costumava "divulgar" minhas fics, avisar na verdade, que eu att tal fic em um grupo voltado para isso no facebook, alguns dos meus leitores sabem disso.

Então, eu não estou mais divulgando lá.

"MAS O QUÊ?!!'

Calma, não há nada de extraordinário por trás disso, a principal razão é que essa autora que vós fala odeia profunda e completamente o facebook. Só acesso por razões familiares mesmo. Então, eu sei que o próprio Nyah de algum jeito alerta a aqueles que acompanham as fics quando elas são att. Até aí tudo bem, mas números me dizem que meu nyah é um verdadeiro cemitério, um encontro de fantasminhas camaradas, eu nem ligo muito para isso, por que em fim, a pessoa tah no seu direito de apenas querer ler um capítulo e seguir com sua vida. Mas para aqueles fantasminhas que costumavam saber das minhas att através do facebook, eu não vou deixar um pedido, apenas uma dica mesmo:
Vá no meu perfil, vai tomar apenas alguns segundos, e acesse o link que vai te direcionar até meu tt, você pode me seguir ou não, você que decide é claro, mas eu sempre estou alertando a aqueles que me avisam que acompanham minhas fics quando eu as att, então é só você ir lá e me avisar "Ei @lelahballu eu acompanho suas fics e gostaria de ser avisada quando vc att." ou se você preferir me alerta na DM , eu não preciso fazer grande alarde disso, meu objetivo não é chamar atenção, não é ter mais seguidores, nem algo do tipo, fanfics é algo que eu faço e que gosto compartilhar com aqueles que tem interesse, então meu propósito aqui é apenas arranjar um meio de facilitar o acesso de mais leitores, eu escrevo para vocês, não apenas para mim mesma.

Então, fantasminha ou não, aos interessados, eu estou sempre disponível.
Então já fiz meu lance "Inscreva-se e deixe seu like." agora vou deixar vocês lerem a fic tranquilos.

*Ps: Eu sei que 99% correram para ler e apenas aquele 1% leu a nota. Então eu deixo aqui meus sinceros votos de agradecimentos e meu carinho para esse 1%



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POV FELICITY

— Você precisa ir lá. – Escutei Tommy murmurar para Oliver.

— Ou podemos dar meia volta e fingirmos que não a vimos. – Murmurei com esperança.

— Eu quero me casar com você. – Tommy retrucou encarando-me através do espelho retrovisor. Sorri rapidamente antes de voltar minha atenção para Oliver que seguia imóvel, mesmo da minha posição eu poderia dizer que ele parecia até mesmo pálido, estiquei meu pescoço para observar a tão famosa laurel. Depois de fuzilar o carro de Tommy, ou melhor, depois de fuzilar Oliver com o olhar, ela havia se afastado do seu carro e subido os degraus da varanda e parado em frente à porta, voltando-se para nós, sem dúvida aguardando que qualquer um de nós, provavelmente seu noivo saísse ao seu encontro.– Ollie, você precisa fazer algo.

— Ela está batendo o pé. – Soltei uma risada nervosa, eu estava uma pilha de nervos, e quando isso acontecia eu tendia a fazer comentários incoerentes. – Ela está de braços cruzados e batendo o maldito pé. – Encarei Tommy e bati em seu ombro. – Você precisa me tirar daqui.

— Eu vou descer. – Oliver murmurou finalmente.

— Por que diabos você ainda não desceu? – Perguntei.

— Eu vou. – Assentiu.

— Ainda hoje? – Perguntei sem paciência.

— Você pode me culpar por estar sendo um pouco lento? – Devolveu com rispidez.

— Eu posso te culpar por muita coisas Sr. Queen. – Murmurei em tom azedo.

— Assim como eu, Srª Queen. – Devolveu virando seu rosto, seus olhos entrando em contato com os meus. Então isso bateu em mim. Srª Queen, o que significava... Movi meus olhos em busca da aliança.

— Oliver por que você está usando sua aliança? – Perguntei enquanto tirava a minha e colocava no bolso da minha calça, em algum momento eu a perderia.

— Isso está ficando ridículo. – Tommy murmurou. – Alguém tem que sair primeiro, e não será eu.

— Por que você nunca a tirou? – Era mais uma pergunta retórica do que qualquer outra coisa, não escapava da minha mente que eu também não havia mais me importado em usa-la. Era melhor do que colocar no bolso de alguma bolsa. Levantei minha mão automaticamente para receber a sua que ele tirou após franzir o cenho com minha pergunta. Guardei junto a minha.

— No começo era para te irritar. – Murmurou fazendo com que eu piscasse atônita. Antes que eu tivesse a oportunidade de questionar o que o motivou a continuar a usando ele abriu a porta e escapou.

— Acho que nós seremos os próximos. – Tommy murmurou após mais alguns segundos em que acredito, assim como eu, reunia coragem. Ele abriu a porta não me dando outra opção se não fazer o mesmo.

— Droga. – Murmurei também saindo. Meu olhar acompanhando Oliver que se aproximava de Laurel.

Laurel.

Eu estava tão familiarizada com o nome que veio com facilidade em minha mente. Eu imaginei uma e outra vez como seria o primeiro encontro, eu não imaginaria que seria logo após chegarmos a maldita cidade. Não ajudava muito que ela aparecesse algo que tenha sido sair de uma revista sobre mulheres lindas e confiantes, aquelas resolvidas em seus empregos.

Eu já a odiava.

O que era injusto.

— Coragem Smoak. – Tommy murmurou me oferecendo seu braço. Sorri agradecendo o gesto e caminhei lado a lado com ele, Oliver parecia pedir desculpas a Laurel pelos imprevistos de sua viagem quando paramos diante o casal. Laurel desviou o olhar aborrecido sobre seu noivo até encarar primeiro Tommy com um ligeiro franzir de lábios e cair sobre mim com desdém, avaliando-me de cima a baixo. – Olá Laurel. Isso sim soa como boas vindas. – Tommy murmurou com um falso sorriso. E me apontou com a cabeça.  – Esta é Felicity...

— Deixe-me adivinhar... Sua amiga. – Murmurou fazendo com que a palavra soasse mais como um insulto. Carregada com outros significados. – Essa viagem deve ter sido interessante Tommy. – Sorriu falsamente.

— Oh. – Tommy murmurou com um grande sorriso, sua cabeça balançando de um lado para o outro. – Você não tem ideia.

— Felicity é uma amiga minha. Laurel. – Oliver murmurou impregnando a conotação certa a palavra e me surpreendendo ao fazê-lo. Laurel parecia ligeiramente constrangida pela pequena reprimenda de Oliver e forçou um sorriso ao me encarar.

— Você veio para o casamento? – Perguntou enquanto sua mão buscava o braço de Oliver, tocando sua jaqueta em um gesto possessivo.

— Algo do tipo. – Murmurei tentando não soar irritada pela forma que ela havia me tratado. Soltei o braço de Tommy temendo que ela levasse suas suspeitas mais longe e me arrependi ao fazê-lo. Por que Laurel notou o gesto.

 E só então percebi meu equívoco.

Enquanto eu enchi os ouvidos de Oliver com reprimendas, e repetindo uma e outra vez para esconder sua tatuagem, eu havia esquecido completamente de fazer o mesmo com a minha. E era lá que os olhos de Laurel estavam fixados no momento.

— O que isso significa? – Perguntou sua voz soando estridente. Seu olhar indo de um para o outro com agressividade. – Oliver o que diabos significa isso?

Inferno.

 Eu sabia que essa maldita tatuagem me traria problemas.

POV OLIVER

Caminhei hesitante até Laurel. Seu semblante estava carregado enquanto me observava me aproximar. Por mais que eu sentisse que a tendência era de tudo se tornar pior, eu não estava ansioso por isso.

— Desculpe. – Murmurei assim que parei em sua frente.

— Por quê? – Perguntou irritada. – Por não me dar um telefonema desde que partiu? Por mandar algumas mensagens dizendo apenas que estava tudo bem e que em breve nos veríamos, ou por chegar praticamente no dia do nosso casamento? – Murmurou erguendo um pouco seu tom. – Eu tive que saber por Thea que horas você chegava, e que vinha direto para a casa de Tommy. O que está acontecendo Ollie?

— Eu sinto muito. – Repeti. – Eu sei que fui negligente, mas houve alguns imprevistos e... – Parei ao notar que seu olhar não estava mais em mim, ela encarava Tommy e Felicity que se aproximavam. Minha atenção se fixou em Felicity enquanto Tommy a apresentava, ela parecia completamente perdida e constrangida, não era assim que eu queria que acontecesse. Para completar, Laurel fez o comentário infeliz e sugestivo sobre a proximidade deles dois, e isso me irritou. A forma com que ela falou. Eu sabia que teria aguentar muito mais em breve, mas isso seria quando ela estivesse magoada, e em seu direito de estar irritada, então eu não pude me conter em repreendê-la ainda que leve e discretamente.

Ela não gostou, eu percebi. Mas Laurel havia crescido no mesmo meio que eu e aprendeu rapidamente a ignorar algumas batalhas e se concentrar na guerra que estava por vir. Ela era uma mulher inteligente e suas breves palavras de quando chegamos me fez notar que ela de fato já sabia que havia algo errado, ela não sabia o quê, mas sabia. A observei sorrir para Felicity como se desculpasse pelo comentário anterior e isso me animou, quando perguntou se ela havia vindo para o casamento o sentimento de culpa me invadiu com a resposta de Felicity. Ela não vinha para um casamento, ela vinha ajudar a explicar por que não haveria um.

Eu me sentia culpado pelas duas mulheres. Eu me sentia culpado pelo o que fiz com Laurel, por ter dormido com outra mulher e ter aproveitado cada momento, por ter me casado com outra mulher e ter me divertido com ela desde então, por na noite anterior em vez de está brindando com nossas famílias pelo o casamento que estava por vir, eu estava dormindo abraçando outra mulher, por ter desfrutado de abraça-la.  Eu me sentia culpado por Felicity por tê-la colocado nessa situação, por tê-la trazido comigo apesar de todos seus argumentos por que não devia vir serem completamente plausíveis. Por continuar a desejando mesmo quando não devia.

Despertei de meus pensamentos quando escutei a voz indignada de Laurel me perguntar o que aquilo significava, me questionar o que estava acontecendo. Eu demorei alguns segundos para perceber ao que ela referia e o que havia desperto sua fúria, meu olhar caiu primeiro no rosto de Felicity percebendo seu choque e depois no pulso que ela cobria como se desejasse minimizar o ocorrido.  Voltei a encarar Laurel que me encarava lívida.

— Laurel? – Murmurei arrependido e ficando em sua frente ocultando Felicity. – Eu sinto muito...

— Eu sinto muito Oliver. – Escutei a voz de Felicity murmurar atrás de mim.

— É algum tipo de brincadeira? – Laurel perguntou trincando os dentes e passando por mim. – Deixe-me ver isso. – Exigiu segurando o pulso de Felicity. Notei o desconforto de Felicity, seu rosto se contorcendo em uma careta de dor.

— Ei! – Tommy murmurou ficando ombro a ombro com Felicity. – Controle-se Laurel.

— Cuide das suas merdas, Merlyn. – Laurel falou antes de se voltar para mim ainda segurando o pulso de Felicity. – Quando você vai me explicar isso? Por que essa... Garota tatuou seu nome no corpo dela? Qual a ligação de vocês? Onde diabos você esteve Ollie?

 - Quando você solta-la. – Murmurei sério.  – Você está a machucando.

— Olhe, eu sei que isso está te chateando. – Escutei Felicity murmurar atraindo a atenção de Laurel. – E que é muito tarde para eu mentir que é de algum filho meu, mas eu gostaria de ter meu pulso de volta.

— Isso só pode ser uma brincadeira. – Laurel meneou a cabeça com descrença. – Por que você não está dizendo que não é o que eu estou pensando?  Por que vocês parecem estarem me pedindo desculpas? Pedimos desculpas quando somos culpados por algo.

— Ainda esperando você soltar meu pulso. – Escutei Felicity murmurar em tom menos compreensivo. Toda a compaixão por Laurel se esvaindo. –Você não vai querer que seja eu a me soltar. – Completou. Então seu olhar desviou de Laurel. - Oliver. – Murmurou me encarando seriamente.

Sem hesitar caminhei até Laurel e segurei em seu braço, um toque firme, mas indolor.

— Solte-a. – Pedi. – Nós precisamos conversar e isso, só nós dois. Em um lugar mais privado.

— Você não quer levar sua puta junto?

— Eu disse. Solte-a. – Repeti em tom mais baixo e soando terrivelmente mais frio. Eu não queria ficar irritado ou chateado com ela, eu não queria, mas se tornou impossível após ela se referi a Felicity daquela forma. Felicity que havia se encolhido sentindo a ofensa. Laurel percebeu pelo meu tom que as coisas haviam rapidamente ido para um patamar mais perigoso, pois soltou Felicity de imediato.

— Vamos. – Tommy murmurou tocando as costas de Felicity a reconfortando. Felicity esfregava o local que estava vermelho devido à força que Laurel havia colocado. – Eu a levo para seu quarto. Vocês podem usar o escritório. – Tommy murmurou me encarando. – Depois disso, sua noiva ou não, Laurel não é mais bem vinda aqui.

— Vocês revezam com ela ou é alguma espécie de trio? – Escutei Laurel perguntar com amargura observando-os entrar.

— Já chega. – Falei entredentes. – Eu entendo que esteja irritada e não posso culpa-la afinal não neguei nenhuma de suas suspeitas. Mas não faça isso novamente. – Murmurei deixando para trás. – Vamos para o escritório de Tommy. – Murmurei por cima do ombro. Escutei seus passos pesados soando no piso de madeira, ela passou como um furacão quando abri a porta do escritório. - Eu sei que lhe devo explicações. – Murmurei fechando a porta atrás de mim. – E nem todas as desculpas serão o suficiente, mas...

— Mas o quê? – Perguntou jogando sua bolsa em uma poltrona próxima. – Você me traiu Oliver, está claro por que você está todo culpado e pedindo desculpas, eu me pergunto também o quanto de sexo é necessário para uma garota iludida chegar a tatuar seu nome no braço. – Riu com desdém. – Eu não me importo com você transando pouco antes do nosso casamento, não realmente. Eu não sou estúpida ao ponto de não saber que você estava em algum lugar com seu amigo idiota tendo uma despedida de solteiro. Eu me importo com você trazendo ela para cá. O que é isso? Vai fazê-la permanente?

— Laurel...

— Vai fazer como seu pai que manteve sua amante no escritório? – Aproximou-se, seus olhos encontrando os meus com desafios. – Sua mãe tinha que pedir a amante que a anunciasse sempre que visitava o marido, eu vou ter que fazer o mesmo?

— Você está levando tudo errado. – Murmurei tentando ter paciência. – Aconteceu uma vez.

— Se você vai ter uma amante, eu não me importo. – Murmurou me surpreendendo.  – Mantenha-a longe de mim, eu não vou ser humilhada como sua mãe foi.

— Você não liga se eu te trair, desde que eu seja discreto? – Perguntei incrédulo. Um gosto amargo em minha boca.  – Você já esperava que eu a traísse. – Deduzi. - Está irritada por que eu trouxe Felicity comigo.

— Se alguém do nosso circulo suspeitar... Vai manchar nossa imagem. – Falou sem se abalar. – Somos o casal perfeito Ollie, Laurel e Oliver. Estamos sempre no meio das conversas como o exemplo que um casal deveria ser, somos elogiados. Nós vamos a muitas festas, e eu não quero depois que casarmos ser apontada em cada roda pela mulher traída. Faça o que tiver que fazer, mas a mantenha em segredo.

— Ela não é minha amante. Aconteceu apenas uma noite, em Vegas. – Murmurei ainda com desgosto do que havia acontecido. – E não haverá casamento. – Murmurei fazendo com que ela recuasse, eu estava tão irritado com o que ela havia dito que deixei de lado todo o tato com que ia tratar sobre o assunto.

— Como é que é? – Murmurou perplexa. – Você acha que vai voltar atrás tão perto do casamento? Nós temos convidados, nossas famílias, todos os preparativos. Eu não vou ter isso tirado de mim por uma put... – Ela calou-se quando dei um passo em sua direção, agressividade dominando em meus movimentos.

— Nunca a chame assim novamente. – Exigi.

— Por que você a está defendendo?  - Perguntou incrédula. - Eu sou a que foi prejudicada por conta desse seu casinho. – Falou sem recuar. – Você não vai cancelar esse casamento por conta de uma aventura em Vegas, se quiser manter isso, que seja, eu não me importo, mas nós vamos nos casar. Você com certeza não vai alegar que em tão pouco tempo se apaixonou por sua amante.

— Ela não é minha amante. – Meu tom se elevou a assustando o suficiente para fazer com que recuasse. – Ela é minha esposa! – Concluí levando minhas mãos a cabeça e me afastando. – Eu... – Murmurei voltando a encara-la e recuando. O choque em seus olhos me fazendo sentir culpa apesar de tudo. – Eu me casei com ela.

— O quê? – Murmurou perplexa. Por um longo tempo tudo o que eu fiz foi evitar encara-la. Tentava acalmar minha respiração e assim me acalmar, quando meus olhos encontraram novamente os seus eu percebi que seguia em choque. Nenhuma palavra mais foi dita por ela, tudo o que ela fazia era me encarar. Sentindo pesar por estar fazendo isso com ela eu comecei a subir a manga da minha camisa e exibi diante seus olhos perplexos a tatuagem com o nome feminino. Eu sabia que Felicity estava certa e eu ia me esquecer de colocar a maldita jaqueta, então vesti uma camisa de mangas compridas. Felicity vestia um moletom até que estava calor demais para ela seguir usando-o, eu percebi o momento em que ela tirou. Vergonhosamente eu era ciente de cada gesto dela. Infelizmente na hora não imaginei que deveria lembra-la de voltar a vestir mais tarde.

— Nós bebemos demais, uma coisa levou a outra e casamos. Aconteceu tudo muito rápido, eu estava fora de mim. – Falei. Ela meneou a cabeça, negando-se a acreditar nisso. – É válido. Foi para valer. – Falei quando notei ela abrir a boca em protesto. - Quando acordamos foi toda uma confusão, foi algo impulsivo, uma loucura e nos arrependemos. Eu sinto muito, eu não sei no que eu estava pensando, eu nunca iria magoa-la de propósito, mas aconteceu.

— Mas aconteceu? – Murmurou com desgosto. – Você casou com outra garota, dias antes do nosso casamento. E então você diz que aconteceu? Como se tivesse quebrado meu porta retrato favorito, “sinto muito Laurel, eu não queria, mas aconteceu”. O que aconteceu com você Oliver? Nós éramos felizes, tínhamos planos, toda uma vida planejada, inclusive quando teríamos filhos, e então você apenas joga tudo fora? Simplesmente volta atrás e faz uma merda como essa?

— Eu não joguei tudo fora. – Murmurei embora entendesse que era algo difícil de acreditar diante tudo isso. – Eu não desisti, eu ainda quero me casar. – Falei tentando colocar toda minha convicção naquela frase. Eu queria, é claro que sim. Eu não podia ter mudado de ideia apenas nos últimos dias, certo? – Eu entendo caso você não queira mais, eu sei que o que fiz foi errado, mas eu quero consertar isso, é por isso que estamos aqui, eu e Felicity. Eu precisava contar a você, e eu preciso de você.

— Como? – Perguntou.

— Se você acha que não devemos mais no casar eu vou aceitar isso, eu vou compreender, mas se você decidir nos dar mais uma chance, eu preciso de sua ajuda para desfazer isso. – Expliquei. Ela me encarou absorvendo minhas palavras, seu rosto mostrava que estava avaliando o que eu havia dito.

Observei sua expressão ficar mais calma, a raiva se esvaindo lentamente. Piscando ainda um pouco confusa ela caminhou até parar em minha frente, suas mãos foram para meus antebraços, seus olhos baixando até meu pulso.

— Você me humilhou. – Murmurou magoada. Sem toda a expressão irritada, sem a raiva que eu havia sentindo nela antes, ela parecia novamente com Laurel que eu pedi em casamento.

— Eu sei. – Falei em tom suave, deslizei uma mão para seu rosto e murmurei com sinceridade. – Eu sinto muito. – Repeti.

— Eu ainda quero me casar com você. – Confessou, um sorriso pequeno mostrando-se em seus lábios. – Eu te amo Ollie, é claro que eu quero me casar com você.

— Isso é bom. – Murmurei retornando seu sorriso.

— Eu preciso falar com ela.  – Avisou. Assenti concordando.

— Eu vou chama-la para conversarmos...

— A sós. – Cortou-me.

— Laurel. – Murmurei em tom de protesto, a forma com que ela havia se referido a Felicity ainda estava presente em minha mente, eu não sabia se deveria deixar as duas a sós. – Não. – Ela me soltou diante a negativa.

— Não é mais sua noiva que está pedindo, Ollie. – Murmurou de forma autoritária.  – É sua advogada. Eu preciso saber se ela pretende tirar alguma vantagem sobre essa separação. Está claro que não queremos que esse pequeno erro chegue aos ouvidos de terceiros, então eu preciso saber se ela pretende fazer uso disso.

— Felicity não pretende ganhar nada com isso. – Murmurei com convicção.

— Então me deixe conversar com ela. – Repetiu, ela soltou um suspiro pesado, seus olhos descendo para encarar o chão. – Eu também sei que preciso pedir desculpas a ela, por não ter sido mais contida, e honestamente eu não consigo fazer isso em sua frente.

— Ela entende. – Murmurei. Eu não devia estar falando por Felicity, e não devia me mostrar diante Laurel tão inclinado ao seu lado. Então, ainda que relutante me ouvi dizer. – Está bem, eu vou chama-la e se ela concordar, vocês podem conversar sozinhas. Fui eu que a trouxe Laurel, eu praticamente a forcei a vir, então eu não posso deixar que ela sinta-se cercada.

— Eu não vou voltar a ofendê-la. – Murmurou, seu rosto demonstrava que ainda estava chateada comigo, por pedir para ir com calma com a mulher com quem eu a traí, por ir em defesa de Felicity, eu sabia que estava sendo errado em fazer isso, mas sentia que se eu não a defendesse seria um erro ainda maior. Eu ainda sentia que não deveria deixar as duas a sós, mas é Laurel, eu devo confiar em Laurel, certo? Eu a conheço por toda uma vida.

 - Eu volto já. – Murmurei indo até a porta antes que eu pudesse me arrepender. Eu tinha alguma ideia de onde Tommy havia colocado Felicity. Ele gostava dela, eu podia perceber isso, em pouco tempo ele havia desenvolvido carinho, e eu acho que ela também havia se aproximado dele, então ele definitivamente a colocaria em um dos melhores quartos. Sem hesitar subi as escadas e com passos largos me aproximei do quarto, a porta estava aberta e os dois estavam sentados na cama, um de frente ao outro, como no dia anterior Felicity se ocupava de ensinar Tommy a trapacear nas cartas. Meneei a cabeça tentando esconder um sorriso, eu havia me casado com uma trapaceira de Vegas.

— Você não devia fazer. – Murmurei chamando a atenção dos dois e caminhando até a cama. – Ele vai usar todos esses truques em mim, você sabe. – Apesar de seu semblante não demonstrar alegria em me ver, provavelmente imaginando como havia sido minha conversa com Laurel, ela exibiu um sorriso.

— Esse é apenas mais um motivo para eu ensina-lo. – Deu de ombros. – Precisamos fazê-lo o melhor antes que eu vá. – Por algum motivo eu não gostei de sua menção de ir embora. Tommy que em um dos seus raros momentos silenciosos nos observava se ergueu.

— Eu vou sair para um lugar qualquer, sem aparentemente nenhum motivo para sair. – Anunciou piscando-me e fechando a porta atrás de si, antes que pudesse recriminar sua falta de tato.

— Eu amo isso nele. – Felicity falou agora sorrindo abertamente.

— A habilidade de conseguir me constranger a qualquer hora e qualquer momento? – Perguntei tomando o lugar que antes Tommy ocupava.

— Isso também. – Assentiu em tom brincalhão. – Mas eu falava da falta de sutileza. – Explicou-me. – Ele pega o grande elefante na sala e transforma em algo do que poderíamos rir. – Assenti concordando com o que dizia, ela me observou por mais alguns segundos em que eu me perguntei se seria capaz de deixa-la a sós com Laurel. Não havia sentido nisso, eu havia a trazido para isso, por que agora isso era a última coisa que eu queria fazer? Protegê-la desse constrangimento, de talvez mais uma vez ser ofendida por Laurel? Por que agora tudo o que eu conseguia pensar era que eu não conseguia confiar na palavra de Laurel, mas parte de mim explicava suas atitudes e entendia, e eu precisava encarar logo isso para então seguir com meus planos, planos que eu havia criado antes de Felicity, que não a permitiam dentro, ela não fazia parte disso. – O que houve? Ela desistiu? – Franziu o cenho. – Você parece triste.

— Ela não desistiu. – Murmurei em tom baixo. O rosto de Felicity mostrava surpresa, e algo além, algo do qual eu não podia ou queria ir ao fundo para decifrar.

— Ah. – Foi tudo o que disse apesar de tudo.

— Ela quer vê-la. – Continuei. Suas sobrancelhas se ergueram, mas sua expressão não era mais de surpresa, ela já esperava por isso. – Se isso a faz sentir desconfortável...

— Ei vim aqui para isso Oliver. – Ela me encarou confusa.

— Sim, mas...

— Agora você se deu conta de que sua noiva não é tão compreensiva quanto imaginava. – Murmurou.

— Eu esperava por sua raiva. – Confessei. – Dirigida a mim.

— Como você, um homem experiente, não percebe algo tão básico em nós mulheres? – Sorriu. – Somos ciumentas e possesivas, sabemos disfarçar, às vezes, e minimizar um pouco, mas se nossos namorados nos traírem, nós vamos chamar a outra garota de piranha, mesmo que ela não saiba que o cara em questão tinha compromisso, nós vamos pensar: “Aquela vadia... Não espere, ela não sabia, mas... Aquela vadia!!”

Ri de sua imitação, sua voz erguendo um pouco enquanto finalizava.

— Você não parece ser do tipo que faz isso. - Comentei.

— Bem, você me perguntou o que eu faria. – Lembrou-me, seu tom ficando sério. – Eu me negaria a encontrar a outra garota, eu não iria querer dar um rosto a estranha, eu não ia querer ouvir suas desculpas nem tão cedo. – Acrescentou. – E quando escutasse seria apenas dias mais tardes, apenas para dar uma conclusão ao que tivemos, por que a partir do momento em que você dissesse que me traiu, de que casou com outra, o casamento estaria acabado. – Voltou a dar de ombros. – Mas essa sou eu, sou um pouco rancorosa.

— Parece um pouco fria. – Brinquei. – Sem emoção.

— Eu choraria. – Confessou. – Todos os dias até e dar conta que realmente acabou, mas nunca em sua frente. 

— Soa como orgulho.

— Auto preservação. – Corrigiu-me. – Apenas eu poderei me juntar, por que preciso exibir minha dor para outros?

— Por que ao esconder seus sentimentos de mim, você não me deixa saber o que eu poderia fazer para mudar. – Falei com convicção. – Eu não posso agir diante a incerteza se isso realmente é para acabar.

— Como agir é algo bem óbvio. – Retrucou. – Se você quer algo, se você realmente quer muito, você precisa lutar, você não pode desistir.

— Como saber se vale a pena lutar? – Questionei a fitando com intensidade.

— Se você precisa se perguntar se vale a pena, talvez a resposta seja não. – Concluiu duramente.

— Eu só estou dizendo que não dá para lutar sozinho, é preciso saber se a outra pessoa também está disposta. – Retruquei.

— Oliver... – Murmurou pesadamente. – Ainda estamos falando de você e Laurel?

Pisquei confuso percebendo o caminho que havíamos seguido e ergui-me da cama, precisava de um pouco de distância entre nós dois. Física e emocionalmente.

— Sim. – Assenti vagamente. – Claro que sim, falávamos se você fosse Laurel.

— Mas eu não sou Laurel. – Concluiu.

— Não. Não é. – Concordei.

— Talvez esse seja o grande problema. – Falou fazendo com que eu a encarasse confuso. Ela meneou a cabeça descartando o que havia dito com um sorriso. – Se eu fosse Laurel, você já estaria casado e não teria todo esse problema, eu acho Sr. Queen, que você deveria ter levado sua noiva para Vegas consigo.  –Tentou fazer graça. Quando percebeu que havia sido uma tentativa falha ergueu-se da cama. – Vamos, preciso encontrar uma noiva furiosa.

— Felicity...

— Eu não sou feita de porcelana Oliver. – Murmurou me tranquilizando. – Eu posso lidar com alguns minutos com sua noiva.

— Felicity...

— Oliver. – Retrucou.

— Vocês terminaram? – Escutei a voz de Tommy soar atrás da porta. – Minha coluna está doendo de ficar curvado sobre a porta com o ouvido colado a ela. – Soltei um suspiro aborrecido ao escutar seu último comentário. Felicity abriu a porta e encontrou Tommy sorrindo abertamente. Ela meneou a cabeça e deixou um sorriso escapar, ergueu-se e plantou um beijo em sua bochecha.

— Nunca mude. – Pediu antes de se afastar. Tommy me lançou um olhar reprovador, mas o quer que ele desejasse falar segurou até que descemos as escadas e paramos em frente ao seu escritório. – Eu entro sozinha. – Felicity falou colocando sua mão sobre a minha que segurava a maçaneta da porta.

— Mas...

— É melhor assim. – Falou em tom firme. Assenti ainda que hesitante e lhe dei espaço para que passasse.

— Você tem certeza que vai deixar as duas sozinhas? – Tommy perguntou quando caminhei me afastando da porta, precisava ir para sala e segurar minha vontade de assim como Tommy, me encostar à porta e escutar a conversa no interior.

— Eu não quero. – Meneei a cabeça. – Mas não posso fazer nada quanto a isso.

— Sim, você pode. – Falou me parando ao segurar meu braço. – Você pode deixar tudo como está.

— O quê? – Perguntei incrédulo.

— Por que você não pode ficar com ela? – Perguntou, procurei em seu rosto por qualquer indicio de brincadeira, qualquer sinal de que estava fazendo uma de suas habituais piadas, mas ele seguia sério.

— Laurel é minha noiva!

— Felicity é sua esposa. – Retrucou.

— Nada é tão simples assim Tommy. – Falei. – Eu assumi um compromisso com Laurel, eu tinha, tenho planos.

— Que você quebrou no momento em que pegou a mão de Felicity e a puxou para fora daquela boate. – Murmurou. – Laurel não estava mais em sua mente naquela hora, e eu duvido que esteja agora.

— Eu conheço Felicity a apenas alguns pares de dias. – Argumentei. – Eu conheço Laurel por toda uma vida.

— Você conhece? – Perguntou de forma grosseira. – Você tem certeza sobre isso? – Franzi meu cenho com sua pergunta, não era a primeira vez que Tommy insinuava algo sobre Laurel.

— Tommy... – Murmurei. Desconfiança me dominando. – O que você sabe que eu não sei?

POV FELICITY

Fechei a porta atrás de mim.

O silêncio que reinava no ambiente fazia com que qualquer ruído que fosse se transformasse em algo ensurdecedor. Encarei a mulher a minha frente sentindo seus gélidos olhos me analisarem antes que um sorriso que imediatamente classifiquei como falso assumir seus lábios. Eu trabalhava em um hotel, já havia atendido tantas mesas, com tanto tipo de pessoas e caráter que era impossível não ter visto esse sorriso antes.

— Felicity, certo? – Perguntou avançando ainda com seu ar amigável, mas parando uns bons passos antes.  – Primeiro eu queria pedir desculpas pelo o que aconteceu antes, eu estava fora de mim, você entende certo? Saber que meu noivo agora é um homem casado... Apenas me abalou. – Terminou encarando o chão com semblante triste. – Eu nunca esperava isso de Ollie, nós dois sempre fomos perfeitos juntos, nós nos amamos, eu sei disso, somos completamente apaixonados um pelo o outro, a forma que ele me pediu em casamento... Foi linda e perfeita. Eu pensei que isso era o bastante, eu nunca pensei que um dia seria a mulher traída...

— Oliver me falou que você ainda quer se casar. – Murmurei a abordando.

— Por que eu o amo. – Falou com um sorriso triste. – E eu sei que apesar desse pequeno erro, ele ainda me ama.

— Eu dificilmente chamaria um casamento com uma desconhecida de algo pequeno. – Murmurei antes de conseguir frear minha língua. A questão era que eu não estava comprando sua atitude humilde e apaixonada. Que ela tentasse isso comigo, era ridículo e me fazia perguntar por quê.  Seu rosto mudou apenas brevemente, uma centelha de amargura e fúria aparecendo por meros segundos.

— Diante de tudo o que vivemos, esse é sim um pequeno erro. – Comentou. – Somos perfeitos um para o outro, eu jamais deixaria que algo tão pequeno mudasse todos os planos que fizemos.

— Eu entendo. – Assenti. – Vocês dois tem planos.

— Sim. – Assentiu. – Ollie tem uma empresa, e precisa de uma esposa a sua altura.

— A sua altura. – Segurei um riso sarcástico. – Claro.

— Ollie não me disse, mas o que você fazia em Vegas? Viagem com amigas? – Sugeriu.

— Eu moro lá. – A informei. – Eu trabalho no hotel perto do local em que nos conhecemos.

— Você é gerente. – Sondou.

— Sirvo mesas. – Murmurei sem deixar que seu olhar me diminuísse e exibi um sorriso ao dizê-lo.

— Oh. – Murmurou, então voltou a abrir seu sorriso. – Então você entende que não é a pessoa mais qualificada para ser uma Queen. – As palavras vieram acompanhadas finalmente do tom em que ela devia ter empregado desde o começo. O de vadia ambiciosa que eu suspeitei que fosse. Tommy havia me dito uma ou outra coisa sobre Laurel, como ela vinha tentando afastar Oliver de suas amizades e como ela vinha se insinuando para o próprio Tommy de forma sútil, quando perguntei a ele por que ele nunca falou com Oliver sobre isso ele deu de ombros, disse que era tão sútil que Oliver assumiria que Tommy havia confundido e que às vezes ele mesmo se perguntava se não o fazia. – Uma garçonete não deve ser chamada de Queen.

— E ainda assim eu sou. – Retruquei. Isso quebrou por completo seu coleguismo. Seus olhos voltaram a serem tão frios quanto cubos de gelos.

— Ollie deu a entender que você não complicaria essa separação. – Falou empertigando-se. – Ele está errado?

— Não. – Neguei cruzando meus braços. – Eu quero acabar com isso sem demora.

— Ótimo.

— Mas se vamos fazer isso, que seja de forma sincera. – Falei sem hesitar. – Nada de fingimento, nem falsa compreensão feminina. Eu sou a garota com quem seu noivo traiu e se casou. – Seus lábios estreitaram-se em sinal de irritação. – E você é garota interesseira que não vai deixar Oliver e sua fortuna escapar. Máscaras de lado, vamos agir como realmente somos, sim? Eu não banco a vítima, nem você deverá fazê-lo.


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Notas finais do capítulo

Hey hey!! Tah chegando a hora, sinceramente em meu planos o próximo já seria o último, mas como eu não tenho bem um controle quando começo a escrever (Nota-se pelas minhas notas) Eu não acho que será possível, de qualquer forma, estou entre um ou dois capítulos a mais. Fora isso, deixo o meu habitual nos vemos nos comentários, eu sei que eu lancei esse capítulo antes de responder os comentários anteriores e já peço desculpas, voou tentar fazer diferente com esse.

Xoxo, LelahBallu.