Entrando em Apuros em Vegas escrita por LelahBallu


Capítulo 3
Capítulo 02


Notas iniciais do capítulo

Boa noite lindos!!
Peço desculpas por não estar respondendo os comentários, mas estou com muitas fics em andamento e preciso tirar um dia para responder, mas saibam que li todos e amei cada um, sem mais delongas deixo vocês com o capítulo.



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Observei em pânico o sorriso da minha mãe se esvair e transformar em um careta de confusão, ela olhou de Tommy par Oliver e finalmente seu olhar recaiu sobre mim.

— Ele disse marido? – Ela perguntou me encarando confusa. – Felicity por que você está calada e não negando?

— Deixe que eu explique meu amor. – Oliver falou segurando meu braço.

— Pare. – Falei o encarando.

— Mas querida... – Eu podia ver o sorriso em sua voz.

— Cala a boca Oliver! – Mandei. – Está faltando isso aqui... – Fiz uma pequena distância entre meus dedos. –... Para eu ficar viúva.

— Felicity você casou? – Minha mãe exclamou admirada.

— Sim. Espere não! – Deus eu não acredito que estava passando por isso.

— Conte a verdade querida. – Escutei a voz zombeteira soar ao meu lado. - Não é justo mentimos para ela. – Tudo o que fiz foi encara-lo com um olhar impregnado de ódio, mas desviei meu olhar do seu e encarei minha mãe que observava tudo ainda pasma.

— Mãe, podemos conversar em seu escritório? – Perguntei.

— Devemos Felicity. – Ela retrucou cruzando os braços. – Não é todo dia que eu escuto que minha filha se casou, pela boca do marido dela ainda mais. – Suspirei ao escutar isso e voltei a encarar Oliver.

— Você não ouse sair. – Apontei.

— Para onde eu iria? – Perguntou com sorriso sacana. – Sou preso a você, corpo, alma e coração.

— Já chega Oliver. – Tommy pediu segurando um riso. Eu me aproximei de Oliver encostando meu dedo em seu peito.

— Eu sei que já deve está bem claro isso. – Falei o encarando séria, ele parou de sorrir e me devolveu o olhar. – Mas eu preciso dizer com todas as palavras e impregnar toda emoção nelas para que não haja dúvidas: Eu. Te. Odeio. – O sorriso voltou a se estender pelos seus lábios.

— O sentimento é recíproco. – Respondeu.

— Bom.

— Felicity aqui está os lenços... – Suspirei ao escutar Roy retornar.

— Obrigada Roy, mas o estrago já foi feito. – Minha mãe me encarou e virou as costas dando a entender que era para segui-la, a ironia era que em nenhum momento ela havia olhado para a tatuagem no pulso de Oliver.

— Seu escritório sempre foi tão longe assim ou foi o silêncio constrangedor que fez isso? – Perguntei quando finalmente entramos no lugar.

— Sem rodeios Felicity. – Minha mãe nunca havia sido séria, eu não posso lembrar por mais que eu tente uma vez em que ela tenha me olhado com um pingo de seriedade, até hoje. – Eu não mais perguntar se você está casada, por que a necessidade de uma conversa entregou a resposta, minha pergunta agora é como? Por que e quem é aquele rapaz?

— Bem , não há uma maneira certa de dizer isso, mas as respostas para todas as perguntas se resumem a: Eu não sei. – Confessei.

— Você não sabe?

— Eu acordei hoje após uma noite que deveria ser apenas uma noite entre garotas entre eu e Helena, mas eu amanheci aqui nesse hotel, no quarto nupcial, completamente nua... – Corei ao dizer essa parte. -... Ao lado daquele completo idiota.

— E por que você deduz que casou? Talvez tenha sido apenas uma noite de sexo selvagem. – As palavras “Sexo” e “Selvagem” jamais deveriam sair com naturalidade da boca de uma mãe para uma filha, mas minha mãe não era um exemplo de uma família tradicional. Suspirei sabendo que teria que contar tudo (Ao menos o pouco) que eu sabia para ela, e isso incluía mostras as provas. Enfiei a mão no bolso da minha calça jeans tirando o anel e o colocando em minha mão esquerda.

— Por que eu acordei com isso... – Estendi a mão. E passei a erguer a manga da minha jaqueta até o antebraço. –... E isso. – Concluí mostrando a tatuagem. Em sua defesa ela pareceu ligeiramente surpresa ao encarar a tatuagem antes de falar.

— Ah o nome dele realmente é Oliver.

— Eu não acredito que isso é tudo o que você vai fala. – Murmurei incrédula. – Sua filha faz a maior loucura da vida que é acordar em um quarto estranho, casar com um desconhecido e tatuar seu nome na pele e você só diz isso? “Ah o nome dele realmente é Oliver”?

— Felicty minha querida você tem ideia do quanto eu esperava por isso? – Perguntou. Meus olhos se abriram em par.

— Me casar?

— Não. – Sorriu. – Cometer uma loucura. Eu confesso que casar foi um pouco exagerado, bastava ter acordado nua ao lado de um desconhecido, mas você vai de um extremo ao outro...

— Mãe?!

— Querida. – Murmuro segurando meus ombros. – Desde que seu pai nos abandonou que você vem assumindo o papel de mais responsável, eu sou sua mãe, você nunca deveria ser a mais responsável, se não fosse Helena você jamais sairia daqui, está empenhada em sair desse hotel o quanto antes e não percebe que está jogando sua vida fora.

— Mãe eu me casei com um estranho! – Protestei. – Eu não saí apenas para beber com as amigas, eu me casei!

— E eu tenho certeza que vocês dois vão dar um jeito de desfazer isso, mas por enquanto você me deu uma ótima história para contar aos meus netos! – Exclamou maravilhada.

— Você nunca vai falar disso com ninguém. – Alertei.

— Vá. – Dispensou-me. – Vá resolver seus problemas com seu marido.

— Não o chame assim. – Pedi.

— Ele parece ser um bom rapaz.

— Ele é um imbecil. – Retruquei. – Ontem era sua despedida de solteiro e ele se casou com outra, eu tenho pena de sua noiva.

— Eu tenho mais pena de sua esposa. – Brincou.

— Você está fazendo piadas a minha custa?

— Não me julgue. – Meneou a cabeça com uma mão na cintura. – Foi você quem se casou.

— É melhor eu ir. – Murmurei incrédula.

— Espere Helena aparecer às piadas vão ficar pior. – Escutei seu grito. – Ah Felicity? – Virei-me ao seu chamado. – Suas chaves. – Falou antes de jogar, as peguei me surpreendendo com meu reflexo. – E não esqueça querida, você é livre para levar aquele homem de volta cama, a final ele é seu marido, quem quer seja ela, ela é a outra.

POV OLIVER

— Por que você fez aquilo? – Tommy perguntou ao meu lado, ignorei sua pergunta e olhei para o rapaz que me encarava com cara de poucos amigos.

— Você amigo de Felicity certo? – Ela apenas continuou me encarando azedo.

— Quem quer saber? – Perguntou em tom ácido. Sorri com a pergunta.

— O marido dela.

— Oliver pare. – Tommy pediu. – Eu não entendo por que você está fazendo isso.

— Por que aquela garota é problema. – Falei sem paciência. – Por que estou com uma dor de cabeça enorme, por que não sei o que deu em mim, e por que aquele pânico que vi nos olhos dela quando falei que era seu marido para sua mãe, não chega a um décimo do que eu vou passar quando eu tiver que dizer a Laurel que eu não só transei com outra, como eu também casei com outra, ela... Felicity é meu problema.

— Você devia se perguntar o porquê disso. – Murmurou ao meu lado.

— Como? – Perguntei sem entender onde ele queria chegar.

— O que essa garota tem que te fez esquecer que estava noivo? – Perguntou sério. – O que você viu nela a ponto de ignorar esse seu suposto amor por Laurel.

— Você está sendo ridículo. – Retruquei. – Eu estava bêbado, provavelmente me drogaram, colocaram algo em nossas bebidas, se você tivesse me pedido em casamento eu teria aceitado.

— Eu não gosto dessa imagem. – Murmurou.

— Foi apenas uma maneira de dizer. – Resmunguei.

— Você realmente se casou com Felicity? – O barman perguntou chocado.

— Difícil de acreditar né? – Perguntei. – Mau humorada daquele jeito... – Parei ao notar uma carranca se formar em seu rosto, ele meneou a cabeça e se afastou para atender outra pessoa.

— Para quem está com medo de Laurel saber você está gritando isso aos quatro ventos. – Tommy me provocou.

— Laurel está em Star City. – Retruquei. - Ela só vai saber desse casamento quando eu contar a ele, que vai ser depois do nosso casamento.

— Você realmente acha que vai resolver isso em quatro dias?

—Eu espero que sim. – Respondi. – Eu não aguento mais estar casado com a senhorita mau humor.

— Experimenta estar casado com você. – Escutei sua voz antes de encara-la.

— Olá doçura. – A provoquei. Havia algo de gratificante em ver seus lábios se comprimir de raiva. – Como foi à conversa com minha sogrinha?

— Vamos. – Ela chamou me ignorando.

— Para onde?

— Vamos descobrir qual Elvis nos casou e resolver logo isso. – Falou. – Precisamos ter certeza que está tudo legalizado, se não houve um casamento legalizado não há a necessidade de um divorcio, ou anulação, seja qual for o caminho que devemos tomar.

— E se realmente houve casamento? – Perguntei sério.

— Bem... –Suspirou. – Espero que o casamento não esteja muito próximo.

— Como assim? – Ergui-me.

— Precisamos encontrar a capela ok? Depois nos preocupamos com isso. –Ela cruzou os braços me observando atentamente. – Por que você ainda está parado?

— Por que eu estava pensando em comer algo antes.

— Se você vai comer algo, eu vou para casa. – Deu de ombros. – Nos encontramos aqui dentre algumas horas? – Sugeriu.

— Eu não vou confiar em você. – Neguei. – Eu com você para sua casa, e lá comemos algo.

— Se você acha que ganhou a esposa submissa que cozinha para o marido... – Ri ao escutar sua frase.

— Submissa? – Tornei a ri. – Eu jamais me iludiria assim, não seja implicante eu compro algo para nós no caminho...

— Eu vou junto. – Tommy falou. Felicity o encarou franzindo o cenho. – Olá Felicity, eu ainda estou aqui, apesar de você me ignorar com sucesso.

— Eu só posso ter paciência com um por vez. – Sorriu.

— Por isso que preciso ir com vocês. – Tommy retribuiu o sorriso. – Nesse passo se eu deixa-los sozinho ou vocês se pegam... – Ambos fizemos caretas com a sugestão. – Ou vocês se matam.

— Acredite. – Felicity falou me encarando. – A possibilidade de me tornar viúva é cada vez mais tentadora.

— Você pode sonhar. – Retruquei. – Vamos. – A chamei já indo em direção à porta. – Estou ansioso para me separar. – Ela bufou, mas me acompanhou, o manobrista trouxe o meu carro e entramos os três nele, Tommy como intermediador sentou no banco de passageiro ao meu lado, observei Feliicty me lançar olhares afiados pelo retrovisor alternando entre olhar pela janela com o rosto cansado, como prometi parei em um lugar para compramos comida, ela assim como eu parecia necessitar, de onde vinha essa preocupação eu não sabia. Quando chegamos a sua casa ela emitiu um suspiro de alivio, no momento em que ela abriu a porta uma cadela pulou em cima dela.

— Deus! – Ela exclamou. – Eu havia esquecido completamente de você.

— Ela é sua? – Tommy perguntou acariciando a cachorra.

— Não. – Negou. – Helena trouxe por uns dias a pedido de uma prima. Esta é Lady.

— Ela não tem nem um pouco do seu nome. – Murmurei observando a cadela se jogar aos pés de Tommy permitindo ele acariciar sua barriga recebi mais um olhar carrancudo de Felicity como resposta. – Eu não posso nem mais falar do nome da cachorra?

— Aposto que você é do tipo que não gosta de cachorros. – Murmurou entrando e dando passagem para passarmos, chamou a cachorra para dentro que obediente a seguiu, talvez eu estivesse errado sobre seu nome.

— Eu amo cachorros. – Falei ao me lembrar do seu comentário.

— Coloquem as sacolas no balcão... – Falou apontando para o balcão que separava a sala da cozinha. – Eu vou para o meu quarto...

— Lis? – Uma voz feminina veio do corredor.

— Helena! – Felicity sorriu a observando. – Graças a Deus! Onde você esteve. – Peguei o olhar breve que Helena trocou com Tommy e inclinei minha cabeça os observando, Felicity estava totalmente alheia a esse olhar.

— Eu estava aqui. – Respondeu, ela estava mentindo, eu tinha quase certeza que Tommy também havia mentindo sobre eles dois não terem ficado juntos. – Vocês são os caras do bar.

— Que bom que você se lembra de algo. – A encarei. – Você poderia nos dizer como terminamos nos casando. – Falei apontando de Felicity para mim, sua expressão se transformou em mais pura surpresa, eu atribuí que dessa vez ela estava sendo sincera.

— Você poderia para de jogar isso nas pessoas desse jeito. – Felicity me recriminou. – Será que você vai ter o mesmo tato com sua noiva?

— Laurel jamais saberá disso. – Murmurei mesmo sabendo que provavelmente isso não era verdade.

— Lis você se casou? – Helena perguntou. – Com um homem que estava noivo? – Sua voz soava até mesmo orgulhosa.

— Eu ainda estou noivo. – A corrigi.

— Azar o dela. – Felicity falou em tom baixo, mas que ainda assim eu escutei.

—Aparentemente o seu também “doçura”. – Retruquei a provocação.

— Imbecil.

— Senhoras e senhores, o casal do ano. – Tommy falou em tom alto antes de passar a abrir as sacolas. – Eu não sei vocês, mas eu estou morrendo de fome.

— Eu também. – Falei já caminhando até. – Alguém tirou minhas energias ontem à noite.

— Oh Deus como você é irritante. – Felicity falou sem paciência, nesse momento resolvi dar uma trégua. – Se quisermos terminar esse casamento ambos vivos, eu preciso que você pare de agir como um idiota, eu sinto muito se você fez a burrada de trair sua noiva e casar com outra, eu não tenho culpa, você e apenas você é responsável por suas ações, esse casamento estava fadado ao fracasso se você foi capaz de esquecer um noivado na sua despedida de solteiro, não jogue seu mau humor em cima de mim, eu estou tão ferrada quanto você, então eu gradeceria se você seu estúpido egocêntrico, parasse de jogar todas suas lamentações em cima de mim em forma de piadas sem graças que só tem o objetivo de desviar a sua culpa de ter feito uma puta sacanagem com sua noiva. – Eu não sabia se estava mais surpreso pela senhorita certinha ter falado um palavrão ou por ela estar certa. Ela se virou com o rosto vermelho de raiva e saiu pelo corredor pisando forte, sendo acompanhada por sua amiga que me lançou um olhar sujo.

— Você estava pedindo por isso desde o momento que falou para a mãe dela que estavam casados. – Tommy falou antes de levar um hambúrguer para a boca.


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Notas finais do capítulo

E então?! O que vocês acham? Eles vão conseguir sair dessa a tempo de Oliver se casar com Laurel? Nos vemos nos comentários... Xoxo LelahBallu.