Entrando em Apuros em Vegas escrita por LelahBallu


Capítulo 10
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Então galerinha, chegou o dia né?! Vamos dizer adeus para EAV sim?!
Qualquer que me conheça, sabe que eu AMO finalizar uma história quase tanto quanto começar, a sensação de dever cumprido, o alívio, e quando acontece como com essa fic em que a recepção é boa desde o começo?! É algo indescritível.
Eu amo escrever e não canso de repetir isso, eu sei que meto o carro na frente dos bois sim e acabo sempre postando novas fics e deixando várias em aberto, mas eu sinto muito dizer, é algo do qual não posso controlar, você sabem disso. E posso acrescentar algo? VOCÊS SÃO CULPADOS DISSO, eu amo a forma com que vocês recepcionam minhas fics, qualquer que seja, os elogios, o carinho com que vocês lidam comigo, é incrível, quem tem o que eu recebo de vocês, tem uma razão forte para continuar escrevendo. Há os altos e baixos? Claro que sim, há pessoas que farão com que eu queira desistir? Sim, mas eu torço para continuar tendo vocês que não deixam com que eu faça isso. Obrigada. Sério.
Então, eu poderia dizer números aqui, de favoritos, de recomendações, como eu já fiz com algumas, por que eu considerava e ainda considero tão seus quantos meus, mas eu prefiro apenas dizer nomes, então eu quero agradecer a cada um que comentou essa fic e pedir desculpas a aqueles que por ventura eu não respondi, quero agradecer a cada um que achou a fic digna de um favorito, que achou que vale a pena acompanhar, e quero agradecer a aqueles que julgaram a fic digna de recomendar, seja diretamente aqui, através do Nyah, ou de forma informal a um amigo ou amiga, infelizmente eu só tenho os nomes registrados aqui no Nyah, mas dedico esse capítulo não só a elas, como a todos os outros, fantasmas e tudo.
Em fim, um Xoxo Especial para:
✗La Volpe
✗jordanaguimarães
✗Luna Lovegood
✗NatSertes
✗Megera
✗Mariane Souza e
✗Lucy G Salvatore
Por terem tirados alguns minutos para me dizer o que acharam da fic com palavras tão lindas e recomendar a outras pessoas ao fazê-lo. Obrigada!!

Uma boa leitura e até minhas outras fics.



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Encarei o espelho a minha frente e corri meus dedos pela saia do deslumbrante vestido.

Era lindo.

Eu demorei um pouco para encontra-lo, mas agora, parecia perfeito.

— Você está linda. –Virei-me encarando a figura masculina sentada confortavelmente na poltrona do canto, mordia uma maça com uma tranquilidade invejável. Ele estava sentado com tanta displicência no móvel que eu me perguntava como ele podia se importar tão pouco em amassar seu terno caro. – Na verdade eu preciso mandar uma mensagem sobre isso. – Murmurou empolgado e um quê de maldade em seus olhos.

— Pare de irrita-lo. – Pedi enquanto encarava Tommy que já movia seus dedos com velocidade invejável sobre a tela do seu celular. – Você não pode ficar mandando uma mensagem para ele a cada minuto.

— Claro que posso. - Sorriu. – Eu estou fazendo inveja por que posso vê-la e ele não. Isso o está matando.

— Sim, por que ele é o noivo. – O lembrei. – Em alguns minutos nos veremos, e eu juro por Deus Tommy Merlyn, se meu noivo passar a cerimônia toda de cara fechada por que você o provocou. Eu vou te matar. – Murmurei dando de ombros.

— Ei, eu não tenho culpa se você me escolheu para entrar com você na igreja. – Sorriu abertamente. – Agora aguente, e para de fingir que está com raiva de mim, você me ama.

— Você é completamente substituível Merlyn. – Murmurei apenas para provoca-lo.

— Não, eu não sou. – Murmurou sem se abalar. – Minha cara futura Srª Queen.

— Você está adorando isso não é mesmo? – Perguntei me aproximando dele.

— Você tem enrolado meu melhor amigo por dois anos.  – Murmurou. – É claro que você é minha pessoa preferida no mundo – Concluiu, seu olhar era carinhoso e eu não pude evitar sorrir com seu comentário.

— Eu não o enrolei.  – Protestei embora ainda sorrisse. Não, eu não havia o enrolado, mas com certeza demorei mais do que Oliver queria para me casar com ele. Nós havíamos feito exatamente da forma que ele descreveu, tomamos nosso tempo conhecendo um ao outro, algo que poderia ter feito com que no afastássemos, mas que teve o efeito totalmente contrário, eu me vi cada vez mais apaixonada por Oliver e para minha total surpresa, ele por mim. Após um ano disso eu aceitei ir morar com ele, e levou mais um tempo para que ele fizesse o pedido após considerar seriamente se eu estava ou não pronta para isso, mal sabia ele que eu já me considerava pronta desde muito antes. Verdade seja dita, vendo dessa forma, a palavra usada não seria enrolar. Parecia mais que eu havia torturado Oliver.

— Eu estou impressionado. – Tommy murmurou me despertando. – E surpreso. Por vocês estarem fazendo isso tudo, pensei que Oliver gostaria de recriar o primeiro casamento de vocês, uma ida a Vegas, um Elvis bêbado e apenas vocês. Não toda essa pompa.

— Se fôssemos recriar aquela noite, eu temo que nenhum de nós recordaríamos no dia seguinte. – Brinquei. – Mas você está certo, nosso plano era algo bem mais simples e íntimo, mas Moira...

— Eu não acredito que você deixou que Moira ditasse deu casamento. – Repreendeu-me.

— Oh não. – Neguei rapidamente. - Se você soubesse das ideias dela, você entenderia como isso aqui é bem menos, bem, bem menos. – Estremeci só imaginando suas ideias. – Eu tive que equilibrar as coisas Tommy, Moira ainda me odeia e não entende como Oliver se envolveu comigo e deixou Laurel plantada no altar, por Oliver eu tenho que estar evitando conflitos com ela.

— Ele ficaria do seu lado. – Argumentou.

— Eu sei, e é por isso que não quero causar uma briga entre mãe e filho. – Dei de ombros. – E depois, eu tenho que confessar que está tudo lindo e graças à ajuda de Thea não virou o circo que eu temia que ficasse. – Tommy meneou a cabeça e revirou os olhos, eu peguei algo de acidez em seu olhar, algo como mágoa. Ele parecia um pouco irritado e aéreo desde que havia entrado, e eu tinha certeza que não era comigo. – Algo o está chateando. – Murmurei me aproximando e tocando em seu rosto fazendo com que me encarasse. – Tommy?

— Eu não acho que seja uma boa hora para dizer que eu pedi Helena em casamento. – Murmurou hesitante. O encarei surpresa e um sorriso ameaçou se esgueirar em meus lábios, mas o contive ao perceber que sua expressão não havia mudado ao dizê-lo. – Ela disse não. – Pisquei ainda mais surpresa quando ele deu voz aos meus pensamentos.

— Ela disse não. – Repeti incrédula.

— Eu também fiquei surpreso. – Murmurou. – Mas depois eu me pergunto por que ficamos surpresos? Toda minha relação com Helena se resume a eu perseguindo-a e ganhando migalhas, para então ela me chutar. – Meneou a cabeça, desgostoso consigo mesmo. -  E então eu volto a persegui-la.

— Como você pediu? – Perguntei após um tempo. Isso o deixou em alerta.

— Felicity, hoje é dia do seu casamento, vamos focar nisso sim? – Perguntou se erguendo e se afastando.  Segurei o seu pulso o impedindo.

— Thomas Merlyn, você simplesmente não jogou a informação no colo dela, certo? – Perguntei adivinhando. – Você não veio com o clássico “deveríamos nos casar”.

— O quê? – Franziu o cenho.  – Claro que não. – Protestou com veemência, mas eu vi em seu rosto um pouco de culpa.

— Tommy!

— O quê?

— Você disse que a amava? – Perguntei cruzando meus braços. – Nesse seu pedido você deixou claro que a amava?

— Você pode me dizer como ela pode não saber disso? – Perguntou colocando as mãos no bolso de sua calça e tentando me intimidar com sua altura. – Que tipo de cara se humilha por todo esse tempo perseguindo uma mulher e não a ama?

— Você não disse! – Deduzi incrédula. – Não me admira que ela tenha dito um sonoro “não”.

— Oh eu ficaria muito feliz se ela tivesse dito o sonoro não. – Falou aborrecido. – Mas como tudo o que ela faz é por meio de respostas escorregadias, ela disse “Eu quero me casar apenas quando eu tiver minha filha de dois anos para ser a daminha.” – Murmurou imitando o tom de Helena. – Eu não quero esperar para quando tiver um filho, e eu quero que os filhos venham depois do casamento. – Pisquei incrédula com o que ele disse, minha mente voltando para o que ele disse. Abri minha boca para dar voz aos meus pensamentos, mas a porta foi aberta por minha mãe.

— Está na hora. – Ela murmurou com um enorme sorriso. – Está tudo lindo, querida. Você está linda. – Murmurou levando as mãos trementes ao meu rosto e me abraçando. – Nunca pensei que você se casaria. – Falou antes de me dar as costas. – O quê?!! Ela tinha ideia de que eu ainda era nova e longe de ser uma solteirona? Fixei minha atenção em Tommy que alinhava sua roupa e que com um grande sorriso me estendeu o braço, seu sorriso era verdadeiro e orgulhoso, toda sua história com Helena sendo deixada de lado por um tempo. Ainda assim, com minha mão encaixada na curva do seu braço, segundos antes de entramos eu me inclinei para sussurrar em seu ouvido.

— Ela não estava dizendo não. – Ele tentou virar a cabeça, confusão o dominando, mas segui o apertando com força. – Ela estava tentando dizer que está grávida. – Ele finalmente me encarou, sua boca aberta e olhos em choque, antes que ele pudesse dizer qualquer coisa à música começou e as portas se abriram. Minha atenção já não estava mais nele, estava no altar onde Oliver me esperava com o sorriso mais lindo que eu já havia visto. E durante esses anos eu virei uma grande conhecedora e admiradora de seus sorrisos. Eu tive que empurrar Tommy a dar o primeiro passo, quase como se fosse eu a leva-lo, e não o contrário, mas após o primeiro momento ele voltou a si e passou a seguir em frente com passos firmes, eu queria dizer que voltei a encara-lo para saber se tudo estava bem, mas não, tudo o que eu podia absorver era a presença de Oliver, a força de seu olhar. Minha mente registrou apenas vagamente Helena que piscou para mim, seu encorajamento e sua aprovação cabendo nesse pequeno gesto. Mas logo minha atenção estava novamente em Oliver.

Durante toda a cerimônia foi assim, meus olhos atraídos pelos seus, minhas mãos unidas as suas. Eu queria dizer que assimilei as palavras ditas pelo padre, gostaria de dizer que registrei cada pausa, cada momento, cada pequeno detalhe, mas eu mal registrei meus votos ditos com voz embargada e quase sem controle, a respiração suspensa, todo meu corpo tremendo. Houve um momento, o momento, em que tive que segurar lágrimas teimosas de felicidade e emoção, quando ele disse seus votos, sua voz profunda e firme, nunca hesitante, eu já conhecia essas palavras, eram apenas uma nova forma de me dizer que me amava e de renovar as promessas que já havia me feito naquele dia no banco de trás da limousine. Eu já conhecia sua essência e ainda assim senti meu coração disparar tal como na outra vez. Quando por fim veio à hora do beijo, foi delicado e amoroso, até mesmo casto, um beijo cheio de doçura que era mais uma promessa dos dias que seguiriam. Quando finalmente saí do meu estupor estávamos na recepção, eu havia trocado o vistoso vestido por um mais simples, mas igualmente lindo. Oliver segurava minha mão e recebíamos os votos de felicidade dos convidados, eu estava procurando por Tommy e Helena com o olhar quando senti sua mão soltar a minha. Voltei minha atenção para ele notando-o pegar seu celular.

— O que você está fazendo? – Perguntei confusa. Era de se esperar que no dia de seu casamento você não se importasse em fazer quaisquer ligações. Ele sorriu enquanto movia seus dedos ágeis pelo touch screen.

— Cumprindo uma promessa. – Murmurou guardando seu celular no bolso. Quase de imediato senti o meu vibrar, com uma suspeita em mente o tirei do bolso do vestido. Eu sei que supostamente eu também deveria me importar pouco com o celular, mas esse era um pequeno velho costume, de mantê-lo sempre por perto. Olhando para tela meneei  a cabeça deixando escapar um sorriso.

— Pelo menos você não usou emojis. – Brinquei voltando a envolver seu braço e erguendo-me para beija-lo brevemente.

— Eu sempre cumpro minhas promessas Srª Queen. – Sorriu abertamente. Voltei a encarar a tela olhando a simples palavra e o que havia por trás disso.

“Consegui.”

Ele se lembrou.

O que me lembrava...

Ainda com um sorriso voltei a encara-lo, não tinha certeza se essa era a melhor hora, mas não podia perder a oportunidade. Na verdade, pensando melhor, este parecia ser a hora perfeita.

— Neste caso Sr. Queen... – Comecei o encarando-o não querendo perder sua reação. –... Eu acho que lhe devo uma ligação.  - Demorou alguns momentos para que ele entende-se minha frase, sua testa franzida, sua mente tentando me decifrar. Mordi meu lábio inferior enquanto segurava um sorriso, aguardando, e quando o momento finalmente veio eu tive que segurar uma risada.

Sempre havia um momento em que você se arrependia de não estar com uma câmera na mão. De não poder registrar uma situação ou uma expressão. Bem, eu tinha dois destes, esses momentos se resumiam basicamente a mesma coisa, mas com pessoas diferentes, esses momentos não eram outros se não, ao dizer a Tommy Merlyn e Oliver Queen que eles seriam pais.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e honestamente? Estou ansiosa para receber os feedback de vocês, eu me diverti muito escrevendo essa fic, e que venha mais por aí. Xoxo, LelahBallu.