O Traidor do Olimpo escrita por Moon Haneul


Capítulo 8
I Began The Second Day In a Bad Way




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No outro dia, quando acordei, decidi que deveria vestir a camiseta do acampamento. Não havia mais razão para não usá-la. Amy me disse que eu devia mostrar a espada que ganhei a Quíron e falar quem a mandou, e eu o fiz. Depois, fui até o chalé de Atena devolver a faca que Emily havia me dado.

Bati na porta. Ninguém atendeu, então bati novamente. O chalé estava extremamente silencioso, não parecia que alguém vivo estava lá. Bati de novo na porta, desta vez, atenderam.

Quem abriu foi um garoto loiro, bronzeado e com os olhos iguais aos de Emily.

— Ah, você deve estar procurando a Emily — disse ele.— Vou chamá-la pra você.

Ele entrou para o chalé e então Emily veio até a porta. Ela estava com seus cabelos presos a um rabo de cavalo, mesmo assim, eles estavam totalmente desgrenhados, o que não era nada normal para Emily, ela geralmente mantinha tudo — exatamente tudo, até seus cabelos — perfeitamente arrumado.

— Chloe. Ahn... oi — Ela soou confusa, como se tivesse acordado a pouco tempo.— Entre, por favor.

Haviam três crianças deitadas em camas lendo livros em diferentes posições. O garoto que abriu a porta pra mim estava em pé os encarando.

— Vamos?! — ele falou, em um tom de comando.— Temos muito o que treinar!

Imediatamente, as crianças se levantaram, se vestiram adequadamente, pegaram suas armas e marcharam para fora do chalé.

Emily me pediu que sentasse à uma mesa onde haviam vários livros abertos com palavras e frases circuladas, folhas com letras rabiscadas e canetas pra todo lado. Emily recolheu todos os livros e folhas e os colocou no devido lugar rapidamente, mesmo que ela parecesse muito cansada para fazer isto.

Ela se sentou na cadeira ao meu lado. Seus olhos estavam vermelhos, como se ela não tivesse dormido o suficiente.

— Então, o que... o que te traz — ela bocejou — ...aqui?

Eu não respondi, apenas fiquei olhando para ela.

— Ah, é que os jogos de... de captura da bandeira de ontem me deixaram cansada. — Emily esfregou os olhos e respirou fundo e o cansaço pareceu sair de seus olhos.— Nos atacaram em peso ontem a noite. Não foi uma jogada estrategista, mas muitos dos soldados azuis estão na enfermaria. Mas, então... O que te traz aqui?

— Eu vim te devolver isto — coloquei a faca em cima da mesa.— Obrigado por me emprestar, mas não vou mais precisar.

— Tá legal, de nada — ela pegou a faca e a colocou no bolso da calça.

— Como você faz isso? — perguntei.

— Isso o quê? — ela me olhou com cara de paisagem, como se não entendesse nada.

— Você colocou essa faca com uma lâmina de 40 centímetros dentro de um bolso minusculo! Como isso é possível?

— Ah... — Emily parecia impressionada por eu não saber. — Isso foi um presente. Da minha mãe, sabe. Ela me deu de aniversário. É uma calça com bolsos mágicos, pode ser colocado qualquer coisa neles e essas coisas só podem ser retiradas por quem as colocou lá. Também ganhei isso, também é mágico! — ela tirou debaixo da mesa uma mochila preta simples.

— Hum, interessante — respondi.

— Então, porque você não precisa mais da faca? — a filha de Atena parecia analisar a situação. Ela me olhou da cabeça à cintura até achar minha espada embainhada no cinto.— De onde veio isto?

Ela se aproximou de mim.

— Foi um presente? De quem?

Eu respirei fundo.

— Sim, foi um presente. E no bilhete dizia Zeus.

— Como assim? O deus dos Céus não interage muito com seus filhos semideuses. Ele também não gosta que os outros deuses façam isso, mas não pode evitar — ela parou por um segundo. — Por que ele te enviou isso?

Ela tirou a espada do meu cinto e a desembainhou. Analisou a lâmina e o cabo.

— Lâmina de exatos 80 centímetros, cabo de couro, deve ser ótima para matar monstros e ainda é de Bronze Celestial! É bem raro. — Emily parecia impressionada. — Você tem sorte. Pelo que sei, Zeus nunca mandou uma arma de presente para um filho antes, isso não é normal.

Ela colocou a espada de volta na bainha e me devolveu. A coloquei de volta no cinto.

— Bem... era só isso — disse eu. — Vejo você depois.

Tive outra aula de arco e flecha, mas nessa eu não cortei o cabelo de ninguém, mas também não acertei o alvo nenhuma vez. Depois, era a hora da aula de esgrima.

Antes da aula começar, vi Amy conversando baixo com Megan. Provavelmente falando pra pegar leve comigo. Depois, Amy veio até o meu lado, se juntando com o resto da turma.

— Tudo bem, turma — disse Megan.— Hoje, vamos ter exercícios de duelos e eu mesma vou separar as duplas.

Houveram algumas reclamações e xingamentos.

— Fiquem quietos! — ordenou Megan. — Certo, começando: Emmet e Rebecca, Alicia e Brendon, Holly e Anne, Harry e Krista. E, por fim, Carolyn e Chloe.

Uma garota veio cambaleando em minha direção. Ela tinha a pele um pouco bronzeada, os cabelos castanhos e olhos de mesma cor.

— Olá, sou a Carolyn! — ela apertou minha mão. — Filha de Hefesto.

— Sou Chloe — respondi. — Filha de Zeus.

— Campistas! — gritou Megan.— Preparem suas espadas — todos os alunos fizeram o que ela pediu.— Comecem!

Os outros campistas começaram os duelos. Eu olhei para Carolyn, ela olhou para mim. Eu não queria atacar primeiro. Ela parecia ser muito legal e tinha cara de inocente. Eu não queria machucá-la.

— Você primeiro — eu disse a ela.

— Não — ela disse.— Você!

— Então... juntas? — perguntei.

Ela assentiu. Então, nós atacamos juntas. Golpeei o braço dela, esperando que ela defendesse, mas ela era muito lenta para fazer isso. Eu não queria machucá-la mais, então apenas a desarmei.

Quando eu fiz isso, ela caiu no chão. Todos pararam seus duelos e nos olharam. Então, do meio deles, saiu uma garota loira, com cabelos bem cacheados, toda suada.

— Como você ousa? — bufou a garota.— Você machucou a minha irmãzinha, sua idiota!

— Holly, está tudo bem — disse Carolyn, se colocando de pé. — Não foi nada de mais.

— Não! Não está tudo bem — Holly gritou.— Isso não vai ficar assim, garota!

Ela puxou Carolyn e saiu de lá com ela. Pelo visto, eu tinha mais confusões para resolver.


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