O Traidor do Olimpo escrita por Moon Haneul
Em meu sonho, eu estava novamente no parque e o mesmo garoto loiro estava lá. Mas, desta vez, ele estava usando uma armadura completa e empunhava uma lança em uma mão e um escudo em outra. Um pequeno exército de monstros estava formando filas, que separavam-os por categorias. Havia uma fila de ciclopes, outra de lestrigões, de dracaenae, lobos e alguns outros monstros.
Eu estava escutando completamente nada. Pude ver o garoto loiro falar coisas e balançar sua lança para o alto e os monstros vibravam. Minha audição finalmente voltou. Ouvi o garoto loiro dizer:
— Alguém de nosso exército já deve ter capturado aquelas crianças.
Ele deve estar falando de nós. Então aqueles monstros que nos atacaram faziam parte de seu exército, e ele queria nos raptar, mas por quê?
— Nós já temos um filho de Poseidon e, depois que eles virem, nosso exército estará completo! — disse o garoto loiro. Os monstros vibraram novamente e depois fizeram silêncio.
— Haha, o Exército do Central Park estará completo! — disse um lestrigão. Todos o olharam seriamente. Depois disso, minha visão escureceu.
Acordei e Anne não estava no quarto. Me levantei e fui caminhando até a cozinha enquanto pensava em meu sonho. Depois que eles vierem nosso exército estará completo, dissera o garoto loiro. Aquilo não fazia o menor sentido para mim.
— Chloe! — Avery interrompeu meus pensamentos. — Já estava ficando preocupada! Achei que não iria mais acordar.
— Como assim?
— Já são se passa do meio-dia, Chloe! — disse ela, apontando para o relógio na parede.
Como eu pude dormir tanto? Meu sono pareceu tão curto...
— Então, por que não come alguma coisa? — perguntou Avery, me guiando até a bancada onde Harry e Anne comiam tacos.
À tarde, Avery foi visitar uma amiga e nós decidimos discutir a profecia da missão. Nos sentamos novamente no balcão. Anne escreveu a profecia em uma folha grande.
— A filha dos céus deve liderar — disse Anne. — Bom, essa já sabemos que é você, Chloe.
Ela fez um X na folha onde estava escrito essa frase.
— Uma jornada cheia de empecilhos a lidar — disse Harry. — Isso deve estar se referindo aos monstros que enfrentamos e enfrentaremos — ele pegou uma caneta e riscou a frase. — Filhos do Rei da Morte deverão impedir... Esses somos eu e Anne. Uma primeira vez, o meio-sangue traidor o Olimpo destruir.
Harry e Anne se entreolharam, sérios.
— Alguém por favor pode me explicar essa de meio-sangue traidor? — eu quase gritei.
— Algum tempo atrás — começou Anne —, um garoto chamado Richard Thompson, filho de Zeus, saiu do acampamento dizendo que iria acordar Gaia de uma vez por todas.
— É, mas isso faz uns dois anos e ele sequer tinha dado algum sinal de vida — continuou Harry. — Até o seu sonho...
As coisas começaram a fazer um pouco mais de sentido na minha cabeça. Era à Richard quem Amy se referia naquela noite, no jantar.
— Ah, falando em sonho... — comecei. Harry e Anne se aproximaram um pouco mais de mim, curiosos. — Eu tive outro muito estranho esta noite.
— Então nos conte! — disse Anne.
Contei a eles. O pequeno exército de monstros, Richard com a armadura completa e as coisas que ele disse.
— Então ele nos quer — disse Harry, quando eu terminei de contar meu sonho. — Mas para quê?
— Rick é filho de Zeus, e como ele disse que já têm um filho de Poseidon... — Anne disse. — Eles provavelmente estão a procura de um filho de Hades.
— Uau! Você está andando com algum filho de Atena, An? — disse Harry, admirado.
Tudo o que consegui pensar foi: como ele consegue encurtar ainda mais um nome pequeno como Anne?
— Não — Anne respondeu secamente. — Continuando... ele nos quer lá.
— Mas lá onde? — perguntou Harry.
Anne suspirou e esfregou os olhos.
— Esta é a questão — murmurou ela. — Não sabemos onde ele está.
— Bom, em meu sonho um monstro dis... — comecei, mas não terminei pois ouvimos um barulho estranho na porta e nos viramos automaticamente para ela.
— Ah, deve ser uma das crianças do 102 incomodando — Anne disse. — Deixe comigo.
Ela foi caminhando até a porta e a abriu.
— O que voc...
Ouvi outro barulho. Eu e Harry corremos para a porta com nossas espadas em punho. Anne estava sendo atacada por um lobo. Eu e Harry o atacamos, mas nossas armas não faziam efeito. Harry deu um chute na cabeça do lobo, que largou Anne e investiu contra ele. Anne saiu correndo para a cozinha enquanto o lobo atacava Harry.
Eu não sabia o que fazer, minha espada quase não tinha efeito contra aquela fera. Foi quando eu ouvi um som agudo passar por meus ouvidos. O monstro largou Harry, que veio correndo até o meu lado, e o monstro caiu no chão se debatendo. Consegui ver o que tinha atingido o monstro: em suas costas estavam cravadas duas facas e um garfo como aqueles em restaurantes chiques.
Quando o monstro finalmente parou de se debater e se dissolveu em pó, Harry pegou as facas e o garfo e os olhou, admirado.
— Talheres de prata, sério? — disse ele. — Deve ser espetacular ser rico.
— Se eu não fosse rica, você estaria morto agora — rebateu Anne —, seu mal agradecido.
— Ah, certo. — Harry disse. — Quando sua mãe vier, agradecerei a ela por ser uma empresária bem sucedida.
Anne fuzilou Harry com o olhar. Ouvimos mais um barulho na porta, desta vez, uma batida normal.
— Vão para a cozinha — Anne disse, pegando uma das facas de prata das mãos de Harry. — Eu resolvo isso.
Eu e Harry a obedecemos. Ouvi a porta se abrir e o som da faca de prata bater em algo duro.
— Meu Deus! — ouvi alguém gritar. Não era a voz de um monstro, era a voz de um ser humano normal, mas um tanto aguda e irritante. — Anne, o que foi isso?
Corri para a sala e Harry veio atrás de mim. Anne estava na porta e havia um garota que parecia ter uns 12 anos, usando um vestido rosa-bebê, sapatilhas de bailarina e uma tiara com todas as cores do arco-Íris sobre os cabelos curtos e louros. Estava segurando um gato peludo, que parecia o Garfield.
— Ah, me desculpe! — disse Anne, retirando a faca de prata que estava cravada na parede ao lado da porta. — Chloe, esta é a Isavella. Isavella, esta é a Chloe.
A garota apertou minha mão.
— Isavella? Esse é o seu nome? Que estranho — falei.
— Você não deveria achar estranho, seu nome é Chloe! — rebateu Isavella.
Peguei minha espada e parti pra cima de Isavella, mas Harry se colocou na frente dela.
— Hey, sem brigas, garotas — disse ele.
— Ah, Harry! — exclamou ela e o deu um abraço, esmagando o gato entre Harry e ela. — Você está aqui.
Quando ela o soltou, Harry me olhou e deu uma risadinha. Isavella me encarou.
— Ei, o Harry é meu! — disse. — Fique longe dele!
Eu a fuzilei com os olhos, ela continuou me encarando.
— Cala a boca, pirralha! — quase gritei.
— Ei, parem agora! — ordenou Anne. — Temos que continuar. Isavella, é melhor você ir embora.
Isavella me olhou e depois olhou para Anne.
— Vocês estão em uma missão? Posso ajudar?
— Sim, estamos em uma missão — Anne disse. — Mas você não pode ajudar, vá para a sua casa!
— Eu ajudei vocês daquela outra vez — disse Isavella.
— É, e nos fez cruzar o caminho com cinco ciclopes — adicionou Harry.
— Ah, mas eu ajudei, não foi? — disse Isavella. Anne desviou o olhar dela. — Por favor, por favor, por favor!
— Eu já disse que não, agora volta pra sua casa! — gritou a Anne.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
É, então, a fanfic 'ta acabando (:c). Esse foi o antepenúltimo capítulo.
Então... Até a próxima!