Imutável escrita por Ane


Capítulo 5
Imutável


Notas iniciais do capítulo

Bem gente, demorou mas aqui está o último capítulo.
Como eu disse, a história ia ser curtinha mesmo, e tudo saiu do jeito que eu tinha planejado, ufa.
Se bem que teve alguns capítulos em que eu fiquei bem agoniada pra escrever, e pra ser sincera, esse último foi definitivamente o mais difícil. Vocês deveriam ver o quão doida eu fiquei porque de repente me deu um bloqueio total, e eu demorei de novo pra postar.
Ah, e esse ficou um pouquinho mais longo que o normal, foi complicado deixar com menos que isso.
Para quem não terminou o anime ou o mangá ainda, esse capítulo pode ter alguns spoilers.
Espero que gostem.



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Era um domingo entediante, como a maioria dos domingos.
Domingos costumam ser bons para quem consegue aproveitá-los bem, mas quando não há nada para fazer, ele se torna um dia longo e cansativo.
Eu e Rukia estávamos completamente entediados naquele dia, e por mais que ela quisesse aproveitar seu último dia de folga, não estávamos com o mínimo de disposição.
Dias de despedia sempre costumam ser indispostos.
─ Eu realmente deveria ter ido para casa ontem mesmo... ─ Disse Rukia enquanto estava deitada no chão do meu quarto olhando para o teto ─ Eu acho que eu vou desaparecer de tanto tédio...
─ Ah... O que você quer fazer então? ─ Perguntei. Estava estirado no chão um pouco distante dela.
─ Eu não sei... Lutar com alguns hollows? Ishida deve estar definitivamente irritado com o seu sumiço.
─ Pensei que isso era uma folga.
─ Pra mim, sim, para você, não.
─ Ah... Eu falo pra ele que você tinha que resolver uns assuntos comigo, ele vai ficar de boa. E até porque aparecem poucos hollows mesmo...
─ Você já foi mais responsável...
E então de repente Karin invade o quarto de surpresa.
─ Ichi-nii! Preciso de um favor!


─ Que tipo de pessoa envolve os outros em algo assim sem nem avisar? ─ Disse enquanto caminhava irritado.
Aparentemente, Karin e Yuzu estavam jogando, e aí decidiram apostar que quem perdesse iria fazer o jantar. Karin perdeu. Até aí tudo bem, só que ela acabou envolvendo o meu nome junto.
─ Então quer dizer que a gente tem que te ajudar a fazer a janta? ─ Rukia perguntou.
─ Sim, até porque se eu for fazer tudo sozinha, ninguém janta. ─ Karin respondeu ─ Precisamos ir ao mercado para comprar alguns ingredientes.
─ E o que você vai cozinhar? ─ Perguntei ─ Acho que você não faz a mínima ideia, não é?
─ A gente encontra alguma coisa, eu não sei...
─ Ah ─ Suspirei ─ Você sempre ganha da Yuzu, e até mesmo de mim, o que houve dessa vez?
Enquanto íamos ao mercado tentando decidir o que Karin iria cozinhar, a insígnia começou a fazer aqueles típicos barulhos estranhos.
─ Ah, nossa que pena... Acho que não vou poder acompanhar vocês, eu tô tão chateado...
─ Ei, espera! Você não disse que o Ishida iria cuidar disso? ─ Exclamou Rukia.
─ Desculpa é que uma Shinigami me disse que eu deveria ser mais responsável... ─ Respondi
─ Hey, se você acha que vai fugir de me ajudar você está enganado! ─ Disse Karin ─ Vai logo e volta rápido, a gente se encontra no mercado. Vamos Rukia.
─ E o seu corpo? Aliás, faz um tempo que eu não vejo o Kon.
─ Ah droga... Eu o deixei no Urahara por um tempo, ele estava me irritando demais nesses dias.
─ Aqui ─ Rukia me entregou uma pílula ─ É a Chappy.
─ Você acha que eu vou deixar essa idiota ficar com meu corpo?
─ Vai logo, eu vou cuidar de tudo, ela não vai fazer besteira.
Tomei a pílula e saí antes que eu pudesse me arrepender de deixar meu corpo com a alma modificada da Rukia. Mas de relance pude ver que Karin estava rindo da forma que meu corpo agia quando possuído por Chappy.
Andei por alguns minutos e cheguei ao local onde o hollow havia aparecido, mas ao chegar lá não havia nada. Pensei por um momento que a insígnia estava com defeito, até que Ishida surgiu a minha frente.
─ Olha só quem finalmente apareceu! Se não é o Kurosaki! ─ Disse ele.
─ Tinha algum hollow aqui ou você encontrou algum jeito de me chamar?
─ Tinha sim um, mas eu já dei conta disso. Mas a questão é, onde você estava durante todo esse tempo, seu idiota? Eu tenho meus compromissos sabia? Não posso ficar te substituindo toda hora que você quiser!
─ Eu tive que resolver algumas coisas com a Rukia na Soul Society. ─ Disse.
─ Que coisas? ─ Perguntou sem acreditar.
─ Coisas, ué.
─ Kurosaki você sempre foi péssimo em mentir. Fica colocando a Kuchiki nas suas desculpas para não cumprir com suas responsabilidades...
─ Eu estava na Soul Society mesmo! Ah que saco... É pessoal!
─ Kurosaki... Não me diga que...
─ Que o quê?
─ Que você e a Kuchiki...
─ Ah... Não, seu idiota! Eu não preciso te explicar nada.
─ Tudo bem, não me importa. De qualquer forma se a balança ficar irregular a culpa vai ser sua, você é que vai ser repreendido por aqueles chefões da Soul Society.
Ishida fez menção de ir embora, mas logo voltou.
─ Ei, Kurosaki. Você sabe que um dia vai ter que decidir o que quer, não é?
─ Por que esse papo agora?
─ Porque eu sei que você está pensando sobre isso ultimamente. Com todo esse negócio de faculdade, estudos. Sabe-se lá se você está realmente contente em ser um Shinigami novamente... Você sabe que não pode ter as duas coisas ao mesmo tempo, não é? Ser humano, e ser um Shinigami. Um dia você vai ser forçado a escolher um lado, todos nós seremos. E talvez um dia nem eu esteja mais aqui. Muito menos do seu lado.
Depois de todo esse tempo em dúvida, eu ainda não sabia qual caminho seguir.
Nem sei se gostaria de saber logo, não iria fazer muita importância.
Na verdade, a escolha em si, não era a mais importante.
Eu precisava esclarecer algo com alguém primeiro, antes de decidir qualquer coisa.
─ Ah Ishida, você fala demais... ─ Respondi vagamente enquanto virava as costas ─ Se você estava com saudade, era só ter me ligado. Mas pena que eu preciso ir, tenho um compromisso. Não precisa mais lidar com os hollows, eu me viro sozinho, valeu pela ajuda.
─ Espero que saiba escolher bem, Kurosaki.
─ É... Eu também. ─ Respondi.


─ Ramén? Foi o máximo que conseguiram fazer? ─ Disse Yuzu encarando Karin, Rukia e eu que estávamos em pé na sua frente
─ Eu sugeri que fosse curry... ─ Disse Rukia com a mão no rosto envergonhada.
─ Você sabe que não temos muitos dons culinários ─ Falei.
─ Resolvi fazer algo mais simples para não impressionar muito vocês... ─ Disse Karin com sarcasmo.
─ Ah, francamente... Mas até que... Até que não está assim tão ruim... ─ Yuzu dizia enquanto provava o prato.
─ Claro que não! ─ Exclamou meu pai ─ Toda comida feita pelos meus filhos são ótimas! Quer dizer, menos a do Ichigo. Yuzu, vamos agradecer que não foi o Ichigo que fez. Que a comida dele é ruim disso eu não posso discordar... Mas aposto que se tivessem seguido a opinião da Rukia-chan, isso estaria perfeito...
─ O-Obrigada... ─ Respondeu Rukia, sentando-se à mesa
─ Ah, tanto faz ─ Disse enquanto preparava meu prato ─ Assim, fica claro que apostas não são mais bem vindas quando se trata de comida...
─ Aliás, eu quero agradecer por esse tempo que passei aqui, hoje eu vou voltar para casa ─ Disse Rukia.
─ Oh Rukia-chan!! Deveria passar mais tempo com a gente, todos gostamos de você ─ Meu pai dizia empolgado ─ Aposto que Masaki iria se dar muito bem com você também...
─ É que... O meu trabalho, é bem complicado...
─ Ou é porque ela tem medo de todos vocês ─ Disse Karin.
─ Se eu soubesse que seria seu último dia aqui, teria preparado algo realmente bom para comer! ─ Disse Yuzu com um tom de arrependimento.
─ Tudo bem, está ótimo! ─ Dizia Rukia ─ Qualquer comida fica melhor com todos vocês!
Depois de comermos, Karin decidiu pedir algumas pizzas por telefone, pois ramén não tinha nos deixados satisfeitos, de qualquer forma. O resto da noite se resumiu em pedaços de pizza, refrigerante e mais e mais apostas para quem perdesse no video game. Mas dessa vez não por comida.
─ Ichigo, se eu ganhar, você vai ter que prometer que daqui a vinte anos, tudo isso será o mesmo. ─ Propôs Rukia concentrada no jogo enquanto todos já estavam adormecidos no chão da sala. ─ Não importando qual caminho seguirmos.
─ Não acho que você vá ganhar... Então se eu ganhar faço a mesma proposta para você. ─ Respondi.
Acabei perdendo.
Mas de certa forma, havia ganhado.
Despedidas sempre tiveram esse ar tão nostálgico?


Rukia decidiu abrir um Senkaimon para voltar a Soul Society em algum lugar deserto, perto do lago, então resolvi acompanha-la.
Aqueles dias que ela havia passado comigo haviam sido definitivamente bons. Eu estava cansado, entediado, mas então ela de alguma forma tentou a todo custo me fazer se sentir bem. Ela sempre fazia aquilo, mesmo sem perceber.
Eu percebi que, uma vez ou outra,
eu precisaria dela para me deixar um pouco mais
Feliz.
─ Então... Eu já vou indo Ichigo. Esse final de semana foi bem divertido. Foi bom ver que muita coisa ainda continua a mesma... ─ Ela me encarava enquanto mantinha um sorriso no rosto ─ Não sei quando vai ser a próxima vez que a gente vai se ver, mas espero que não venha ser em uma guerra ou algo assim... Você pode ir lá quando você quiser. Você sabe não é?
─ Sim, eu apareço lá, qualquer dia desses.
─ Se... Você decidir algo... Deixe-me saber.
─ ...Sim. Você vai ser a primeira.
─ Tudo bem... Até logo ─ Rukia se virou e começou a andar em direção ao grande e luminoso portal.
Mas como eu disse,
Eu tinha que esclarecer uma dúvida, que eu estava tendo desde o começo.
E precisava esclarecer isso com a Rukia.
─ Rukia!
─ Sim? ─ Ela se virou quando estava já bem próxima de ir.
─ Preciso te perguntar uma coisa. ─ falei com uma expressão séria
─ O que foi? ─ Ela se aproximou assustada.
Ela me olhava com certa curiosidade, e ela sabia que eu tinha alguma dúvida desde o início. Ela me olhava como se dissesse “ah, então você finalmente vai me explicar ‘esse olhar’”. “Esse olhar” estava mais intenso naquele momento. A encarei por um momento, tentando colocar as palavras de uma forma correta, e até no ultimo instante eu estava querendo entendê-la.
─ Rukia... ─ Disse finalmente ─ Eu realmente quero acreditar em você. Eu... Eu confio em você. Quando você diz que não importa o que aconteça, você sempre virá, sempre que eu precisar de você... E eu sei que você sempre deixou isso bem claro para mim. Mas... Por que você não apareceu durante tanto tempo? Por que... Por que você não esteve aqui quando eu precisei de você nesses 17 meses?
Em segundos o olhar preocupado de Rukia se modificou para um olhar diferente, que eu não sabia dizer como era. Ela me encarou por alguns segundos, processando o que eu havia dito.
─ P-Porque você estava sem poderes... ─ Iniciou.
─ Claro, eu sei. Mas sempre existe aquele tal gigai. Exatamente por isso que você consegue estar aqui e todo mundo pode te ver, mesmo os que não tem poderes nenhum...
─ Ichigo...
─ Eu sei que, tem o seu trabalho e tal, e sinceramente você não precisava vir aqui todos os dias, e etc. Mas você sempre deixou claro que estaria aqui por mim. E até hoje deixa, mas... Rukia, eu só não quero acreditar que desistir dos meus poderes seja sinônimo de nunca mais te ver... Mas, se você só fala aquele tipo de coisa para me deixar melhor, olha...
─ Não... Não é isso. ─ Ela me interrompeu e suspirou em seguida ─ Não é nada disso seu... Ah...
Ela passou a mão no rosto e se sentou em um dos degraus de uma escadaria que estava perto da gente, apoiou os braços no joelho e encarou o lago por alguns segundos e logo depois continuou.
─ Desde o início tudo o que aconteceu com você, aconteceu porque eu fui fraca. Eu sempre fui fraca, Ichigo, apesar de nunca aceitar isso. Se eu tivesse sido forte naquele dia, eu não teria sido machucada, e salvaria sua família, sem precisar te transformar em um Shinigami. Por causa disso, você, um humano, se tornou um Shinigami ilegalmente, eu fui presa e condenada à morte, e você ainda se submeteu por tantos riscos... Tornou-se um Shinigami de uma forma que deixou um Hollow entrar em você, quase morreu ao lutar com todos aqueles outros... Tudo isso por causa daquele dia, daquele momento em que eu fui uma... Inútil. Se isso não tivesse acontecido, você não precisaria ter ido atrás de mim, e nem seus amigos estariam envolvidos com tudo isso hoje em dia, e você não estaria com todas essas dúvidas... Ah, e ainda tem seus amigos, que quase morreram diversas vezes também...
─ Rukia...
─ Ichigo... Quando você perdeu seus poderes ─ Continuou, evitando ao máximo me olhar ─ Eu vi uma oportunidade para você... Você finalmente iria recuperar a sua vida normal. Iria ser o que era antes de me conhecer. Iria se livrar de todo esse fardo... Eu sempre achei que... Eu fui um fardo. Você não iria mais ter que se preocupar comigo. Então... Eu decidi ser forte, pelo menos uma única vez. Eu deixei você ir... Apesar de que foi difícil. Mas você foi atrás de poder novamente feito um idiota, com pessoas idiotas, e eu acabei tendo que voltar para consertar tudo... Mas eu não sei... Não sei se foi certo... Não sei se foi certo te deixar... Mas você... Eu... ─ Rukia abaixou sua cabeça contra os joelhos ─ Eu não sei de nada. Eu só queria não ter mais que ser um peso para você...
─ Ei Rukia...
Ela permaneceu com a cabeça baixa.
─ Não quero olhar para você... ─ Respondeu
─ Ei... Vem aqui.
Rukia hesitou por um tempo e então levantou a cabeça, e, depois de eu pedir novamente, ela se levantou e veio em minha direção.
─ Você tá com raiva... ─ Disse enquanto vinha, mas eu apenas permaneci encarando-a ─ Olha, você sabe que eu nunca menti para você, você sabe que...
─ Eu sei. ─ Respondi ─ Eu confio em você... Mas, que tipo de pessoa simplesmente presume um pensamento e toma atitudes tão drásticas sem ao menos confirmar se isso é verdade?! ─ Gritei irritado, tentando aos poucos me segurar ─ Você simplesmente não podia... Não podia achar que era uma coisa pra mim sendo que... ─ Suspirei tentando me acalmar ─ Olha só, eu vou te dizer isso só uma vez. Presta atenção. Você nunca foi, nem nunca será um fardo para mim, Kuchiki Rukia. Ouviu bem? Ah... De onde você tirou isso? É totalmente o contrário... Você é... Ahhh! Eu não sei dizer esse tipo de coisa...
Eu dava alguns passos para trás e logo voltava novamente, era muito complicado dizer tudo o que eu queria falar para ela, mas eu estava tentando me esforçar ao máximo.
─ Olha só ─ Parei novamente à sua frente ─ Você é... Tão importante para mim... Droga, eu estava me sentindo um lixo nesses últimos dias, e era só você rir que tudo... Tudo mudava. Eu não sei explicar, você... Você tira um peso de mim, não o contrário. Até mesmo estar sem fazer nada com você do lado é algo bom. Você salvou minha família, Rukia. Eu lutaria com todos aqueles Shinigamis novamente, eu poderia ter milhares de Hollows dentro de mim, poderia quase morrer quantas vezes fosse... Eu não me arrependo de nada. Eu salvei você, eu... Tenho você. E só isso... Só isso importa. Você é a pessoa mais forte que eu conheço. Você correu risco de vida para salvar a mim e a minha família e eu nunca, nunca vou esquecer isso, não só por isso, mas pelo fato de você ser atualmente uma das pessoas mais importantes e uma das que eu mais quero proteger, então... Nunca mais venha com esse papo de que você é desnecessária pra mim, porque... Porque se você não fosse necessária, eu não conseguiria dizer metade desse tipo de coisa vergonhosa que eu disse... ─ Coloquei uma das mãos no rosto ─ Ah droga, eu poderia realmente te empurrar nesse lago agora...
Eu não era muito bom com palavras. E eu nem disse um terço do que eu gostaria de dizer para ela. Mas... Acho que aquilo foi o suficiente. Pelo menos por enquanto. Alguns segundos se passaram antes que um de nós pudesse falar novamente.
─ Ichigo...
Tirei a mão do rosto e vi que Rukia estava me encarando com um sorriso.
─ Ah... Nem vem com essa cara, eu tô com raiva de você, por favor, vai embora antes que eu fique com mais raiva.
De repente ela me abraçou.
E então eu a abracei de volta.
E nada mais precisava ser dito naquele momento.
─ Eu... Eu... ─ Iniciei.
Milhares de coisas aconteciam ali, e poucas eu conseguia de fato entender.
Eu precisaria de uma tarde inteira para poder dizê-la o que eu precisaria dizer.
E talvez alguns segundos para o que eu queria dizer.
Mas, o que eu queria dizer?
Talvez eu ainda não entendesse bem. Talvez ainda não fosse uma hora certa.
De alguma forma ela entendia.
E de alguma forma, eu não precisava dizer.
Não poder dizer o que eu queria dizer seria força ou fraqueza?
─ Eu... Sinto muito ─ Disse olhando em seus olhos novamente ─ Por muita coisa... Por te fazer pensar assim...
─ Eu também sinto muito. ─ Ela respondeu com um sorriso envergonhado ─ Por muitas coisas... Por toda essa bagunça... Mas, obrigada, Ichigo. Eu nunca vou me esquecer disso... Enfim... ─ Ela se afastou e deu alguns passos em direção ao portal ─ Eu acho que, devo ir antes que você me jogue no lago.
─ Até logo ─ Respondi com as mãos nos bolsos.
─ Eu... Eu também tenho tanta coisa que queria te contar... ─ Ela continuou ─ Mas... Acho melhor guardar para outro dia... Um dia que você der um vacilo e eu vá lhe dar alguma lição de moral.
─ Sempre vai haver uma chance. É o que eu sempre digo: nossas despedidas nunca são definitivas, de qualquer forma. Eu vou acabar ter que ouvir alguma lição de moral de você novamente, até porque... Nós nunca mudamos, mesmo depois de muito tempo.
─ Sim... Não mudamos. ─ Rukia disse com um sorriso e entrou no portal que logo em seguida se fechou.
E não importa quanto tempo passe
Nós nunca iremos mudar.


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Notas finais do capítulo

Ahh! Vocês não sabem como o quanto eu estou feliz por ter terminado do jeitinho que eu tinha imaginado.
Obrigada mesmo a todo mundo que comentou, elogiou, sério, foram os comentários que me incentivaram a brigar com meu bloqueio e escrever esse capítulo hoje.
Comentem qual a parte da fic que vocês mais gostaram, ou até mesmo falem de certos casais que vocês acompanham, talvez eu traga algumas desses também, se no caso, eu conhecer.
Obrigada por serem sempre tão gentis comigo