De repente... Sereia escrita por Ann_Cullen


Capítulo 3
Capítulo Dois


Notas iniciais do capítulo

Gente, adorei os comentários! Fiquei feliz por vocês estarem gostando. Senti falta de algumas pessoas :(
Meus agradecimentos irão para: July Volturi Masen; Julie; ; Débora Rezende; Afrodite Swan; Flame Salazar; Tainara souza; tory cullen; pcristina; Giulia Nutella; RenataMasen; Bellinha Eaton.
Valeu meninas, vcs são demais!!



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Ele nadou até mim balançando lentamente, em vai e vens contínuo, a sua cauda. Ela me distraiu por um momento, no lugar de pernas de homem o que tinha eram tecidos escamados que brilhavam mesmo no escuro num dourado belíssimo. A cauda era bastante longa que terminava com uma barbatana escamosa, o que a fez lembrar que se ele fosse um homem seria bastante alto.

Lindo.

– Você bate em mim, me insulta e pede a minha ajuda? – O tritão deu um sorrisinho enquanto balançava a cabeça.

Sua voz me tirou dos devaneios.

– Como eu consigo ouvir sua voz? – perguntei feito uma tola. Afinal, estamos na água, não é? E eu nunca escutei nenhum barulho nítido lá dentro. Devido a refração e tal.

Ele sorriu cínico dobrando os braços firmes ao seu peito desnudo.

– Você além de desastrada perdeu a memória sereia?

– O quê? Não. Claro que não. A questão não é perda de memória, tritão.

– E qual é?

– Eu não sou uma sereia.

Ele arqueou a sobrancelha.

– Comeu lula envenenada sereia?

Rolei os olhos.

– Você é lento ou o quê? Eu não sou uma sereia. Alias, estou esperando a hora de acordar desse maldito sonho. Eu apenas pedi que minha vida mudasse e que tivesse mais emoção, mas não, o Deus do Mar me escuta e me dar uma cauda. Fodidas caudas!

– Meu pai? O que foi que ele fez?

– Ah, Poseidon é o seu pai?

Ele assentiu com os olhos semicerrados.

– Ele me transformou numa sereia. E eu não posso ficar assim, amanhã eu tenho um ensaio de fotos e tenho que estar lá cedo. Agora preciso que você fale com seu pai e mande ele me transformar de volta.

Ele riu alto. Gargalhava mesmo enquanto jogava sua cabeça para trás.

– Se meu pai lhe transformou em sereia, tenha certeza que ele jamais irá desfazer isso. Então é melhor você se acostumar com isso. Acho até um milagre que ele tenha atendido seu pedido, humana. Meu pai é meio ausente.

Isabella suspirou alto enquanto se deixava afundar até a uma pedra no fundo do mar. Colocou seu rosto na mão e choramingou.

– E agora? O que eu faço? – ela perguntou para o tritão. – Não há nada em que eu possa fazer?

Ele veio até ela e parou na sua frente e sem pensar, atraída pelo brilho da cauda dele, ela estendeu a mão trêmula e hesitante e tocou a superfície brilhante da carne de peixe, e foi surpreendida imediatamente pelo calor macio sob seus dedos. Agora que ela o estava tocando, poderia dizer que a cauda não era realmente feita de escamas de peixe afinal, era mais parecida com a pele de um golfinho, colorida com matizes surpreendentes de azuis e púrpuras.

– É quente – disse maravilhada.

O tritão soltou um suspiro impaciente enquanto se afastava e virava de costa a ela.

– Claro que é humana. Como você pensava que seria?

– Eu nunca cheguei a pensar, ora, para mim vocês não existiam.

Ela o escutou bufar ainda de costas. Ela esperou por um momento e nada dele virar.

– Então você vai me ajudar ou não?

Ele virou devagar e a fitou.

– Se eu lhe ajudar você me deixará em paz humana?

Ela assentiu rapidamente.

– Nada me faria mais feliz. Você não é lá a companhia mais atraente tritão. No entanto, você é o único da sua espécie que eu conheci e que vi que poderia me ajudar.

– Tudo bem então. Ajudarei você.

A animação de Isabella foi tanta que ela não se conteu e foi em sua direção, mas ele a interrompeu.

– Por favor humana não chegue muito perto, não gosto de contato com a sua espécie. São todos gananciosos e imundos.

– E você é um idiota, arrogante e cínico.

– Sim, eu sou. Mas também sou o único que pode lhe ajudar.

Isabella queria partir pra cima dele e socar a cara. Ela nunca tinha sido uma pessoa violenta, mas esse tritão fazia suas mãos coçarem. Ela lutou com toda sua raiva e perguntou ao tritão:

– E então, como você irá me ajudar?

– Nós iremos até a minha meia-irmã Alice. Ela tem uma sabedoria imensa e um pouco de clarividência, graças a sua mãe, ao meu pai veio a sua parte de sereia.

– Há outros por aqui? – perguntou-lhe Isabella

O tritão rolou os olhos como se aquela pergunta fosse a mais idiota de todos os tempos.

– Claro que há humana, ou você acha que sou o único?

Dito isso o tritão mergulhou o sua cauda de modo que quebrou a superfície da água sedutora, e em seguida, com uma ondulação do músculo, virou-a novamente. A água cálida do mar precipitou em um arco brilhante em torno dele. Era lindo de se ver.

– Você vem ou vai ficar aí como uma idiota? – perguntou ele fazendo ela saiu dos seus pensamentos e nadou para acompanhá-lo, mas, certamente, não tão graciosamente como ele.

Eles nadaram e muito, parecia que não tinha fim. O dia já estava clareando e Isabella estava cansada e com sono, queria muito pedir para o Tritão ir mais devagar ou parar para descansar, mas como era ela quem estava pedindo ajuda não se sentia na obrigação de lhe fazer mais exigências.

Depois de mais algumas horas e ver como já estava claro no oceano ela avistou um amplo salão do palácio estava estranhamente silencioso. O chão do oceano, repleto de plantas marítimas, anêmonas e corais, estava sereno, e suas paredes de âmbar oscilavam levemente, repletas de flores que roçavam a pele da sereia enquanto nadava. As janelas mais altas, de âmbar tinham sido totalmente abertas, e cardumes de peixes prateados com dentes afiados surgiram e se espalharam, iluminando a água. Acima, milhares de conchas de mexilhão se abriam e se fechavam com a correnteza.

Santo Deus – Isabella pensou – Nunca vi algo tão belo.

O tritão observando que ela tinha parado fez cara de impaciência.

– Eu sei que é muito bonito para seus olhos humanas tomando em relação aquele mar de concreto onde você vive. Mas eu quero me livrar logo de você então vamos logo atrás de minha prima.

Isabella cruzou os braços e fez careta.

– Você está tentando ser desconfortável? Pois pode ter certeza que você está conseguindo. – explodiu Isabella fazendo-o arregalar os olhos.

– Eu quero sua ajuda sim. Mas você chegou a pensar tritão que eu estou muito cansada emocionalmente e fisicamente? Até ontem eu seguia minha vida normalmente, mas de uma hora para outra eu me vi como uma sereia e ainda por cima tive que nadar por várias horas. Você não cansa não?

Ele ficou calado por um momento surpreso pela explosão de Isabella.

– Tudo bem, vamos até minha casa e descansaremos. Depois iremos para casa de minha irmã Alice onde mora com seu marido e poderemos seguir nossa jornada.

– E para onde iremos?

– Depende das respostas que Alice der.

Ele retornou a nadar e esfregando os olhos deixou-se seguir à deriva. Passaram um imenso coral e do outro lado da parede de algas e flores marinhas a água era um abismo azul cor de safira, no oceano. Ondas de cristas espumosas quebravam contra a barreira. Nadaram mais um pouco até que avistaram um conjunto de grutas que se assemelhavam a casas num condomínio. Perto da ultima gruta a esquerda tinha uma sereia com sua cauda estonteante. Era de uma coloração rosada e não brilhava como a do Tritão.

Estranho – pensou Isabella – Deve ser uma característica própria dos machos para atrair as fêmeas.

A sereia tinha cabelos loiros presos num coque o que deixava seus seios desnudos. Isabella corou, até agora não tinha tomado consciência que seus seios estavam a mostra e tomada por uma vergonha imediata colocou seus longos cabelos castanhos avermelhados na frente dos seus seios.

A sereia olhou em nossa direção e balançou os braços em nossa direção como numa saudação. Nesse momento passou outra sereia sorrindo em nossa direção enquanto baixava a cabeça numa saudação. Ela também não parecia se importar com seus seios a mostra. Deveria ser um costume normal entre essa espécie pensava Isabella ao mesmo tempo em que cobria seus seios em sinal de vergonha.

Ele virou em direção a Edward e o via fitando-a.

– Perdeu alguma coisa na minha cara Peixinho? – perguntou-lhe Isabella

O Tritão capturou-lhe mão, envolvendo os dedos ao redor do pulso delicado sentindo as batidas aceleradas ali. O pequeno corpo de Isabella estava tão perto do seu que quase se tocavam. Ela não sabia, mas Isabella encantava ao Tritão que ali se encontrava em frente a ela. Sua boca e audácia o excitavam e encantavam. Nenhuma sereia em todo o reino jamais o afeitou tanto. Aquela pequena humana metida a sereia o irritava ao extremo da mesma forma que o excitava além da conta. Enquanto tocava na sua mão o Tritão sentiu o desejo o inundando.

Ele sentiu o pulsar do seu corpo e tentava se controlar ao máximo, pulsava como uma luxuria tão poderosa que precisou de todo autocontrole que possuía para impedir pressioná-la contra a gruta mais próxima e fazer amor com ela até a maré baixar. Mas ao mesmo tempo em que sentia o desejo estava odiando-a tanto pelo que Isabella o fazia sentir como pela sua coragem de chamá-lo de peixinho. Logo ele, o tritão que todas as sereias mães queriam que suas filhas se cassassem.

– Tire suas mãos de mim – disse Isabella com a voz fraca.

– Nunca mais me chame de peixinho – disse o Tritão com a voz dura e irritada. – Caso contrário você irá se arrepender.

Erguendo a cabeça e com os olhos brilhando desafio Isabella falou:

– Então como eu devo chamar ilustríssimo Tritão ao qual encontra na minha frente?

– Edward Cullen. Nada mais e nada menos – E se dirigiu a uma gruta desaparecendo dentro dela.

Isabella continuou por mais uns segundos no lado de fora tentando entender o que se passara minutos atrás. Suspirou e entrou na gruta sabendo que depois daquilo que estava passando sua vida nunca mais seria a mesma.


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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram?



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