De repente... Sereia escrita por Ann_Cullen


Capítulo 10
Capítulo Nove


Notas iniciais do capítulo

Olá meninas! Feliz ano novo! Ehhhhhh
kkkkkkk
Espero que vocês tenham curtido muito.
Eu simplesmente adorei os comentários que vocês me escreveram. Adorei todos eles! Mas senti falta das leitoras novas.
Mudando de assunto... Viram minha nova capa? Se não corram para ver! É perfeita, a Alana é super talentosa.
Vamos ler? Boraaaa



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Capítulo Nove

Isabella percebeu, no momento que abrira os olhos, que se encontrava a alguns metros do Redemoinho das Algas. Com repulsa por tudo que passara ali dentro nadou rapidamente para trás.

Ela escutou Edward rir, mas ele a entendia. Os momentos que passou ali dentro foi um dos piores da vida do Tritão. A sensação de perda temporal e de equilíbrio pelo constante girar do redemoinho era a definição do próprio inferno.

Isabella após ter tomado uma distância bem segura daquele tormento, como qualificara, tocou a pérola que estava no seu pescoço abrindo um sorriso de alivio e fé.

– E agora Edward? O que temos que fazer para encontrar a segunda pérola?

– De acordo com o pergaminho temos que ir ao aquário das bolhas. – disse Edward abrindo sua bolsa e pegando pergaminho de dentro. - No Aquário das ostras, cabe ao corajoso a escolha. Aqui diz isso, então é para lá que vamos.

– É muito longe de onde estamos? Sinto-me tão cansada emocionalmente. Graças a Rainha Syrena não estamos machucados, mas ainda sinto o peso nas minhas costas por tudo que passamos. Você não?

Edward assentiu.

– Infelizmente não podemos parar agora, acredito que será melhor irmos para algum lugar e descansarmos. O Aquário das Ostras fica em Calefo, um pequeno vilarejo que tem aqui em baixo, e fica umas duas horas de viagem. Ao chegarmos lá nós descansamos e comemos para ter mais disposição e então seguimos nossa rota.

Edward começou a nadar e Isabela o seguiu.

– Você já foi ao Aquário das Ostras? – Isabella puxou conversa.

Edward balançou a cabeça em negação.

– Não, porém sei como chegar lá. O Aquário é bem conhecido e muito visitado pelos aventureiros então acho que não teremos muitos perigos pela frente.

– Pelos aventureiros?

– Isso. Não há perigos de Sereias malvadas ou Arraias congelantes, mas há perigos naturais.

Isabella estampou confusão no seu rosto.

– O Vulcão de Calefo. – explicou Edward.

Isabella riu desacreditada.

– Como isso é possível? Um vulcão no fundo do mar?

Edward deu um sorriso torto achando graça da incredulidade de Isabella.

– Você tem que parar com a lógica da sua superfície Isabella. Aqui é outro mundo.

– Estou começando a entender isso. Mas como é possível?

– É chamado de fogo morto. Ele queima, mas não é apagado com água.

– Como apaga então?

– Ninguém nunca descobriu apenas os Deuses sabem. Mas há uma boa recompensa para quem descobrir. Milhões de dracmas.

Isabella riu.

– Isso é tão surreal que, às vezes, imagino se não estou sonhando.

– Entendo esse seu deslumbramento.

– Para encontramos o aquário nós teremos que passar pelo o vulcão?

– Sim, não é impossível, mas um pouco perigoso. Nada que nos impeça se formos com cautela. Mas antes de irmos em busca da segunda pérola ficaremos um dia em Calefo. Lá é maravilhoso – disse Edward fechando os olhos como se relembrasse velhos momentos.

Isabella o olhou, encantada.

– Como o quê?

– As festas, boa música, comida e sereias belíssimas.

Isabella sentiu seu sorriso se desfazer. Tritões são homens afinal de conta – pensou Isabella chateada. E sem querer mais conversa com ele, permaneceu em absoluto silêncio.

Edward não entendeu o que fez Isabella ficar tão quieta de repente e então culpou o cansaço que ela estava. Os últimos dias, de fato, não tinha sido fáceis.

Ao avistar Calefo Isabella prendeu a respiração de tão maravilhada ficou ao ver o pequeno, belo e aconchegante vilarejo. A coisa que lhe chamou mais atenção foi a praça que ficava no centro. Eram corais! Com mais diversos tipos de flores aquáticas e nas mais diversas cores, ao redor dos corais tinham bancos para descansar em formas de conchas e postes que pareciam do o tridente de Poseidon sustentando uma luz.

Fogo morto – pensou Isabella deslumbrada ao ver a luz que tinha dentro do poste como um candeeiro.

Perto da praça tinha casas das mais diferentes formas, quadradas, ovais, retangulares. Isabella via pequenas sereias mexendo nos seus cabelos e sentadas nas conchas da praça com vários tritões olhando para elas.

Isabella riu da paquera eminente.

Havia sereias que andava com uma bolsa que cobria boa parte dos seus seios, Isabella percebeu, segundos depois, que tinha bebês-sereias/tritões ali. Como um canguru fazia com seu filho. Aquilo trouxe uma imensa ternura para Isabella.

– Isabella. Isabella? – chamou-lhe Edward. Isabella desviou sua atenção e a fixou em Edward ainda maravilhada com tudo que via.

– Sim?

– Vou lhe deixar no restaurante enquanto procuro por locais numa pousada para nós.

Isabella assentiu e seguiu Edward até uma das casas retangulares que Isabella tinha visto há pouco e partiu rapidamente. O interior era bem aconchegante, havia várias mesas coladas a parede com bancos ao redor dela. O espaço era bem iluminado pelas paredes de tom amarelo, o piso era como se milhares de conchinhas tivessem sido incorporadas ao chão.

Isabella aproximou-se do balcão e sentou-se enquanto esperava por Edward. Olhou, com uma notável curiosidade, para tudo.

– Uma turista? – Isabella virou-se para direção da voz e viu um bonito tritão ao seu lado. Ele era moreno e tinha uma cauda belíssima, suas escamas era num tom amarelo queimado que acentuava a cor da sua pele e fazia uma combinação perfeita com seus cabelos pretos.

– Eu sou Jacob Black – falou o tritão a ver que nada saia da boca da sereia.

– Eu sou Isabella Swan, mas me chame apenas de Bella.

– Só se me chamar de Jake.

Ele sorriu para Isabella que prendeu a respiração com aquele homem. Tão bonito – pensou Isabella – Só perde para Edward.

– Você é turista?

–Sim. Sua vila é muito bonita.

Jacob riu.

– Não discordo. Calefo é o melhor lugar do mundo.

Ele continuou sorrindo para ela e Isabella desviou os olhos, envergonhada. Olhou para o menu e fingiu que procurava algo para comer.

– O que traz uma sereia tão bonita como você aqui a Calefo?

– O Aquário das Ostras - Isabella viu Jake erguer as sobrancelhas surpreso.

– Então quer dizer que é uma aventureira?

Isabella riu corando.

– Mais do que eu suspeitava.

– Isso é bom – disse Jacob aproximando dela – Quase nunca vejo sereias assim como você.

Isabella riu enquanto colocava cabelo para trás da orelha num flerte desajeitado. Isabella podia ser uma famosa atriz na superfície, mas quando se tratava de homens era puro desastre.

– Não quer sentar nas mesas? É mais confortável – E estendeu a mão para Isabella que a segurou.

Ambos tiveram a atenção desviada pelo barulho que anunciava a entrada de uma pessoa. Nesse momento, Isabella viu Edward se aproximar, com expressão sombria. Parou diante deles, os ombros largos e franziu o cenho ao vê-los de mãos dadas. Isabella soltou a mão, o coração palpitando. Por que me olhava assim? – pensou ela. Que motivo haveria para aquela raiva nos olhos do atraente tritão?

Ele não podia estar com ciúmes. Seria absurdo. Não sabia o que dizer. Prendeu a respiração esperando que ele falasse. Uma expressão de desaprovação surgiu em seu rosto. Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, falou.

– Pelo que vejo, já conheceu Jacob Black.

Isabella o olhou confusa.

– Ele estava conversando comigo enquanto esperava por você.

– E você não perdeu tempo de flertar com ele. – disse Edward grosso.

– Qual é o seu problema? – perguntou Isabella com o rosto vermelho de raiva e vergonha pela suposição dele.

– Você é o meu problema. – esbravejou e pegou a mão dela com força – Vamos.

Isabella tentou se soltar, mas foi impedida pelo aperto forte de Edward no seu pulso.

– Qual é Edward, solte a Bella. – disse Jacob.

Edward voltou-se para Jacob.

– Bella? Bella? Quem você pensa que é para chama-la assim? – disse Edward já não mais segurando a mão de Isabella e sim na frente do Jacob.

–Fique longe dela. – e empurrou ele para trás.

– Ela não parece querer isso. – disse Jacob após se recuperar do ataque abrupto de Edward.

– Mas eu ordeno que fique longe dela. – praticamente rosnou com seu jeito arrogante de príncipe.

Isabella assustada tocou Edward na mão.

– Vamos embora Edward, agora.

Ele apenas segurou sua mão novamente e puxou para longe de Jacob. Isabella olhou para trás e deu um olhar de desculpas ao Jacob. Ela o viu sorrir tranquilizador. Eles nadaram por alguns momentos até que entraram na Pousada Lagostim. Edward levou Isabella em direção ao quarto e a deixou.

– Qual é o seu problema Edward?– repetiu Isabella quando viu que o tritão estava já perto da porta para ir embora.

Ele estancou no lugar e voltou-se para ela.

– Meu problema? É você! Que não entende que viemos para cá para apenas procurar as malditas pérolas e não para flertar.

Isabella ofegou de raiva.

– Eu estava sendo educada com o Jacob, Edward. Coisa que você não foi. E eu não estava flertando com ele.

– Claro e era por isso que segurava na mão dele.

Isabella trincou os dentes.

– Por que você está tão incomodado? E se ele estivesse flertando comigo? Não é como se você fosse meu namorado.

Com a mandíbula tensa, Edward abriu a boca para responder Isabella, mas parou percebendo que não tinha uma resposta. Virou-se e saiu do quarto perdido em pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Um pouquinho de ciume é gostoso, não? Mas eles ainda são muito teimosos e cegos. kkkkkk
Conversa seria agora gente! Tenho mais de 130 acompanhamentos e tão poucos comentários. Vou ser um pouquinho chata e digo que só irei postar o próximo capítulo se chegarmos aos 150 COMENTÁRIOS.
Desculpem por isso.