BLOODLINE escrita por Meewy Wu


Capítulo 17
V - Dores e curas do amor




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No fim Calisto não fez nenhuma grande loucura. Pelo menos não pronunciadamente. Mas isso não queria dizer que Damon havia saído impune perante a traição, não mesmo, na verdade, seu castigo tinha ficado a cargo dos novos - ou talvez nem tanto - admiradores da loira. Estes sim, fizeram por três semanas fizeram da vida de Damon um inferno, até que um dia no café da manhã ele começou a tossir e varias verrugas nasceram em todo o rosto e se espalharam pelo corpo dele.

Agora, menos de um mês para os fins das aulas, ele ainda estava na enfermaria, aparentemente ninguém sabia quem havia de ter feito aquilo com Damon. Uma lista muito popular que circulava na escola apontava James como principal suspeito, embora este tivesse negado veementemente sua culpa. Outra lista onde James estava em primeiro lugar era a lista de rejeitados por Calisto.

Por causa disso que Albus teve que aguentar irmão naquela tarde de sábado:

—Eu sinceramente não consigo entender a falta do que fazer dessas pessoas! - grunhiu James enquanto eles andavam pelo jardim do castelo - Esses boatos... Eu não falo com Calisto desde que ela terminou com o Parkinson. Você acha que é por causa deles que ela não quer falar comigo?

—U-humm -concordou Albus, sem realmente ouvir o que James estava falando. Sempre era assim, ele tinha se acostumado a entrar no modo automático e ignorar quando James começava a falar. No início ele se sentia um pouco culpado por ignorar o irmão que ultimamente parecia estranhamente abatido, mas agora nem ligava mais. Ele não tinha a paciência infinita de Rose, afinal.

— Eu sabia que você ia concordar comigo! - James exclamou de forma tão estrondosa que Albus se sentiu obrigado a encara- lo para ter certeza que não estava tendo um ataque fatal ( não que ele fosse ser de muito ajuda caso acontecesse, provavelmente sairia correndo e gritando como Lily perto de uma barata) mas James ria - Al, definitivamente, você é meu irmão favorito, eu tinha certeza...

—Sou seu único IRMÃO, lembra? - ele colocou, mas James apenas continuou falando sobre ele.

—Que você me entenderia, e não se incomodaria em me prestar um impagável favor! - James concluiu. - Certo?

—Não - falou Albus rapidamente - você já esgotou sua cota de favores impagáveis por uma vida. E de pagos também,  a propósito!

—Qual é Al...

—Nem vem, pede pra Lily se é tão importante assim!

—A Lily não pode me ajudar nisso, acha mesmo que eu pediria pra você se ela pudesse - lamentou-se James dramaticamente.

—Por que a Lily não pode ajudar - Albus o encarou muito desconfiado - O que infernos você que James?

—Então vai me ajudar...?

—O. QUE. VOCÊ. QUER? - Albus o encarou raivosamente.

— Calma, calma, campeão! - riu James mas parecia um pouco assustado e surpreso. - Preciso que você entregue uma carta... Para Calisto...

—NÃO! - Albus declarou imediatamente, sabia de certa forma que a conversa tomaria um rumo parecido, mas não pensou que a cara de pau de James fosse chegar a um ponto tão alto. -DEFINITIVAMENTE NÃO!

—Por que não? - inqueriu James, com cara de cachorro pidão - O que você já fez por mim nessa vida?

 - Vamos ver... Teve aquela vez no seu aniversário de cinco anos quando eu levei a culpa pelo bolo que você explodiu. E no de sete, quando você disse que EU tinha prendido Lily no armário. E o teve o incidente em Luxembur.... gsfdj- James colocou a mão na boca de Albus o impedindo de continuar.

—Quer buscar o album da família pra ajudar? - James perguntou sarcasticamente  - Tudo bem, você me fez alguns favores.... Mas quantos deles eu não retribui?

—Todos, eu acho - Albus falou pensativo.

— Exagerado! - grunhiu James.

 -Certo, talvez um ou dois a mais - o mais jovem deu os ombros.

—Custa muito fazer um favorzinho para o seu irmão querido? - James aproximou os dedos polegar e indicador - Um favorzinho?

—Custa!

—  Tudo bem, vamos jogar do seu jeito - James anunciou - Quanto você quer?

 - Dessa vez não James... - Albus falou  - Você pode me pagar para arrumar seu quarto, dar comida pra sua coruja raivosa e fazer a manutenção da sua vassoura... mas eu não vou arriscar minha vida por quinze galeões!

— E por trinta? - Jemes sugeriu.

— Nossa, você deve estar realmente desesperado... - Albus refletiu, enquanto o irmão assentia e lhe olhava como aqueles olhos pidões que derretiam toda a ala feminina da escola - Mas minha resposta ainda é não. Não vou entregar carta sua para Calisto.

—POR QUE NÃO? -  James o encarou exasperado.

—Por que eu não quero levar um soco. Por que eu preso minha sanidade. Por que já faz um bom tempo que ninguém implica comigo e quero que continue assim, e entregar sua carta não vai me ajudar a seguir invisível - Albus começou. - E por que se eu for o responsável por vocês dois se acertarem, e tiver que aguentar essa garota na nossa casa durante as férias, eu nunca iria me perdoar. Então não, não vou entregar sua carta!

 - E um bilhete? - tentou James - pequenininho...

—NÃO!

—Um berrador?

—NÃO!

—Uma... receita de pão?

 - Por que você enviaria uma receita de pão para Calisto?

—Por que é a unica coisa que tem na minha mochila, Lily pediu pra mim guardar.E qualquer coisa que a faça lembrar de mim vale! - James explicou - E então?

—NÃO JAMES! - ele exclamou - e devolva a receita da nossa irmã, certo?

— Então não vai me ajudar? - James concluiu.

—Isso ai! - Albus concordou sorridente - Que bom que você entendeu. Eu vou indo...

Albus se afastou, ouvindo James resmungar atrás dele enquanto se afastava. Ele ouviu o irmão gritar e se virou, esperando ver James tendo um ataque, mas quando Albus olhou para trás o mais velho havia sumido.

—James? JAMES? - ele chamou olhando em volta. Não havia tempo de James ter corrido pra longe do seu campo de visão, ele deveria ter se escondido tentando assustar ele e faze-lo mudar de ideia. Mas ele não ia mesmo. Ele se virou para onde o irmão estava antes e anunciou para o vazio - Estou indo, James. TCHAU!

...

Calisto ouviu Incubus silvar no seu ouvido. Era raro Incubus silvar para ela, mas a cobra odiava altura e estava claramente irritada por Calisto por te-la separado do salão comunal.

—Ah, cala a boca! - ela grunhiu, dando um  peteleco na cobra e virando mais uma página de seu livro - estamos melhor aqui, certo? Você não iria querer dezenas de gente cabeça oca pisando em você, ia?

  A cobra não respondeu, o que Calisto concluiu que era um sinal de aceitação do fato incontestável: a sala comunal estava insuportável nos últimos meses que se passaram em seguida ao dia dos namorado. E não iria acabar até que ela resolvesse aquela confusão. Onde ela estava com a cabeça em envenenar Damon? Isso apenas transferira toda a atenção dos parasitas para si.

Calisto olhou para longe, vendo o sol se por. A vista era linda ali em cima. A torre do salão comunal da Ravenclaw acabou se tornando seu refúgio nos últimos meses. Ela passava todo o tempo que não estava nas aulas lá, Syh lhe levava comida e ela passara a dormir nos dormitórios das septuanistas graças a ajuda de Molly. Ela havia escolhido a torre da Ravenclaw pela praticidade, principalmente. Ficaria muito visível na torre de astronomia e muito vulnerável na da Gryffindor.  

 -Fique feliz, em breve vamos descer! - anunciou Calisto para Incubus, apenas para acabar de falar e sua vassoura levantar voo sozinha e correr para longe - Hein! VOLTA! Ah, maravilha....

Ela se sentou, apos quase ter caído ao se levantar. Teria que esperar, as vezes a sua vassoura fazia isso, dava algumas voltas em torno da escola e depois voltava. É o problema de uma vassoura temperamental.

Incubus ficou inquieta  nos ombros de Calisto, e ela se virou para brigar com a cobra quando viu sua vassoura votando. E agarrado a ela como um bebe em uma cegonha embriagada, estava James Potter.

...

 Rose estava com o nariz enfiado em um livro tentando encontrar a parte onde havia parado sobre uma criatura marinha que soltava uma seiva muito necessária na maioria das poções curativas, quando sentiu o hashi deslizar do seu cabelo e as ondas disformes do coque caírem sobre seus ombros.

—Então, essa é a sua nova técnica? - Scorpius perguntou, analisando o palitinho - sinto informar que não esta funcionando.

—Estava até você tirar do meu cabelo - falou, enquanto ele puxava uma cadeira se sentando frente a frente com ela. Rose estendeu a mão manchada de tinta -devolve?

Ele encarou a mão dela por alguns segundo antes de entregar o hashi.

—Por que está estudando isso? É matéria do quinto ano! - Falou Scorpius, surpreso, e, quando ela não respondeu, ele a chutou por baixo da mesa - é falta de educação deixar os outros falando sozinhos.

—Se eu responder, vai me deixar em paz? - Rose peruntou apressadamente.

—Provavelmente....

—Slughorn me prometeu alguns pontos extras por esse trabalho - ela confessou.

— Provavelmente não - Scorpius se contradisse - Por que precisa de pontos extras? Sei que suas notas são ótimas!

—Ótimas não são o suficiente para mim mãe, se eu não conseguir nota máxima em poções... - ela respirou fundo, prendendo o cabelo de novo e estalando o pescoço, quando viu que Scorpius a encarava - que foi?

—Nada - ele deu os ombros - mas, sabe, não deveria se preocupar tanto... Não tirar nota máxima em todas as matérias não quer dizer que você é ruim, só humana.

—Como se você ou sua irmã já tivessem tirado alguma nota menos que a mais alta - ela bufou, fechando a cara.

— É isso que acham de nós - ri Scorpius - Então aqui vai uma surpresa pra você: Sou péssimo em herbologia e Calisto está, quando muito, na média em Aritmância.

—Sério? - Perguntou Rose, muito surpresa.

—Pois é ruivinha - Scorpius se levantou e fez a volta na mesa, se abaixando até ficar com o rosto ao lado do de Rose, falando no ouvido dela - as aparências enganam.

Scopius deu as costas e seguiu para fora a biblioteca, Rose respirou fundo enquanto sua pele parava de formigar, e voltou ao trabalho.

Scorpius a tinha atrapalhado, é claro. Irritante.

Ela tentou voltar a leitura mas se pegou lendo a mesma frase seguidamente. Ela tentou voltar a leitura mas se pegou ledo a mesma frase seguidamente. Ela tentou voltar a leitura mas se pegou ledo a mesma frase seguidamente. Ela tentou voltar a leitura mas se pegou ledo a mesma frase seguidamente. Por fim ela fechou o livro, se levantou e o colocou no lugar. 

Talvez nisso Scorpius Malfoy tivesse razão. Ela não precisava ter a melhor nota em tudo.

...

 -AaHhh -  gritou James, enquanto a vassoura balançou até que ele caiu ao lado de Calisto no topo da torre antes de começar a escorregar até a ponta, mas a vassoura de Calisto foi mais rápida para empurra-lo para cima?

—Quer ajuda? - perguntou Calisto, estendendo a mão.

—Não precisa, eu to legal - falou ele, tentando subir sozinho e escorregando. Calisto segurou seu pulso e o puxou para cima.

—Não seja tão orgulhoso James -ela riu, enquanto ele se sentava ao seu lado - desculpe por isso, juro que não pedi para a minha vassoura te raptar.

—Que pena, eu estava até emocionado  - ele brincou,  e eles ficaram em silêncio por um tempo  - então, você vem sempre aqui ou só quando quer me evitar?

—Não estou evitando você James - ela suspirou - estou evitando... todo mundo!

 -por que?  - perguntou ele - você não é do tipo que foge, Calisto.

—Só não quero um monte de garotos babando em mim e um monte de meninas mostrando como estão com pena da garota traída - ela suspirou - desculpe por te dar um gelo, não era minha intenção!

—sei disso  - ele riu, tirando o cabelo dela do rosto - pode compensar isso agora, se quiser.

Mas Calisto virou o rosto, e a boca de James se pressionou contra a bochecha dela.

— Tudo bem, cedo demais - ele riu.

—Desculpe Jami's eu... preciso de um tempo para mim agora, as coisas ainda estão confusas. Pode entender isso?

—Posso, posso sim - ele riu, enquanto ela guardava os livros em uma bolsa - Vamos descer?

—Acho que está ficando tarde - ela murmurou - estou ficando com fome...

—Você tem se alimentado? Faz tempo que não vejo você no grande salão...

—Mais ou menos, não me sinto muito a vontade na mesma mesa onde estão as amantes e amigos de Damon.

—Bem, senhorita, está convidada para jantar na, mesa da Gryffindor esta noite, aceita? - ele perguntou, sorrindo.

—É a oferta mais tentadora que ouvi nas últimas semanas - falou Calisto,sorrindo, enquanto os dois subiam na vassoura - Três pra descer!


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Notas finais do capítulo

Capítulo escrito via touch screen - Desculpem pelos erros!



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