7 Dias para o Amor escrita por FranHyuuga


Capítulo 6
O Desespero


Notas iniciais do capítulo

Ok, voltei. E agora não pretendo deixar essa história parada por tanto tempo. Promessa de escoteiro! ^^ Por mais que nunca tenha sido uma... ¬.¬
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"Sabaku no Gaara era frio, arrogante, prepotente, mandão, irritante, inteligente, perspicaz e bonito. Era impressão sua ou seus últimos pensamentos foram elogios?"



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7 Dias para o Amor

{Por FranHyuuga}

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–Para Artemis In Avalon-

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“O desespero”

Capítulo 5

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Três minutos se passaram.

Três longos minutos em que o coração descompassado e a respiração ofegante eram os únicos sons que Hyuuga Hinata realmente ouvia. E mesmo que os olhos acompanhassem o ruivo psicopata recolhendo uma mochila aleatória e enchendo-a com objetos perdidos rapidamente, a jovem não conseguia compreender realmente por quê.


Foram três minutos em que Gaara prontamente assumira o controle de uma situação totalmente descontrolada, alheio ao choque presente nas esferas prateadas.


– Eles f-foram embora... sem nós? – A voz feminina questionou quase inaudível, mas o rapaz sequer pestanejou ao responder com simplicidade:


– É o que parece.


A bile pareceu revoltada com aquela sentença e o corpo feminino tremeu em desespero. Como assim “é o que parece”?! Aquele estúpido não tinha mais nada a dizer? Não estava sequer preocupado com o que supostamente aconteceu?


– O que... O que você está fazendo? – Ela perguntou ao vê-lo desmontar uma das barracas abandonadas.


O garoto não a encarou, mas a voz soou quase furiosa:


– Mais do que você! – A morena engoliu em seco. – Precisamos sair daqui.


– Não! – Ela gritou, exaltada e cansada de receber ordens daquele ruivo malcriado. – Não podemos sair. Eles irão notar que ficamos para trás e voltarão!


Gaara não respondeu, limitando-se a franzir o cenho e dobrar a barraca até torná-la apenas uma mochila. Os olhos aquamarine focaram o chão uma vez mais e depois elevaram-se para analisar o céu.


– E-Eles irão voltar, n-não é? – A maneira como a voz feminina soou, vibrante pelo choro contido, atraiu a atenção do garoto que apenas suspirou pesadamente.


Naquele momento ela parecia precisar de um abraço. E ele quase sentiu pena dela.


– Pare de fazer perguntas estúpidas e mexa essa bunda. – Quase.


Hinata arregalou os orbes de tal forma que o ruivo desviou o olhar para não rir. Ele realmente tinha um lado cruel que parecia se divertir com as expressões ultrajadas dela.


– Não sairei daqui! – A frase era um claro desafio, muito típico de quando a jovem se irritava. Se aquele psicopata idiota queria se perder em meio à mata e não estar ali quando o ônibus escolar retornasse que o fizesse sozinho! Quem sabe ninguém mais o encontrasse e ela finalmente se visse longe dele?


O Sabaku cerrou as pálpebras e inspirou o ar ruidosamente. Pela mandíbula contraída era perturbadoramente notável o intenso autocontrole que tentava manter. Então, de forma assustadora, ele a encarou e se aproximou com passos tão pesados que a morena recuou até que suas costas se chocassem contra uma árvore.


– Eles saíram às pressas. – O ruivo começou, totalmente concentrado nos olhos perolados. – Há sinal dos ônibus e de outro veículo menor, talvez um carro. – As mãos espalmaram-se em cada lado da cabeça de Hinata e a proximidade quase a fez cair sobre as pernas moles. – Está anoitecendo e aqui não é seguro. – Ela podia sentir o hálito quente sobre os próprios lábios. – Por isso, mexa essa bunda e me siga!


Quando o garoto se afastou, a jovem permaneceu petrificada, com o coração descompassado e sentindo-se completamente... idiota.


– A menos que você queira ficar e descobrir porque todos fugiram.


Não demorou muito para que ela estivesse prontamente seguindo-o.


* * *


Alguns minutos antes...


Os alunos chegavam ao acampamento com o caderno de exercícios preenchido. Alguns sorrindo, outros brigando, a maioria indiferente. O que não mudava, entretanto, era a clara expressão espantada ao ver o carro da viatura policial ao lado dos ônibus escolares e um professor Gai ditando ordens na agitação de sempre.


– Vamos, pupilos! – Ele gritava, empurrando os alunos sem se importar com as barracas ou mochilas. – Protejam sua juventude e embarquem em qualquer ônibus! É uma calamidade, um apocalipse, o alerta vermelho do exército!


– Como assim “fujam”? – Anko esbravejou contra um dos policiais que parecia muito impaciente. – Isso é coisa que se diga para um professor responsável por mais de 30 adolescentes inúteis e indisciplinados?!


– Senhora, por favor, entenda-


– Não! – Ela interrompeu com a voz autoritária. Você é quem precisa entender que não podemos simplesmente causar o pânico que o meu colega está causando!


O policial suspirou ao ver o homem que trajava uma roupa verde berrante, colada ao corpo, correndo entre os alunos e forçando-os a subir nos ônibus sem dar ouvidos às reclamações chorosas sobre videogames portáteis, revistas pornográficas e chapinhas de cabelo que foram obrigatoriamente abandonados. Era a visão do inferno.


– EU NÃO VOU ABANDONAR MEU KIT DE MAQUIAGEM IMPORTADO! – Ino debatia-se entre os braços do namorado.


– Qual será a razão para tanto alarde, Shikamaru? – Um entediado Chouji questionou, totalmente alheio ao ataque histérico da amiga. As mãos nodosas levavam mais batatinhas à boca.


– Espero que seja, no mínimo, mais ameaçador que a Ino nesse momento. – O rapaz respondeu com um suspiro pesaroso, ouvindo palavrões e ameaças de greve de sexo ao seu ouvido.


– A Hinata ainda não voltou! – Tenten expressou preocupada e Neji assentiu, assistindo a discussão calorosa da Anko-sensei com o policial. Os demais homens fardados ajudavam Gai com intimidações e cassetetes em mãos. A coisa estava feia.


– A situação é tão grave para tudo isso? – A professora ainda gritava com o dedo em riste na face do policial.


– SIM, É GRAVE! – O sujeito respondeu em alto e bom tom, calando a mulher e atraindo a atenção dos alunos resistentes. – CRIMINOSOS PERIGOSOS ESTÃO NESSE LOCAL!


Silêncio.

...Gai arregalou os olhos.

...Ino parou de se debater.

...Chouji fechou o pacote de batatas.

...Anko suspirou e levou as mãos sobre as têmporas: “merda”.


– AAAAAAAAAAH!


– EU NÃO QUERO MORRER!


– VAMÔ EMBORA, CAMBADAAAA!


Alunos gritavam e empurravam-se como se suas vidas dependessem disso.

E o que já parecia o inferno... tornou-se o caos.


* * *


Andaram por muitos metros e vários minutos. O ruivo psicopata continuava em silêncio e a jovem já estava ficando cansada de segui-lo como se fosse um cãozinho com medo de ser abandonado.


– A-Alienígenas. – Ela falou simplesmente, como se estivesse jogando ao vento ideias estúpidas sobre o que poderia ter acontecido para que todos partissem tão rapidamente.


Gaara não respondeu prontamente, deixando-a perturbada pelo escasso repertório de comportamentos civilizados dele. A voz grave, porém, surpreendeu:


– Em um carro? – Havia ironia, como sempre, e Hinata considerou que o ruivo era incapaz de falar qualquer coisa sem aquele tom grosseiro.


– Se os astronautas aprendem a pilotar naves espaciais, por que alienígenas não podem aprender a dirigir automóveis? – A pergunta soou suave, mas o fato dela não ter gaguejado revelava a raiva súbita que sentia por ter sido confrontada.


– Ok, esperta. – Ela revirou os olhos pelo indelicado elogio. – E qual seria o interesse dos alienígenas?


A Hyuuga franziu o cenho e pensou. Outros longos minutos se passaram enquanto ela se concentrava em caminhar sobre as raízes das árvores no entardecer e formular uma resposta que calaria aquele ruivo mal-educado. Então, quando Gaara parou os passos decidido de que alcançaram um lugar seguro, ela afirmou entusiasmada:


– A Ino já seria uma amostra interessante da nossa espécie!


Ele a mirou, inexpressivo. Os verdes claros pareciam declarar o que pensava.

A jovem corou e balançou a cabeça timidamente antes de dizer:


– Vo-você nem lembrava do que estávamos falando, não é?


Ela jurou ver a sombra de um sorriso nos lábios masculinos ao expressarem um baixo:


– Acertou.


Ela bufou irritada.

“Ele nem hesitou em responder.”


* * *


Enquanto isso...


– Anko-sensei!


O que você quer, Uzumaki?


– Agora que a situação desesperadora já passou e estamos voltando sãos e salvos, dattebayo... – A professora interrompeu, intolerante:


– Direto ao ponto!


– A escola vai pagar pelo meu PSP abandonado?!


Todos os alunos fizeram silêncio, aguardando com expectativa a resposta da professora. Os olhos castanhos da mulher brilharam ameaçadores e a voz parecera banhada em sarcasmo ao responder:


– É claro... – O loiro sorriu abobado. – Que não! Considere um ônus pelo que aprendeu no acampamento.


Naruto quase chorou pelo PSP perdido, enquanto Ino tentava confortá-lo dizendo que um videogame estúpido era incomparável com seu kit luxuoso de maquiagem.


– Ônus? – Tenten comentou com Sakura, indignada. – As únicas coisas que aprendemos foram como fazer apostas em uma briga de garotas, revisar planos de fuga das barracas e trocar colas dos exercícios de matemática daquele caderno esdrúxulo!


– Ah, você não tem o direito de reclamar. – A rosada resmungou com um sorriso malicioso. – Você aprendeu a reconhecer novos partidos... Shiiiiino.


– Cala a boca. – Ela respondeu, rindo e empurrando o ombro da amiga. – Será que a Hina-chan está bem?


– Claro. – Sakura deu de ombros. – Ela está no mesmo ônibus que o Sasuke.


Sentado à frente, ouvindo a conversa, Neji desejou que a testuda estivesse certa.


* * *


Os perolados estavam fixos sobre a sombra do garoto com mágoa e raiva. Assim que pararam, quando a escuridão passou a tornar impossível continuar a caminhada, ambos tentaram montar a barraca.


Ela realmente queria ajudar. Ela havia se esforçado! Mas o ruivo psicopata parecera completamente alheio a isso ao exigir que se sentasse e deixasse que ele assumisse a tarefa sozinho. Se ele permitisse uma fogueira – o que ele afirmou veementemente ser “perigoso” acender –, ao menos veria a expressão assassina que estava mantendo – ou assim ela desejava que estivesse.


Sentada obedientemente, como uma ridícula garotinha indefesa, Hyuuga Hinata entendeu que aquele rapaz era realmente o que diziam. Sabaku no Gaara era frio, arrogante, prepotente, mandão, irritante, inteligente, perspicaz e bonito. Era impressão sua ou seus últimos pensamentos foram elogios?


Oh, céus, ela estava enlouquecendo!


Seria melhor se naquela escuridão, sob o luar, a sombra masculina demonstrasse dificuldade em montar toda aquela estrutura de tecido e material flexível, mas a única coisa visível era a desagradável elegância e precisão dos gestos. Não demorou e a barraca estava devidamente armada.


Aliás, a única barraca.

Espera, ela pensou “única”?


E ao ver o ruivo psicopata se aproximar, agachando-se na sua frente até que os lábios entreabertos expirassem o hálito quente contra sua face, Hyuuga Hinata apenas conseguiu pensar desesperadamente:


“Estou perdida!”


Continua...



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Notas finais do capítulo

Olá, povo!
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Essa história continua sendo um parto para mim (rs). Comédia com drama...? Sou realmente um caso perdido. =/
No entanto, desejo profundamente que este capítulo tenha agradado! *3*
E AGORA VOCÊS JÁ SABEM DO MOTIVO PARA A CAMBADA IR EMBORA! =D
Oh, criminosos na área! Quem serão eles? ;) Façam suas apostas!
Nessa situação, sorte da Hinata estar na companhia de alguém tão inteligente, HOHO.
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No entanto, é uma verdadeira pena que ela esteja sozinha e com somente uma barraca para partilhar com o Gaara, não é? ~~~ NÃOOOO! (rs)
Ok, e o que vocês acharam do capítulo?
Alguma sugestão além de mudar o gênero da história? (HAHA)
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Eu quero AGRADECER O CARINHO nos comentários!
Infelizmente, estou com tão pouco tempo que não os responderei individualmente como sempre faço. =( Caso contrário, demoraria ainda mais para postar a atualização.
Prometo responder no próximo capítulo, ok?
Aliás,
EU LI E RELI OS COMENTÁRIOS PARA ESCREVER O CAPÍTULO...
Então, pense com carinho como teria ficado mil vezes pior sem ter opiniões e incentivo (HAHA). Obrigada, povo.
E aguardo suas sugestões! Por favor...
Enviem FLORES ou PEDRAS
(xingamentos pela demora, críticas e reclamações)
~Em reviews~