A Lenda de Korra - Livro 5 escrita por cleiton


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem amigos...
capitulo 1 ai, pra voces



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Korra

– UAU! Korra, isso é lindo! – disse Asami ao entrarmos no mundo espiritual. Seus olhos verdes brilhavam admirando cada milímetro daquela bela paisagem que se estendia por todo nosso campo visual. Aquela beleza que eu conhecia bem, mas que era tão inédito para ela... A beleza que só poderia ser comparada a da garota encantada em minha frente.

É incrível como as coisas mudam... Ao longo desses anos, aprendi diversas coisas. Aprendi a não dar moral para pessoas que usam máscaras intimidadoras, a tomar cuidado com as forças de um certo espirito maligno, ou ainda aprendi como ser uma folha. Sim, parece engraçado, mas todas essas lições foram e ainda serão de grande serventia durante minha vida. Antes, Asami e eu praticamente brigávamos por um garoto e agora... Por fim, acabei aprendendo também que o amor é um grande pregador de peças.

Confesso que não sei ao certo o que está acontecendo comigo, mas estar na companhia de Asami me faz tão bem... Conversar com ela... Olhar para ela... Me pego as vezes pensando como seria se ela sentisse o mesmo por mim. Ou então em como contar o que sinto a ela sem assustá-la de alguma forma. Sem acabar afastando-a de mim. É tudo extremamente confuso, pois com Mako, apenas nos beijamos e pronto...

– Korra... Korra, em que mundo você está? – pergunta Asami me encarando com um sorriso. A quanto tempo ela está me chamando?

– Eu só... – começo a dizer uma desculpa qualquer que acabei de inventar quando batatinha aparece. Batatinha foi o apelido que dei ao espirito fofo que me levou até o pântano quando eu ainda estava mal.

– Avatar! – ele disse correndo até mim. Foi então que percebi que Asami e eu ainda estávamos de mãos dadas. Delicadamente soltei sua mão e me abaixei para abraçar meu amiguinho. – É muito bom ver você por aqui. – ele continuou – Quem é essa moça com você? – perguntou olhando para Asami.

– Olá, bonitinho! Me chamo Asami. – disse sentando-se na grama ao meu lado enquanto estendia a mão para cumprimentar Batatinha.

– Então... – começou Batatinha após nos encarar por alguns segundos – Vocês são um casal?

– Desculpe, como? – pergunta Asami me olhando com um sorriso. Sinto um calor percorrer meu rosto. Droga! – Korra, você está corando. – ela diz em meio a um sorriso, como se não fosse obvio para mim.

– Não... eu... – começo a negar quando decido mudar logo de assunto – Asami, quero te levar à um lugar. – digo me levantando – Quer ir conosco? – pergunto à Batatinha.

– Claro! – ele responde com um sorriso meigo se pondo em nossa frente e nos guiando por um caminho lindo cercado pelas mais diversas espécies de flores.

Percebo novamente o encantamento de Asami que olha freneticamente para todos os lados e antes que eu possa me distrair com seus sorrisos, avisto uma simples casa há alguns metros de onde estamos.

– Iroh! – exclamei quando o vi de costas em frente à casa.

– Korra! – exclamou virando-se sorridente em nossa direção – Que bom vê-la aqui novamente. Desta vez pelo que parece, apenas por diversão, certo? – ele pergunta e eu concordo balançando a cabeça positivamente. – Meus amigos espíritos me contaram o que houve no mundo material. Fico contente que tenha resolvido tirar umas férias. – ele diz abrindo um outro sorriso.

– Nossa! Vejo que as noticias correm rápido por aqui, não é? – digo descontraída.

– Pois é! Um certo amiguinho seu sempre me mantém informado. – ele diz piscando para Batatinha que ri. – Me diga, quem é essa linda jovem que te acompanha?

– Oh, claro! Acabei esquecendo as apresentações. – digo olhando para Asami. – Então, essa é Asami Sato, uma grande amiga. – digo enquanto ela cumprimenta Iroh.

– As meninas querem ficar para o chá? Ele está quase pronto.

– Claro! – Asami e eu dizemos juntas.

***

Já era noite quando Iroh entrou na casa levando as bandejas e xícaras a fim de guarda-las. A conversa havia sido tão agradável que acabamos perdendo totalmente a noção do tempo. Fui atrás dele para ajuda-lo enquanto Asami continuou sentada a mesa explicando aos espíritos como funcionava o Satomobile.

– Gostei muito de sua amiga, Korra. – ele disse percebendo minha presença – Ela quase me venceu no pai sho.

– É... Ela é incrível! – disse entusiasmada.

– Hmmm, interessante... – Iroh disse baixinho e antes que eu pudesse perguntar o que ele achou tão interessante, o mesmo virou-se em minha direção – Diga-me, Korra. Vocês tem um lugar para passar a noite? – perguntou.

– Bom, tínhamos em mente dormir na estrada. – respondi ignorando o que pretendia perguntar.

– Acho que deveriam passar a noite aqui. E antes que negue, digo que não aceito um ‘’não’’ como resposta. – ele diz sorridente enquanto Asami se aproxima.

– Obrigada, Iroh. Acho que vamos aceitar o convite, não é Korra? – ela diz sorrindo.

– Claro! – concordo sorridente.

– Ótimo! – exclama Iroh. – Vamos, vou mostrar a vocês os quartos. – ele diz nos guiando pelo corredor.

***

Saiu do quarto e encontro Asami saindo do dela que fica bem em frente ao meu.

– Onde está Iroh? – ela pergunta recostando-se à parede. – Quero agradecê-lo melhor por nos deixar passar a noite aqui. Por mais que tudo aquilo lá fora seja lindo, eu odiaria ter que dormir na estrada. – ela diz sorrindo.

– Ele deve estar no quarto dele. Daqui a pouco ele sai para falar conosco. – digo encarando-a. Me atrevo a dizer que não conseguiria desviar o olhar dela nem se eu quisesse. Não enquanto ela continuasse ali, parada de braços cruzados de uma maneira incrivelmente sexy em minha frente. – E aí, gostando da viajem? – pergunto.

– Estou amando, Korra. Este lugar é mais lindo do que eu imaginava e estar aqui com você deixa tudo ainda melhor. – ela me responde com um pequeno sorriso, fazendo meus batimentos cardíacos dispararem. Será que ela sente o mesmo por mim? Ou é apenas coisa da minha imaginação fértil? Cada segundo perto dela me deixa mais confusa. O que fazer?

– Bom, meninas, tenho assuntos para resolver. – Iroh diz surgindo no fim do corredor - Espero que fiquem a vontade e resolvam todos os assuntos que acho que precisam resolver. – ele diz piscando para mim ao passar por nós.

– Obrigada, Iroh. Foi um prazer conhece-lo. – Asami diz. – Quem sabe da próxima vez eu consiga me sair melhor no pai sho – completa em tom desafiador fazendo Iroh rir.

– É claro senhorita Sato! Do jeito que joga bem, não duvido que consiga me vencer um dia. – ele diz se afastando. – Até logo, meninas.

– Então Korra, quer jogar um pouco de pai sho para animar a noite? – Asami pergunta.

– Me tira dessa, Asami – respondo. Ela sabe que não tenho a mínima paciência para isso.

– Hm... Okay senhorita impaciente. – ela diz sorrindo – Boa noite, então! – termina se aproximando e me abraçando.

– Boa noite, Asami. – digo retribuindo o abraço e em seguida, entrando em meu quarto. Não olho para trás, mas sei que ela fez o mesmo quando ouço sua porta bater atrás de mim.

Fecho a porta do meu quarto e caminho em direção ao banheiro. Preciso de um bom banho!

***

Depois de ficar horas virando na cama sem conseguir dormir, resolvo ir ao quarto de Asami. Não sei exatamente o motivo desta decisão, mas digo a mim mesma que irei apenas certificar-me de que ela está bem.

Abro a porta do quarto e antes que possa sair, dou de cara com Asami que parecia ter tido a mesma ideia que eu.

– Oi! – dizemos juntas.

– Quer entrar? – pergunto e ela consente passando por mim e sentando em minha cama. – Então... – digo fechando a porta – O que deseja senhorita Sato? – pergunto um pouco sem jeito lembrando-me de que Iroh também a chamou assim.

– Nada em especial. – ela diz – Eu não consegui dormir e resolvi ver se você estava acordada. E você, estava de saída? – pergunta.

– Não... – digo coçando a cabeça – Quer dizer... eu também não consegui dormir e resolvi ir até seu quarto ver se queria fazer alguma coisa, mas acho que você se antecipou, né? – digo.

– Ah...! Pensei que você estava fugindo por encontrar uma aranha no seu quarto. – ela diz abrindo um sorriso – Mas agora vejo que realmente não faz muito sentido. Não devem ter aranhar por aqui.

– Asami, eu já lhe falei que aqui foi um incidente aleatório. – digo lembrando da vez em que pedi ajuda a ela na ilha do templo do ar em Republic City, após encontrar uma aranha enorme em meu quarto. – Ela era muito estranha, com aquelas patinhas medonhas e aqueles olhos vigiando cada movimento meu... – digo balançando a cabeça. – Acha mesmo que a Avatar teria medo de uma simples aranha? É claro que não tenho medo.

– Aham... – ela responde arqueando a sobrancelha e sorrindo.

– Então, o que quer fazer? – pergunto desviando o assunto.

– Não sei. Diga você, avatar.

– Já sei! – digo após pensar por uns segundos - Vamos brincar de imitações.

– Imitações? – Asami pergunta parecendo confusa.

– É! – exclamo. – Imitamos alguém e a outra tenta adivinhar quem é. Eu começo, okay? – ela consente e eu dou início. – Sou um dobrador de fogo incrivelmente sexy que adora se meter na frente da motocicleta de jovens que também são incrivelmente sexys. Também sou o cara que sempre estou lá, a fim de ajudar meus amigos. Quem sou?

– Então quer dizer que eu sou incrivelmente sexy? – Asami diz sorrindo, como sempre. – Essa foi fácil Korra, você é o Mako! - ela diz me encarando. – Minha vez! Sou uma dobradora de água que adora se meter em confusão. – antes que ela pudesse continuar, eu já estava rindo, pois sabia que estava falando de mim – Sou forte, metida a durona, porém tenho meu lado fofo, apesar de que nem eu mesma consiga perceber isso. Sou também a garota que acabou roubando o coração da melhor amiga com meu jeito moleque, altruísta e valente de ser. – ela termina me encarando novamente, só que dessa vez mais séria, me deixando totalmente sem palavras.

– Você sou eu. – é tudo que consigo dizer e ela afirma balançando a cabeça antes de caminhar até a cama e sentar-se ao meu lado.

Ficamos ali, nos encarando por alguns instantes, em silencio. Seus olhos fixos nos meus me fazendo abaixar a cabeça sem jeito.

– Asami, eu preciso te falar uma coisa... – digo convicta da atitude que estou prestes a tomar, mas ainda de cabeça baixa. Sou interrompida por sua mão que toca meu queixo e levanta cuidadosamente minha cabeça, de modo que me faça olhar para ela.

– Não diga nada, Kora. – ela fala aproximando seu rosto do meu até que nossas testas se encontram. Mais uma vez estávamos ali, nos olhando, só que dessa vez tão perto que éramos capazes de sentir nossas respirações se misturando. Ela sorri e aproxima seus lábios dos meus. E então, estávamos nos beijando da maneira mais doce que poderia acontecer. Asami passa delicadamente a mão pelo meu cabelo e eu a seguro pela cintura e ficamos assim por mais alguns segundos até que nos afastamos recobrando o ar.

– Eu te amo, Korra. – ela diz me fazendo corar novamente – Te amo desde a primeira vez que eu te vi naquela festa. Quando disse que não poderia ter perdido você e meu pai no mesmo dia, falava sério. – ela encosta a mão em minha face e continua – Eu demorei muito para perceber, mas quando vi você daquela maneira após a luta contra Zaheer eu tive a certeza de que queria você mais que uma amiga. Sei que deveria ter te contado antes, mas... – neste momento, não consigo fazer nada além de beijá-la novamente. Era reciproco. Aquilo que eu estava sentido era recíproco.

– Eu também te amo, Asami. – disse ao nos afastarmos novamente. – Tive medo. Medo de que você não se sentisse da mesma forma que eu e por isso se afastasse. – disse resumidamente o que havia entalado em minha garganta a tempos.

Ela sorriu e me beijou novamente. Ela foi me deitando na cama delicadamente e quando me dei conta, ela estava por cima de mim tomando controle da situação... Porque eu deixei, é claro!

Asami

Desde que Korra voltou, tudo que queria era tê-la em meus braços. É impossível descrever a alegria que estou sentido após saber que ela sente o mesmo por mim. Coitada, deve ter sido extremamente ruim para ela ter escondido isso durante todo este tempo...

Balanço a cabeça a fim de expulsar aqueles pensamentos que já não importavam. Ali estava ela, deitada por baixo de mim ainda ruborizada. Parecia receosa pelo que estávamos fazendo, Não posso julgá-la, ela provavelmente nunca esteve tão próxima a uma garota, eu por outro lado tive meus momentos. Estava embriagada, okay, mas tive.

Enquanto a beijava, comecei a acariciar seus seios por baixo de sua blusa. Senti que ela estava meio tensa, como se quisesse aquilo, mas não estivesse preparada.

– Desculpe, Asami... eu... – ela sussurrou fazendo-me parar o que estava fazendo. De fato, ela estava tensa.

– Tudo bem, você não fez nada de errado. – digo tirando uma mecha de cabelo da frente de seu olho. Por mais que eu quisesse aquele momento, não queria força-la a fazer algo no qual não se sentia totalmente segura.

Me deito ao seu lado e ela apoia a cabeça em meu busto. Acaricio seus cabelos até que ambas caímos no sono.

Na manhã seguinte demos continuidade a nossa viajem pelo mundo espiritual. O dia fora realmente incrível, exceto pelo fato de que Korra ainda não sentia-se segura. Sempre que tentava ou insinuava algo mais intimo, a garota ficava extremamente nervosa. Não vou mentir, até acho isso fofo, mas... aaah... como eu a queria em meus braços... Decidi então esperar. Não quero que ela se sinta pressionada. Vou controlar meu desejo e esperar o tempo que for preciso. Mas se demorar muito, pergunto ao Mako como ele conseguiu.... Okay, é bricadeira!

***

Após cinco dias de viajem, Korra e eu resolvemos voltar. Eu tinha que resolver negócios da empresa e Korra tinha suas – como ela dizia – coisas de avatar para resolver.

Ao sairmos do mundo espiritual, caminhamos pelas ruas e podemos ver alguns trabalhadores limpando a bagunça da mesma. Alguns curiosos começaram a nos seguir e tivemos que correr. Todos queriam falar com a avatar após o ocorrido. Não pude deixar de notar os olhares confusos daqueles que nos notaram de mãos dadas.

Assim que chegamos a ilha do templo do ar, fomos recebidas por Naga e pelos filhos de Tenzin que vieram correndo ao encontro de Korra que sem pensar abraçou Naga.

– Korra! Gritavam as crianças abraçando a garota que afagava gentilmente seus cabelos.

– Olha só quem voltou! – exclamou Tenzin se aproximando de nós.

– Hey, Tenzin, como vão as coisas por aqui? – pergunto cumprimentando-o.

– Não muito bem. – ele responde.

– Onde estão Bolin e o resto do pessoal? – Korra pergunta ainda abraçada as crianças. Acho incrível a maneira como ela os trata, já que eu não tenho muito jeito com crianças.

– Bolin, Su e o resto da família voltaram para Zaofu, para arrumar a bagunça que Kuvira fez por lá. Mako seguiu com príncipe Wu até Ba Sing Se e Varrick e Zhun li foram para a Tribo da Água do Sul. – diz Tenzin.

Acabo me lembrando então de que deixei literalmente tudo para trás em prol da viajem com Korra. Não que eu me arrepende disso. Não poderia nem se quisesse, porém depois de tudo que aconteceu na cidade, Reiko deve precisar de ajuda pra expansão e conserto da mesma. Claro que rolaria um grande contrato e sem duvidas isso seria bom para as industrias do futuro.

Me despedi de Korra discretamente. Ninguém deveria saber o que estava rolando entre ela e eu, pelo menos não por enquanto. E segui ao encontro de Reiko para sua casa aos arredores da cidade.


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Notas finais do capítulo

eai gostaram?? comentem



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