E de repente... escrita por Amanda


Capítulo 5
Capítulo quatro




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— Hermione! — Rony exclamou, olhava-a por trás de Harry com a perfeita expressão de incredulidade. Estava diferente, em seu rosto havia barba por fazer e seus ombros pareciam mais largos, como se estivesse mais forte. O uniforme de Auror lhe caíra perfeitamente bem, acentuando alguns traços mais sérios no seu rosto.

Hermione pousou o olhar em Harry, que até o momento mantinha-se em absoluto silêncio. Estava diferente também, o cabelo continuava bagunçado como sempre foi. Os óculos ainda estavam ali, como sua marca registrada. E assim como Ronald, suas feições estavam mais severas e fortes.

Eram homens agora, e não se pareciam quase nada com aqueles garotos que deixara para trás.

— Senti tanta a falta de vocês! — Hermione não aguentou toda a quietude e abraçou com força o amigo ainda estático, recebendo um aperto em retribuição. Aquilo parecia tão familiar e aconchegante, não entendia como conseguiu viver tanto tempo sem aquele abraço.

Rony passou para o lado, recebendo seu abraço logo em seguida. E assim como o abraço de Harry, o do ruivo não foi diferente. Havia tanto carinho e saudade naquele gesto.

Afastou-se um pouco para observá-los melhor e disse:

— Não posso acreditar, vocês estão tão diferente!

— Você também não está como me lembro! — Rony brincou, fazendo-a girar para analisa-la melhor. — Quase não consegui te reconhecer.

Hermione riu.

— Estou precisando de uma cerveja amanteigada do Três Vassouras, quem vai comigo?

Rony e Harry entreolharam-se. Hermione estava em expectativa, como se pedisse permissão aos dois. E no momento em que o amigo sacudiu a cabeça em afirmação sua mente voou rapidamente para sua adolescência, quando tinham os finais de semana livres em Hogsmeade. Sem controlar a animação, colocou-se entre os amigos e entrelaçou seus braços, de modo que pudesse carrega-los facilmente.

***

Estava frio em Hogsmeade, mas o trio já tirara os casacos e riam como nos velhos tempos. Suas canecas estavam pela metade, mas não era a primeira rodada fazia algum tempo.

—... Então Harry precisou fazer um discurso, e não deu tempo de tirar a tinta verde dos dentes. Sorte que as fotografias do Profeta Diário ainda eram em preto e branco! — Hermione ria com Rony, enquanto Harry bebericava sua bebida, tentando ignorar a lembrança embaraçosa.

— Preciso visitar Fred e George! — Hermione comentou, remexendo a bebida. — Parece que perdi muitas novidades.

Rony assentiu e mudou completamente de assunto, perguntando:

— Então Hermione, vai ficar aonde?

Hermione questionou o ruivo apenas como olhar, e este, rapidamente tratou de continuar:

— Ainda estou morando com a minha mãe, e sempre temos um quarto vago! — Disse.

Mas foi Harry quem seguiu falando:

— Gina adoraria que ficasse conosco, temos um quarto de hospedes e já despachei suas malas para lá! — Harry interpôs, dando final ao assunto.

— Eu estava esperando ir para a casa dos meus pais, preciso limpar tudo, mas...

— Nada disso! Gina me obrigou a arrumar tudo sem a varinha, e depois de tanto trabalho eu realmente insisto que fique na minha casa. — Relutante Hermione assentiu, concordando.

Assim que desencostou o caneco de cerveja amanteigada dos lábios abriu um sorriso debochado.

— Então quer dizer que Gina mantém rédeas curtas?

Rony caiu em gargalhadas, Hermione e Harry juntaram-se ao amigo.

Rony fez Hermione prometer que passaria o Natal na Toca, contando que Molly morria de saudade. E então, depois de Rony já ter desaparecido com um “click”, Harry esticou a mão para Hermione e quando suas peles tocaram-se, aparataram.

— Bem vinda!

Hermione analisou a casa de Harry, tinha certeza que estava em Godric’s Hollow. As casas típicas do vilarejo estavam por todos os lados, brancas com madeira aparente em sua construção, todas muito bem preservadas e cuidadas. Lembrou-se da noite de natal em que aparatou ali com Harry, visitaram o túmulo dos pais do amigo e depois quase foram mortos por Nagini.

— Não consegui pensar em lugar melhor que aqui. — Harry começou, antes que Hermione perguntasse. — Me sinto mais perto deles. A casa continua lá, é dobrando à esquerda. Acho que ainda se lembra, não é?

— Como se fosse ontem, Harry!

Harry puxou Hermione pela mão que ainda não soltara, mostrando sua casa. Havia uma baixa mureta de pedras, e uma caixinha de correio coberta de neve com os nomes de Harry e Gina escritos em preto.

— Vamos!

Harry abriu a porta e o calor da casa soltou uma baforada no rosto de Hermione. O som de panelas batendo ecoou alto enquanto Hermione despia-se do casaco pesado e Harry fechava a porta.

— Harry Potter é você? Sabe que horas são?

Gina apareceu, saindo de um cômodo enquanto secava as mãos no avental, sua expressão não era nada alegre, pelo o menos até ver Hermione sorrindo.

— Por Mérlin! — Correu e abraçou a amiga com força, tivera tanta saudade de Hermione. Após sua partida foi como se tivesse perdido uma irmã, e as cartas não supriam a saudade toda, se é que supriam alguma coisa.

— Gina, você está...

— Diferente? — A ruiva riu e fez que Hermione girasse, assim como Rony fizera. — Olhe só para você! Aposto que Rony ficou de queixo caído quando te viu.

Hermione ruborizou com o comentário.

— As malas já chegaram? — Harry perguntou e Gina apontou para as escadas, indicando que já estavam no quarto. — A casa é sua, fique a vontade.

— Obrigada, Harry!

Gina enlaçou o braço ao de Hermione e começou a leva-la para o segundo andar, mostraria o quarto que decorou com cuidado desde que soube que a amiga voltaria.

Seguindo o corredor reto, seu quarto era a terceira porta à esquerda.

— Pode começar a me contar como são os rapazes em Paris! — Perguntou assim que fechou a porta, estavam a sós.

— Bem... — Hermione sentou-se na cama de casal e sorriu. — Eles são muito bonitos e existe um charme que é bem complicado de explicar!

Gina riu e sentou-se ao lado de Hermione.

— Alguém com esse charme francês que eu deva conhecer?

Hermione levantou-se e deixou a bolsinha sobre uma penteadeira.

— Se quer saber se estou envolvida emocionalmente, a resposta é não! — Sacudiu a varinha, fazendo suas roupas voarem das malas para dentro do guarda-roupa pintado de branco com desenhos delicados de flores em rosa.

— Como não? Por que não? — Levantou-se para ficar cara a cara com Hermione.

— Porque não conheci ninguém que merecesse mais que uma noite de atenção...

Gina sorriu maliciosamente e Hermione negou com a cabeça, como se soubesse que a amiga faria isso.

— Vou lhe deixar descansar... — Abriu a porta, mas pouco antes de fechá-la, disse: — Quem sabe você não encontra alguém aqui em Londres que te faça mudar de ideia, não é?

Hermione apenas riu. Gina tinha cada ideia, principalmente quando o assunto era os relacionamentos de Hermione. Começou no quarto ano, quando a ruiva comentava descaradamente sobre Victor Krum, depois no sexto ano quando a história foi com Córcamo McLaggen e por fim sobre o beijo com Rony na Câmara Secreta.

Seu histórico amoroso era bastante conturbado, mas gerava algumas risadas.


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Notas finais do capítulo

Espero que gostam! Até o próximo



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