E de repente... escrita por Amanda


Capítulo 4
Capítulo três




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Quando a cabine telefônica pousou no átrio do Ministério da Magia, Hermione foi a primeira a sair. Estava do mesmo jeito que se lembrava, exemplares do profeta Diário sendo vendidos, bruxos e bruxas caminhando com pressa para todos os lado, as lareiras dos dois lados do longo corredor transportando bruxos para todos os lugares possíveis. Preso perto do elevador, um gigante banner, convidando todos para a festa em Homenagem aos oito anos do fim da guerra, a qual ocorreria em fevereiro.

— Soube que vai ficar até fevereiro... — Nott comentou, parando ao lado de Hermione para observar a faixa em movimento.

— É o que pretendo. Você irá? — Olhou para o rapaz, sentia-se com dezessete anos novamente. Uma adolescente de volta para o mundo que havia deixado para trás, vivendo apenas uma pequena porcentagem dele.

— Sempre vou. — Respondeu e para cortar o assunto, apontou para o elevador, guiando-a pelo meio da multidão. — Departamento de Execução das leis mágicas!

O elevador deu um solavanco para a esquerda antes de começar a movimentar-se. O departamento de Hermione ficava no nível dois, o átrio no nível oito, portanto, seria um trajeto bastante silencioso, mas Nott mudou isso:

— Não se entusiasme muito com essa festa, não é tão divertida quanto parece! — Comentou singelamente.

Hermione riu, e não conteve-se.

— Do que está rindo?

— Ainda não acredito que estou conversando com Theodore Nott, você mudou mesmo desde a última que que lhe vi! — Buscou nas lembranças pelo rapaz e o encontrou ainda durante a batalha. — Você mudou de lado no meio da guerra, lembro-me de te ver do nosso lado pouco antes do Harry atacar Voldemort!

— Eu nunca mudei de lado, jamais seguiria os passos do meu pai. Nunca fui um comensal da morte, não tenho a tatuagem. — Puxou a manga esquerda para cima, mostrando a pele de seu pulso sem nenhuma marca.

Hermione rapidamente tocou seu pulso, onde a marca jazia gravada e voou rapidamente para o dia em que fora torturada, mas buscou qualquer outra lembrança, como se tentasse conjurar um patrono. Rapidamente esqueceu-se. — Fico feliz em ouvir isso. — O silêncio se instalou no elevador. Com outro solavanco e a rápida mudança de direção, Theodore segurou Hermione quando esta foi lançada para cima de seu corpo. — Obrigada!

Nott demorou-se para soltá-la, havia algo nos olhos dela que era bastante familiar para ele, mas nunca chegara tão perto assim para se lembrar daquela cor. Quando sua mão finalmente afastou-se o elevador parou, e seguiu para fora com passos rápidos. Passou por entre algumas mesas, penas longas e em cores vibrantes remexiam-se sobre o papel, arranhando as letras uniformes e bem desenhadas.

— Por incrível que pareça você vai mudar de lugar, então nem procure pelo seu nome em cima dessas mesas. Houve algumas mudanças nos departamentos e claro, algumas trocas. Você, por exemplo, se tornou chefe do Departamento de Execução das Leis mágicas.

— Como eu...?

— Sua sala é ali, sei que o Ministro vai lhe dar as devidas explicações. — Apontou para a porta, onde uma plaquinha dourada brilhava, sem nomenclatura alguma. — Boa sorte, Granger!

Hermione num misto de confusão, não entendendo o que acontecia, apenas abanou para Theodore que já estava escorado na parede do elevador. Olhou então para os bruxos que ainda trabalhavam sentados em frente às escrivaninhas, perguntou-se qual seria sua mesa se seu trabalho em todos esses anos fosse presencial, mas então voltou o olhar para a plaquinha dourada e suas pernas começaram a movimentar-se. Tocou a maçaneta com mais sentimentalismo do que um objeto merecia e então, entrou na sala.

— Senhorita Granger, fico feliz que tenha chegado! — Kingsley estava sentado, mas levantou-se quando a garota entrou. — Acredito que não resistiu a um café no centro de Londres, e esse claramente foi o motivo do atraso!

Hermione assentiu, ainda meio sem jeito.

— Como foi de viajem?

— Muito bem, obrigada. — Sorriu. — Nott disse algo sobre uma promoção, é sério?

— Queria ter sido eu a ter dado a notícia, mas sim. — Com um movimento da mão pediu para que Hermione se sentasse. — Há alguns detalhes, claro, mas podemos checar isso com o tempo. Gostaria que aceitasse o cargo, não consigo pensar em ninguém mais competente do que a senhorita para ocupa-lo.

— Se eu aceitar terei que voltar para Londres, não é?

O Ministro assentiu.

— É importante que me dê a resposta o mais rápido suficiente, se recusar, terei de procurar outra pessoa!

— Compreendo, mas preciso pensar. — Sua cabeça estava em Paris, na casa da sua avó. Não podia deixa-la sozinha.

— Claro, deve estar cansada da viagem! — Concordou suavemente. Movimentou-se lentamente em direção a porta e abriu-a, parecia flutuar de tão gracioso que era seu andar. — Estamos no mesmo nível do quartel general dos Aurores, se correr ainda encontra seus amigos.

Hermione sorriu e caminhou rapidamente para fora, entrando no elevador antes que as grades em tom de bronze se fechassem. Agora, segurou-se nas alças penduradas no teto, e quando o elevador movimentou-se para a direita, pode sorrir por não cair. Quando as portinholas se abriram desceu, e corou diante do número de aurores que a observava atentamente, muito dos homens não disfarçava o olhar para suas pernas, e pela primeira vez no dia amaldiçoou-se por ter usado um vestido com meia calça ao invés de calças.

— Mostrem respeito, cavalheiros! — Uma voz forte soou entre os homens. — Ela pode derrubá-los tão rápido quando derrotou Voldemort, e apenas com um soco no nariz!

No mesmo segundo abriu um sorriso, em meio ao aurores o cabelo loiro de Draco Malfoy destacava-se. Carregava uma maleta preta, provavelmente de couro, com suas iniciais e o símbolo do Hospital St Mungos.

— Hermione Granger! — Chegou próximo a Hermione, e a abraçou. — Sua carta chegou hoje pela manhã, devo mandar sua coruja para a casa do Weasley ou do Potter?

— É bom ver você, Malfoy! — Ignorou-o. — Como está Astória? Não mencionou-a na última carta!

E pela primeira vez Draco Malfoy ficara sem jeito, bagunçou o cabelo e enrolou.

— Nós brigamos, de novo! — Deu de ombros. — Nada com que deva se preocupar. Potter e Weasley ainda estão aí dentro, já terminei meu trabalho!

Despediu-se e andou mais alguns passos até a porta indicada com indiferença por Draco. Mas antes que pudesse bater na madeira, a porta se abriu. Harry parou abruptamente, olhando-a com surpresa.


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Notas finais do capítulo

Seguinte, vou entrar em um novo programa de estudos para o Enem e vestibular, portanto as postagens serão semanais. Duas vezes por semana no máximo.
Espero que tenham gostado, até o próximo!!



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