E de repente... escrita por Amanda


Capítulo 25
Capítulo vinte e quatro




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No dia seguinte voltaram ao trabalho, juntos, sorriam e conversavam distraidamente enquanto o elevador mexia-se bruscamente para a direita. Theo segurava-a pela cintura enquanto Hermione carregava quatro copos de café que comprara no caminho, quando pisaram no Quartel General dos Aurores vários olhares curiosos pararam o que faziam para observá-los. Eram a novidade no departamento.

— Almoçamos juntos? — Theo perguntou enquanto caminhavam lado a lado.

— Tenho uma reunião. — Disse rapidamente. O rapaz deu de ombros e inclinou-se para beijá-la, mas Hermione empurrou um dos copos plásticos de café contra seu corpo. — Estamos no trabalho.

Hermione virou-se e entrou na sala de Harry e Rony, chefes do departamento de aurores. Os rapazes estavam jogados nas cadeiras giratórias, Rony tentava acertar uma bolinha de papel na lixeira, enquanto Harry girava a varinha entre os dedos.

— Se estão sem nada para fazer, saibam que a minha sala precisa de uma limpeza. — Sugeriu sorridente e entregou-lhes os cafés. — Qual a novidade?

— As missões não estão dando em nada. Nott é muito cuidadoso!

— Ele não ataca, simplesmente fica escondido, onde quer que esteja. — Rony fez com que a bolinha de papel voltasse para suas mãos com um simples movimento da varinha. — Voldemort foi mais fácil.

Hermione revirou os olhos e tirou bruscamente a bolinha de papel do amigo e começou a andar pela sala, passando o papel de uma mão para a outra. Queria contar para os amigos sobre a convocação que Nott fizera, faltavam poucos dias e precisava se decidir, mas se contasse seria impedida e queria prendê-lo.

— Vocês têm certeza de que ele não deixou nenhum rastro? Quero dizer, ninguém informou nada? — Perguntou. Não aceitava o fato de ser a única que sabia de algo e nem ao menos poder contar.

— Nenhuma entrada no St. Mungus, nenhum ataque ou morte registrada. — Informou, Harry. — Nós não temos nada!

— Vou trabalhar, se souberem de algo me avisem!

Jogou a bolinha de papel sem nem ao menos olhar e acertou-a bem no meio da lixeira, o que rendeu uma exclamação fervorosa de Rony. Bateu a porta com mais força do que esperava, e marchou com passos firmes para a sua sala, evitando o olhar interrogativo de Theo no meio da grande sala. Precisa pensar. Precisava agir.

Assim que conseguiu respirar tranquila, sozinha no conforto da sua sala tratou de organizar o material para a reunião daquela tarde. Não era a equipe responsável pelo comensal Nott, havia outras missões em andamento e focaria toda sua atenção nelas.

As pastas em tom de púrpura foram dispostas sobre a mesa longa de madeira, todo o material sobre os julgamentos de bruxos exploradores da Elfos Domésticos estava ali. Fora uma busca longa, e Hermione assumira o cargo no meio da investigação, mas estudara sobre o caso e sabia cada detalhe.

Aos poucos os Aurores foram chegando e notou que duas garotas, provavelmente novas no departamento, trocavam sorrisinhos enquanto olhavam para um homem loiro e alto. Tratou, rapidamente, de lançar um olhar incomodado para as duas, que afastaram-se do auror e sentaram-se quietas.

— Granger, como vai? — O rapaz sentou-se perto de onde Hermione estava escorada.

— Córmaco? Não sabia que era Auror! — Replicou, ainda lembrava-se da noite em que passou fugindo do rapaz. — Está nessa missão? Não me lembro de tê-lo visto na última reunião.

O rapaz passou as mãos no cabelo.

— Eu tive um imprevisto. — Respondeu. — Então... Está gostando daqui? O departamento.

— Ainda estou me adaptando. — Foi curta na resposta. — Agora sente-se, vou começar a reunião!

Córmaco assentiu e juntou-se aos colegas, e então, com apenas um movimento Hermione fez com que todos ficassem em silêncio absoluto. Sentindo as mãos úmidas pelo nervosismo, começou com calma a explicar o material dentro das pastas, fazendo questão de explicar item por item. Não queria erros na próxima busca. Haviam perdido dois elfos e isso tirava a credibilidade do departamento, queria a perfeição.

— Então você está nos culpando pelos elfos abatidos? — Uma garota levantou-se, exaltada.

Hermione massageou as têmporas e evitou o olhar do grupo.

— Nunca disse isso, apenas quero mais cuidado. — Explicou e manteve a voz sob controle. — Vocês foram para acabar com o trabalho escravo dos elfos, e dois deles morreram. Controlem suas varinhas, é só o que eu quero!

— Ora, você só serve para repassar os lugares onde devemos atacar. Duvido que faça melhor que qualquer um de nós!

Os aurores olhavam de Hermione para a garota, curiosos com o desfecho. Alguns riam baixinho, sabiam que a colega estava a ponto de perder a cabeça e outros buscavam qualquer sinal de raiva na estrategista.

— Sente-se! — Foi tudo o que Hermione disse, os dentes semicerrados.

A garota parecia satisfeita, havia irritado Hermione.

— Ou o quê? Vai me estuporar? — Gargalhou e capturou a varinha no coldre, fazendo-a dançar entre os dedos.

Hermione respirou fundo.

— Saía da minha sala, agora! — Elevou a voz alguns decibéis, o bastante para sobressaltar alguns aurores.

A garota ainda seguiu mais alguns minutos encarando-a com desprezo, desafiando-a. Virou-se com um sorriso triunfante, abriu a porta, mas antes de sair, apertou a madeira na mão e agitou a varinha na direção de Hermione. Mas não fora rápida o bastante. A estrategista empunhou a varinha como uma espada e com um grito rápido estuporou a garota para fora da sua sala.

Do outro lado da porta aurores correram para ver o que acontecia, e Hermione apenas sacudiu a varinha para fechar a porta da sua sala.

— Mais alguma colocação? — A sala manteve-se em silêncio. — Ótimo.

Seguiu a reunião como se nada tivesse acontecido, e no fim recebeu elogios de alguns Aurores que não aguentavam mais as provocações da bruxa durante as missões. Estava finalmente recebendo o devido respeito e conquistara alguns admiradores.

— Aquilo foi demais! — A bruxa baixinha que estava escondida entre dois grandes homens comentou excitada.

Depois daquela reunião, jogou-se na cadeira giratória e deixou seu corpo relaxar por um minuto. Esteve tensa durante muito tempo, e riu sozinha quando percebeu o alivio que estuporar aquela bruxa havia lhe causado, precisava apenas extravasar.

Na hora do almoço correu para a sala dos amigos, os quais já lhe esperavam com a comida em caixinhas térmicas. Rony parecia ansioso para comer, já segurava sua caixinha e tentou manter o lacre já aberto colado ao papel e Harry lhe entregou o almoço.

— Macarrão com legumes e molho branco. — Sorriu. — Seu preferido!

Hermione agradeceu e sentou-se perto do ruivo, somente para provoca-lo em relação ao tamanho da caixinha que era o dobro da sua. Durante as garfadas reparou que Harry lançava olhares para Rony, como se pedisse para calar a boca, mas parecia curioso.

— Qual é o problema?

Rony riu.

— Por que estuporou aquela garota?

— Ela atrapalhou a minha reunião e tentou me atacar. Fui um pouco mais rápida! — Deu de ombros, como se realmente não fosse nada.

— Um pouco? A garota derrubou três escrivaninhas e levou um auror com ela!

Harry começou a rir e Hermione o acompanhou, eu poucos minutos, os três riam como nunca, e pareceram esquecer que haviam ficado longe uns dos outros por sete anos. Nada mudara como Hermione pensara, eles estariam sempre juntos, unidos.

Até o fim.


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Notas finais do capítulo

Demorei um pouquinho, mas espero que gostem. O que estão achando?? Momento com Harry e Rony :3



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