POV Will

De começo achei estranho decisão repentina de Christina. Mas, depois de pensar um pouco, acabei por chegar na conclusão de que Tasha estava por detrás da decisão dela. Ela sempre estava aprontando alguma.

Procurei Tasha e a achei do lado do garota que ajudou ela na suposta traição de Christina. Quando estava avançando para perto dela, com o objectivo de descobrir o que ela tinha feita, começou o ataque dos Eruditos e dos Sem Facção. O que me surpreendeu, pois eu não fazia ideia que os Sem Facção tinham armas.

Quando a situação acalmou um pouco - depois que os Eruditos foram embora, restando os Sem Facção -, peguei Tasha pelo braço e fui até uma sala. Fechei a porta e falei:

Will: O que você disse a Christina para fazer ela terminar comigo? - Perguntei, sem largar seu braço.

Tasha: Eu não faço a menor ideia do que você está falando. E dá para largar meu braço, ta doendo. - Pediu e eu larguei seu braço.

Will: Para de mentir. Que outra razão ela teria para terminar comigo? - Tasha parecia estar se lembrando de algo.

Tasha: Quando foi isso? Quando ela termino com você?

Will: Faz poucas horas. Por quê?

Tasha: Ela deve ter escutado... - Disse baixo. Tão baixo que quse não dava para ouvir.

Will: Escutou o quê?

Ela parecia feliz pelo meu termino com Christina, mas assustada por algo que eu não fazia ideia do que se tratava. O que Christina terá escutado de tão grave que fez ela terminar comigo? Tasha parecia pensar se devia dizer algo ou se ficava só entre ela e ela mesma. Mas por fim, ela acabou por dizer tudo.

Tasha: Ela escutou minha conversa com Robert. Nessa conversa eu dizia que tinha descoberto estar gravida. E o pai de meu filho é você. - Eu fiquei imóvel. Então era isso que assustava Tasha? Pois, isso também me assustava a mim. - Já sei que você não vai querer ficar comigo ou assumir o meu filho pela sua reacção com Christina. Eu entendo.

Will: Eu vou assumir meu filho. - Disse. Do quê ela estava falando? Era óbvio que eu assumiria meu filho.

Tasha: Sério? - Ela estava surpresa. Não sei o por quê. Afinal, eu nunca deixaria de assumir um filho meu. Nunca deixaria ela criar ela sozinha sendo que eu estava por perto. Eu não era esse tipo de pessoa.

Will: Claro que é sério.

Tasha: E o seu namoro com Christina?

Will: Você esteve tentando destruir meu namoro. Por quê está se preocupando com ele, agora?

Tasha: Não faço ideia. Talvez eu esteja ficando louca. Vou indo.

Disse, saindo da sala. Assim que ela ultrapassou a porta, começo a disparar balas para a esquerda. O ataque ainda não tinha terminado. A única diferença é que agora eu já não estava combatendo contra os Eruditos e sim contra os Sem Facção.

POV Evelyn

Eu não queria mentir a Tobias. Queria lhe dizer a verdade. Mas a situação não o permitia. Afinal, eu não podia lhe dizer que estava tentando capturar a garota que ele amava para o obrigar se juntara nós - os Sem Facção - no meu plano. Eu tinha que mentir ou eu perderia meu filho de novo.

Ele parecia ter acreditado na historia que eu tinha acabado de inventar, mas seu rosto ainda tinha uma expressão séria, como se estivesse a pensar em fazer alguma pergunta importante ou difícil.

Evelyn: Tá tudo bem?

Tobias: Por quê você nunca me contou que eu tinha um irmão? Por quê você nunca me disse que o tinha entregado a outra família de outra facção?

Evelyn: Do quê você está falando?

Tobias: Eu estou falando de Eric. - Estremeci. Como ele sabia sobre Eric? Quem tinha contado tudo a ele?

Evelyn: Seu pai nunca aceit... - Ele me interrompeu.

Tobias: Eu já sei de tudo o que aconteceu à dezoito anos atrás. Eu quero saber por quê você não me contou nada? Eu tinha o direito de saber.

Evelyn: Eu sei e lamento nunca ter dito nada. Mas seu pai me proibiu que eu falasse sequer o nome de Eric, se eu não cumprisse com isso... Bem, você sabe. - Era verdade. Marcus tinha me feito fazer essa promessa e se eu a quebrasse... seria o pior para mim e para meu filho, Tobias.

Tobias: Como é que eu sei que isso é verdade?

Evelyn: Você já sabe de tudo. Qual seria a vantagem de mentir para você? - Ele pareceu concordar que eu estava dizendo a verdade.

Eu tinha de achar um jeito de o tirar daqui. Quando os Sem Facção que foram enviados a Audácia chegassem aqui com Tris Prior, provavelmente desacordada, Tobias perceberia que eu menti e eu perderia ele e sua ajuda. O que não era nada vantajoso.

Evelyn: Acho melhor você voltar para a sede da Audácia. Eles vão dar por sua falta e nunca se sabe o que vão pensar. Podem pensar que você fugiu ao tal combate e isso te tornaria um... - Ele me interrompeu, novamente.

Tobias: Cobarde... Você tem razão. Eu preciso voltar. Mas, antes tire todos os Sem Facção de lá.

Evelyn: Eu não posso. Não a nada que eu possa fazer para me comunicar com eles. Lamento. - Menti, de novo.

Ele foi embora, sem se despedir de mim. Mas eu não liguei. Era normal. Pois, ele passou doze anos sem falar comigo. Deve lhe fazer confusão ao me ter aqui perto de novo.

POV Christina

Eu estava muito assustada com a possibilidade de minha melhor amiga morrer. Mas Caleb... Caleb estava desesperado demais. Eu estava tentando acalma-lo, mas era difícil.

Christina: Caleb, olha para mim. - Foi o que ele fez. - Vamos encontrar Tris e vamos voltar com ela viva. Essa não foi a ultima vez que você viu ela, tá bom.

Caleb: Eu só vou me acalmar quando ela estiver aqui. Comigo. De novo.

Christina: Eu vou chamar Eric. Ele é o namorado dela e o um dos lideres dos Audaciosos. Ele vai saber o que fazer.

Ele não disse nada e eu me afastei. Desde o fim da iniciação que eu e Tris não tínhamos parado para falar, mas isso não queria dizer que ela tinha deixado de ser minha melhor amiga. Nunca deixaria.

POV Peter

Voltei à sede da Audácia e vi, de longe, um grupo de Eruditos chegando. Entrei rapidamente na sede, e corri até o alarme mais próximo, que era um pouco longe. Chegando lá, acionei o mesmo.

Vi Audaciosos correndo para todos os lados em busca de armas, enquanto outros corriam para combater os Eruditos. Depois, vi um enorme grupo de Sem Facção com armas, atirando nos Audaciosos.

Peter: Preciso encontrar a Careta. - Pensei.

Corri, atirando em alguns dos invasores, em busca dela. Eu não deixaria que nada acontecesse com Tris. Nunca! Foi quando finalmente a encontrei. Ela estava com um Erudito, enquanto Christina se afastava. O Erudito estava desesperado, provavelmente por pensar que morreria - e eu não sabia se isso aconteceria.

Peter: Pensei que te tinha acontecido alguma coisa. Ainda bem que você está bem. - Disse a Tris, a beijado de seguida.

Foi um beijo diferente dos outros. A diferença foi que eu não senti nada com esse beijo. Mentira. Senti sim. Senti algo quebrar com uma força violeta na minha cabeça me fazendo ficar inconsciente.

POV Tris

Eu levava choques. Segundo os Eruditos que se encontravam na sala à minha frente, eles faziam com que eu sentisse menos dor quando começassem os testes.

Jeanine, que tinha saído da sala, voltou a entrar e, dessa vez, trazia um revolver com sigo.

Tris: Vai ter coragem de me matar?

Jeanine: Não vou matar você. Isso vai servir para começar o teste.

Tris: Por quê você está fazendo isso com sua filha?

Ela me olhou, surpreendida. Ela não sabia que eu sabia que era sua filha. Ela não sabia que eu tinha escutado a conversa entre ela e meu pai. Mas ela sabia que eu era sua filha, e estava disposta a me torturar para obter mais tecnologias e mais conhecimento.

Jeanine: Levam-a para a minha sala. - Disse. Alguns de seus seguranças vieram até mim e amarraram uma corda em meus pulsos, para me impossibilitar de atacar alguém. Me levaram por corredores brancos, até uma sala, também branca, porém com alguns moveis azuis. - Como você sabe sobre isso?

Tris: Eu ouvi uma conversa entre você e meu pai, nessa mesma sala. Por quê vocês nunca me contaram?

Jeanine: Eu queria ter você como uma criança normal, mas eu também queria que você fosse diferentes de todas as outras, até mesmo de todas as crianças divergentes. Decidi que você salvaria o futuro dessa cidade e a única maneira de fazer isso, era submeter você a varias testes e experimentos. Todos eles tinham a possibilidade de fazer você morrer, mas era um risco que eu estava disposta a correr. Seu pai, que era casado com Natalie, tirou você de mim e nunca me deixou dizer a verdade.

Ela não queria que eu fosse diferente. Ela queria que ela fosse diferente. Ela queria o titulo de mãe da garota que se sacrificou e se submeteu a vários testes para o bem dessa cidade. Por um momento esqueci toda a magoa que tinha sobre meu pai e a mãe que eu sempre tive.

Tris: E Savannah? Ela é minha irmã?

Jeanine: Conheceu Savvanah? Bom, quando você nasceu, eu sabia que fariam algo para tirar você de mim. Então peguei em alguns cabelos seus e fiz uma espécie de clone seu. Esse clone é Savannah. Mas a esse clone, eu ajuntei poderes mentais que poderiam ser a meu favor. Mas ela se descontrolou e quis ser independente. Por isso prendi ela numa cela, de um jeito que ela não conseguiria usar seus poderes contra ninguém. E assim, faria os estes nela, jà que você não estava comigo. Mas agora você está aqui.

Tris: Você vai me matar?

Jeanine: Só se os testes me obrigarem a fazer-lo. Me perdoe, meu bem. - Disse me tocando no rosto.

Ela ordenou que me levassem de volta a câmara. Era a ora dos testes.

POV Savannah

Depois que aquele garoto me beijou, pensando que eu era Beatrice, ou Tris, alguns dos tais Sem Facção chegaram. Eles me prenderam e a Caleb também já que estava comigo. Me levaram até a sede deles e antes que eu pudesse ver seu líder, nos colocar numa cela.

De volta a minha vida em uma cela. Talvez esse seja meu verdadeiro destino.

POV Peter

Acordei e vi que Christina, Quatro, Eric e Tori estavam se aproximando. Minha cabeça doía pelo impacto. Os quatro pareciam preocupados.

Peter: O que se passa?

Tori: Tris foi levado pelos Eruditos.

Peter: Como assim? Ela estava aqui.

Christina: Quem você viu foi Savannah, não Tris. - Ante que eu pudesse lhe fazer qualquer tipo de pergunta, ela falou antes. - É uma longa historia.

Eric: Qual é o plano?

Tobias: Invadir a sede e recuperar Tris.

Tori: Vamos precisar de mais Audaciosos para isso.

Ficamos discutindo um plano, mas não chegávamos a um acordo, e provavelmente isso demoraria.

Peter: Espero que minha Careta se aguente. - Pensei.

POV Tris

Ali estava ela. Minha verdadeira mãe estava na minha frente, com um revolver na mão, apontado para mim. Ela atirou em duas zonas diferente: no braço e na perna.

A dor era imensa. Eu via uma grande quantidade de sangue esocrrendo pelas duas zonas. Eu sentia lágrimas nos olhos, mas não podia chorar. Eu tinha de ser forte.

Tinha de ser corajosa.