O Outro Lado Da Historia escrita por LittleGirl


Capítulo 16
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Novo capitulo. Espero que gostem.



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POV Tobias

Primeiro minha mãe que finge que morre e agora ele. Quem mais o fez? Como Al estava vivo? Eu vi seu corpo sem vida assim como Tris e todos os outros também viram. Como ele conseguiu sobreviver à queda daquele abismo? Era impossível sobreviver aquela queda.

Tobias: Como você está vivo?

Al: No dia das visitas, eu saí do Complexo para apanhar um pouco de ar. Alguns minutos depois de andar pela cidade, encontrei ela. - Apontou para minha mãe. - Expliquei a ela que eu não estava aguentando a iniciação. Ela me ajudou a forjar minha morte e eu vim para aqui.

Tobias: Por quê? Se você não conseguisse completar a iniciação, você se tornaria um sem facção do mesmo jeito. Por quê você forjou sua morte?

Al: Meus pais sempre quiseram que eu fosse para a Audácia. Eles ficariam muito desapontados comigo se eu falhasse. E se eu não estivesse vivo, eu não fracassaria.

Fazia sentido, mas o ataque que Tris sofreu terá sido parte desse plano?

Minha mãe me falou que forjou sua morte porque Marcus lhe batia – apesar que eu já sabia disso –, que já não aguentava mais. Então ela foi embora, me deixando para trás por pensar que, talvez, Marcus fosse um bom pai para mim. O que não aconteceu.

Tobias: Mas por quê você só me procurou agora? Passados doze anos.

Evelyn: Eu comecei a procurar você faz um ano te procurei, mas nunca te achei. Assim que eu soube que você estava entre os Audaciosos, eu dei um jeito de chegar a você.

Tobias: E qual foi a razão para você decidir me procurar?

Evelyn: Eu estou farta desse sistema de facções, assim como todos os sem facção. Eu tenho um plano para acabar com esse sistema e gostaria que você me ajudasse.

Tobias: Por quê eu te ajudaria?

Evelyn: Eu sou sua mãe.

Tobias: Não. Não é. Uma mãe de verdade não abandona deixa o filho nas mãos de um monstro. Um monstro que me batia alegando ser para meu bem. Que me trancava dentro de um minúsculo armário quando eu fazia algo que o irritava.

Evelyn: Eu sei. Mas eu preciso de sua ajuda. Por favor?

Tobias: Eu vou pensar no assunto. Mas é muito provável que eu recuse.

Me levantei e saí da Sede. Aquelo era uma ideia de doidos. Nunca daria certo. Eu não sabia se poderia ajudar ela… Nem sabia se o queria fazer. Afinal, ela me abandonou com aquele homem e isso é uma coisa que eu não consigo esquecer por mais que o tente fazer.

POV Eric

Procurava Tris por todo o lado para lhe falar da missão. Perguntei a uma garota e ela me disse que tinha ido até o salão de tatuagens. Será que faria outra?

Fui até lá e ouvi uma parte da conversa entre ela e Tori.

Tori: Só tome cuidado para não perceberem quem você é de verdade, senão podes acabar morta como o meu irmão.

Tris: Vou tomar cuidado sim, fique tranquila que por enquanto ninguém sabe que sou Divergente!

Eric: Como? - Falei, surpreso.

Por isso ela tinha sido então rápida nas fases emocionais e mentais da iniciação. A regra era clara: Divergente morrem.

Tris: Me deixa explicar.

Eric: Explicar o quê? Você mesma disse: Você é Divergente.

Tris: Por favor, não fala nada disso a ninguém. Mantém isso m segredo.

Eric: Por quê eu faria isso?

Tris: Porque eu estou ajudando com o seu.

Seria uma troca justa. Eu guardava o segredo dela e ela guardava o meu. Eu ainda tinha que convencer ela a participar da missão, mas ninguém podia ouvir. Então, olhei em volta e vi que Tori tinha desaparecido, essa era uma boa altura.

Eric: Você vem comigo e com Max numa missão, e eu guardo seu segredo. Que tal?

Tris: Que missão é essa?

Eric: Temos de salvar uma garota. Ela está presa nas celas subterrâneas da Erudição.

Tris: Por quê ela está lá?

Eric: Você já ouvi falar de Savannah? - Ela negou. - Ela tem alguns poderes mentais e a Erudição está interessada nisso. Tão interessada que prenderam ela. - Fiz o que Max me falou e não mencionei nada sobre o nosso plano de a utilizarmos.

Ela concordou em participar da missão. Era obvio que ela aceitaria, afinal ela queria que eu guardasse seu segredo. Quem diria, hein? Tris, uma divergente. Nunca tinha nem sequer suspeitado de tal coisa.

POV Peter

Eu estava triste por Tris ter ido embora de meu apartamento, mas eu a entendia. Eu tentei matar ela. Me lembro perfeitamente de a ter pendurado ela sob o abismo, segundos depois, Quatro chegou para salvar ela. Era normal que ela ainda não confiasse em mim.

No entanto, eu também estava muito feliz por ter beijado ela e depois ela me ter beijado. Aqueles foram os melhores minutos de toda a minha vida… e eu tinha que lhe dizer.

Estava procurando por ela, até que senti alguém puxar meu braço. Me virei para ver quem era e me beijaram de surpresa. Eu queria que fosse ela. A mulher de minha vida. Mas não era. Como eu sabia? Eu sabia porque eu não senti nada com aquele beijo. Cortei o beijo e vi a pessoa que me beijou.

Peter: Tá louca, Molly?

Molly: Vai dizer que não gostou? - Disse, com um sorriso no rosto.

Peter: Não. - Disse, fazendo ela desfazer seu sorriso. - O que você estava pensando?

Molly: O que aquela vadia tem que eu não tenho?

Peter: Tem atenção em como você trata ela. Vadia é você, que fica correndo atrás de quem não quer você. Vai arranjar o que fazer e me deixa em paz.

Vi nela um cara furiosa e fui embora.

Molly: Ela vai me pagar muito caro. - Disse num sussurro.

Provavelmente ela pensa que eu não escutei, mas eu o fiz. Eu sabia que ela não estava brincando, pois ela já tinha ameaçado se vingar de Tris e acabou por cumprir o prometido – de um jeito amador, mas cumpriu sim. Eu tinha de proteger Tris. Nunca deixaria que nada lhe aconteça, muito menos o que eu vi em meu sonho.

POV Savannah

Depois que a noite caiu, eu vi a porta de minha cela se abrir e, logo depois, um Erudito entrou nela. Ele tinha olhos verdes e um cabelo castanho. Era lindo.

Savannah: Quem é você?

XxX: Meu nome é Caleb. Me disseram para vir aqui falar com você.

Savannah: Eu não vou me juntar a vocês.

Caleb: Pensa bem. O que você tem a perder? Você vai sair por aï. Vai poder finalmente ver o sol, essa cidade, sair daqui. E a única coisa que você vai fazer por isso é só colaborar com Jeanine.

Savannah: Ela quer me usar para atacar pessoas inocentes e eu não vou colaborar com isso.

Caleb: Por quê você acha que queremos atacar pessoas? Alguém falou isso para você?

Savannah: Vocês me prenderam aqui desde que eu nasci. Como posso eu não pensar que vocês vão atacar pessoas?

Caleb: Não somos maus como você pensa. - Disse, sério. - Amanhã eu volto para falar com você. Adeus, Savannah.

Será que era verdade? Talvez eles não fossem tão maus como eu sempre idealizei. Talvez eu tenha sempre pensado que todos os Eruditos eram iguais a Jeanine. Talvez eles não atacariam ninguém. Mas não passava disso. Tudo não passava de um simples “talvez”. Eu não tinha a certeza de nada.

POV Peter

Depois daquele incidente de Molly, fiquei procurando um emprego. Falei com Max e ele acabou por me dar o emprego de treinador dos iniciados. A seguir da liderança, era esse emprego que eu queria.

Quando a noite caiu, decidi ir voltar para o meu apartamento. Passei perto do fosso e vi Eric, Max e Tris se caminhando até a porta.

Peter: Onde eles vão? - Perguntei a mim mesmo.

Segui-los. Eles entraram no trem e eu o fiz também, mas com o máximo de cautela para que não me vissem. Quando percebi que eles estavam se preparando para saltar, eu saltei antes, pra não correr o risco de perceberem minha presença. Depois que cheguei ao chão, olhei para o edifício que estava na minha frente: a Sede da Erudição.

Peter: O que eles estão querendo aqui? - Sussurrei para mim mesmo.

POV Tris

Entramos na Sede da Erudição, e no deparamos com cinco corredores diferentes. Nenhum de nós sabia em que corredor dava acesso as celas, então, decidimos nos separar. Eric foi pelo corredor mais na minha esquerda, Max pelo corredor que estava na nossa frente e eu fui pelo que estava mais na minha direta.

Enquanto andava, ouvi algumas vozes. Olhei para a direita e vi que era a sala de Jeanine. Uma das vozes falou mais alto, mas sem chegar a gritar e eu reconheci a voz.

Tris: Pai? O que ele está fazendo aqui?- Sussurrei. Era voz de meu pai.

Me aproximei da porta, para ouvir melhor a conversa entre os dois?

Jeanine: Você pode tentar fazer tudo o que você quiser, mas eu não vou desistir.

Andrew: O que você quer dela? Fazer aqueles experimentos que você queria fazer?

Jeanine: Isso não te diz respeito.

Andrew: Sim diz. Sabe por quê? Porque ela é a minha filha. - Eles estavam a fala de mim? Por quê?

Jeanine: Beatrice é nossa filha.

Senti meu mundo cair. Como assim eu era filha de Jeanine e não da mãe que eu sempre tive. Como eles esconderam isso de mim esse tempo todo?

Jeanine: Eu faço tudo para me aproximar dela, mas você nunca quiseram. Você não faz ideia do quanto foi difícil para mim ver ela a chegar a cerimonia de escolha e dizer que ela é vossa filha. Quer dizer, não foi difícil dizer que ela é sua, mas ela não é nada de Natalie. Como você acha que ela sentir quando descobrir tudo?

Destruída. Era assim que eu me sentia. Eu me sentia destruída. Quebrada. Sem chão. Sentia meu rosto exarcado. Foi quando eu percebi que estava chorando.

Dei meia volta e sai da Erudição, sem falar com Eric ou Max. Nenhum deles sabia que eu estava indo embora e isso podia fracassar a missão. Mas quem quer saber? Eu não queria saber.

Voltei para a Audácia. Não conseguia parar de pensar no que eles disseram. Eu estava mais que abalada. Minhas lágrimas não cessavam. Olhei para a direita e vi o abismo. Me aproximei e fiquei encarando o fundo. Será que isso acabaria com a dor que eu estava sentido? Com todos os meus problemas? Talvez…

POV Molly

Eu ainda chorava pelo que Peter me disse. Ela me chamou de vadia. Ele estava verdadeiramente apaixonado por aquela garota.

Estava no refeitório, até que achei que estava começando a se tornar ridículo chorar na frente de todo o mundo. Saí de lá e fui andando aí. Percebi que uma garota loira estava na minha frente, mas precisamente de costas para mim. Olhei para ela e vi que era a careta. Ela tinha lágrimas escorrendo pelos olhos, que encaravam o fundo do abismo.

Aquele era o momento perfeito! Era ali, naquele momento, eu conseguiria me livrar dela. Era só empurrar ela e Peter era apenas meu.

Era agora ou nunca.


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Notas finais do capítulo

Será que Molly vai empurrar Tris? Tris finalmente descobriu tudo.
Espero que tenham gostado.
Até amanhã.
Beijos.



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