Já estava escuro quando o trem parou na estação, eu estava no automático, pois nem dei atenção para as provocações sem cabimento da Weasley, quando ela pareceu perceber parou de se atracar com o Harry.

— Preparada para a seleção das casas? — uma voz perguntou me tirando dos meus pensamentos e me fazendo pular de susto.

— Harry você me assustou — falei e observei o moreno ao meu lado rir.

— Desculpa — pediu sorrindo.

— Tudo bem.

— Hey, por que a Mione olha tanto o Malfoy? — Harry perguntou apontando para a castanha que analisava o Draco.

— Não sei — falei e pude ver a castanha fazer uma careta quando a Pansy abraçou o loiro — Talvez ela goste dele.

— O Rony pira se soube disso — Harry falou e eu sorri marota.

— Eu adoraria ver isso.

— O que isso quer dizer? — ele perguntou curioso.

— Que eu apoio Dramione — falei.

Minha atenção foi tomada pela aparição do castelo de Hogwarts, um belo castelo…

— Perfeito não? — Harry perguntou também olhando o castelo.

— Maravilhoso — respondi.

A carruagem parou e logo todos saíram me deixando por último – puto preconceito – Harry estendeu a mão para me ajudar a desce, aceitei a mão sorrindo e olhei para Gina que me encarava raivosa, logo virei meu rosto para Harry e sorri.

— Lily — Pansy falou me abraçando assim que me viu.

— Oi loira — sorri — Não te vi a viajem toda.

— Estava na cabine da Sonserina com os garotos — ela respondeu apontando para os três garotos atrás de si.

— Minha segunda loira preferida — Blás falou me esmagando em um abraço de urso.

— Quem é a primeira? — Draco perguntou confuso.

A Pansy também é loira …

— Você sabe que é você minha loira — Blás respondeu indo abraça o loiro que se escondeu atrás da Mione.

— Sai pra lá — Draco falou fazendo a gente ri.

— Quando a Granger te larga não venha atrás de mim — Blás falou fazendo drama, rimos.

Theo apenas me deu um estalado beijo na testa e logo seguimos caminho para o que eles chamam de salão principal.

Nas férias – ou o que restou dela – eu havia me tornado bastante amiga dos três sonserinos – como a Mione adora chamá-los – os meninos e a Pansy estavam torcendo para que eu fosse para Sonserina, já Harry e a Mione, apostaram na Grifinória.

O tão falado salão principal, era tão bonito quanto as partes do castelo que eu havia visto até agora, o salão era dividido em quatro mesas, com símbolos e cores diferentes. A mesa a minha direita era vermelha e dourado, seu símbolo era um leão rugindo, Grifinoria, deduzi. Ao lado estava a mesa azul e branco com o símbolo de um pássaro que parecia mais uma águia, Corvinal. Ao seu lado estava uma mesa com as cores amarelo e preto e um texugo como símbolo, Lufa-Lufa. A última mesa deduzi como a Sonserina, não somente pela cor verde e prata mas pelo símbolo de uma cobra, Draco havia me falado que os sonserinos têm como característica a esperteza para saber a hora certa de dar o bote.

O teto, não existia – ou era enfeitiçado para não existi – pois eu podia ver as estrelas no céu de la.

— É enfeitiçado para aparecer o céu a noite — Hermione falou possivelmente vendo minha expressão espantada.

Havia apenas mais uma mesa que era em cima de um palco onde deduzi ser a mesa dos professores.

— Está noite estamos recebendo alunos corajosos e fiéis que lutaram pelas suas crenças e valores, hoje recebemos heróis — palmas e gritos de aprovações foram ouvidos — Hoje faremos novamente a seleção das casas, pois, muitos de vocês mudaram durante esses tempos obscuros ao qual fomos obrigados a viver. Agradecemos a todos por terem lutado ao lado de Hogwarts e sentimos muito pelas perdas que obtivemos pelo caminho, porém, nenhuma batalha pode ser ganha sem perdas. Em homenagem a eles, o Ministério nos presenteou com uma estátua com o nome de todos os magníficos heróis falecidos — palmas foram ouvidas — Que comece a re-seleção.

Um homem de aparentemente 27 anos apareceu segurando um banco com um velho chapéu, o mesmo começou a chamar nomes, muito deles desconhecidos por mim.

— Granger, Hermione.

Hermione subiu até o pequeno palco e se sentou no banco, logo o chapéu foi posto em sua cabeça, depois de uns minutos e várias expressões da Mione chapéu gritou…

— Sonserina — o salão se tornou um completo silêncio.

A Mione retirou o chapéu assustada e entregou ao homem que a olhava também assustado, a diretora limpou a garganta em uma breve afirmação para continuar.

— Granger, Lilith

Caminhei até o banco e me sentei, senti quando o chapéu foi posto em minha cabeça.

“Uma Burkhardt” - o chapéu falou animado.

— Burkhardt? — perguntei confusa, o carinha ao meu lado pareceu ouvi pois começou a me analisar.

“Sim, sim… Uma legitima Burkhardt, quanto tempo desde que tive a honra de selecionar um, mas vamos ao que interessa” - o que esse chapéu está falando? — “Sua mente é peculiar minha jovem, vejo gelo e fogo em um eterno conflito, vejo também a inteligência de um Jean, Corvinal?… Não, não. Sua casa é a …”

— Sonserina

Me levantei e segui até a mesa verde e prata me sentando ao lado da Mione.

Burkhardt… Buckhardt… Da onde eu conheço esse nome?

— Lily você está bem? — Mione perguntou.

— Sim — respondi — Olha é a vez do Draco.

Observei o loiro se sentar e antes mesmo que o chapéu tocasse a sua cabeça ele gritou sonserina, fazendo o loiro estampar um sorriso radiante que fez uma garota próxima a mim suspirar, o loiro caminhou até nossa mesa e se jogou ao lado esquerdo da Mione.

— Bem vindas — Draco falou sorrindo — A casa dos comensais — debochou olhando a Mione.

— Idiota — ela falou fazendo o loiro rir.

— Que você ama, Sweet — ele murmurou no ouvido dela e vi a mesma estremecer e conter um sorriso.

— Cala a boca que é a vez do Harry — ela falou tentando esconder seu rosto corado, fazendo o loiro estampar um enorme sorriso.

— Sonserina — o chapéu gritou e nossa mesa estremeceu em gritos e palmas.

— Essa mesa tá muito frequentada por Grifinorios — Draco falou assim que o Harry se sentou a nossa frente.

— Reprima seus desejos por mim Draquinho, eu tenho namorada — Harry falou fazendo a gente rir.

— Você está mesmo me comparando aquela ruiva sem sal? — Draco perguntou colocando a mão no peito, figindo indignação — É por isso que agora eu só quero a Mione.

Olhamos um para o outro e rimos.

— É estranho — Mione falou quando conseguiu parar de rir.

— O que é estranho, Sweet? — Draco perguntou a olhando intensamente.

— Pare de me chamar assim — ela falou emburrada.

— Não — falou sorrindo de lado em uma bela mensagem de “me obrigue” estampado.

— O que é estranho Mione? — Harry perguntou prevendo uma briga.

— Estamos conversando como se fossemos amigos a anos — ela respondeu sorrindo.

— Eu concordo com ela — Pansy falou fazendo a gente notá-la ao lado do Harry.

— Todos concordamos — Blas falou chamando nossa atenção — Agora casal 20 a diretora quer fala.

Ouvi Mione bufa e Draco rir, me virei para a diretora.

— Sejam bem-vindos novamente a Hogwarts — começou — Ouvi mudança em nosso conselho estudantil este ano, temos como novos professores, Vitor Krum como professor de voo — ouvi palmas animadas e gritos, todos femininos.

— Krum está de volta que decepção — Draco falou e logo recebeu um tapa da Mione, o mesmo fechou ainda mais a cara.

— Temo também como professor de Defesa contra artes das trevas, Oliver Burkhardt — o moreno da seleção sorriu — Os outros professores já são de seus conhecimentos. Tenham um belo jantar.

— Ela falou Burkhardt? — perguntei.

— Sim — Pansy respondeu.

— Por que? — Theo perguntou.

Não respondi, estava ocupada encarando o moreno a mesa dos professores que ao me ver o olhando levantou sua taça em um brinde mudo.