Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 9
Dúvida de conseguir


Notas iniciais do capítulo

Conseguui postar mais um. Êêêhh! Espero que gostem *---*

P.S.: Agora é oficial, só postarei (infelizmente) depois do dia 29. Até lá, lindos! ;*



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Como nos enfrentaríamos em breve, não treinei mais com Neji. E não quis mais falar com ele também, ainda estava com raiva dele! Continuei treinando o Jutsu do clã do meu pai e estava aos poucos conseguindo, mas tinha apenas um mês.

– Argh... – Resmunguei, não consegui fazer direito.

Tentei de novo, mas só serviu para gastar chakra. Ajoelhei no chão, cansada.

“Quer ajuda?”, o lobo perguntou.

– Cala a boca! Vou fazer isso sozinha! – Exclamei.

“Run... Veremos.”, ele disse maliciosamente.

Franzi a testa, receosa. Ouvi um barulho logo atrás de mim e me virei assustada. Gaara apareceu no meio das árvores. Engoli a seco e tentei me levantar, mas caí ajoelhada torcendo a expressão.

– Bakayarô... – Ele disse – Fica esgotando o chakra e quando precisa lutar não tem.

O olhei com medo. Ele fez aquilo com Lee, o que faria comigo?! Recuei, me arrastando. Ele bufou.

– Pára com isso. Não vou lutar com você. – Ele disse se aproximando.

Agachou a minha frente esticando a mão até meu rosto.

– Matte! – Exclamei apertando os olhos.

Ele recuou a mão, me fitando. Meus olhos estavam marejados.

– Sai de perto de mim... Eu vi... O que você fez com o Lee! Você tentou matar ele! – Exclamava – O que você quer comigo?!

Ele olhava nos meus olhos, fitando principalmente meu tapa-olho.

– Você é como eu. – Ele disse calmamente com aquela voz estranha.

– Nani... – Deixei o ar escapar.

Ele bufou e levantou.

– Como assim? – Perguntei.

Ele não respondeu, apenas se virou e começou a andar. Levantei quase caindo e agarrei em sua roupa.

– Como assim?! – Exclamei.

Gaara virou o rosto em minha direção, me fuzilando. O larguei, arregalando os olhos e gelei vendo aqueles olhos me encarando. Engoli a seco.

– O que pensa que está fazendo? – Alguém disse calmamente.

Olhamos para a direção da voz. Neji estava parado, próximo a uma árvore e franzia a testa em direção a Gaara. Senti aquela tensão e me apavorei. Vi a areia saindo do jarro dele e arregalei os olhos. Neji franziu mais a testa, pronto para ficar em posição. Exclamei e corri até ele, ficando na sua frente e olhando para Gaara.

– Parem! – Exclamava com os braços abertos – Vocês não vão lutar um com o outro agora! Parem com isso!

Neji me olhava de costas, surpreso e Gaara franziu a testa, bufando.

– Rá... – Ele disse a Neji – Você não é do meu interesse por enquanto.

Arregalei os olhos, receosa. Gaara passou por nós e foi embora. Eu respirava nervosamente, tentando recuperar o fôlego. Virei para Neji e o encarei.

– Baka! – Exclamei o empurrando.

Ele não entendeu, bufou.

– Eu te salvo e é assim que você me agradece?!

– Não pedi sua ajuda, podia muito bem lutar com ele! – Menti.

– Run! Sem chakra nenhum?!

– Pára de me espionar, bakayarô!

– Não estava te espionado! Está escrito na sua testa! – Ele exclamou e me deu um peteleco na testa.

Bufei, pondo as mãos na testa.

– Baka! Baka! Baka! Baka! – Exclamei dando socos leves nele.

Ele segurou meus pulsos, me encarando. O encarava com a testa franzida, mas ele não parava de me olhar. Comecei a corar.

– Hum! Pára com isso! – Exclamei, me soltando.

– Run, – Ele bufou – não estou fazendo nada.

Virei o rosto, ainda corada. Ele se virou e saiu andando.

– Tenta equilibrar o chakra, baka. – Ele disse sério.

Franzi a testa com raiva. Ele foi embora.

– Baka! – Exclamei.

...

Duas semanas depois, eu finalmente consegui! Depois de várias tentativas para ainda aperfeiçoar e fazer o Jutsu perfeitamente, eu consegui! O conselho de Neji serviu para algo. Respirava ofegante, ajoelhada na beira do rio. Minha boca estava com alguns machucados por tentar tanto o Jutsu. Fiquei um pouco mais forte, aguentava fazer aqueles dois Jutsus e mais o Juukenhou, Hakke Rokujuuyon Shou. Comecei a pensar, se eu tivesse uma boa estratégia conseguiria usar esses três e talvez vencer. Não tinha certeza, Kentaro não usou nenhum tipo de Jutsu, apenas um chicote feito de um material estranho que parecia ter machucado bastante o garoto com quem ele lutou. Não tinha nada em mente, me perguntava se era capaz de vencer já que ele viu meu trunfo naquele momento. Bem, agora esse Jutsu não é meu único trunfo. Espero...

Tentei levantar, mas gemi pela fraqueza e caí ajoelhada. Ahh, gastei todo meu chakra de novo, baaaka! Respirava mais ofegante e tonta. Tentei levantar mais uma vez, mas fiquei ainda mais tonta e minha visão embaçou. Caí para trás, alguém correu e me apoiou, mas eu já estava desacordada.

Quando acordei vi o teto do meu quarto. Levantei gemendo, meu corpo doía. Quando sentei na cama uma toalha caiu da minha cabeça.

– Hum? – Peguei e analisei.

– Você ficou com febre.

Virei o rosto e vi Neji escorado no batente da porta com os braços cruzados. Franzi a testa e percebi que estava sem o tapa-olho.

– O que está fazendo aqui?

– Você desmaiou e eu te trouxe pra casa.

– Pára de ficar me espionando. – Cruzei os braços emburrada – Eu sei me virar.

– Como se virou na floresta da morte? – Ele disse irritado.

O olhei, envergonhada. Pus as mãos no colo e abaixei a cabeça.

– Vai embora. – Disse quase inaudível.

– Por que está com raiva de mim? – Ele perguntou calmamente.

Não respondi.

– Ne, nande?

– Você sabe por quê! – Exclamei o fitando.

Ele suspirou.

– Hinata-sama.

– Hai. – Abaixei a cabeça – Nande...

– Isso é assunto meu.

Rangi os dentes e levantei irritada.

– Também é assunto meu! Eu também sou da família principal!

Ele fechou os olhos, suspirando calmamente.

– Não tem nada a ver com você.

– Nande?! – Exclamei.

Me aproximei dele e apertei sua blusa, o sacudindo.

– Nande?! Nande?! – Exclamava ficando com os olhos marejados – Só porque eles não me querem lá?! Então o seu ódio é menor em relação a mim?! – Eu o sacudia.

Ele apenas me olhava. Parei aos poucos, começando a chorar. Encostei a cabeça em seu peito, me tremendo pelo choro.

– Onegai... Nande? – Perguntei com a voz embargada.

– Quando a gente lutar... Você lutaria a sério comigo? Pra me ferir? – Ele perguntou desviando o olhar.

Balancei a cabeça lentamente, negando. Nem pensaria duas vezes, preferia desistir e tentar no próximo ano.

– Hum. – Ele disse – Aí está minha resposta.

Levantei a cabeça e o olhei com os olhos marejados. Ele me olhou por um momento e foi em direção à porta.

– Não gaste tanto chakra no treino.

O olhei surpreso, ele passou pela porta e foi embora.

...

Mudei de local para treinar, depois do que houve quis me afastar um pouco de Neji. Não entendia porque ele fazia tudo aquilo, mas sabia que se fosse o que eu pensava, eu não era boa o bastante pra ele. Nunca seria...

Treinava os golpes e Jutsus perto de uma cachoeira. Enquanto os fazia escutei algo. Olhei em dúvida para a direção e me escondi atrás de um arbusto para ver o que era. Abri um sorriso surpreso, Naruto treinava ali também! Passei pelos arbustos e vi um homem vendo seu treinamento. Era alto e mesmo estando sentado havia como ver, o cabelo branco e espetado, amarrado em rabo de cavalo e tinha linhas vermelhas que corriam de seus olhos.

– Hum? Naru, Naru! – Naruto exclamou balançando o braço.

O homem me fitou em dúvida, principalmente pelo meu tapa-olho. Novidade...

– Hum, Naruto. – Disse percebendo o que ele fazia – Treinando?

– Hai, hai! – Ele se aproximou correndo – Técnica de Invocação!

– Hum? – Levantei levemente as sobrancelhas, sem entender.

– Ero-Sennin está me ensinando esse Jutsu!

– Ero...? hum?

– “Ero-Sennin” uma ova! – O homem exclamou irritado com os braços cruzados – Eu sou o Sennin dos Sapos, Jiraiya!

Ero-Sennin, ele fica espionando as mulheres. – Naruto fez cara de tédio.

Me afastei um pouco, pasma. Me lembrei.

– Hum! Que Jutsu é esse? – Perguntei curiosa.

– Soka! – Jiraiya exclamou – É um contrato com animais, Naruto está tentando invocá-lo.

– Con...trato?

– Hai. – Ele balançou a cabeça – Ele usa o próprio sangue e pode chamá-lo na hora que quiser. É como uma técnica temporal-espacial.

– Hum... Soka. – Entendi.

– Ne, ne! Naru! – Naruto exclamou perto de mim, me assustando – Eu pus meu nome e minhas digitais naquele pergaminho, agora estou tentando invocar um. Mas... – Ele ria sem graça e frustrado – Só está aparecendo girinos.

Deixei uma risada escapar.

– Baka, baka!

Ele bufou, mas deu um sorriso largo de repente.

– Ne, ne. Você também pode fazer isso! – Ele exclamou animado – É só...

– Oe, Naruto. – Jiraiya o chamou, levantando a mão – Esse tipo de técnica é para certos tipos de pessoas...

– Ano... – Disse – Arigatou, mas... Acho que passo de qualquer jeito. – Sorri envergonhada – Já estou bem de animais.

Jiraiya levantou uma das sobrancelhas sem entender.

Naruto voltou a treinar. Eu fiquei sentada abraçando levemente os joelhos, próxima ao Ero-Sennin. Assistia Naruto treinar e deixava uma risada escapar às vezes quando ele invocava um girino. Quando ri de novo, tampando a boca para ele não ver, Jiraiya me fitou.

– Etto... “Naru”, certo?

O fitei e sorri levemente.

– Hai, Ero-Sennin.

Ele fez cara de tédio, pasmo. Se recompôs, respirando fundo e voltou ao que pretendia.

– O que quis dizer com “Já estou bem de animais”?

Desfiz o sorriso e virei o rosto, com o olhar baixo.

– Hum, nada demais.

– Consegue invocar algum animal? Fez o contrato? – Ele perguntava, imaginando ser isso.

– Não.

– HAHA, HAHA! – Naruto gritou do nada, comemorando.

O olhamos, surpresos. Mas ficamos pasmos ao ver o mesmo girino.

– BAKA! – Jiraiya exclamou – Ainda é um girino!

– Esse tem pernas!

– BAKA, BAKA! – Ele exclamava – É pra ser um sapo! SAPO!

Naruto continuou e Jiraiya se acalmou, cruzando os braços. Eu deixei mais uma risada escapar.

– Nee, ele vai conseguir. – Disse, olhando para Naruto.

– Hum? – Ele me fitou.

– Hum. – Suspirei – Naruto é insistente, nunca desiste. Eu sei que ele vai conseguir.

Jiraiya me analisava, desconfiado. Olhou para Naruto.

– Eu sei disso. – Ele suspirou – Ne, por que vocês são amigos?

– Porque... Somos iguais. – Eu disse.

– Hum... – Ele pensava, desconfiado.

Levantei e acenei para Naruto.

– Ne, Naruto! Ja ne, tenho que treinar!

Hai, hai! – Ele exclamou de longe.

Me despedi do Ero-Sennin também e fui para outro lugar. Na verdade eu não estava bem de animais, eu estava farta de um deles especificamente. Aquele lobo dentro já era o suficiente. Não queria saber invocar esse tipo de coisa!

...

Soube que Naruto exagerou no treino e parou no hospital. As partidas principais começariam no dia seguinte, eu fui visitá-lo e comprei uma flor na loja da família da Ino para o Lee, ele ainda estava internado. Ino me contou que ele não estava bem, eu fiquei cabisbaixa. Lee se esforçou tanto e aquilo aconteceu com ele.

Cheguei no hospital e não havia ninguém, olhei para os lados confusa e assinei meu nome na prancheta das visitas. Andei pelos corredores e fui para o quarto do Naruto, mas ele não estava.

– Etto... Hum. – Suspirei.

Fui em direção ao quarto do Lee. Olhava para a flor, esperava que ele ficasse bem. Com aquela luta ele não poderia mais ser um ninja. Virei à esquina do corredor, ainda mais cabisbaixa. Quando me aproximei da porta do quarto onde Lee estava, Gaara saiu dele com a mão na cabeça, parecendo sentir dor.

– Hum, Gaara...?

Ele me olhou e arregalou os olhos com raiva. Me atacou com a areia, me jogando contra a parede e me segurando. A flor caiu no chão. O impacto foi tão forte entre a areia e a parede, que exclamei quase gritando. Ele me segurava com a areia, estava com um sorriso assustador.

– Ne, me deixe sentir. – Ele disse aterrorizante.

Exclamei assustada arregalando os olhos. A areia tomou uma forma pontiaguda e atingiu meu ombro esquerdo, perfurando-o e o fazendo sangrar.

– AHH! Yamete!* – Gritei de dor me mexendo, mas a areia me segurava.

Gaara sorria sadicamente me vendo sofrer por causa da dor, mas aos poucos seu sorriso desapareceu ainda me assistindo sofrer.

– Oe, eu já disse que a luta é amanhã! – Gai-sensei surgiu de dentro do quarto – Largue ela!

Logo atrás dele, Naruto e Shikamaru vieram correndo e arregalaram os olhos ao nos ver. Ele o olhou, franzindo a testa e me soltou. Caí sentada, apertando meu ombro e gemendo ofegante pela dor, me tremia torcendo a expressão. Gaara me olhou de novo, engolindo a seco. Gai-sensei o encarava, ele apenas voltou a andar e foi embora. Virei o rosto em sua direção ainda torcendo a expressão.

– Naru! – Naruto correu até mim e se agachou – Daijoubu?! – Ele perguntou nervoso, tremia.

– Hai... – Gaguejei – Nani...

– Ele... É como a gente. – Naruto cochichou gaguejando.

Arregalei os olhos. “Você é como eu.”, ele disse naquela vez. Como... Como ele sabia?! Abaixei o olhar, nervosa.

– Naruto, ajude-a a se levantar. – Gai-sensei disse – Vou chamar o médico.

Ele assentiu e me ajudou. Olhei para Shikamaru, ele estava assustado. Comecei a ficar mais nervosa e meus olhos marejaram.

– Ne, o que ele estava fazendo no quarto do Lee? – Perguntei com a voz embargada.

Ele me olhou.

– Esse cara é louco, Naru. Queria matar o Lee por prazer. Ele é realmente perigoso.

Shikamaru estava com medo de verdade. O que houve ali dentro?! Arregalei os olhos, tremendo. Apertei os olhos, engolindo a seco.

– Naru, fique longe dele. – Naruto disse.

O olhei assustada.

– Ne, se vocês forem lutar, desista. – Ele disse.

Abaixei o olhar. Fechei os olhos e assenti com a cabeça. Um dos médicos veio correndo e me ajudou. Levei dois pontos no ombro e ele fez um curativo. Gai-sensei me fitava, franzindo a testa enquanto pensava. Acho que sabia o mesmo que eu: eu morreria se lutasse com Gaara.

...

No dia seguinte, o machucado ainda não havia sarado. Claro... Me perguntei se conseguiria lutar daquele jeito, mas, sinceramente, não tinha escolha. Precisava lutar do jeito que estava!

Estávamos enfileirados com o juiz logo a nossa frente. A abertura já começara, mas Sasuke e Naruto ainda não haviam chegado. “Oe, Naruto. Onde você está?”, pensava preocupada. Abaixei o olhar, ele estava treinando tanto. Não podia desistir na última hora! Argh, aquele bakayarô!

– AAHHHH!!!!!

Olhamos para trás e eu arregalei os olhos, pasma. Naruto chegou voando pelo portão da entrada e caiu, arrastando o corpo. Shikamaru o ajudou a se levantar, mas ele começou a exclamar desesperado.

– Corram! Um monte de touros está vindo pra cá!

– Hã? Fala sério. – Shikamaru disse com cara de tédio.

– É sério! Um montão deles!

De repente ele parou e nos viu, perguntando onde Sasuke estava. Shikamaru disse que o cara do som também não estava ali. O juiz chamou a atenção deles para se ajeitarem e se apresentarem ao público. Hum..., era muita gente nos assistindo.

– Vocês são a atração do evento. – O juiz disse.

Suspirei nervosa vendo toda aquela gente. Olhei para Kentaro de relance, ele deu um meio sorriso malicioso pra mim. Virei o rosto, franzindo a testa. Queria acabar com ele!

Yoshi!* Agora é tudo ou nada!”, exclamei mentalmente.


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Notas finais do capítulo

*Yamete = Pare! / Pare com isso!
*Yoshi = Lá vou eu / Tudo bem então

Gostaram? *---*



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