Uivos ao luar escrita por Lailla
Notas iniciais do capítulo
Esse é um capítulo mesclado. É sobre Naru e Neji e sobre Mai e Lee. E pra quem está ansioso, o próximo capítulo vai finalmente rolar o casamento da Naru e do Neji! s2s2s2s2s2
Mai abria os olhos lentamente, piscando-os e despertando. Viu um teto claro e se sentou aos poucos, vendo que estava em um quarto de hospital. Estávamos ali com ela, que não compreendera o que acontecera. Me fitou e eu sorri, indo até ela e sentando ao seu lado na cama e de costas para os outros.
– Naru... O que houve? – Ela perguntou quase inaudível.
– Você gastou muito chakra. Salvou todos nós. – Disse – Bem... Mais ou menos. – Sorri, me lembrando que o tigre foi atrás dela.
Ela abaixou o olhar ainda sem entender e os arregalou, me fitando.
– E o...? Uhm... – Fitou Lee e se calou.
– Está tudo bem. – Sussurrei – Mas... É melhor você conversar com ele.
Vi seus olhos marejarem e ela desviar o olhar, assentindo envergonhada com a cabeça. Eu levantei e fitei os outros para sairmos. Sakura abaixou o olhar e apenas Lee ficou no quarto. Mai não conseguia olhar para ele e ele se aproximou.
– Você está bem? – Perguntou.
Ela assentiu com a cabeça sem olhá-lo.
– Por que não me contou antes?
Ela não respondeu, estava envergonhada.
– Mai, por que não me contou que vai ter um bebê?
Ela o olhou e ele viu seus olhos marejaram.
– Eu... Tive medo. – Ela disse – Você é tão gentil... Com certeza me acharia vulgar.
Ele arregalou os olhos.
– Nande?
– Porque não sou casada. – Ela abaixou o olhar – Ele morreu... Mas nós não éramos casados.
– Ele iria cuidar da criança? De você?
– Hum. – Ela assentiu com a cabeça.
– Então pare de falar besteiras.
Ela o olhou, surpresa.
– Mesmo que ele não se comprometesse significaria que ele ia abandonar vocês e isso não é sua culpa. – Ele disse calmamente.
– Mas... Você não sabe o que houve. – Ela disse envergonhada.
– Então me conte. – Ele disse calmo – Já foi uma surpresa você criar aqueles cristais e descobrirmos que está grávida. O que tem mais?
– O pai... – Ela disse envergonhada – Foi quem... Sequestrou Naru.
Lee a olhava e arregalou os olhos. Mai abaixou o olhar e ele se sentou a sua frente, pegando em seu queixo e fazendo-a olhá-lo novamente. Pediu a ela que contasse tudo para que ele entendesse. Ela o fez e contou sobre Eiji e ela. Lee acalmava o olhar e o abaixou ao saber como era o pai da criança em relação ao que houve comigo e principalmente em relação a ela.
– Gomen...
– Nande? – Ele a fitou.
Ela não sabia por que.
– Aconteceu. – Ele disse – Não é sua culpa, você o amava.
Ela estava com o olhar baixo e o manteve assim.
– Você... Me odeia?
– N-Não! – Ele disse indignado – Eu gos... E-Eu... Gosto de você. – Ele disse, corando. – Por que eu faria isso?
– Porque o bebê não vai ter pai.
– Ele vai ter! – Ele disse indignado – Ele vai ter quando você...!
Ela o olhou, mas ele não continuou.
– Nani?
– Quando... Você se casar ele vai ter um pai.
– Todos falam de mim. Quem vai se casar com uma mãe solteira? – Ela disse envergonhada.
– Eu...! – Ele exclamou, mas se interrompeu.
Mai corou, o olhando.
– N-Nani?
– Mai-san é gentil, doce... O que houve não significa nada, apenas aconteceu. – Ele dizia sem olhá-la – E se você quiser, eu... E-Eu fico com você.
Ela arregalou os olhos, surpresa.
– Mai-san, eu vou cuidar de você e do bebê. – Ele a olhou, envergonhado.
– Lee... – Ela disse surpresa – N-Nande?
– Eu já disse. – Ele corou – Eu... Gosto de você.
Ela corou.
– E-Eu gosto de você desde quando te vi na floricultura. – Ele disse – Desde que te vi pela primeira vez.
Mai acalmou os olhar e seus olhos marejaram. Ela fechou os olhos, se encolhendo e começando a chorar.
– Uhm... Mai? – Lee disse sem entender – N-Nani?
– Arigatou, Lee... – Ela disse, esfregando os olhos.
– Eh? – Ele a olhava surpreso.
– Eu gosto de você... – Ela disse ainda esfregando os olhos e o olhou – Você é tão gentil comigo... Pensei que se soubesse você me acharia vulgar e não iria querer mais me ver. Mas... Você está sendo ainda mais gentil... – Ela tampou o rosto, chorando mais.
– E-Eh...! – Ele arregalou os olhos, nervoso – M-Mai...
– Não precisa ficar comigo por causa disso. – Ela disse – Não precisa...
– Oe, Mai...
Ele se aproximou, pegando nas mãos dela e as tirando da frente de seu rosto, que estava molhado pelas lágrimas. Ela o olhava, querendo chorar mais e ele se aproximou gentilmente, encostando os lábios nos dela e a beijando. Mai corou e lentamente começou a fechar os olhos. Com isso, ela não fazia mais ideia do que aconteceria.
...
Eu estava fazendo compras para o jantar daquele dia e voltava para casa com uma sacola na mão. Dias se passaram depois do ataque e nossos amigos não criticaram Mai, o que me deixou bastante feliz. Ino ficou animada com a gravidez e agora tentava ficar mais na floricultura, ajudando Mai com as flores e fazendo companhia a ela. Agora que todos sabiam, ela ia ao hospital sem se preocupar para fazer as consultas e quem a atendia para deixá-la menos desconfortável era Sakura. Provavelmente ela estava com Sakura agora pelo que me disse de manhã. Eu olhava para cima, vendo o céu e sorri feliz já que em menos de um ano eu me casaria com Neji.
– Kon’nichiwa.
Olhei para minha esquerda e sorri ao ver Neji andando ao meu lado.
– Hum. – Disse, me segurando para não sorrir mais.
– Fez compras?
– Hai. Para o jantar.
– Hum. – Ele se voltou para frente, continuando a andar comigo – Quer vir comigo um instante?
– Eh? Pra que?
– Ver uma coisa. – Ele sorriu levemente.
– Hum, hai. – Disse mesmo sem entender.
Nós viramos a esquina e entramos em uma rua. Eu o acompanhava e percebi que estávamos indo para o Complexo Hyuuga. Talvez ele quisesse ficar comigo um pouco na casa dele, mas por que apenas não me disse? Nós entramos e andamos algumas ruas, parando em frente a uma casa de dois andares. Era bonita, tinha a cor clara e do padrão que normalmente eram feitas as casas dos Hyuuga.
– Etto... – Abri um sorriso leve, olhando para ele sem entender – O que estamos fazendo aqui?
– Achei que gostaria de ver sua futura casa. – Ele disse calmamente, começando a andar e passando pelo pequeno portão.
– Futura...? Eh? – Disse, o seguindo – Neji?
Entrei logo atrás dele e segurei na manga de sua blusa. Ele parou e me olhou com um sorriso leve e gentil, o que me fez corar levemente.
– Você...? – Gaguejei, olhando-o – Você comprou...?
– Hai. – Ele sorriu, percebendo que eu não conseguira terminar a frase – Esse fim de semana.
– Uhm... – Corei mais e pus a mão sobre a boca, sem acreditar – N-Neji...
– Uh? – Ele me olhou em dúvida e sorriu, achando graça – Onde achou que moraríamos?
– Uhm... Eu não havia pensando nisso ainda... – Confessei.
Ele deixou escapar uma risada, achando graça.
– Daijoubu. – Disse, mexendo no meu cabelo – Quer ver como ela é?
– Hai. – Sorri feliz e segurei em sua mão.
Ele sorriu levemente e começou a me mostrar a casa. No primeiro andar havia a sala, cozinha, banheiro e um cômodo com chão de madeira que poderia ser usado para treinos. Subimos as escadas e no segundo andar havia três quartos e um banheiro. No quarto maior, que seria para o casal, havia uma porta dupla e uma varanda que dava para ver a frente de casa. Eu corria o olhar vendo como o quarto era bonito e fitei Neji, que estava na porta. Abri um sorriso, o olhando.
– É linda.
Ele sorriu.
– Ainda está vazia, mas aos poucos vou conseguir comprar os móveis.
O olhei surpresa.
– Eu vou ajudar. – Sorri.
– Eh?
– Hai! – Disse animada, me aproximando – Você comprou a casa! – Disse, achando graça – Quero ajudar. – Sorri, tombando a cabeça levemente.
Ele me olhou surpreso e sorriu gentilmente, vindo até mim. Neji me beijou e depois me levou até em casa, me ajudando em seguida a guardar as compras. Faltava tão pouco para ficarmos juntos! Dez meses, apenas mais dez meses.
...
Mai e Lee estavam juntos e os meses se passavam aos poucos. A barriga dela começava a crescer cada vez mais e agora as pessoas realmente estavam começando a notar já que nem mais os vestidos conseguiam disfarçar o tamanho. Ela estava na floricultura e fazia um arranjo enquanto Ino atendia duas moças, que cochichavam às vezes enquanto fitavam Mai pelo canto do olho.
– São apenas... – Ino ia dizer, mas parou ao ver que não estavam prestando atenção – Desejam mais alguma coisa? – Ela perguntou já irritada.
– Uhm... Não. – Uma delas disse.
– Hai... – Ino desconfiou – Se quiserem aquele arranjo eu posso dizer o preço.
– Hum, não. – A outra disse – Apenas... Queremos saber se ela vai continuar aqui.
– Nande? – Ino perguntou já irritada.
– Daqui a alguns meses a criança vai nascer e nós não conseguimos alguém para cuidar sempre dos nossos filhos. – Ela disse – Eles podem se misturar com o filho dela e já que ele não tem um pai... Isso não é bom.
Mai parou aos poucos de fazer o arranjando, tentando disfarçar. Ela estava de costas para as outras e seus olhos marejavam, escutando o que as duas diziam sem nem ao menos tentar disfarçar os comentários. Ino apertava as folhas que segurava e as olhava, forçando um sorriso.
– Bem... – Ela disse – Mai é extremamente competente, então...
– Mas ela continuará aqui? Uma pessoa sem respeito próprio não pode trabalhar em um lugar de pessoas respeitáveis.
– Mai é respeitável. – Ino se irritou, mas manteve o tom de voz calmo – Ela trabalha duro, é gentil e atende todos bem. Por favor, vocês não sabem de nada.
As duas a olharam, surpresas.
– Tudo bem. – A outra disse – Nós gostamos daqui, somos realmente bem atendidas, mas... Muitas pessoas não pensam como nós. Seria bom para vocês cuidarem disso, se não haverá comentários.
Ino franziu a testa e as duas pagaram, indo embora. Olhou para Mai e viu que ela a fitava.
– Gomen nasai. – Disse – É minha culpa.
– Não se preocupe. – Ino disse – Elas são duas fofoqueiras que não sabem de nada sobre você. A maioria das pessoas é ignorante. Não deixe isso te afetar.
Mai a olhou, surpresa.
– A-Arigatou...
Ino deu um sorriso largo e voltou para o balcão.
– Então, ne? Vamos voltar a trabalhar?
– Hai.
Mai sorriu levemente, voltando a trabalhar. Percebeu que os amigos que conseguira são os melhores e que nunca a criticariam. As semanas se passavam rápido enquanto o relacionamento de Lee e Mai fluía. A barriga dela estava grande e crescendo mais. E com isso, a cada vez que eles saíam juntos, as pessoas olhavam para os dois de mãos dadas e começavam a cochichar sobre o fato de Lee não ser o pai do bebê de Mai. Numa noite, antes de nós duas dormimos, ela me contara que pensava em terminar o relacionamento deles.
– N-NANI?! – Exclamei sem entender – N-Nande?!
Ela me olhou assustada e acalmou o olhar.
– Lee está carregando um fardo que não é dele. – Abaixou o olhar – Isso não é justo.
– Já deu pra perceber que ele não liga pra isso, ele gosta de você. – Eu disse indignada – Pára com isso.
Quem eu tentava enganar? Há alguns meses eu estava dizendo que não era boa o suficiente para Neji. Acho que a compreendo perfeitamente.
– Missões são mais fáceis... – Pensei alto.
– Eh?
– Nada! – Forcei um sorriso.
...
O final da gestação de Mai estava próximo e ela ainda insistia em trabalhar. Eu não a forçava a parar já que ela estava mal o suficiente em relação a Lee. Sempre que se encontravam, ela tentava conversar com ele sobre terminar o relacionamento por não achar correto ele ter que aguentar os comentários. E como ela nunca conseguia dizer nada, começou a ficar distante dele um pouco.
Mai estava ao lado do balcão, fazendo um arranjo de margaridas e Lee entrou na loja, se aproximando dela.
– Mai.
Ela se virou em dúvida e o viu.
– Kon’nichiwa.
– O que está acontecendo? – Lee foi direto.
– Eh?
– Não quer mais falar comigo?
– Uhm... Não é isso. – Ela disse sem jeito, virando o rosto.
– Não é sobre os comentários, ne? – Ele disse – Não me importo com isso, eu gosto de você.
Ela abaixou o olhar e isso confirmou o que ele pensava.
– Mai, eu tenho uma coisa pra você.
– Por favor... – Ela o olhou, envergonhada – Não quero que continuem falando coisas a seu respeito. Vai ficar tudo bem comigo.
– Não. – Ele disse calmamente – Quero casar com você.
– Eh? – Ela corou.
Lee tirou um colar do bolso e deu a ela. Mai o olhava, era um colar com um pingente de rosa branca.
– É lindo... – Seus olhos marejaram – Mas... Uhm...
Ela olhou para baixo, havia água em seus pés.
– Você estava regando as flores? – Lee perguntou nervoso.
– Não... – Ela disse assustada.
Lee arregalou os olhos, sabendo o que significava.
– E-Eh... Vamos rápido!
– H-Hai... – Ela disse apavorada.
Quando os dois chegaram ao hospital, médicos correram para ajudar Mai e a levaram para a sala de parto. Lee quis ir junto, porém como não era parente e nem marido de Mai, precisou ficar na sala de espera. Se passou uma hora até o bebê nascer, mas para Lee pareciam longas horas intermináveis.
– Argh...! – Mai rangia os dentes, fazendo força.
– Quase lá, Mai-san! – O médico dizia.
Ela cerrava os punhos e apertava os olhos, chorando e desejando que Eiji estivesse pelo menos naquele momento ao lado dela para ver o filho. Ela desejava, que mesmo agradecendo pelo filho, que aquilo tudo não tivesse acontecido. Que ela não tivesse se entregado ou que Eiji não tivesse aquela obsessão que o levou a sua morte. Mas ela também agradecia por Lee estar ao seu lado, por gostar dela, pelo seu bebê estar nascendo, pelos amigos que ganhou e por onde era seu lar agora.
Mai estava ofegante e sorria enquanto ouvia o choro. Estava cansada e via o médico trazer o bebê, que estava enrolado em uma manta. Ela sorriu ainda mais e o pegou.
– Mai-san... É uma menina.
Mai olhou para o médico e sorriu, emocionada.
– Uma menina... – Ela dizia, seus olhos marejaram.
– Qual será o nome?
– Hum... – Ela pensou e sorriu – “Emi”.
...
Quando soube da notícia, eu estava com Neji e corremos para o hospital. Chegamos no quarto onde Mai estava e a vimos segurando o bebê com Lee sentado na cama ao lado dela. Eu sorri largamente, animada e corri até ela. Neji sorriu e andou calmamente.
– E é... O que? – Perguntei animada.
– Essa é a Emi. – Mai sorriu.
– Sugoii! – Exclamei emocionada – É linda!
– É mesmo. – Neji a fitava enquanto Emi dormia nos braços de Mai.
Nós ficamos com os dois até o tempo da visita terminar e fomos embora. Na verdade eu fitei Neji e apenas com o olhar ele compreendeu: deveríamos deixar os dois sozinhos. Neji e eu fomos para minha casa e eu preparei o jantar para nós dois. Como sempre ele elogiava minha comida e eu corava. E como sempre, o que estava virando mania, ficávamos no meu quarto nos beijando até eu corar por completo e parar por causa da vergonha. Neji me beijava e ficávamos ofegantes, mas eu ainda tinha aquele medo sobre o que aconteceria na noite de núpcias. Ele me respeitava e eu não tinha receio algum sobre isso acontecer antes do casamento, mas eu teria que encarar o fato de que dormiríamos juntos depois de casar. Isso me assustava um pouco.
Quando saíamos do quarto, Lee fitou Mai, que olhava gentilmente para Emi.
– Ela é linda. – Ele disse, fitando os curtos cabelos roxos de Emi.
Mai o fitou e o viu sorrir.
– Lee...
– Você não me respondeu. – Ele disse.
– Eh?
– Na loja. Minha pergunta.
Mai corou.
– Lee, eu...
– Eu quero ficar com você. – Ele disse – Mai-san, eu amo você.
Ela arregalou os olhos, corando levemente.
– Eu vou cuidar de você, vou tratá-la da melhor forma possível, posso cuidar de Emi e ser um pai para ela, mas... Apenas se você aceitar.
Ela estava boquiaberta, não saía uma palavra. Lee a olhava, esperando pela resposta e viu seus olhos marejarem.
– Mai? – Ele disse surpreso.
– E-Eu... Também quero ficar com você.
Lee deixou o ar escapar e sorriu, pondo o colar que segurava desde o momento da loja. Mai o olhou emocionada e ele a beijou, olhando-a em seguida.
– H-Hai! – Disse feliz.
Um novo pequeno membro acaba de chegar
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Como em alguns capítulos a fic já vai terminar (Buá :'( ), vou mostrar como a Emi vai ficar. Ela tem cabelos roxos e olhos azuis, mas vai ser tipo assim a aparência dela:
Ela com uns 13 anos: https://s-media-cache-ak0.pinimg.com/236x/66/58/67/6658675b7c67ed30ac22df0013bbf130.jpg
Ela com 16/17: http://img3.wikia.nocookie.net/__cb20130310142604/horadeaventura/es/images/1/1b/Blue_eyes_pink_hair_hyperdimension_neptunia_mk2_anime_girls_purple_heart_1200x1487_wallpaper_wallpaperswa.com_100.jpg