Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 43
O furacão verde de Konoha e a menina cristal




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Mai pareceu ter ficado estranha alguns dias depois. Percebi que ela estava perdendo a atenção facilmente enquanto fazia algo e me perguntava se era alguma coisa de errado com o bebê. Comecei a ficar preocupada uma vez que cheguei em casa e ela continuava a descascar uma cenoura que já estava mais do que descascada. Corri até ela e segurei sua mão quando vi que ela iria cortar o dedo.

– Mai! – Disse assustada – O que está acontecendo?

– Eh? – Ela me olhou atordoada.

– Mai... – Disse surpresa – O que está havendo com você?

Ela abaixou o olhar.

– Hum. – Sorriu levemente – Não é nada demais.

– Mentira.

– Não é não. – Ela disse docemente, sorrindo.

– É sim. Você está colocando a faca dentro da geladeira! – Apontei para ela.

– Eh... – Ela percebeu e abaixou o olhar, cabisbaixa – A... Minha barriga está crescendo a cada semana.

– E isso não é bom?

– Hai, mas... – Ela me fitou – Eu não sou casada e vim de fora. As pessoas não vão comentar?

Eu sabia! Claro que ela estava preocupada com isso.

– Mai... Qualquer coisa eu ajudo você. – Disse – Não posso evitar que os outros comentem, aconteceu o mesmo com a minha mãe, mas... Podemos ajudar você. A última missão eu fiz com a Ino e ela te elogiou bastante. – Sorri – Ninguém vai pensar mal de você.

Ela sorriu levemente, feliz.

– Arigatou. Mas não é exatamente disso que estou falando.

– Como assim? – Disse em dúvida.

– É... Anou... Errado gostar de alguém quando se está grávida de outro?

– Uhm... O que, hum... Faziam quando isso acontecia no seu clã? – Perguntei, querendo tempo para pensar.

– Tiravam o bebê da mãe quando nascia, o colocavam para a adoção e a expulsavam. – Ela disse simplesmente.

– E-Eh...

Isso não me ajudou muito a pensar.

– B-Bem... Você não tem que se preocupar com isso aqui. – Tentei achar graça no que eu disse.

Ela sorriu levemente.

– Mas... – Disse em dúvida – Você está gostando de alguém? Quem?

– Ele... Hum... – Ela corou – É do seu time. E... Não é Neji-san.

Apertei os olhos, processando e os arregalei. Não acreditei e deixei escapar uma risada, tampando minha boca em seguida.

– V-Você...! Você gosta do Lee?!

– Hai... Um pouco. – Ela disse envergonhada – Ele vem à floricultura toda semana e pede a mesma flor. Ele é gentil e me faz sorrir com aqueles sinais positivos. Quando ele não vem eu sinto falta dele. Ele sempre diz que estava em missão e me pede desculpas.

– Sinais posit...? Ah. – Fiz cara de tédio – Bem, ele é bem atencioso mesmo. – Sorri – Não acho que tenha problema de você gostar dele.

– Mas eu estou grávida de outra pessoa! – Ela disse, seus olhos marejaram – Eu... Ele vai me achar vulgar. – Ela abaixou o olhar.

– Baka, Mai. – Disse, franzindo levemente o cenho – Lee não é assim! Não sei o que ele diria exatamente se você contasse a ele, mas com certeza ele ficaria feliz por você gostar dele.

Ela corou, abaixando o olhar.

– Hum. – Assentiu.

Não sei por que, mas acho que ela não vai contar a ele.

...

Mai fazia um arranjo com rosas vermelhas e o terminava, amarrando um laço vermelho no vaso.

– Está lindo.

– Eh?! – Ela se assustou, derrubando o vaso.

Lee o pegou antes que caísse no chão.

– Uhm... Arigatou. – Ela disse – Demorei a fazer esse. – Sorriu, pegando o vaso e pondo-o no lugar.

– Ele é bem bonito. – Lee sorriu pondo a mão na nuca.

Ela sorriu sem jeito.

– Ne! – Ele disse.

Mai se assustou.

– Uhm... Hai...

– Anou... Mai-san... Você... Etto... Quer sair comigo?

– Eh? – Ela corou – N-Nande?

– Uhm... – Ele corou, engolindo a seco – É que... Eu queria passar um tempo com você.

– N-Nande? – Ela perguntava nervosa, corando cada vez mais – Você não me acha... Estranha?

– Estranha como?

Ela desviou o olhar.

– Não sou daqui.

– Uh? Mas agora você é. – Ele sorriu confiante – Não precisa se preocupar com isso.

Ela o olhou, surpresa e admirada.

– Uhm... – Ele corou ao vê-la o olhando daquele jeito e desviou o olhar – Então... Hum... Quer ir comigo?

– Ah! Hai! – Ela apertou os olhos, se encolhendo.

Lee ficou surpreso, mas sorriu admirado.

– Hum. – Assentiu contente – Você mora com Naru, certo?

– H-Hai.

– Ótimo. – Ele sorriu – Vamos jantar no Ichiraku ramen!

– Eh?

– Ah... Você nunca foi lá, ne... Hum, isso é bom. – Ele pensou.

– Nande?

– Porque a primeira vez vai ser comigo. – Ele sorriu feliz.

A expressão calma de Mai deu lugar a uma expressão cabisbaixa. Lee percebeu e ficou nervoso, corando.

– N-Não é isso que eu quis dizer, Mai-san. – Ele balançava as mãos – C-Claro que eu nunca faria. Nós vamos apenas sair juntos, ne?

– Hai. – Ela disse sem olhá-lo – Não é isso.

– Então...? Nani?

– Hum. – Ela balançou a cabeça, sorrindo – Daijoubu.

– Hum, que bom. – Ele sorriu aliviado – Nee, pode pegar um copo-de-leite e uma tulipa rosa?

– Hai.

Mai pegou as flores e as embrulhou, dando-as a Lee.

– Arigatou. – Ele disse contente – Até mais tarde.

– H-Hai. – Ela sorriu levemente.

Lee foi embora e Mai ficou cabisbaixa aos poucos. Pensava se deveria contar a ele ou não, mas ela sabia que uma hora ele descobriria, sua barriga estava crescendo aos poucos. À noite, eu preparava o jantar e Mai apareceu na porta da cozinha arrumada com um vestido florido e um casaco fino e lilás. Seu cabelo estava preso em um coque lateral e ela estava bem bonita.

– Não precisava se arrumar. – Sorri – Apenas Neji vai jantar conosco.

– G-Gomen. – Ela gaguejou – Mas... Eu vou jantar fora.

– Ah, tudo bem. – Sorri – Mas por que esta cara?

– Lee... – Ela corou – Me chamou pra sair.

Arregalei os olhos e me deu vontade de rir.

– Que... Bom. – Sorri.

– O que eu devo fazer numa ocasião dessas? – Ela perguntou nervosa.

– Eh...

Claro, ela morava num castelo e praticamente vivi em outro tempo.

– Bem... – Disse – Seja você mesma, aja normalmente. Vocês apenas vão comer juntos e talvez caminhar.

– Ah... – Ela disse surpresa – Hai. – Sorriu.

Minha campainha tocou e Mai deu um pequeno pulo pelo susto. Deixei uma risada escapar e fui abrir a porta. Neji e Lee chegaram juntos.

– Etto... – Neji me olhava.

– Mai vai sair com Lee. – Sorri alegre.

Ele olhou para Lee, compreendendo. Mai apareceu na porta e Lee a olhou, admirado. Eu peguei na mão de Neji e o puxei para dentro, dando “bom jantar” a eles e fechando a porta. Eu ria dentro de casa e Neji não compreendia.

– Nani? – Ele perguntou.

– Ela gosta dele e está com vergonha. – Eu ria.

– Ah... – Ele se aproximou e apoiou os braços na parede, me deixando entre eles e me fazendo parar de rir – Como você quando eu faço isso?

– Eh... – Corei – M-Mais ou menos...

Ele sorriu levemente e aproximou o rosto, me beijando. Nossos lábios se tocavam e eu corava mais. Enquanto Neji e eu atrasávamos nosso jantar, Lee e Mai caminhavam para o comércio da vila. Lee não a olhava, apenas andava voltado para frente e com uma das mãos para trás.

– A-Anou...

– Hai! – Ele disse nervoso, o que a fez se assustar.

– Etto... Como é lá? A comida.

– Ah... É muito boa. Todos vão lá e o dono é gentil. – Ele sorria.

– Hum. – Ela sorriu gentilmente.

Ele corou e parou de repente.

– M-Mai.

– Hai? – Ela o olhou, parando.

– Anou... – Ele tirou a mão de trás das costas e deu a ela uma tulipa rosa.

Mai corou, era a flor que ele comprara na loja mais cedo.

– A-Arigatou. – Ela disse, pegando-a.

Ele sorriu levemente, envergonhado. Os dois chegaram ao Ichiraku ramen e cumprimentaram o dono, começando a conversar enquanto ele preparava as tigelas. Lee às vezes olhava Mai, vendo seu sorriso e ficava admirado pela beleza dela. Quando Ichiraku pôs as duas tigelas em frente a eles, Mai começou a comer e parou, corando levemente.

– Mai? – Lee a olhou em dúvida.

– Está tudo bem, Mai-chan? – Ichiraku perguntou.

Ela o olhou, encantada.

– É... Delicioso.

Ichiraku ficou surpreso e sorriu feliz enquanto Lee sorriu, achando graça.

– Lee, a comida muito boa mesmo! – Ela disse animada com um sorriso admirado – Como você disse!

Ele parou de sorrir e corou, vendo-a animada.

– H-Hai. – Disse sem jeito, sorrindo levemente.

Ela voltou a comer e Lee ficava cada vez mais admirado por ela. Mai era doce, gentil, carinhosa, seu sorriso era encantador e Lee não parava de corar perto dela. Depois de comerem, caminhavam conversando e aos poucos se aproximavam de um parque.

– Nee. – Ela perguntou sem jeito, vendo a flor em sua mão – Por que você sempre usa essa roupa?

– Uhm... N-Nande? – Ele perguntou, vendo a roupa já ficando receoso.

– Hum, nada. – Ela sorriu – Parece combinar.

– Hum. – Ele desviou o olhar, sem jeito.

– E-Eh! – Ela disse, percebendo – N-Não fique chateado com o que eu disse, eu... Anou... Onde eu vivia, eu apenas usava Yukata, então... Etto...

Lee parou e a olhou, começando a rir. Mai o olhou em dúvida e corou.

– Arigatou! – Ele disse.

Mai o olhou surpresa e sorriu levemente, vendo de relance um parque para crianças. Lee percebeu seu olhar de dúvida e fitou o que ela olhava.

– O que é isso? – Ela perguntou.

– Um parque. – Ele disse – Você nunca viu um parque?

– Hum... Não.

– Vamos, então. – Ele sorriu largamente, pegando na mão de Mai e indo até o parque.

Mai corou e quando eles chegaram ela ficou admirada. Havia um par de gangorras, balanços, escorregador e animais grandes de brinquedos para crianças montarem e se balançarem. Mai olhava maravilhada para aquilo tudo e não sabia o nome de metade daquelas coisas. Ela sentou num dos balanços olhando para os lados e para cima sem saber o que deveria fazer.

– Anou... – Olhou para Lee.

– É um balanço. – Ele sorriu gentilmente, se aproximando – Empurra o chão com os pés, indo pra trás e solte-os.

Ela o fez, continuando a olhá-lo e começou a rir.

– É bem divertido. – Disse enquanto se balançava.

Lee sorriu e foi para trás dela, empurrando-a gentilmente. Mai corou por ele tocar suas costas, mas sorriu feliz.

– Não havia parques onde você morava? – Ele perguntou.

– Hum. – Ela balançou a cabeça – Eu morava dentro de uma montanha, não havia nada.

Lee a olhou surpreso, continuando a empurrá-la.

– Então... Com o que vocês brincavam?

– Hum... – Ela pensou – Havia bonecas e... Brincávamos de maquiagem às vezes.

Lee sorriu. Mai balançava e sorria, se divertindo. Depois de alguns momentos, Lee a levou de volta para casa e se despediam em frente à porta.

– A-Anou... Arigatou. – Ela sorria – Eu gostei muito.

– Hum, que bom. – Ele sorriu – E-Eu vou... Pra uma missão amanhã, então... Hum... Caso você não me veja.

– Hai. Arigatou. – Ela sorriu.

Lee foi embora e Mai entrou em casa. Eu estava na cozinha, lavando e guardando os pratos, e ouvi a porta ser fechada. Pus o prato na pia e corri, vendo Mai com uma flor na mão.

– Foi divertido? – Perguntou, sorrindo marota.

– Uhm... – Ela corou e sorriu envergonhada – Hai. Mas... Naru.

– Eh? – Parei de sorrir, vendo sua expressão.

– O que eu devo fazer?

– Como assim?

– Quando ele perceber que parece que eu estou com um travesseiro debaixo das roupas.

Tampei minha boca para não deixar escapar uma risada.

– Apenas converse com ele. – Eu disse gentilmente – Quando eu briguei com Neji, fui sequestrada. Então...

– Hai. – Ela disse – Vou... Tentar.

Eu sorri. Esperava que tudo desse certo entre os dois. Pela expressão de Lee, ele parece gostar mesmo dela. Não sei se a tristeza dele seria evitada já que nenhum garoto gostaria de saber que a garota que ele gosta está grávida de outro, mas... Não acho que Lee a abandonaria e nem a traria mal por isso.

...

Uma semana depois, eu estava com Neji e Mai estava trabalhando na floricultura. Ela sorria feliz, arrumando as flores em seus lugares. Seu cabelo estava meio preso e havia uma flor nele. Ela levantou, pondo a mão na barriga e sorriu, o bebê estava crescendo mais a cada dia e ela logo faria três meses. Como Mai era um pouco magra, sua barriga era levemente menor do que deveria ser, porém ela ficou feliz por isso já que estava usando uma saia até os joelhos e uma blusa de mangas curtas, o que seria uma roupa que poderia mostrar sua barriga em relação aos vestidos que disfarçavam mais.

Ela foi até o balcão e arrumava alguns papéis quando Lee entrou na loja.

– Kon’nichiwa.

Ela se virou e sorriu levemente. Ele sorriu ao ver uma tulipa rosa em seu cabelo.

– Kon’nichiwa. – Disse docemente – Como foi a missão?

– Ótima. – Ele sorriu – E você?

– Hum. – Ela assentiu sorrindo.

– Nee, depois do trabalho você quer passear? – Ele disse sem jeito.

Ela sorriu feliz e assentiu com a cabeça, porém a loja estremeceu e eles olharam para o lado de fora em dúvida. As pessoas começaram a correr e gritar do lado de fora e Lee foi até lá.

– O que está havendo? – Perguntou, parando uma mulher que fugia.

– É gigante! Está atacando a vila! – Ela exclamou e correu.

Ele olhou por cima dos prédios e ouvia a luta. Voltou até Mai e segurou em suas mãos.

– Fique aqui. – Ele disse – Vá apenas quando um jounin vier evacuar e levar todos para um lugar seguro.

– H-Hai. – Ela disse, vendo-o sair da loja e correr em direção à confusão.

Mai não compreendia ainda completamente como era o trabalho dos ninjas da vila, apenas sabia o que nós duas conversávamos em casa. Ela ficou atrás do balcão e não entendia o que estava havendo, apenas sabia que alguma coisa estava invadindo. O lugar estremeceu e Mai exclamou, caindo ajoelhada no chão assim como alguns vasos de cima das prateleiras.

– N-Nani...?

Ela olhou para a saída, as pessoas não passavam mais por ali. Mai levantou e foi até a porta, pondo a mão nela e vendo o lado de fora. Ela via a fumaça subir por cima dos prédios e arregalou os olhos, algo estava realmente acontecendo e ela ficou preocupada com Lee e os outros. Ela engoliu a seco e foi para a rua, andando em direção ao que estava havendo. “Eu... Posso fazer alguma coisa.”, ela pensava, “Eu posso ajudar!”.

Mai correu e foi para onde estava a origem da confusão, porém quando chegou arregalou os olhos. Ela viu um tigre de dez metros de altura com várias caudas onde nas pontas havia cabeças de cobras. Era gigantesco, se mexia destruindo os prédios e casas ao seu redor além de estar com vários jounins enrolados em suas caudas: Ino, Sakura, Neji, eu, Lee e outros. Mai arregalou os olhos e a sua frente apareceram três tigres de tamanho normal, porém da mesma aparência que o gigante. Eu tentava me defender com as mãos solares da cabeça de cobra da cauda que me prendia e tentava me soltar, mas estava tendo dificuldade. Rangia os dentes, me defendendo e vi uma pessoa ao longe enquanto era balançada no ar. Apertei os olhos e os arregalei, era Mai.

– BAKA! – Gritei.

Lee, que estava preso da mesma forma que eu, me fitou quando eu gritei e olhou para a direção que eu olhava, arregalando os olhos em seguida.

– Uhm...!

Os três tigres a frente de Mai a encaravam e ela estava paralisada. Eu me perguntava o que ela estava fazendo ali. Ela devia ter ido com os outros! Na esquina, vi um tigre correr em direção a ela com os seus dentes afiados à mostra e suas garras prontas para rasgar a pele dela.

– MAI! – Gritei.

Foi em apenas um segundo... Mai me olhou assustada e olhou para o lado, vendo o tigre correndo em sua direção. Ela arregalou os olhos, paralisada e eu não sei como... Ela deu um soco tão forte no tigre que uma quantidade de poeira se levantou ao seu redor e o tigre atingiu a parede de um prédio, quebrando-a e a atravessando. Eu arregalei os olhos, pasma e a cobra na cauda ia me morder, porém naquele momento a atingi com as mãos solares e arranquei sua cabeça. O tigre gigante rosnou alto e aquela cauda me soltou, me fazendo cair no telhado de um prédio. Aterrissei ofegante e vi Mai, que ofegava pelo golpe que dera e com o Byakugan eu vi sua mão protegida pelo cristal roxo. Claro...

Ouvi um soco alto e Lee caindo de pé ao meu lado. Ele viu Mai, que estava bem.

– Como ela...?

– De novo. – Exclamei – MAI! – Gritei.

Ela recuou um pouco e vi seu corpo cobrir-se pelo cristal que até aquele momento estava apenas em seu punho. Ela ficou brilhante e as miniaturas atacaram-na, porém ela encostou rapidamente o punho no chão e estacas proporcionais ao tamanho dos tigres surgiram, atravessando-os e os matando.

– S-Sugoii... – Lee disse, vendo aquilo.

– Hai... – Disse.

Vi uma cabeça de cobre cair e Neji aterrissar ao meu lado.

– Ela é realmente incrível.

– O que está havendo? – Perguntei.

– Um imitador do Orochimaru fez essa coisa. – Neji dizia – O pegaram e ele se matou, mas isso ficou aqui com os filhotes.

– Filhotes?

– Hai. – Ele disse tenso – E... Acho que a mãe não gostou de Mai tê-los matado.

Arregalei os olhos e fitei aquela coisa, que fuzilava Mai.

– E-Eh...! – Fitei Mai – CORRE! – Gritei.

Ela me olhou ofegante e depois fitou o tigre gigante, que mostrava os dentes afiados. “Uhm...! Droga!”, ela pensava, “N-Não era pra isso acontecer... Eu não posso lutar com isso. Mas...”. Ela começou a recuar, olhando fixamente o tigre e se virou, começando a correr. O tigre correu atrás dela, soltando os outros e destruindo tudo por onde passava.

– Aonde ela vai?! – Ino exclamou, aterrissando ao nosso lado – Como ela fez aquilo?!

– Ela foi para o lado da floresta... – Eu pensava.

– Ela quer tirá-lo da vila! – Lee exclamou, saltando para aquela direção.

– Vamos! – Neji exclamou.

Enquanto íamos atrás de Mai, ela corria em direção à floresta. Tentava ao máximo não ir por lugares que talvez houvesse pessoas e quando passou pela grade aquela coisa continuava a ir atrás dela. Ela se virava para ver se o tigre ainda a seguia e tentava correr mais rápido, mesmo que já estivesse ofegante demais. Naquele momento se passava que em sua mente que ela não pensou no bebê e agora se arrependia. Mai saltou e aterrissou numa árvore, dando impulso e saltando para mais longe. Quando já estavam longe da vila, ela parou e encarou o tigre quando chegaram num campo aberto. Aquilo parou e a encarou, rosnando. Ela franziu o cenho e cerrou os punhos, abaixando no chão até eles o tocarem. Seus olhos ficaram completamente roxos e cintilantes. O tigre correu para atacá-la, porém várias colunas espinhos feitas de cristal roxo surgiram, atacando o tigre e duas delas tentando prendê-lo. Em volta de Mai o chakra roxo começava a fluir e seu cabelo começava a flutuar levemente, desmontando o tamanho que era seu poder.

Chegamos onde ela estava e vimos aquilo. Eu arregalei os olhos, percebendo que ela era inacreditavelmente forte. Lee arregalou os olhos, percebendo que Mai era forte e que não conhecia esse lado dela. Os outros ficaram igualmente surpresos e apenas assistíamos aquelas colunas prenderem o tigre e o ferirem gravemente. Com as colunas sendo de espinhos, que já o machucavam, ela o segurou pelo pescoço, tronco e patas, pondo-o no chão. A fitei e vi seus olhos voltarem ao normal e a expressão séria de seu rosto dar lugar a uma expressão cansada.

Ela levantou e nos fitou como se tivesse sido pega no flagra. Vimos suas roupas levemente rasgadas com a possibilidade de ter sido por causa de ela ter corrido entre as árvores e arbustos. Eu ia abrir um sorriso quando ela sorriu para mim, mas sua expressão começou a se desfazer e ela a cair.

– Uhm...! – Corri e a segurei – Daijoubu?

Ela não respondeu. Estava em meus braços, desmaiada. Sakura correu em nossa direção e pôs a mão na barriga dela, analisando.

– Está tudo bem. – Sorriu pra mim.

Suspirei aliviada. Baka... Esqueceu que está grávida?

– Sakura-chan... – Lee se aproximou – Por que pôs a mão na barriga dela? – Ele perguntou em dúvida.

– Uhm... – Sakura o olhou e me fitou.

Eu a olhei com o olhar extremamente nervoso e ela compreendeu que ele não sabia.

– Precisamos levá-la para o hospital. – Sakura disse rapidamente – Ela gastou muito chakra.

Pegaram Mai no colo e corremos para o hospital. Droga... Agora ferrou!


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Notas finais do capítulo

Hehehehe



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