Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 42
Permissão finalmente




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Nós voltamos para a vila e todos ficaram surpresos com a roupa que eu cheguei. Fiz cara de tédio por causa daquela roupa ridícula e fomos ver Kakashi-sensei, que também me olhou surpreso. Ele fitou Mai, olhando-a em dúvida e fizemos o relatório para ele, que deixou claro que os quatro não fizeram o que ele mandou, mas que estava feliz por tudo ter dado certo. Além de dar as boas-vindas à nova moradora de Konoha. Mai o olhou, admirada e não parou mais de fazer reverências para Kakashi-sensei. Os outros a olharam surpresos, mas eu sorri. Sabia por que ela fazia essas coisas. Até as semanas seguintes ela ficava me chamando de “Naru-sama”, porém eu apenas ria.

Fomos para minha casa, que estava sendo terminada de ser reconstruída e eu consegui pegar algumas roupas que não foram totalmente perdidas. Neji nos hospedou na casa dele e eu finalmente troquei aquela roupa ridícula. Mai disse que enquanto estivesse lá iria ajudar em tudo e a mãe de Neji sorriu, dizendo que não precisava. Ela ficou sem jeito e assentiu, mesmo depois querendo ajudar em tudo. Eu apenas sorria, querendo rir e não me esquecia de quando chegamos no País do Fogo e Mai arregalou os olhos, admirada. Acho que ela nunca vira tantas árvores em sua vida, mas... Eu acho que ela nunca viu uma árvore que não fosse por imagens em livros.

Numa noite, quando íamos dormir, eu a via arrumar a cama no quarto que ficávamos. Via que sua barriga começava a aparecer por causa de sua blusa justa e também percebi que ela parecia desconfortável em usar um short.

– Mai.

– Hai. – Ela me olhou, sentando na cama.

– Você nunca usou outra coisa sem ser uma yukata? – Perguntei em dúvida.

– Apenas uma camisola longa. – Ela dizia com simplicidade – Estou me acostumando a usar shorts. – Sorriu – Nande?

Sorri.

– Hum, é estranho. Parece que seu clã ficou preso ao passado.

– Seria isso mesmo. – Ela confessou com um sorriso leve – Acho que era por causa da sua lenda.

– Ah... Entendo. – Abaixei o olhar – Você tinha alguma amiga lá? Sinto muito por terem morrido.

– Hum. – Ela balançou a cabeça – Eu tinha colegas de trabalho. A maioria não gostava de mim.

– Nande? – Perguntei em dúvida.

– Porque... – Ela corou – Eiji-sama me chamava para ir ao quarto dele.

– Ah. – Corei – Entendo. Mas... Eu tenho certeza de que ele gostava de você.

– Como assim? Ele tentou me matar. – Ela ficou cabisbaixa.

– É, mas... Ele chamava apenas você para dormir com ele, certo?

– Hai. Por isso elas ficavam com raiva. Queriam ser a que o faria se esquecer da sua lenda, mas... Eu não consegui, ne.

– Desde quando ele a chamava?

– Fomos criados juntos até meus pais morrerem numa das lutas e eu virar empregada, mas mesmo assim ele dizia que me queria por perto. Até que no meu aniversário de 15 anos ele disse que me daria um presente.

– Presente?

– Hai. Disse que me daria o presente no quarto dele quando anoitecesse.

Eu prestava atenção já imaginando o que teria sido.

– Eu fui como ele pediu. – Ela contava – Ele estava lendo, sentado na cama e me fitou, sorrindo. Levantou e pegou na minha mão, me levando até a cama e me pedindo pra sentar. Meu cabelo era curto na época e ele mexeu um pouco nas pontas. Eu corei, vendo-o tão perto e ele aproximou o rosto, me beijando. Mas eu pensei que ia ser só aquilo.

– Uhm... Não...?

– Não. – Ela corou – Ele continuou a me beijar e começou a desamarrar o laço da minha yukata. Lembro que a que eu estava usando era rosa porque ele disse que gostou dela. Eu gaguejei e ele me deitou na cama, dizendo que queria fazer aquilo comigo. Ele foi bem gentil, eu não senti tanta dor como diziam que era.

– Que bom... – Disse sem jeito – Mai, eu acho que ele gostava de você. Apenas... Preferiu o poder.

– É... – Ela abaixou o olhar – Mas... – Pôs a mão na barriga e sorriu pra mim – Vou fazer nosso filho conhecê-lo como eu o via: gentil e carinho.

Sorri feliz.

...

O que eu mais fiquei impressionada e admirada foi Sasuke ter ido com os outros me resgatar. Mas agora eu estava um pouco triste por ele ter que ir embora. Como sempre, ele iria viajar e nós estávamos em frente do portão de Konoha, nos despedindo dele. Mas acho que eu não era a mais triste ali já que Sakura o olhava como se ele nunca mais fosse voltar. Naruto estava se despedindo dele e com a cara de tédio que fez, acho que Sasuke disse algo para ele que com certeza eu riria. Na minha vez, eu corri e o abracei, o que o fez fazer cara de tédio.

– Arigatou! – Disse, apertando-o.

– Naru... – Ele perdia o ar.

– Gomen. – Ri e o soltei – Nee. – Comecei a cochichar – Seria ótimo se você demonstrasse algo pra Sakura dessa fez.

Ele fez cara de tédio com uma ponta de indignação.

– Hum...

– Ne? – Sorri – Vai.

– Tsc.

Eu voltei até onde Naruto estava e comecei a conversar com ele, rindo baixinho e perguntando a ele o que será que iria acontecer. Sakura se aproximou sem jeito de Sasuke, que nos fuzilou enquanto riamos. Arregalamos os olhos e recuamos lentamente até desaparecer da vista dele. Ele se voltou para Sakura, revirando os olhos. Naruto e eu estávamos escondidos, vendo tudo.

– Hum... – Sasuke pensava.

– Boa sorte. – Sakura sorriu – Você... Vai voltar quando?

– Não sei.

– Hum. – Ela abaixou o olhar.

Ele suspirou e deu um peteleco na testa de Sakura com seus dois dedos. Ela o olhou, corando levemente e sorriu feliz. Ele deu um meio sorriso, abaixando a mão.

– Vai me esperar?

– Hai. – Ela disse admirada.

– Que bom. – Ele disse, mexendo levemente na ponta de seu cabelo – Talvez depois do Naruto e da Naru, seja você. – Ele deu um meio sorriso.

– Eh? – Ela não entendeu.

Ele se virou ainda com seu meio sorriso e foi embora pela estrada. Sakura o olhava se distanciar cada vez mais e pensava, ainda em dúvida sobre o que ele dissera. Ela o olhou novamente e arregalou os olhos aos poucos, corando.

– S-Sasuke...? – Abriu um sorriso, corando levemente.

...

Quando minha casa finalmente terminou de ser reconstruída, Mai e eu fomos morar nela e Neji ainda tentava convencer o conselho Hyuuga de nós dois finalmente nos casarmos. Como eu havia desaparecido mais de uma semana e havia se passado esses dias depois que voltamos, o conselho remarcou conosco para eu falar sobre minha decisão em relação a pôr o selo ou não. Neji e eu quase brigamos de novo por isso, mas eu disse que ficaria ao lado dele não importa qual o preço que fosse. Como agora Mai morava comigo e estava ao cômodo ao lado naquele momento, Neji abaixou o olhar e me puxou pelo braço, me abraçando. Eu acalmei o olhar e o abracei. Corei em seguida e sorri quando ele pegou minha mão e pôs de volta a pulseira que me dera.

No dia marcado, Mai me deu boa sorte com um sorriso gentil e eu sorri, tendo esperanças de que Neji e eu finalmente nos casaríamos. Eu andei até o Complexo Hyuuga e Neji me encontrou no caminho. Fomos para lá e dessa vez todo o conselho Hyuuga estava presente com nós dois sentados lado a lado de frente para eles.

– Naru-san, que bom que está bem. – O Ancião disse.

– Arigatou.

Eu agradeci, mas acho que ele queria que eu tivesse desaparecido mesmo.

– Bem,... Como tínhamos conversado antes do seu sequestro. – Ele dizia – O que vocês decidiram sobre o casamento?

– Nós queremos nos casar. – Neji disse sem hesitar.

– Ótimo. – Ele disse – Mas sabem o que isso significa, certo?

– Hai. – Eu disse.

– Que bom. – O Ancião sorriu, fitando Hiashi-sama por um momento e se voltando para nós – Porém agora nós decidiremos se vocês se casarão.

– Eh...? Como assim? – Neji disse em dúvida.

Olhei desconfiada para eles, que me olhavam sem parar.

– Haverá uma votação para saber se Hyuuga Naru é suficientemente boa para entrar no clã e se casar com você.

– Uhm... Mas... – Neji ainda não compreendia.

– Não vejo necessidade nisso. – Hiashi-sama disse.

– Como podem fazer isso? – Neji disse, o que chamou a atenção de todos – Não há votação para outros casamentos de um Hyuuga e um não-Hyuuga.

– Sim, nós sabemos. – Outro membro do conselho disse – Mas em vista às circunstâncias de quem Naru-san é...

– Naru ajudou no resgate do Kazekage, – Neji o interrompeu – sempre me ajudou e sempre defendeu a vila. É ridículo não a aceitarem, sendo igualmente ridículo vocês decidirem se nós nos casaremos ou não. Você deu o preço e aceitamos, agora aceite.

– Veja como fala, Neji-kun.

Hiashi-sama suspirou alto e se levantou.

– Como eu disse: Não vejo necessidade nisso. – Ele disse seriamente – Não há necessidade de votação.

– Hiashi...

– Não. – Ele disse – Neji e Naru vão se casar, chega de tentar separá-los.

Neji e eu arregalamos os olhos.

– Ora, não seja tolo. – O Ancião se enfureceu – Só por Neji-kun ser seu sobrinho e Naru filha da sua amiga, não ache que pode interferir sobre esses assuntos.

– Pelo que eu sei eu sou o líder do clã e apenas eu posso tomar esse tipo de decisão. – Hiashi-sama disse – Vocês são o Conselho, vocês apenas aconselham. Além do mais, “se casar” não cabe a terceiros, mas aos noivos.

O ancião franziu o cenho com raiva e eu fitei Hiashi-sama, me perguntando se era verdade ele ter sido amigo da minha mãe.

– Hiashi. – O ancião disse – Não se atreva a ir contra nós.

– “Nós”? – Ele disse – Você.

O ancião franziu ainda mais o cenho e fitou os outros membros, que pareciam olhá-lo assustados.

– Essa menina não vai entrar no clã.

– Nande? – Hiashi-sama disse – Eu já permiti, você não vai fazer nada.

Ele rangeu os dentes e me fuzilou, ativando o Byakugan. Arregalei os olhos sem reação.

– Oe! – Neji exclamou, ficando a minha frente.

O ancião o olhou e Neji começou a gritar de dor, pondo as mãos na cabeça e ajoelhando no chão.

– Neji! – Exclamei, indo até ele.

Eu não sabia o que fazer! Se atacasse o ancião isso não seria nada bom, mas quando me virei para pegá-lo pelo menos no genjutsu do Sharingan e pará-lo, vi Hiashi-sama com a palma encostada no peito do ancião, que desativou o Byakugan e ajoelhou no chão, caindo em seguia. Arregalei os olhos, pasma e me voltei para Neji, que parara de gritar.

– Daidjoubu? – Perguntei preocupada.

– Hai... – Ele disse sem ar.

Meus olhos marejaram, isso era horrível! Eu o abracei e ele se apoiou em mim sem aguentar o próprio corpo.

– Se alguém mais quiser atacar aqui, me diga. – Hiashi-sama encarou os outros, que ficaram calados – Sendo assim... Chamem alguém e levem Neji para minha casa.

– Hai, Hiashi-sama! – Disseram em coro.

Eu fiquei bem surpresa e os membros fizeram o que ele disse. Neji estava deitado numa cama com um pano molhado em sua testa e eu o fitava com o olhar cabisbaixo, pensando sobre o selo. Hiashi-sama se aproximou de mim.

– Naru.

Me virei, me assustando.

– Hiashi-sama. – Disse, fazendo uma reverência – Arigatou.

– Hum. – Ele disse – Neji vai ficar bem.

Me endireitei e o olhei.

– Anou... Hiashi-sama era amigo da minha mãe?

– Uhm... – Ele me olhou surpreso – Hai. Eu era.

Acalmei o olhar.

– Como... Ela era? – Perguntei.

Ele me olhou, surpreso e sorriu levemente.

– Vamos para o pátio.

Eu o segui quando ele se virou e fomos para o pátio onde ele treinava Hinata. Nos sentamos e eu olhava para os meus pés, balançando-os um pouco enquanto ele falava.

– Yukino era engraçada. – Ele dizia – Ela era tímida com quem não conhecia, mas a partir do momento que se tornava íntima da pessoa, era divertida e queria fazer todos se divertirem, sorrirem.

Sorri levemente, ainda olhando para meus pés.

– Eu... A acolhi quando ela ficou grávida.

O olhei em dúvida.

– Ela era... Extremamente apaixonada pelo seu pai. Eles queriam ficar juntos, criar você como uma família, mas ela quis protegê-lo a qualquer custo do pai dele, que o ameaçou.

O olhava, surpresa.

– Essa era uma qualidade e um defeito dela. – Ele sorriu – Mas ela era uma pessoa maravilhosa.

Acalmei o olhar e sorri enquanto meus olhos marejavam.

– Arigatou. – Disse.

Ele me olhou surpreso.

– Hum, hai. – Disse, voltando-se para frente.

– Não se preocupe, eu vou aceitar o selo.

Ele me olhou surpreso.

– Como assim?

– Eh? – Disse em dúvida – Nande?

– Você não vai pôr o selo.

– Uhm... N-Nande? Esse não era o preço?

– Ele queria testar você, apenas isso. – Hiashi-sama disse – Como você aceitou sem hesitar, ele entrou com o plano da votação. Você não vai precisar pôr o selo.

– Mas... Então como vai ficar?

– Como assim?

– Se... – Corei levemente e me voltei para frente – Se Neji e eu tivermos filhos.

– Vocês vão ter filhos, só isso. – Ele disse em tom obvio.

Eu o olhei surpresa.

– Gomen... – Ele disse – Eu apenas mandei você ir embora porque o Conselho me pressionou. Prometi ao seu pai que cuidaria de você até ele vir te buscar. Mas como ele morreu antes... Eu a criaria junto com Hinata e Hanabi.

– Hum. – Sorri, balançando a cabeça – Arigatou.

– Uh? Nande?

– Por ter sido como um pai pra mim. – Disse emocionada – Mesmo que por apenas aquele tempo. Arigatou.

Eu o abracei e ele me fitou surpreso. Acalmou o olhar e mesmo não sendo o tipo de pessoa que expressa afeição, ele pôs a mão na minha cabeça gentilmente. Eu fechei os olhos, sorrindo. Mesmo não sendo de sangue... Eu tinha um segundo pai.

...

Depois que Neji acordou, eu fiquei ao seu lado e ele se sentiu envergonhado por ter acontecido aquilo com ele. Eu o beijei e disse que apenas me importava se ele estava bem. Ele me olhou surpreso e sorriu, me beijando. Fomos para a casa dele e sua mãe me ofereceu chá de bambu. Nós ficamos conversando por mais alguns momentos e depois ele me levou até a porta.

– Hiashi-sama disse que não vou precisar pôr o selo. – Eu disse alegre.

– Sério? – Ele perguntou surpreso.

– Hai.

– Ainda bem. – Ele me abraçou aliviado – Não queria que colocassem isso em você.

– Por você eu colocaria. – Disse suavemente.

Ele cessou o abraço e me olhou, pondo a mão em minha bochecha.

– Eu não perguntei antes porque não queria que você se sentisse mal, mas...

– Eh?

– Aquele cara... Quando você estava lá, ele... Fez alguma coisa com você?

Corei e abaixei o olhar.

– Não. – Disse – Tentei enganá-lo para fugir e tive que beijá-lo, mas não o deixei me tocar.

– Hum. – Ele assentiu aliviado e me abraçou de repente, me beijando.

Corei e fechei os olhos. Ele cessou o beijo e encostou a testa na minha.

– Prometo que vou ser gentil.

Corei ainda mais.

– H-Hai. – Disse, me lembrando do que faríamos.

Ele sorriu, achando graça e se despediu de mim. Quando cheguei em casa, fui para a cozinha e fiquei surpresa. Mai estava pondo os pratos na mesa e terminando de preparar o jantar.

– Uhm... Mai? – Disse em dúvida – O que está fazendo?

– Eu queria... Hum... Comemorar com você. – Ela sorriu.

Fiquei lisonjeada, mas não sabia a razão.

– E... Vamos comemorar o que? – Perguntei, achando graça.

– Eu consegui um emprego! – Ela sorriu feliz.

– Uhm... Nande? Não precisava.

– Eu estou comendo sua comida, morando aqui... Queria compensar.

– Baka, não precisa. – Eu ri.

Ela abaixou o olhar e eu pus a mão na testa, sorrindo.

– Mas... Se você quiser mesmo, pode ir. – Disse.

Ela me olhou e abriu um sorriso largo.

– Onde é?

– Na floricultura Yamanaka. – Ela dizia animada.

– Yamanaka? – Disse surpresa.

– Hai... Nande? – Ela me olhou em dúvida.

– Hum... É a floricultura da família de uma amiga. – Disse – Quando você vai começar?

– Amanhã. – Ela sorriu.

– Então vamos comemorar! – Exclamei sorrindo.

Ela sorriu feliz. Nós comemos o jantar e conversávamos. Mai vai trabalhar na floricultura da família da Ino. Espero que tudo dê certo. Ela era tão gentil e amigável, espero que se Ino for quem a ensinará que tudo dê certo. Ino pode ser “um pouco” mandona.

...

Na manhã seguinte, eu acordei cedo para uma missão e Mai já estava se arrumando. Ela apareceu no quarto com um lindo vestido lilás que tinha uma faixa na cintura e percebi que não dava para ver que ela estava grávida, mesmo ela estando apenas com dois meses. O vestido era simples, suas alças eram grossas e ele chegava até os joelhos. Mai era bem conservadora pelo que notei. Uma nova moradora na vila que chega grávida sem ser casada. Com isso, várias pessoas falariam. Do jeito que ela é, ficaria envergonhada. Não quis perguntar nada, apenas dei boa-sorte a ela e saí em seguida. Ela saiu minutos depois de mim e foi para a floricultura.

Andava calmamente com um sorriso calmo no rosto e as pessoas a olhavam, vendo como ela era bonita e exótica. Seus cabelos roxos chegavam até o meio de suas costas e ela prendera a metade dele. Como todos a olhavam, ela corava um pouco e se sentiu aliviada por ter chegado rápido a floricultura. Viu uma jovem loira arrumando arranjos de flores e que logo a olhou quando ela entrou.

– Anou... – Mai gaguejou sem jeito.

– Masaaki Mai? – A loira disse.

– Hai. – Mai sorriu – É... Meu primeiro dia.

– Que ótimo! Meu nome é Yamanaka Ino. – Ela disse – Sou filha dos donos. Vou ensinar a você o que fazer. Tem alguma experiência?

– Uhm... Não. Mas eu já fui empregada.

– Certo. – Ela pensou – Não vai ser difícil para você aprender. – Sorriu.

Mai sorriu. Ino começou a explicar o que ela deveria fazer, como falar e tratar os clientes, os preços e as maneiras de fazer arranjos com as flores. Mai aprendeu rápido e logo começou a atender os clientes sem Ino ao seu lado. Três dias se passaram e eu fiquei feliz por Mai estar feliz com emprego. Ela estava ainda mais amável do que é e feliz por ir para a floricultura. Além de sempre dizer nos finais de semana que estava com saudade das flores quando não ia trabalhar.

Mai estava fazendo um arranjo de flores, que estava em cima do balcão de madeira. Ela pegou uma tulipa rosa e a pôs gentilmente no vaso junto a outras flores ao passo que alguém entrou na floricultura, correndo o olhar até chegar em Mai.

– Anou.

Mai se virou e viu Lee.

– Kon’nichiwa. – Ela sorriu – Deseja algo?

– Hum, hai. – Ele disse sem jeito – Eu queria um copo-de-leite.

– Copo de leite? – Ela disse em dúvida e compreendeu – Ah, sim! – Sorriu, quase rindo – Gomen.

Ela foi até a parte das flores e pegou um copo-de-leite, embrulhando-o e fazendo um laço com uma fita.

– Hai. – Sorriu, dando-o a ele.

– Hum. – Ele disse, dando o dinheiro a ela – Seu primeiro dia?

– Na verdade o terceiro. – Ela disse sem jeito – Ainda bem que as pessoas daqui são gentis. – Sorriu.

– Uh? Você não é daqui?

– Não. Cheguei há poucas semanas.

– Bem-vinda. – Ele sorriu largamente – Meu nome é Rock Lee.

Mai corou levemente e sorriu.

– Arigatou.

– Uhm... – Lee corou, vendo seu sorriso – A-Anou... Eu vou indo.

– Hum. – Ela sorriu – Seu amigo está no hospital?

– Na verdade não. – Ele abaixou o olhar.

– Ah... – Ela abaixou o olhar, compreendendo – Sinto muito.

– Daijoubu. – Ele sorriu gentilmente – Toda semana eu compro uma flor para ele e coloco no túmulo.

– Com certeza ele gosta. – Ela sorriu.

– Hum, ja ne.

– Ja.

Lee foi em direção à porta e parou, se virando para ela.

– Anou... Não perguntei seu nome. – Ele disse sem jeito.

– Masaaki... Mai.

Lee sorriu e se virou, fazendo um aceno e indo embora. Ele andava e olhou para a flor, sorrindo mais uma vez e olhando para o céu.

– “Mai”.

Na floricultura, Mai continuava a trabalhar, fazendo mais arranjos. Ela colocava as flores no vaso e pensava em Lee. Pôs a mão em sua barriga, se perguntando se era certo ela começar a gostar de alguém sendo que estava grávida e ainda amava Eiji.


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