Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 32
Escolha


Notas iniciais do capítulo

Sério, eu ia escrever mais. Mas se eu esperasse vir alguma inspiração, faria vocês esperarem mais hihi Então não queiram me trucidar se o capítulo for chato 'kkkkkk Por favor s2s2s2s2

*Mattaku = puxa vida
*zettai ni – absolutamente



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Depois do evento da dupla da Akatsuki e do nosso evento da caverna, voltamos para Konoha e falamos com Tsunade-sama. Neji estava sério a ponto de ficar irritado com o que houve. Claro, eu fui sequestrada. Se não fosse por Hikaru, eu estaria morta. Tsunade-sama o ouvia contar o que houve e eu contei sobre a parte da cabana, onde descobri que o outro membro era Itachi. Ela pareceu surpresa, mas ao mesmo tempo demonstrou que aquilo não era nada bom já que ele descobriu que eu existia.

– O que devemos fazer? – Neji perguntou.

Ela pensava, mordendo o dedo.

– Se tentássemos manter Naru aqui talvez funcione com metade de probabilidade de eficácia. Já sequestraram Gaara na própria vila. – Ela dizia a si mesma – Naru. – Me fitou.

– Hai. – A olhei.

– Mantenho o que eu disse anteriormente. – Ela disse – Tome cuidado, mas também fique forte.

A olhei e vi em seu olhar certa confiança em mim. Não compreendi, sendo a primeira vez que ela me olhava daquele jeito, mas fiquei feliz por pelo menos ela confiar em mim.

...

Eu ainda queria ir atrás de Sasuke com Naruto e ficar forte para se talvez encontrasse Itachi de novo poder enfrentá-lo sem a ajuda de Hikaru. Eu continuei a treinar nos dias que não tinha missão e me sentia um pouco mais forte, mas não sei bem por que. Numa tarde, quando eu acabara de treinar, fiquei sentada na beira do rio depois de molhar meu rosto. Já tinha dias que eu analisava aquele dia do sequestro e o que aqueles dois disseram. O cara de tubarão perguntou a Itachi se ele iria me entregar mesmo aos outros. Parecia se importar, mas em relação à Itachi, o que foi estranho. Há fragmentos que me lembro, onde Itachi diz que eu o despertei. Ele não estava falando de Hikaru, estava? Não... Não era isso. Eu estava com os olhos ativados, olhando para ele com raiva. Agora que pensava, senti alguma coisa mudar naquele momento. Franzi levemente o cenho e me olhei na água ativando meus olhos.

– O que foi? – Me perguntava séria.

“Sharingan...”.

Parei ao ouvir.

– Hikaru? – Perguntei ainda me olhando na água – Nani?

“Você despertou o Mangekyou, pirralha.”, ele disse.

– Uhm...

“Burra...”

Fiz cara de tédio, mas me lembrei de uma coisa.

– Anou... – Disse nervosa – Você pode saber o que está acontecendo comigo?

“Quando eu sinto uma emoção forte ou diferente em você... Sim.”, ele disse.

Corei.

“Não se preocupe, eu virei para o lado quando o pirralho Hyuuga te beijou.”, ele disse querendo rir.

Arregalei os olhos, corando e levantei, pegando minhas coisas e indo para casa. Hikaru podia falar comigo às vezes, então será que eu posso falar com ele? Cheguei em casa e fui para o quarto, deitando na cama em seguida. Fechei os olhos, tentando sentir o que eu senti daquela vez. Era como se eu adormecesse aos poucos, lentamente e estivesse em outro lugar.

Eu apenas queria vê-lo e quando pensei, estava flutuando no nada. Meus cabelos balançavam calmamente e quando abri lentamente meus olhos, a grande cela estava a minha frente. Assim como aqueles olhos roxos e cintilantes.

– Ora... Conseguiu chegar por vontade própria? – Ele perguntou, sarcástico.

– Hai... Eu acho. – Disse sem entender – O que quis dizer com o Sharingan?

– *Mattaku... – Ele fechou os olhos – Baka...

– Oe... – Franzi levemente o cenho, indignada.

Ele deitou no chão e cruzou as patas, suspirando e abrindo os olhos em minha direção.

– A sua estupidez me impressiona. – Ele disse.

Fiz cara de tédio.

– O que quis dizer afinal?

– Você, pirralha, despertou o Mangekyou. – Ele disse sério.

– E o que é isso? – Perguntei ainda sem entender.

Ele abaixou as orelhas, me olhando indignado e percebendo que eu não sabia nada sobre isso. Suspirou, fechando os olhos e me contou o que era. Arregalei os olhos, claro. Morava sozinha e o que eu sabia sobre os jutsus dos Hyuuga era por causa de Neji.

– Nee, Hikaru. – Disse.

– Nani?

– O que aconteceria se tirassem você de dentro de mim?

– Você morreria.

Abaixei o olhar. Ele não era ruim, apenas magoado. Pensei que talvez um dia pudesse ajudá-lo a sair. Ele abriu um sorriso, achando graça e desviou o olhar.

– Baka... Pirralha. – Ele disse.

O olhei em dúvida.

– Está achando que eu sou seu amigo? – Ele perguntou – Você é tão ingênua a ponto de achar que eu seria seu amigo. – Ele riu com aquela voz grossa – Idiota...

– Rude. – Eu disse.

Ele me olhou e viu que eu estava com o cenho franzido.

– Acha que eu sou burra o suficiente pra achar isso? – Disse – Você é o burro.

Ele fez cara de tédio.

– Mas eu te desafio. – Sorri.

– O que você quer?

– Nada. – Disse – Eu apenas vou te avisar que você vai ser meu amigo. Nem que eu tenha que te obrigar a isso.

Ele me olhou surpreso, levantando as orelhas. Abriu um sorriso desafiador e apertou os olhos em minha direção, aproximando a pata entre as grades da grande cela.

– Tente então. – Ele disse.

Eu sorri confiante e me aproximei da cela.

– *Zettai ni, Ookami. – Disse.

Aproximei o punho da pata dele, tocando-o. Ele sorria, me desafiando com o olhar e eu sorria, confiante. Com certeza ele vai ser meu amigo!

...

Poucos dias depois, eu fui a uma missão com Shikamaru. Não era nada demais, apenas deveríamos entregar um pergaminho com algumas informações sobre o próximo Exame Chuunin ao Kazekage. E isso me deixou um pouco nervosa já que fazia mais de dois meses que eu não via Gaara e da última vez nós nos beijamos. Shikamaru e eu andávamos, a duração da viagem me deixava mais tensa e ele percebeu um pouco do meu nervosismo.

– Daijoubu? – Ele me olhou em dúvida.

– Uhm... Hai. – Sorri – Nee, está contente?

– Nande?

– Você vai ver Temari. – Sorri alegre pra ele.

Ele fez cara de tédio, desviando o olhar e não me respondendo. Dei uma risadinha, eu sabia que ele se calaria quando eu falasse dela. Devo admitir que foi maldade, mas não queria conversar sobre o porque de eu estar nervosa. Enfim, depois de mais alguns dias nós chegamos à Aldeia da Areia. Os muros grandes como sempre e aquela fenda longa para nós passarmos e entrarmos. As pessoas nos olhavam, vendo de onde éramos e algumas sorriam. Quando eu via, sorria de volta, achava graça nisso. Nós fomos para o prédio do Kazekage e Kankuro nos recebeu com um sorriso amigável, nos levando até a sala de Gaara. Quando entramos, lá estava ele. Usava a roupa do Kazekage e lia alguns papéis.

– Gaara. – Kankuro o chamou – Eles chegaram.

Gaara nos fitou e sorriu levemente. Shikamaru tirou o pergaminho do bolso e se aproximou de sua mesa, entregando-o nas mãos dele. Ele o abriu e o leu atentamente, fechando-o em seguida.

– Entendido. – Ele disse – Obrigada por virem até aqui.

– Hum. – Shikamaru assentiu.

– Podem ficar para descansar se quiserem.

– Hum, arigatou. – Shikamaru disse – Mas não podemos demorar muito. Hokage-sama pediu para voltarmos logo.

– Hai, entendo. – Gaara disse – Então pelos menos comam e bebam algo. A viagem é cansativa.

– Arigatou.

Eu estava sem jeito ali e fiquei um pouco aliviada por Kankuro nos levar para outro cômodo para comermos algo. Logo em seguida Temari chegou e ficamos conversando. Quando acabamos, Shikamaru levantou agradecendo.

– Arigatou, mas temos que ir.

– Hum, tudo bem. – Temari sorriu levemente – Etto... Naru, ne?

– Hum. – Assenti.

– Gaara me pediu pra quando vocês terminassem você ir até a sala dele.

– Eu? – Perguntei nervosa.

– Hai. – Ela disse – Ele disse que queria algumas informações que apenas você teria.

– Uhm... Hai. – Assenti.

Eles ficaram no cômodo e eu voltei para a sala de Gaara. Respirei fundo e bati levemente na porta. Ele me permitiu entrar e eu entrei sem jeito, o fitando.

– Anou... Temari disse que queria falar comigo. – Me aproximei.

– Hai. – Ele me fitou, levantando da cadeira.

Ele deu a volta na mesa e se escorou nela, suspirando.

– Tsunade-sama me informou... Que estavam atrás de você.

O olhei surpresa.

– Uhm... Hai. Uma dupla da Akatsuki apareceu quando eu voltava de uma missão com Neji. Pelo que ouvi, eles nos acharam por coincidência.

– Entendo. – Ele disse, pensando – Ne. – Me olhou.

– Hai.

– Se precisar de ajuda, é só pedir. – Ele disse.

Acalmei o olhar.

– Arigatou... Mas não precisa.

– Nande? Você me ajudou com os outros.

– Hum. – Balancei a cabeça, sorrindo levemente – Eu não fiz nada.

“A única coisa que eu fiz foi me descontrolar...”, pensei.

– Iie... – Ele disse, desencostando da mesa e se aproximando de mim – Você também fez parte do resgate. Arigatou.

– H-Hai... – Gaguejei.

– Naru.

O olhei, corando levemente.

– Estou contente por você ter vindo. Não saberia quanto tempo levaria para vê-la de novo.

Fiquei surpresa. Ele pegou em minha bochecha gentilmente e aproximou o rosto, encostando os lábios nos meus lentamente como se pedisse permissão. Eu não sabia o que fazer, estava imóvel. Ele me beijou e eu corei, fechando os olhos. Não era... Não era ele quem eu queria beijar. Gaara me beijava tão gentilmente, mas de repente Neji apareceu na minha mente. Arregalei os olhos e parei o beijo, me afastando um pouco. Ele me olhou sem entender e eu o olhava, paralisada.

– G-Gomen. – Abaixei o olhar, envergonhada – Eu... Eu não...

– Daijoubu. – Ele disse.

O olhei surpresa.

– Eu sabia que isso tinha probabilidade de acontecer. – Ele sorriu levemente.

– Nani? – Disse sem entender.

– Naru, – Ele sorriu – nós somos de vilas diferentes. E isso acarreta ficarmos sem nos ver por muito tempo. Você gosta de outra pessoa, ne?

Arregalei os olhos.

– Gomen...

Ele sorriu, achando graça.

– Não precisa pedir desculpas por estar apaixonada.

Acalmei o olhar, admirada. Finalmente consegui minha resposta e me aproximei dele, abraçando-o.

– Arigatou! – Disse, querendo chorar.

Ele me olhou surpreso, acalmando o olhar em seguida e sorrindo. Levantou a mão e a pôs em minha cabeça. O abracei forte e cessei, o olhando.

– Gomen. – Disse – Eu não queria te magoar.

– Não magoou. – Ele sorriu – Arigatou.

O olhei surpresa.

– Você foi a primeira garota que eu gostei. – Ele sorriu gentilmente – Arigatou.

Acalmei o olhar e sorri, emocionada.

...

Três dias depois e estávamos nos aproximando da entrada de Konoha. Eu sorria levemente e Shikamaru demonstrava a mesma expressão de desânimo de sempre. Eu estava feliz, estava realmente feliz. Nunca pensei na possibilidade, mas Gaara me ajudou a conseguir a resposta que eu tanto queria. Agora eu iria até ele e contaria minha escolha. Fitamos a entrada da vila e eu abri um sorriso.

– Nee, Shikamaru.

– Hum.

– Pode ir até Tsunade-sama sem mim?

– Nande? Nem é nada demais o que temos que falar com ela.

– Hai. É que eu preciso fazer uma coisa.

– Hum, tudo bem. – Ele bocejou – Eu falo com ela.

Sorri.

– Arigatou!

Eu comecei a correr ao passarmos pelo portão e Shikamaru me olhou em dúvida, sem entender. Eu saltei e aterrissei num telhado, voltando a correr. Queria achá-lo logo. Queria dizer a ele! Corria e saltava, até pular do telhado ao ver Hinata. Aterrissei na frente dela, assustando-a.

– Etto...! – Ela exclamou – Naru?

– Gomen. – Sorri, balançando as mãos – Nee, Hinata.

– H-Hai.

– Você sabe onde Neji está?

– Etto... Acho que ele está treinando na floresta, perto do rio.

– Hum. – Sorri feliz – Arigatou!

Eu virei e voltei a correr. Hinata não entendeu e apenas me fitou sumir de vista. Eu fui para a floresta e corri, passando por várias árvores até chegar no rio. Não sabia se ele estaria ali ainda, se fosse preciso eu correria por toda a vila. Mas ele estava! Parei ofegante e o vi ao lado do rio. A blusa dele estava amarrada na altura da calça e ele treinava alguns golpes. Corei por vê-lo sem blusa, mas sorri e corri em sua direção.

– Neji!

Ele me fitou, ainda em posição e me olhou em dúvida.

– Naru?

Eu sorri e deixei uma risada escapar, chegando correndo e o abraçando. Porém com minha chegada, nos chocamos e eu fiz com que nós caíssemos no rio.

– O-Oe...! – Ele exclamou ao cairmos.

O rio era raso, mas mesmo assim ficamos encharcados. Ele se sentou e me olhou. Eu estava sentada em cima dele e sorria, quase rindo.

– O que deu em você? – Ele perguntou, franzindo a testa em dúvida.

Eu ri e me aproximei rápido de seu rosto, beijando-o. Ele arregalou os olhos e eu cessei o beijo, o olhando.

– Nani...?

– Eu escolhi! – Sorri largamente.

– Uhm...

Eu ri e o abracei, com o rosto próximo de seu pescoço.

– Eu escolhi você! – Dizia feliz – Gomen! Por ter demorado. Mas eu gosto mesmo de você, Neji! Não vou mais ter dúvida. – Balancei a cabeça – Agora eu sei! Agora eu sei que eu gosto de você! Arigatou! – O abracei mais forte.

Ele acalmou o olhar e pôs o braço em volta de mim, sorrindo levemente.

– Ainda bem... – Ele disse aliviado, deixando uma risada fraca escapar.

Eu sorri, achando graça. Cessei o abraço e ele pegou gentilmente em minha bochecha. O olhei, corando levemente e ele me beijou. Eu sentia como se meu coração fosse explodir com aquele sentimento que transbordava. Era ele quem eu queria beijar! Era ele quem eu queria beijar sempre! Cessamos o beijo e ele me olhou com um sorriso leve, mas abaixou o olhar, corando levemente.

– Nani? – Perguntei em dúvida.

– Anou... – Ele disse sem jeito, me olhando em seguida – Pode sair de cima de mim?

– Eh? – Não entendi, mas arregalei os olhos ao compreender e saí de cima dele em um pulo, caindo na água – G-Gomen! – Exclamei corada.

Ele me olhou surpreso e tampou a boca com a mão, querendo rir. Acalmei o olhar, corando levemente e sorrindo sem jeito.

– Baka...


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Notas finais do capítulo

Curtiram? xD

E Neji estava tipo assim: http://static.comicvine.com/uploads/original/11115/111152067/4323319-8910701106-31960.png

*o* 'kkkk