Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 25
"Suna...? Gaara..."


Notas iniciais do capítulo

*Hakke Kuushou = Palma aérea de oito trigramas.



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No dia seguinte eu fui ver Tsunade-sama finalmente. Ela me olhou surpresa e deu um sorriso que pareceu ser confiante. Fiquei um pouco feliz pela reação dela ao me ver, mas não sei se foi completamente. Ela me fez mostrar o que eu aprendi e sendo assim, lutei com Gai-sensei.

– Hum... – Tsunade-sama pensava.

Neji e Lee estavam ao lado dela, vendo-nos lutar.

– Nani, Hokage-sama? – Lee perguntou.

– Eu soube disso há pouco tempo, mas... Ela usava aquele tapa-olho por causa do Sharingan, ne?

– Hai, Hokage-sama. – Lee disse.

– Isso quer dizer algo? – Neji perguntou, me fitando lutar.

– Que Sasuke não é o único, mesmo que ela tenha apenas um dos olhos com o Doujutsu. Tsc. Isso será complicado. – Ela franziu a testa, pensando.

– Nande? – Neji perguntou sério.

– Sasuke está cego em busca de poder. – Ela dizia – Se ela se importa com ele e quiser procurá-lo tanto quanto Naruto, e ele descobrir que ela também faz parte de seu clã...

Os dois prestavam atenção.

– Sasuke provavelmente vai querer matá-la. – Ela concluiu.

Neji franziu o cenho. Gai-sensei e eu lutamos por mais um tempo e depois cessamos. Tsunade-sama disse que eu cresci e evolui bem. Eu fiquei feliz e estava ansiosa para contar a Naruto e Jiraya-sama. Gai-sensei me parabenizava assim como Lee, mas por um momento fitei Neji, que conversava com Tsunade-sama. Voltei a conversar com eles, esperando-o como ele me pedira há pouco.

– Eu quero deixá-la sobre sua proteção. – Tsunade-sama disse.

– Nande? – Neji perguntou.

– Não como uma babá, mas apenas para ela não perder o controle.

– Como assim?

– Neji, eu sei que você tem conhecimento sobre o que tem dentro dela. – Ela disse séria.

Ele a olhava surpreso, mas mesmo assim sério.

– Hai.

– Então, por favor, cuide dela. – Ela dizia – Eu sei que Naru é como Naruto, ela não vai querer ficar aqui.

– Hai. – Ele disse – Mas mesmo sem a senhora pedir, eu ainda assim o faria.

Ela o olhou surpresa.

– Neji, Naru perdeu o controle do onze caudas uma vez no treinamento.

Ele a olhou, surpreso.

– Ela é bastante forte para se controlar, mas... Se a quarta cauda aparecer, ela perderá a consciência e não se importará em ferir alguém próximo a ela. Então tome cuidado e a mantenha controlada.

– Hai. – Ele disse sério.

Nii-san! Vamos logo! – Exclamei de longe, me perguntando o que eles tanto conversavam.

Neji me olhou com o olhar calmo, mas ainda ao lado de Tsunade-sama.

– Hokage-sama.

Ela o olhou.

– Naru não é fraca. – Ele dizia – Mesmo se perder o controle, ela dará um jeito. Eu sei disso. – Ele concluiu, franzindo a testa.

– Hum. – Ela disse fechando os olhos – Espero que esteja certo.

...

Como minha casa estava encrostada de poeira e eu tinha que limpá-la algum dia, passei duas horas limpando-a até brilhar. Tomei um banho longo e saí para contar a Naruto sobre o que a Hokage disse, sobre eu ter evoluído mesmo. Corri pela vila, mas não o achei. Suspirei olhando para os lados, não o encontrava de jeito nenhum e percebi que faziam alguns dias que não o via. Bufei e cruzei os braços, me virando. Eu resmungava sozinha enquanto andava até que me choquei sem querer com Shikamaru.

– Etto...! – Exclamei, parando.

– Hum? – Ele se virou e me viu.

– Naru?

– Hum, hai.

– Você mudou mesmo.

– Arigatou. – Sorri – Ne, você sabe onde Naruto está?

– Hum. – Ele pensou – Acho que em uma missão.

– Ah... Ok. Ja.

– Ja ne.

Voltei a andar e me perguntei qual seria a missão de Naruto. Ele foi embora sem me avisar, devia ser importante. Enquanto eu andava, ouvi alguém correr.

– Naru-chan!

Parei e olhei para trás em dúvida.

– Shizune-san?

– Ah... – Ela recuperou o fôlego – Onegai! Se reúna com seu time o mais rápido possível!

– Hã? Nande?

– Para uma missão. – Ela disse séria – Onegai, o mais rápido possível!

Não compreendi, mas o fiz. Voltei para casa e arrumei minha bolsa, me perguntando por que uma missão tão urgente. Fui para a saída da vila e fitei Lee e Neji.

– Hum, oi. – Disse.

– Ohayou! – Lee disse.

– Vocês sabem o que houve?

– Não. – Neji disse – Shizune disse que somos reforços.

– Hum? De que? – Perguntei em dúvida.

Antes que ele pudesse formular uma hipótese, Gai-sensei chegou e alguns minutos depois Tsunade-sama com Shizune. Ela estava parada a nossa frente.

– Vou pedir a vocês que façam a mesma missão do time Kakashi.

“Time Kakashi? Do Naruto? Hum... Nande?”, me perguntei mentalmente.

– Vão para Sunagakure e realizem a mesma missão do time Kakashi. – Ela disse – Entenderam?

– Hai! – Gai-sensei exclamou fazendo um sinal positivo com a mão.

– Deixe conosco. – Lee disse com um sorriso confiante.

– Hai. – Neji disse.

– Hum. – Assenti ainda sem entender.

Gai-sensei e Lee se puseram a correr e começamos a viagem, pulando pelas árvores. Meu olhar estava baixo enquanto pulávamos de galho em galho. “Suna...”, pensava cabisbaixa, “Será que aconteceu algo com Gaara?”.

– Naru.

– Hum? – Olhei para Neji, despertando.

– Nani?

– Nada, apenas pensando.

– Hum. – Ele disse – Ne, Tsunade-sama já deve ter avisado a Kakashi que estamos a caminho.

– Hum, hai.

Verdade, faríamos a mesma missão que Naruto. E Neji e Lee ainda não o viram desde que chegara. Acho que talvez fosse bom fazer a mesma missão que ele. Acho...

...

A viagem para Sunagakure demoraria três dias, mas estávamos correndo direto, pulando entre as árvores. Eu estava começando a ficar nervosa e não me importei quando comecei a ficar cansada. Neji exclamou, dizendo para Lee parar. Por fim todos nós paramos e um cachorro apareceu no galho da árvore à frente.

– Pakkun! – Gai-sensei exclamou surpreso.

O cachorro começou a falar sobre as ordens de Kakashi-sensei, que fora mandar os oito cães que ele invocara para seguir separadamente a Akatsuki. E descobriram que eles foram em direção ao País do Rio, entre Konoka e Suna.

– País do Rio? – Neji disse.

– Hai. – Pakkun disse – Então, os mais próximos da Akatsuki agora são vocês, que estão vindo de Konoha.

Eu franzi a testa e Lee assentiu.

– Então, sigam-me. – Pakkun disse – Explicarei os detalhes no caminho.

– Certo. – Gai-sensei disse – Minna, vamos! – Ele exclamou.

Eu estava nervosa, mas isso apenas piorou quando Pakkun disse que sequestraram Gaara. Meu coração parou na garganta, eu estremi e suei frio. Como conseguiram sequestrar Gaara?! Ninguém podia fazer isso! Corremos e chegamos numa espécie de deserto rochoso. Pakkun começou a farejar e disse que tinha alguém nos seguindo. Franzi o cenho.

– Neji.

Ele assentiu e ativou o Byakugan.

– Atrás! – Exclamou.

Olhamos para trás e algo surgiu do chão, começando a nos seguir. Saltamos, subindo numa pedra e um membro da Akatsuki apareceu do chão, nos encarando. Gai-sensei parecia reconhecê-lo, mas não se lembrava dele. O cara de tubarão disse que o faria se lembrar logo. Franzimos a testa e ele fez selos usando o elemento água. Gai-sensei nos mandou nos preparar e o cara fez surgir uma onda, deixando escapar uma risada e vindo em nossa direção com aquilo. Pulávamos e desviávamos das ondas violentas enquanto encarávamos aquele poder absurdo, que quantidade de chakra era aquele?! Aterrissamos nas pedras e o encaramos. Aquele lugar não parecia mais um deserto rochoso, mas agora um rio violento. Não o víamos mais e uma onda gigante vinha em minha direção e de Lee, o que nos fez pular e desviar. O cara surgiu, vindo em direção a Gai-sensei, mas ele o chutou e o cara virou água. Um bunshin de água! Não era á toa que todos tinham receio da Akatsuki!

Gai-sensei começou a lutar com ele e Lee chutou a espada enfaixada do cara para longe, o que fez as ondas de acalmarem. Neji se posicionou e usou o *Hakke Kuushou, o que fez o cara parar longe. Porém ele pegou aquela espada e desacelerou, parando em pé na água. Ele parou e eu joguei kunais com selos de bombas, que explodiram. Franzi o cenho, ele conseguiu fugir. A água agora estava calma.

– Onde ele está? – Me perguntava olhando para a água.

Neji e eu usamos o Byakugan e vimos que ele estava logo à frente. O cara de tubarão surgiu, subindo lentamente e ficando em pé na água. Gai-sensei começou a lutar com ele e nós três a tentar acertá-lo, mas nem Lee e nem o Juuken de Neji o acertaram. Eu tirei a katana da bainha e tentei acertá-lo, mas ele se protegeu com aquela espada e me bloqueou, me jogando longe. Bufei, parando em pé na água.

Gai-sensei o atacou de novo e em um golpe conseguiu afastar a espada dele. Nós o atacamos de cima, mas ele fez clones de água e nos aprisionou numa espécie de esfera de água. Gai-sensei tentou o impedir com a espada dele, mas ela o machucou com espinhos que surgiram no cabo e feriram sua mão. Exclamamos quando aquilo nos prendeu, não era apenas uma esfera, ela era completamente de água, nos deixando sem ar nenhum dentro. Torcemos a expressão por sermos obrigados a prender a respiração. Gai-sensei tirou o Nunchaku da bolsa e começou a lutar com o cara real. Eles lutaram e Gai-sensei tentava atacá-lo, mas ele conseguia acertá-lo e o fez afundar na água. Ele usou um jutsu que eu mal vi por estar dentro daquela esfera. Pus a mão na boca, não estava aguentando mais. Neji me olhou e percebeu isso, mas nos voltamos para frente, vendo que havia uma imensa quantidade de energia saindo da água. Arregalei os olhos, Gai-sensei estava abrindo os portões mesmo! Olhei para Neji e balancei a cabeça para ele ativar o Byakugan, eu não ia conseguir daquele jeito! Ele o ativou e olhou para o clone, vendo um ponto específico e usando o Hakke Rokujuuyonsho para se libertar da esfera, que explodiu. Ele atacou os clones com sequencias de palmas e nos libertou também. Eu ajoelhei na água, recuperando o fôlego.

– Daijoubu, Naru? – Ele perguntou, me ajudando a levantar.

– Hum. – Assenti.

Neji ficou mesmo forte, eu nunca iria estar à mesma altura que ele. Não consegui fazer nada! Gai-sensei bateu muito no cara de tubarão. Foram tantos socos e chutes, e por fim um chute final fazendo o cara afundar violentamente na água, que pensamos ter vencido mesmo. Toda a água baixou e nos aproximamos do cara, que havia feito uma cratera ao atingir o chão.

– O que está acontecendo? – Neji perguntou sério, analisando-o.

Olhávamos para o corpo daquele homem e já não era mais aquele cara de tubarão, era outro homem, que estava morto.

– O que isso quer dizer? – Lee perguntou.

– Não sei, mas... Eu realmente não sei quem é aquele cara. – Gai-sensei disse.

Eu o olhava e olhei para o cadáver dentro da cratera. Estremeci por ver aquilo, Akatsuki era fora do comum. Afinal, quem estávamos enfrentando?


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Foi mal pela demora e o capítulo sem graça, mas prometo que o próximo será melhor xD