Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 22
Capítulo especial: Treinamento – Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Lindos, aqui vai falar que a Naru invocou o animal que ela fez contrato, porém não é um gigante. A surpresa é que eu ainda não vou falar o que é. Vocês vão descobrir sozinhos até que eu finalmente diga em um dos episódios do Shippuden. Parece sacanagem, mas queria fazer uma surpresa quanto a isso. Espero que gostem *---*



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Depois de pensar muito, descobri finalmente qual o animal que poderia invocar e tivemos que viajar a procura do pergaminho para eu fazer o contrato. Enquanto viajávamos, treinávamos e eu praticava os jutsus médicos que Sakura me ensinara naqueles meses antes de partirmos, eles poderiam ser úteis. Naruto e eu crescemos um pouco e ficávamos cada vez mais habilidosos. Depois de achar o pergaminho, eu fiz o trato e comecei a treinar para a técnica de invocação, mas apenas surgiam filhotes...

– Hum... – Suspirei, vendo-os.

– Quem é você, Nee-chan?

– Hã? – O olhei – Anou... Naru. – Sorri.

– Naru-chan! – Ele sorriu – Eu sou Kotaru Essa é Tane e esse Maku. – Ele dizia com a voz meiga.

– Ah, prazer. – Sorri alegre – Anou... Eu estava tentando invocar talvez seus pais. – Expliquei – Gomen... Se atrapalhei algo.

– Iie. Daijoubu. – Tane disse sorridente mostrando seus pequenos caninos.

– Para invocar eles você precisa de muito chakra. – Maku disse.

– Ah, entendo. – Disse suavemente, mas ao mesmo tempo deprimida – Ne, ne. Arigatou.

– Hai! – Eles disseram em coro – Ja ne!

– Ja. – Cantarolei.

Eles desapareceram em meio a fumaça que surgira. Eu abaixei o olhar e suspirei. Foi minha primeira tentativa, ne. Então... Eu precisava me esforçar mais. Precisava de mais chakra, muito mais!

...

Jiraya-sama me deixou ficar um pouco nas termais uma noite. A água estava bem agradável e quente, o que me fez relaxar um pouco. Treinei o dia todo sozinha pra tentar aumentar a quantidade do meu chakra. Eu fazia jutsus como o Katon e o Juukenhou... Por que não conseguia invocar o que eu queria? Respirei fundo, me apoiando em uma pedra. Vi alguns fios na frente do meu rosto e os coloquei atrás da orelha, meu cabelo estava crescendo e com o treino me esquecia de cortá-lo. Já até conseguia prendê-lo! Mas será que ele ficaria bom comprido? “Será que Neji iria gostar?”, pensei e sorri. Naquele mesmo momento me peguei pensando nele e arregalei os olhos, corando extremamente. Por que pensei em Neji tão de repente? E pensando nele, comecei a pensar em Gaara. Fiz cara de tédio instantaneamente, eu ainda tinha que resolver isso, ne. Que saco...

Depois de sair das termais, me arrumei e fui me encontrar com Jiraya-sama e Naruto na floresta. Eu andava passando pelas árvores até que senti algo. Parei de repente com os olhos arregalados. “O que... É isso?”, pensei com medo, “Esse chakra...”, arregalei mais os olhos, “Naruto!”. Exclamei e corri para a direção de onde vinha esse chakra. Não podia ser ele, não podia! Se fosse, o que eu faria?! Se não fosse, o que nós faríamos?! Jiraya-sama devia estar fazendo algo com certeza! Mas e esse... Não!

– Droga... Droga! – Exclamava enquanto corria.

O que vi entre as árvores quando cheguei foi horrível. Era uma coisa vermelha em forma de pessoa, tinha quatro caudas e orelhas de animal. Parei de repente e me escondi trás de uma árvore para espionar. Quase me tremia de medo ao ver aquilo. Enquanto espionava, vi Jiraya-sama lutando com aquilo. Arregalei os olhos e saí de trás da árvore.

– Jiraya-sama! – Gritei.

Ele me viu e fez uma expressão nervosa.

– Naru, saia daqui! – Ele gritou enquanto desviava daquela coisa – É o Naruto!

– Nani... – Deixei o ar escapar quando parei.

Tentava recuar, mas não consegui me mover. Aquilo era... O Naruto? Jiraya viu que eu não saía do lugar e tentou distrai-lo para não me atacar. Não sei nem quanto tempo eu fiquei paralisada ali, mas quando vi Naruto atingir Jiraya, despertei.

– Jiraya-sama! – Gritei e corri em sua direção.

Ele parou longe e vi seu peito sangrando. Naruto atingiu o peito dele! Meus olhos marejaram e eu me desesperei. Cheguei ofegante e ajoelhei ao lado dele sem saber o que deveria fazer.

– Jiraya-sama... Nani...

Ele torcia a expressão.

– Daijoubu. – Disse com dificuldade – Eu o parei a tempo...

– Hã? – Disse em dúvida e olhei para trás.

Vi a poeira abaixar aos poucos e Naruto deitado no chão, desmaiado. Me voltei para Jiraya-sama e abri sua roupa, pondo as mãos em seu peito.

– O que está fazendo? – Ele disse com dificuldade, torcendo a expressão.

– Sakura tinha me ensinado isso. – Disse com esperanças.

Eu enviava chakra através das minhas mãos para o peito de Jiraya, percebendo que o que Naruto fez atravessou o peito dele. O que aconteceu ali enquanto eu não estava?! O jutsu ainda não estava perfeito, mas consegui ajudá-lo, mesmo tendo ficado uma cicatriz gigante.

– Gomen... Mas ficou a cicatriz. – Eu disse ao terminar.

Ele se sentou e fechou a roupa.

– Hum... Está ótimo. – Ele disse pondo a mão no peito – Arigatou.

– O que aconteceu? – Perguntei nervosa.

– Treinamos demais... – Ele suspirou.

Abaixei o olhar e logo olhei para Naruto. O levamos para uma hospedagem e ele acordou dias depois. Tentei usar aquele jutsu de novo, mas não foi tão eficaz quanto eu gostaria. Naruto se recuperou numa velocidade até rápida e quando acordou, não entendia nada. Parecia tonto, olhou para os lados e me fitou. Eu estava com o olhar baixo, me lembrando de como ele ficou depois daquilo. Sua pele ficou avermelhada e ele fitou bastante debilitado. Percebi que ele me olhava e sorri gentilmente pra ele.

– Ohayou. – Cantarolei.

– Hã... O que houve? – Ele perguntou.

Me lembrei do que Jiraya-sama disse dias antes, Naruto perdeu a consciência quando a terceira e quarta cauda apareceram. Ele estava fora de si. Voltei a sorrir e dei uma bandeja com comida a ele.

– Aqui. – Cantarolei – Eu mesma fiz! – Sorri largamente.

Ele se sentou e analisou.

– Cozinhou isso direito, ne?

Fiz cara de tédio.

– Idiota, come logo! – Exclamei e levantei – E descanse.

– Eh? Nande?

Parei ao perceber. Ele não sabia, ne.

– Hum, nada. Jiraya-sama disse que você parecia estar tendo pesadelos essa noite. – Eu disse com o rosto levemente virado, sorrindo – Então... Descanse um pouco. Ok? – Disse suavemente, mas temi que ele percebesse o nervosismo na minha voz.

– Hum, hai. – Ele disse comendo algo da bandeja – Hum... Está bom. – Olhou para mim – Arigatou.

– Hai. – Sorri.

Saí do quarto suspirando. Percebi Jiraya-sama escorado na parede com os braços cruzados. O olhei em dúvida e ele me fitou.

– Venha comigo um instante. – Ele disse.

Assenti com a cabeça e o segui. Fomos para o telhado da hospedagem e nos sentados. Abracei meus joelhos, preocupada.

– Ele vai ficar bem, ne? – Perguntei deixando meus olhos meio abertos.

– Ele não vai se lembrar do que houve. – Ele disse sério – E isso pode acontecer com você também.

O olhei surpresa, mesmo já tendo imaginado isso.

– Hum, hai. – Desviei o olhar.

– Naru-chan.

– Hai.

– Se alguma coisa muito ruim acontecer com alguém próximo a você, se você se descontrolar, por favor, tente ao máximo se manter calma, controlada.

– Hai. – Assentia.

– O Onze Caudas é parecido com a Kyuubi em relação ao poder, mas... Se ele já te controlou sem nem ao menos você ficar como o Naruto... Isso pode ser muito perigoso. Então... Você entende?

– Hai, Jiraya-sama. – Assenti – Vou tentar ao máximo.

– Hum. – Ele assentiu com a cabeça.

Prometi a ele que tentaria, porém... Semanas depois, quase dois meses, em um dos treinos... Eu fiquei muito fraca, esgotei quase todo o meu chakra e três caudas do lobo surgiram. Jiraya-sama e Naruto me detiveram e eu fiquei desacordada por quase duas semanas até me recuperar por completo. Aquilo quase me consumiu. Eram onze caudas e surgiram apenas três. O que aconteceria se passasse disso? Naruto cuidou de mim como eu cuidei dele quando aconteceu com ele, mas ele não sabia que também havia acontecido aquilo com ele. Me senti tão fraca, tão inútil. Quase os matei e quase matei a mim mesma. Eu tinha esperanças de que conseguiria controlar aquilo. Continuaria a treinar para conseguir que aquilo nunca mais acontecesse! Não podia mais acontecer!


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