Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 15
Uchiha e Hyuuga: um amor impossível – Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *---* Último capítulo dos capítulos especiais xD

Palavras a serem usadas:

*Oba/Obasan = tia



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Yukino começava a ensinar Naru a andar, ela já tinha um ano. Para não mantê-la trancada dentro de casa por causa dos outros, ela saía com Naru para ensiná-la a andar à noite no parque, quando ninguém estava por perto.

– Isso! – Ela sorriu segurando os braços da filha enquanto ela andava.

Naru gargalhou levemente. Yukino sorria, mas parou ao sentir um grande estrondo, seguido de um barulho alto. As luzes das casas se acenderam, as pessoas saíam de suas casas para ver o que era. Ela pegou Naru no colo.

– Nani... – Olhava para o alto.

Ao longe... Ela o viu. Onze caudas, gigantesco e com a pelagem negra. Ela arregalou os olhos e alguém chegou, despertando-a.

– Yukino-san!

Ela o olhou, era um shinobi de seu clã.

– O Onze Caudas está atacando! Precisa vir comigo!

– Nani...?

– Vamos!

Ela abraçou Naru e correu com ele.

– Como! – Perguntava enquanto corria.

– Ninguém sabe ainda, mas o Terceiro Hokage está lutando com mais alguns shinobis.

Ela abaixou o olhar, ainda correndo. “Arisha... De novo...”, pensava. Quando chegaram em uma das entradas para o esconderijo, ele a deixou lá.

– Siga reto por esse caminho e você encontrará os outros.

– Hai. – Ela disse.

– Yukino-san.

– Hum?

Ele pegou Naru do colo dela de repente.

– Oe...!

– Gomen nasai, Yukino-san. Mas ouvi eles dizerem que alguém precisa ser sacrificado para o Onze Caudas parar.

– Iie...

Os olhos dela marejaram. Ele trancou a porta na frente dela e saltou, desaparecendo.

Naru! – Ela gritou.

Yukino batia na porta e com um jutsu a quebrou, saindo correndo. “Naru!”, exclamou em pensamento. Ela pulou e correu pela vila até chegar onde o Terceiro Hokage estava. Ela arregalou os olhos ao ver o Ookami no Akuma. Correu os olhos pelo lugar e o viu. Exclamou ao vê-los e correu, saltando do telhado de onde estava. O Terceiro estava à frente de um pequeno altar onde o shinobi que havia pegado Naru a colocava.

– Uh... Tem certeza disso? Ela faz parte do seu clã. – O Terceiro disse, vendo Naru.

– Hai, Hokage-sama. – O shinobi disse – Essa criança não é considerada uma Hyuuga legítima.

O Hokage franziu a testa, compreendendo a situação. Ele imobilizava o lobo gigante com um jutsu enquanto os outros o ajudavam, sendo Hiashi um deles. Hiashi mantinha a concentração, ficava de olho no lobo para ter certeza de que nada de errado ocorreria. Porém... Yukino apareceu, correndo em direção ao Terceiro Hokage. Hiashi arregalou os olhos e correu, deixando o posto com outro.

Yukino correu, chegando até o pequeno altar.

– Onegai! – Gritou – Ela é só uma criança!

– Uh? Yukino? – O Terceiro a olhou, terminando de fazer os selos.

O lobo rosnou e olhou para ela tentando se soltar. Hiashi exclamou. O lobo tentou se soltar, rosnando e fazendo força para se soltar.

– Segurem-no! – Um dos shinobis disse.

– Yukino! – Hiashi gritou.

Quando Yukino se virou, a pata do lobo a acertou, jogando-a longe. Em meio a ela ser jogada e atingir uma casa, apenas pensava nos dois. “Arisha... Naru... Gomen nasai!”, exclamou mentalmente com os olhos marejados.

PAFT!

Hiashi exclamou arregalando os olhos e correu até ela. Passou pela grande cratera que ela fez ao atingir a parede e a viu.

– Yu... Yukino... – Ele disse nervoso.

Se aproximou, temendo o pior e a viu deitada no chão. Ela estava deitada com um dos joelhos levemente dobrados e os olhos meios abertos. Hiashi franziu a testa, rangendo os dentes vendo o sangue escorrido pela testa dela. Ajoelhou ao lado dela, pondo a mão em seu ombro.

– Gomen... – Disse.

O shinobi que levou Naru se aproximou.

– Hiashi-sama! – Exclamou assustado – Nani...? – Olhou Yukino.

Hiashi o olhou, franzindo a testa.

– O que está fazendo aqui?

– Eu... Anou... Hokage-sama precisava de alguém para... – Ele gaguejava.

Hiashi arregalou os olhos, enfurecido. Sabia que não consideravam Naru como sendo parte do clã, mas não achava que fariam isso. Ele levantou e correu em direção ao shinobi de seu clã.

– Hiashi-sama...! Urhg...!

Hiashi o acertou, fechando seus tenktsus. “Ela se sacrificou... Então faça o mesmo.”, ele pensou enquanto o shinobi caia morto no chão. Hiashi se virou e foi até Yukino, se ajoelhando ao seu lado. Franziu a testa com raiva, pensando que poderia ter feito mais.

Enquanto Hiashi estava com Yukino, o Terceiro Hokage selava o lobo.

– Hokage-sama! Ele vai se soltar! – Um dos exclamou.

– Iie. – Ele disse terminando o jutsu de selamento – Acabou... – Ele olhou para Naru, que dormia.

O lobo rosnou tentando se soltar novamente, mas parou de repente e desapareceu, com seu chakra negro indo em direção a Naru. Ela apertou os olhos levemente e se acalmou. O Terceiro a olhou.

– Hum... – Pensava.

“Como uma criança tão pequena não chorou com essa quantidade de chakra entrando em seu corpo?”, pensou apertando os olhos na direção dela.

...

Depois do enterro de Yukino, todos ficaram de luto. Tanto as pessoas que possuíam afeto por ela quanto as que falaram mal dela. Arisha foi ao enterro e apenas olhava com os olhos marejados para sua foto, ela sorria gentilmente e estava com o cabelo solto. As empregadas que fizeram o parto, choravam. Mesmo não sendo sua filha, a esposa de Hiashi segurava Naru nos braços junto com sua filha durante o enterro, Hinata nascera há poucos meses. A olhou, ela estava calma. Seus olhos marejaram ao fitar a foto de Yukino.

Depois do enterro, Hiashi estava no quarto de Naru com Arisha e sua esposa presente.

– Gomen... – Hiashi disse – Não consegui detê-la.

– Iie. – Arisha disse de cabeça baixa ao lado do berço.

A esposa de Hiashi o fitou.

– Eu devia estar com ela... – Arisha disse com a voz embargada. Na hora do ataque estava ajudando os outros a irem para o esconderijo – Eu sou um inútil. Ela aguentou isso tudo sozinha... – Ele franziu a testa com o olhar baixo – Eu devia ter ido embora com as duas há muito tempo.

– Não fale assim, Arisha-san. – A esposa de Hiashi disse – Yukino queria proteger vocês dois.

– E acabou morta. – Arisha disse, desolado.

Hiashi suspirou.

– E o seu pai?

– Hum, como sempre. – Arisha disse – Não moro mais eles, mas...

– Nani?

– Queria levar Naru comigo. – Ele disse – Mas ele diria a todos que ela não é minha filha, chamaria Naru de monstro. Principalmente por causa do Ookami. – Ele suspirou quase bufando – Já não bastavam os olhos.

Hiashi abaixou o olhar.

– Arisha-san, Naru pode ficar conosco o quanto quiser. – A esposa de Hiashi disse – Não há problema, certo Hiashi?

– Hum, talvez. – Ele disse pensando.

– Vai ser ótimo Hinata ter companhia.

Arisha sorriu para ela.

– Arigatou.

Ele abaixou o olhar fitando sua mão, que segurava o colar que ele fizera para Yukino. Ela o usava até aquele dia.

– Vai ser bom ela ficar aqui até tudo passar.

– Hum? Como assim? – Hiashi o olhou.

– Hum... Não é nada. – Arisha franziu a testa – Apenas coisas do clã... Aos quais não quero fazer parte.

Eles o olharam em dúvida. Arisha os fitou.

– Eu posso... De vez em quando... Vê-la?

– Claro! – A esposa de Hiashi disse gentilmente.

– Arigatou. – Ele sorriu.

Arisha olhou para Naru, que dormia gentilmente. “Como alguém tão pequena... Poderá aguentar tudo isso?”, ele pensava enquanto a olhava. Pôs o colar dentro do berço.

– Onegai. – Ele os olhou – Eu quero contar que eu sou o pai dela, mas... Quando ela estiver maior. Tudo bem?

– Hai. Como queira. – Hiashi disse.

– Hiashi... – Arisha fez uma reverência, com os braços juntos ao corpo.

Hiashi e sua esposa ficaram surpresos.

– Arigatou... Por tudo que fez e que ainda está fazendo. – Arisha disse.

– Hum. – Ele assentiu com a cabeça.

...

Naru crescia pouco a pouco. Ela era alegre e divertida com Hinata, mas tímida com outras pessoas. Arisha a via enquanto dormia e durante o dia ficava em cima das árvores, vendo-a sorrir e brincar com Hinata. Ele sorria ao ver como ela ficava cada vez mais parecida com Yukino. Quando ela tinha quatro anos a mãe de Hinata teve outra filha, Hanabi. Quando Hinata fez três anos, houve uma celebração.

As duas estavam com a mãe de Hinata, no quarto de Hanabi. Elas assistiam Hanabi dormir. Davam risadinhas, fazendo a mãe de Hinata sorrir.

– Hinata.

– Uh? – Ela a olhou.

– Está na hora do seu treino. Melhor se encontrar com seu pai.

– Hum, hai. – Ela disse se retirando.

Naru continuava a ver Hanabi.

– Nee, Naru?

– Uh? – Ela a olhou em dúvida.

– Não quer ver o treino da Hinata? Não é um pouco chato você ficar vendo Hanabi dormir? – Ela deixou uma risada escapar.

– Iie. Kawaii! – Ela sorriu – E... – Abaixou o olhar.

– Nani?

– Hum. – Ela pensava – As empregadas novas tem medo de mim.

A mãe de Hinata ficou paralisada. Elas eram novas na casa e sabiam sobre Naru e sua mãe, mas principalmente sobre o selamento anos antes.

– Naru...

– Eu as ouvi dizerem... Que eu tenho um monstro dentro de mim. – Ela disse cabisbaixa.

A mãe de Hinata arregalou os olhos.

– *Obasan... É verdade? – Naru perguntou com os olhos marejados – É por causa do meu olho preto?

Ela acalmou o olhar, fitando Naru.

– Naru... Você é você, é uma ótima menina. Não fique triste pelo o que os outros falam. Você é boa.

Naru acalmou o olhar enquanto a olhava.

– Mas... – Ela começou a contar.

Perguntou a Naru se ela sabia sobre a Raposa de Nove Caudas. Depois de dizer o que era, começou a contar calmamente sobre a noite do selamento. Naru chorou um pouco ao descobrir que tinha um monstro dentro de si, mas a mãe de Hinata pegou gentilmente em seu rosto.

– Você é boa. Não se esqueça disso. – Ela disse, sorrindo – Ne? Quer ver o treino?

– Hum. – Naru sorriu levemente.

Foi para o cômodo onde Hinata treinava com o pai e sentou no chão, em cima dos pés. Avistou o irmão de Hiashi com seu filho ao lado dele, assistiam o treino. Naru olhou para Neji, que a olhou por um momento fazendo-a abaixar o olhar. Todos olhavam para os olhos dela, o que a fazia ter vergonha de si mesma. Dias depois, ela pediu a Hiashi para esconder seu olho. Ele deu a ela um tapa-olho para esconder seu olho direito.

...

Logo depois que Naru entrou na academia ninja... Aconteceu. Arisha acabara de voltar para casa, a viu sair da academia depois da aula e sorriu ao vê-la tão crescida. Ela era realmente parecida com Yukino, porém com a cor dos cabelos dele. Ele voltou para casa e suspirou, faltava pouco tempo para contar a ela que ele era seu pai. Depois de jantar, ouviu algo estranho enquanto lavava a louça. Olhou pela janela e arregalou os olhos ao sentir uma presença logo atrás dele. Se virou, ofegando nervosamente.

– I... Itachi? – Exclamou.

Itachi o olhava com um olhar sério. Ele tirou a espada da bainha e o atacou. Arisha se defendeu com uma kunai que sempre carregava consigo.

– O que...? Eu...! Eu não faço parte daquilo, bakayarou!

– Run... – Ele franziu a testa.

Recuou a espada e fez um movimento com ela.

– Itachi! Onegai! – Arisha exclamou, sabia que ele era forte já que estava na ANBU – Onegai, eu tenho uma...!

Ele deu o golpe e matou Arisha, tirando a espada e deixando-o cair no chão, morto.

O massacre do clã Uchiha foi algo perturbador. Tanto quanto quem o fez! Todos da vila ficaram perplexos, chocados. Hiashi soube e ficou extremamente abatido. Não sabia mais o que fazer, principalmente em relação à Naru, que agora era órfão. E o pior aconteceu: o conselho requisitou sua presença.

– Hiashi-sama, nós demos o tempo por Yukino ter morrido tão precocemente, mas Hyuuga Naru já está com sete anos. Ela deve sair daqui.

“Agora isso.”, Hiashi pensou enquanto franzia a testa, “Ela não tem ninguém, idiotas.”.

– Gomen... Mas...

– Ela não faz parte do clã, Hiashi-sama. Precisa ir embora daqui, ela não pode morar na mesma casa com sua futura sucessora. Principalmente por ser...

– Uma mestiça. – Outro completou.

Hiashi o olhou.

– Nós ainda não sabemos quem é o pai de Naru.

– Nós sabemos sim. – Outro disse seriamente tirando algo de dentro do roupão. Uma carta – Descobriram isso na casa de Uchiha Arisha. Estava em cima de sua mesa. – Ele disse entregando a carta a Hiashi, que começou a lê-la.

– Havia o nome de Hyuuga Yukino no envelope.

Hiashi o olhou sério.

– O conteúdo dessa carta... – Outro continuou – Prova sem deixar margem de dúvidas que o pai de Hyuuga Naru era um Uchiha.

Hiashi começou a suar frio.

– Ela não faz parte do clã. – Um deles disse – Não vamos mais tolerar que o senhor, sendo o líder do clã, tenha esse tipo de comportamento em relação a uma menina mestiça. Não importa mais se a mãe dela era sua amiga ou não. Hyuuga Naru deve partir imediatamente, se não... Duvidaremos de sua liderança, Hiashi-sama.

Hiashi franziu a testa. Se ele mantivesse Naru em sua casa, sua liderança seria duvidada pelo conselho. Mas se mandasse Naru embora seria como se estivesse traindo Yukino e Arisha, aos quais ele ajudou tanto. Hiashi e a esposa conversavam.

– Vai mandá-la embora? – Ela disse preocupada.

– O melhor seria essa escolha, se não duvidarão de mim. – Ele disse sério, pensando – Posso conseguir uma casa simples pra ela.

– Mas ela está conosco desde bebê. Naru é uma ótima menina, se você fizer isso vai concluir o que ela pensa.

– O que? – Ele a olhou em dúvida.

– Ela pensa que é um monstro. – Ela disse cabisbaixa.

Ele abaixou o olhar.

– Eu vou ficar de olho nela. – Ele disse.

Ela abaixou o olhar, com algumas lágrimas se formando em seus olhos. Hiashi tentou ser o mais delicado com Naru, mas por ser ríspido naturalmente não conseguiu exatamente não vê-la chorar um pouco. Ele conseguiu uma casa simples para Naru e ela logo se mudou. A maior parte do tempo ela ficava abraçando os joelhos em cima da cama, se perguntando o que fizera para que a mandassem embora. Hiashi não sabia se entregava a carta do pai dela ou se esperava, mesmo sem saber qual era a idade que Arisha pretendia contar.

– Você vai entregar a carta?! – Sua esposa exclamou – Ela só tem 7 anos! É uma criança!

– O quanto antes ela saber, melhor. – Hiashi disse guardando a carta em seu roupão.

– Hiashi, onegai!

– Iie. – Ele disse sério, voltando a se comportar como líder – Ela não é minha filha. – Ele disse mesmo se arrependendo em seguida.

– Hiashi... – Ela disse cabisbaixa querendo chorar – Ela é só uma menina.

Ele desviou o olhar. Começou a optar pela obrigação que deveria cumprir, mesmo que isso significasse magoar Yukino. Numa tarde, Hiashi foi até a casa de Naru e bateu poucas vezes na porta. Ela a abriu e ele arregalou os olhos levemente vendo o estado dela. Naru usava o tapa-olho, seu outro olho estava meio aberto e inchado. Ele percebeu que ela chorou, e muito. Ele acalmou o olhar, disfarçando. Não sabia que ela estava tão mal, percebeu que a esposa estava certa. Naru era apenas uma menina, mas ele tinha a certeza de que deveria fazer isso.

– Hiashi...sama? – Ela o olhou em dúvida.

– Hum. Posso entrar por um momento?

– Hum, hai.

Ele entrou e pelo estado da casa, percebeu que ela conseguia se virar sozinha um pouco. Ela parou e se virou para ele, que a fitou.

– Hum. – Ele tirou a carta de dentro do roupão – Essa carta...

Ela a olhou.

– Eu não sabia... – Ele mentiu – Mas essa carta foi escrita pelo seu pai, endereçada a sua mãe. Acharam há pouco tempo.

Ela arregalou os olhos, nunca soube quem era seu pai.

– Nani...

– Tome. – Ele disse, dando a carta a ela.

Ela a pegou e Hiashi foi embora, fechando a porta. Naru olhou a carta, estava amarelada.

– Antiga? – Disse quase que inaudível.

A abriu e começou a ler.

Yukino,

Não sei se a carta vai dar certo, minhas palavras a você não deram certo até hoje, mas, por favor, não faça isso. Não tente fazer isso sozinha, eu não quero que você aguente isso tudo que está passando sozinha! Eu sou o pai da Naru, tenho participação nisso e não quero vê-la crescer sem minha presença. Ela é nossa filha e os clãs não podem fazer mais nada. Se for preciso eu luto com meu pai até a morte para proteger você. Meu erro foi não ter feito isso antes. Por favor, não tente proteger todo mundo! Você não tem que fazer isso sozinha! Eu amo você, quero finalmente me casar com você.

Uchiha Arisha.

Naru arregalou os olhos novamente, ofegando sem parar. Não acreditava que descobrira quem era seu pai e que ele queria realmente ficar com sua mãe. Ela já sabia que a mãe havia morrido quando o Onze Caudas atacou a vila, mas começou a achar que foi por sua culpa já que aquilo foi selado nela. Naru encarava a carta, amassando-a por apertá-la com força.

– Nande... – Rangia os dentes.

Seus olhos estavam marejados e ela arrancou o tapa-olho com raiva, jogando-o no chão. Agachou no chão com as mãos cerradas na cabeça tentando engolir o choro, mas fungava sem parar. “Os dois... Os dois clãs não queriam eles juntos. Nande... Nande, malditos!”, ela gritou mentalmente arregalando os olhos cheios de lágrimas. Naquele momento seu olho preto ficou vermelho cor de sangue, seu Sharingan despertou. Ela não notou, apenas chorava enquanto começava a sentir ódio pelos dois clãs naquele momento. Do lado de fora, de costas para a porta, Hiashi estava com o olhar baixo, ouvindo Naru chorar. Levantou a cabeça e olhou para o céu, um pássaro passava voando. “Gomen nasai, Yukino.”, ele pensava com o olhar triste, “Não consegui... Gomen...”.

Naru começou a faltar às aulas da academia. Um dia ela estava no parque, sentada no balanço. O olhar estava baixo e seus olhos marejados.

– Nande...

– Hum? Por que o que? – Alguém disse.

Naru arregalou os olhos e levantou assustada. O balanço se mexia enquanto ela via quem era. O garoto loiro da sua turma.

– Quem... Quem é você? – Ela perguntou desconfiada.

– Hum. Uzumaki Naruto! – Ele deu um sorriso largo, pondo a mão atrás da cabeça.

Ela o olhava em dúvida sem imaginar que ele seria seu melhor amigo.

.

.

.

Fim do capítulo especial ^-^


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Notas finais do capítulo

Gostaram? *o* Próximo: volta a Naru! xD



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