Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 14
Uchiha e Hyuuga: um amor impossível – Parte 3


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem *o* O próximo capítulo vai ser a última parte *---*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/629716/chapter/14

A barriga de Yukino crescia a cada semana... Assim como os burburinhos sobre ela no clã. “Aquela Yukino?!”, alguém dizia, “Hai! Ela está grávida, mas ninguém sabe quem é o pai!”, “Ela não fala quem é.”, “Os pais a expulsaram de casa, deve ter engravidado de qualquer um.”. Yukino ainda estava na casa de Hiashi e raramente saía. Na casa havia alguns subordinados e Hiashi pediu a eles para manterem descrição sobre ela. Seus pais não falavam mais com ela e Arisha parou de visitá-la frequentemente, à pedido dela. Arisha ficou com raiva, mas ela implorou. Porém, no meio da noite ele ia visitá-la para ver como o bebê estava crescendo. Hiashi permitia e isso deixava as coisas mais fáceis.

Yukino estava com Hiashi num cômodo. Ela com a mão na barriga e ele com um copo na mão.

– Obrigada por tudo. – Yukino dizia enquanto olhava pela janela – Mas eu não posso ficar aqui para sempre.

– Yukino. – Hiashi disse – Não precisa ir.

– Gomen... Mas se eu ficar, isso vai recair sobre você.

– Talvez, mas pelo menos espere a criança crescer um pouco.

Ela abaixou olhar.

– Nee, você é um ótimo amigo. – Ela sorriu e o olhou – Não me arrependo da minha decisão, mas eu queria que as coisas fossem diferentes, sabe.

Ele a olhava.

– Eu queria que não houvesse a divisão das famílias no clã. – Ela continuava calmamente – Eu sei que é uma maneira segura de preservar o Byakugan, mas... Isso machuca as pessoas. Se no próprio clã é assim... Eu nem preciso falar sobre a situação de agora, ne.

Ele abaixou o olhar.

– Gomen... Por manchar o nome do clã. – Ela disse.

– Yukino... – Ele suspirou – Sinceramente, eu não estou fazendo isso como o líder do clã. Eu estou te ajudando por você ser minha amiga desde criança. E eu vou te ajudar até onde conseguir.

Ela o olhava e sorriu gentilmente.

– Arigatou.

...

Arisha a visitou no meio da noite. Ele pulou o muro e foi até a casa de Hiashi, passando pela janela do quarto de Yukino. Ele a fechou e sentou ao lado dela na cama.

– Yukino. – Mexeu em seu cabelo, despertando-a calmamente.

– Hum? Arisha. – Ela sorriu – Daijoubu?

– Hai. – Ele sorriu.

Ele pôs a mão na barriga dela, que já estava grande.

– Minato e Kushina perguntaram por você. Kushina está grávida.

Ela sorriu gentilmente.

– Que ótimo!

Ele sorriu, mas aos poucos ficou cabisbaixo.

– Nani? – Ela perguntou.

– A gente pode sair da vila, morar em outro lugar.

– Hum? – Ela ficou surpresa – Não! – Se sentou – Eu disse que não quero que nada te aconteça. Se fizermos isso seu pai vai te perseguir.

Ele abaixou o olhar. Ela sorriu e pôs a mão gentilmente na bochecha dele.

– Ne, eu te amo.

Ele a olhou e sorriu.

– Vai ficar tudo bem. – Ela disse suave.

...

A noite era calma e Yukino dormia, suspirando calmamente. Ela começou a sentir dor e pôs a mão na barriga.

– Hum?

Correu a mão e sentiu a cama molhada.

– Hum! – Exclamou jogando o cobertor longe – Uhm... – Respirava nervosamente, sua bolsa havia rompido e ela começara a sentir dor – Agora...? Argh... – Gemia de dor.

Uma das empregadas que tomava conta dela ouviu e entrou no quarto.

– Yukino-san...? Hum! Meu Deus! – Ela exclamou, saindo correndo.

Yukino tentava se levantar, mas apenas gemia de dor enquanto apoiava o cotovelo na cama. Hiashi apareceu na porta, ofegante por correr.

– Yukino! Já está na hora?! – Ele perguntou.

– Hai... – Ela gemia de dor.

Ele se voltou para a esposa, que estava na porta.

– Chame as outras.

– Hai! – Ela saiu correndo.

Logo depois, mais duas empregadas chegaram.

– Yukino-san! – Exclamaram preocupadas.

A ajudaram a se deitar, uma deitou a cabeça dela em seu colo acalmando-a e a outra via como estava o estado do parto. Hiashi foi até a esposa.

– Fique com ela, vou chamar Arisha!

– Hai! – Ela assentiu, correndo até Yukino.

Se ajoelhou ao lado dela e segurou sua mão.

– Vai ficar tudo bem. – Ela tentava acalmá-la.

– Onegai! – Yukino segurou a mão dela – Se alguma coisa acontecer proteja-a, proteja-a, por favor! – Os olhos dela marejavam.

– Hai... – Ela disse – Como sabe que é menina?

– Não sei ao certo... Argh...! – Ela gemia – Eu só... Imagino. – Ela tentou sorrir.

– Yukino-san, faça força! – A empregada que fazia o parto disse.

Ela o fez.

– Qual o nome que quer dar a ela? – A esposa de Hiashi perguntou.

Yukino deixou as lágrimas caírem.

– Transformar...

– Uh?

– “Naru”. – Ela sorriu.

– De novo, Yukino-san! – A empregada disse.

Em meio aos gemidos de dor, Arisha chegou com Hiashi.

– Yukino! – Ele exclamou se aproximando.

– Onegai, Hiashi-sama! Quanto menos pessoas melhor! – A empregada pediu.

– Hum, hai! Venha. – Ele disse a esposa.

– Hum! Arigatou! – Yukino exclamou a ela.

A esposa do amigo sorriu gentilmente, se retirando com o marido. Arisha pegou em sua mão. A dor era insuportável, ela tentava não gritar e as empregadas pediam que ela fizesse mais força. Hiashi e a esposa estavam do lado de fora, apreensivos. Ela queria ajudar, mas não sabia o que fazer. De repente ouviram um gemido alto e o choro do bebê. Ela olhou para Hiashi, abrindo um sorriso.

A empregada enrolava o bebê numa manta e foi até Yukino enquanto a outra deitava sua cabeça cuidadosamente.

– Que bebê lindo! – Ela disse saindo de cima da cama.

Yukino sorriu, cansada.

– Aqui. – A que estava com o bebê o deu a ela – É uma menina.

Arisha abriu um sorriso e olhou para Yukino, que sorriu.

– “Naru”?

– Hai. – Ele sorriu.

A outra empregada correu até a porta e chamou Hiashi com a esposa. Ao entrar ela sorriu e foi ver a menininha. Hiashi sorriu levemente.

...

Yukino cuidava de Naru com a ajuda da esposa de Hiashi, que queria saber como era cuidar de um bebê. Ela a ajudava com o bebê e perguntava sempre com um sorriso como era ser mãe. Yukino sorria, dizendo que era incrível. Arisha as visitava sempre sem os pais dele saberem. Via Naru dormir e crescer aos poucos.

Numa das visitas, ele a assistia dormir. Mexeu em seu cabelo preto.

– Ela é bonita como você. – Ele sorriu.

Yukino sorriu, sentada na cama.

– Ne. – Ele a olhou seriamente – Não quero mais isso.

– Eh?

– Não quero ver você aguentando tudo isso sozinha.

Ela abaixou o olhar.

– Arisha...

Ele foi até ela e agachou a sua frente.

– Você sempre diz que me ama, mas não quer ficar comigo. – Ele disse calmamente.

– Não é isso... – Ela exclamou pelo absurdo.

– Eu não quero ver Naru crescer longe de mim. – Ele disse – Eu quero acordar e ver vocês na cozinha na hora do café da manhã. Quero vê-la estudar... Quero ver você sempre que eu quiser.

Os olhos dela começaram a marejar.

– Gomen nasai... – Ela disse com a voz embargada – Mas não suportaria te ver ferido.

Ele suspirou, abraçando-a e deitando a cabeça no colo dela.

– Onegai... – Apertou a roupa dela – Não faz isso comigo...

Arisha estava cansado de ver a filha crescer longe dele e não poder ficar com a mulher que amava. Dias depois ele estava em seu quarto, olhando desolado para o teto e se lembrando do rosto das duas. Suspirou e levantou, se sentando na mesa de seu quarto. Pôs-se a escrever.

...

Numa das noites, que parecia ser tranquila, Yukino olhava para Naru, pensando no que Arisha disse. “Não faz isso comigo...”, ela lembrou. Abaixou o olhar, limpando as lágrimas que se formavam. “Gomen... Eu estou magoando você, ne?”, ela pensou voltando a olhar para a filha. De repente ouviu um barulho alto, que fez Naru despertar.

– Ah, Naru! – Ela a pegou no colo – Shh, shh... Calma. – Dizia calmamente enquanto tentava acalmá-la.

“O que será que foi isso?”, ela pensou desconfiada.

De repente a esposa de Hiashi apareceu, abrindo a porta apressada.

– Yukino!

– Hum? Nani? – Ela perguntou preocupada por vê-la desesperada.

Ela ofegava.

– A Nove caudas...!

Yukino arregalou os olhos. “Arisha...”, pensou preocupada.

– Rápido! Alguns shinobis estão evacuando a vila para o esconderijo!

– Mas...!

– Rápido! – Ela a pegou pelo braço e correram.

Foram para o esconderijo. Várias mulheres e crianças estavam lá com mais alguns shinobis para protegê-las. O clã ficou em um canto e Yukino não encontrava seus pais.

– Cadê eles?

– Lutando. – A esposa de Hiashi disse com pesar.

Yukino sentiu as lágrimas se formarem. Esperava que Arisha estivesse bem. “Onegai... Onegai!”, exclamava mentalmente. Naru começou a chorar pelo barulho e ela a tentar acalmá-la. Algumas mulheres do clã a olharam com desdenho, fazendo-a abaixar o olhar com vergonha. “Por que isso tudo... Tem que acontecer?”, pensou abraçando Naru.

Quando a luz do sol surgiu, tudo estava bem de novo. No meio do tumulto e o aglomerado de pessoas, todos voltaram para suas casas ou começaram a ajudar por causa da destruição em alguns pontos da vila. Yukino chorava por querer saber de Arisha. Foram para casa e descobriram que Hiashi estava bem. Ela pôs Naru no berço e não soube de Arisha até o dia seguinte, quando ele foi vê-la.

– Yukino! – Ele correu e a abraço logo que entrou no quarto.

Ela o abraçou chorando, fazendo ambos caírem ajoelhados no chão.

– Eu pensei... – Ela chorava.

– Iie... Daijoubu. – Ele disse, mas começou a chorar.

– Nani?

– Minato... E Kushina...

Ela apertou a camisa dele, chorando mais.

– O bebê?! – Se lembrou.

– Ele está bem. – Ele disse.

Ela acalmou o olhar por um momento e voltou a chorar, abraçando-o. Se tremia um pouco. Ele a acalmou e os fez se levantar. Foi ver Naru, pegando-a no colo e a abraçando mesmo ela estando dormindo.

– Hmmm...

– Uh? – Ele ouviu um barulhinho.

Yukino se aproximou, tentando sorrir.

– Ela acordou. – Disse.

– Hum. – Ele assentiu.

Sorriu ao perceber que pôde ver a filha mais uma vez. Ela abriu os olhos e os piscou, ele percebeu algo.

– Yukino.

– Hum?

– Os olhos dela.

– Eh? Ela os abriu! – Ela sorriu, mas seu sorriso sumiu ao ver os olhos de Naru – São...

– Diferentes. – Ele completou olhando para os olhos de Naru.

O direito era preto e o esquerdo branco. Eles se entreolhavam cabisbaixos, desse jeito seria mais difícil de proteger a filha. Saberiam que Naru era diferente.

...

O conselho Hyuuga se reunia com Hiashi.

– E aquela mulher, Hiashi-sama? – Alguém protestou.

– Nani?

– A que não disse quem era o pai da filha.

Hiashi franziu a testa.

– Yukino está sobre a minha proteção e da minha esposa. Ela é uma amiga querida.

– Mas Hiashi-sama percebeu. – Outro disse em tom óbvio – A menina não é totalmente parte do clã.

– O que quer dizer? – Hiashi perguntou, mas já sabia o que era.

– A criança possui olhos diferentes. Ela tem o Byakugan apenas em um dos olhos.

– Às vezes podem acontecer anomalias. – Hiashi disse calmamente.

– Hai... Mas. – Outro disse – Essa “anomalia” pode declarar que o pai da criança não é um Hyuuga.

Hiashi franziu a testa, não soube o que dizer.

– Hiashi-sama... Já não basta aquela menina ter engravidado e não dizer quem era o pai? Sinto dizer por ser sua amiga, mas ela é uma vergonha para o clã. – Ele suspirou – Eu sei que é ruim, mas ainda bem que os pais delas não estão mais neste mundo para vê-la desse jeito.

– Onegai, não fale isso. – Um ao lado dele disse – Eles eram meus vizinhos, eram pessoas boas.

– Podem ter sido pessoas boas, mas sua filha lhes causou muita vergonha. Eu vi o que eles sofreram.

Hiashi franziu o cenho.

– Hiashi-sama.

Ele o olhou.

– Aconselhamos ao senhor que Hyuuga Naru não seja considerada como parte do clã.

– Uhm... Nani? – Hiashi disse surpreso – Ela é filha de Yukino, que faz parte da família principal. Não podem fazer isso.

– Porém ela não podia ter engravidado de alguém de fora do clã. Ela quebrou as regras.

Hiashi franziu a testa.

– Não sabemos quem é o pai. – Ele mentiu – Não podem deixar a menina sem um nome.

– Run. – Ele bufou – Hiashi-sama. Então faremos o seguinte: a menina não perderá o nome do clã, porém ela não fará parte dele. Então, assim que ela fizer um ano e meio, tire-as daqui. Você é o líder, Hiashi-sama. Precisa compreender, por favor.

Hiashi abaixou o olhar, franzindo o cenho. Ele quebrara várias regras por Yukino e sua esposa estava grávida do primeiro filho. Ele precisava controlar a situação. Não teve escolha, contou a Yukino.

Ela o olhava sem expressão, mas sorriu gentilmente.

– Hiashi... Arigatou. Por tudo.

Ele a olhou, surpreso. Abaixou o olhar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Gostaram? *----*

P.S.: O negócio dos pais da Yukino de "não estarem mais nesse mundo" foi porque eles morreram no ataque da Kyuubi.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Uivos ao luar" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.