Uivos ao luar escrita por Lailla


Capítulo 13
Uchiha e Hyuuga: um amor impossível – Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Vocês tem que me amar muito! Gente, dois capítulos num dia! Um pedaço do meu cérebro foi embora! 'kkkkkkkkkk



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Yukino não acreditava. Seus pais eram contra seu casamento. Ela os olhava, paralisada.

– Ele é um Uchiha, Yukino. – Seu pai disse – É de outro clã.

– Mas... Qual o problema? – Ela deixava uma risada escapar por não entender.

– Você quem deveria mais saber sobre isso sendo da família principal. – Ele disse seriamente – Ele possui um doujutsu diferente e não faz parte do nosso clã, ele não conhece as regras do clã. E seus olhos estarão mais seguros aqui.

– Mas somos da mesma vila, todos nós! Somos iguais! – Ela protestava.

– Yukino! – Seu pai bateu o punho na mesa, recriminando-a.

Ela se assustou, seus olhos marejaram.

– *Toosan...

– Está decidido. – Ele cruzou os braços – Você não vai se casar com ele. Você é uma Hyuuga, forte e da família principal. Deve se comportar como tal e se casar com um Hyuuga da família principal. Outro qualquer não será admitido.

Ela abaixou a cabeça, chorando.

– Isso não é justo... – Rangeu os dentes – Eu amo Arisha...

– O clã é mais importante que isso. – Seu pai disse.

Ela arregalou os olhos, ainda de cabeça baixa.

– Nande...

Seus pais a olharam.

– Por que estão fazendo isso?! – Ela exclamou encarando-os.

– Yukino...!

– “Yukino” nada! – Ela exclamou quase gritando – Eu pensei que ser da família secundária era viver engaiolado por causa daquilo, mas nós também ficamos engaiolados por essas malditas regras do clã! Eu quero ficar com ele! Qual o problema disso?! Você não ama minha mãe então?! Só se casou com ela por ser uma Hyuuga?!

Ele a olhou, franzindo o cenho e bateu em seu rosto. Ela exclamou pondo a mão na bochecha e sua mãe olhou para ele, surpresa. Yukino começou a chorar e saiu correndo, passando pela porta de casa. Chovia e ela logo ficou molhada.

...

Arisha estava no quintal, sentado na varanda e olhando para o céu.

– Nii-san.

– Hum? – Arisha o olhou e sorriu – Yo.

Seu irmão se aproximou e sentou ao seu lado.

– O que houve? – Arisha riu por ele estar sério.

– Hum. – Ele suspirou – Você estava namorando aquela Hyuuga, ne?

– Hum, hai.

Seu irmão olhava para frente, sério.

– Por favor, não se case com ela.

– Hum? – Ele não entendeu – *Ottoto...

– Eu a vi com um colar... E eu vi você fazendo um colar igual aquele outro dia. – Ele disse – Ela não serve pra você, nii-san. Ela não é como nós.

– Oe, Yukino é incrível. – Arisha dizia surpreso com seu irmão.

– Eu sei que você gosta dela, mas Toosan e Okaasan não vão deixar.

– Como sabe? Ainda nem falei com eles.

– Eu só sei. Ela não se encaixa aqui.

Arisha bufou pelo que ele disse e foi até seus pais. Os reuniu na mesa junto com o irmão e anunciou a notícia sem rodeios. Ele teve a esperança de que o irmão estivesse errado sobre seu julgamento, mas...

– Uma Hyuuga? – Seu pai disse – Está louco?!

Ele o olhou, surpreso.

– A linhagem do Sharingan precisa ser passada para os mesmos membros do clã. Não pode se casar com ela, vai corromper a linhagem! – Seu pai disse.

– “Corromper”?! – Ele exclamou indignado – Yukino é tão forte quanto nós! E eu a amo!

– Não! – Seu pai proibiu.

– Arisha, – Sua mãe disse gentilmente – ela deve ser adorável, mas com o Byakugan isso pode gerar algo...

– “Algo”? – Ele disse sem expressão – O que está dizendo... Exatamente? – Ele disse com raiva.

– Não queremos uma criança mestiça que faz parte da linhagem Uchiha. – Seu pai disse seriamente.

– Yukino vai receber meu nome e quando tivermos uma criança, ela também vai ter o nome Uchiha. – Arisha disse claramente, protestando.

– Vocês não vão ter uma criança porque não vão se casar! – Seu pai exclamou – Esqueça isso! Escolha qualquer outra do clã, mas ela não!

– BAKAYAROU! – Arisha gritou, batendo na mesa e levantando.

– Arisha! – Seu pai o chamou, imponente.

Ele não olhou pra atrás, apenas saiu porta a fora. Sua mãe estava cabisbaixa assim como o irmão dele. Arisha começou a andar sem rumo debaixo da chuva, que o deixou completamente molhado. As ruas estavam vazias e ele estava com a cabeça baixa, mas ao levantá-la viu Yukino correr na rua à frente, passando e desaparecendo.

– Yukino...! – Ele disse, surpreso por ela estar correndo na chuva.

Ele correu e pulou nos telhados para alcançá-la. Aterrissou na frente dela, pegando em seus ombros e fazendo-a parar.

– Oe... – Ele disse vendo que ela chorava – O que houve?

Ela balançou a cabeça chorando e encostou o rosto no peito dele. Se tremia por chorar. Ele a abraçou.

...

Arisha a levou para uma caverna que havia depois do bosque próximo da vila. Pegou alguns galhos e fez uma fogueira. Ela tirou seu roupão tradicional do clã e o pôs próximo ao fogo, para secá-lo. Ficou apenas com um short e uma blusa. Arisha tirou a blusa e fez o mesmo. Ela contou a ele o que houve em casa, assim como ele.

– Gomen... – Ele disse – Não é que eles não gostem de você, mas...

– Eu sei. – Ela disse suave – Gomen...

Ele pôs o braço em volta dela e a abraçou. Ela ficou de lado e o abraçou, começando a chorar.

– Não iria... – Ela dizia com a voz embargada – Não iria ser mestiça... Iria ser apenas uma criança... Ne?

Ele acalmou o olhar, cabisbaixo.

– Eu sei... Gomen... – Os olhos dele ficaram marejados – Eu quero você... Só você...

– Hum... – Ela assentiu com o rosto lavado de lágrimas – Arisha...

Ele a olhou. Yukino o olhava com os olhos marejados. Ela se inclinou e o beijou, deixando as lágrimas caírem. Cessou e encaixou a cabeça no pescoço dele.

– Me deixa ser só sua. – Ela sussurrou.

Ele arregalou os olhos.

– Yukino...

– Onegai. – Ela disse o beijando de novo – Eu amo você. – Ela o olhou.

Arisha a olhava. Acalmou o olhar e suspirou, beijando-a. Ele a deitou, puxando sua blusa para ela se deitar. Se beijavam enquanto tiravam as roupas. Yukino respirava ofegante enquanto faziam amor e Arisha passava a mão pela cintura dela, acariciando-a. Ele beijou o pescoço dela e em seguida sua boca, ao terminarem ofegantes. Por fim, ele a abraçava por trás e ela deitava em seu braço enquanto os dois viam o fogo dançando na fogueira. Yukino sorria e Arashi acariciava seu braço.

– E agora? – Ela perguntou suave.

– Não faço ideia. – Ele suspirou encostando os lábios na parte de trás do pescoço dela – Acho que agora eles não têm escolha. – Ele deixou um sorriso escapar.

– Espero que sim. – Ela disse e se virou para ele – Eu só quero casar com você.

Ele sorriu beijando-a.

...

Dois meses depois, os pais deles ainda não permitiam o casamento. Arisha tentou pedir ajuda a Minato, mas como se tratava de assuntos de clãs ele não pôde fazer nada. Arisha e Yukino ainda não haviam contado o que houve na caverna, Yukino tentava falar com seu pai, mas ele não queria falar com ela sobre o Uchiha.

– Yukino! – Ele a recriminou – Pode falar sobre qualquer coisa, mas não sobre esse casamento!

– Mas nós...

– Chega!

Ela franziu a testa. Saiu andando e se trancou no quarto. Olhou pela janela e sentiu algo, um enjoo, pondo a mão na frente da boca. Ao melhorar, pôs a mão na altura do estômago, sem entender. Respirava nervosa já imaginando o que poderia ser. Os dois não tinham coragem de contar aos pais que haviam dormido juntos, mas queriam ficar juntos e ainda se encontravam na mesma caverna.

Yukino e Arisha estavam debaixo do roupão dela, deitados e com ele a abraçando. Ela pensava em como contaria, havia feito as contas e descobrira algo.

– Acho que devemos contar. – Ela disse.

– Uh?

– Sobre nós. Com certeza não vão mais nos impedir.

– Hum. – Ele assentiu – O que falta é casar. – Ele deixou escapar um sorriso.

– Com certeza.

– Uh? – Ele não entendeu.

Ela se sentou, cobrindo os seios com o roupão. Ele a olhou surpreso e se sentou ao vê-la com os olhos marejados.

– Nani? – Perguntou preocupado.

– Arisha... Vamos... Ser pais. – Ela disse com a voz embargada.

Ele arregalou os olhos.

– Sério? – Disse sem acreditar.

Ela balançou a cabeça, confirmando. Ele abriu um sorriso e a abraçou.

– Uhm... Nani? – Ela perguntou sem entender.

– Eu só estou feliz. – Ele sorriu.

– Mas... O que eles vão fazer?

Ele a beijou e a olhou.

– Eu vou fazer de tudo pra ficar com você.

Os olhos dela marejaram, sorrindo.

...

– BAKAYAROU! – O pai de Arisha gritou depois de socar seu rosto.

Arisha caiu no chão o encarando com o cenho franzido.

– Não podem fazer nada agora! – Ele exclamou – Eu vou casar com ela!

O pai dele franziu o cenho e pegou em sua camisa com ele ainda no chão.

– Não vai. – Rangeu os dentes – Ninguém sabe, ninguém vai saber. Essa criança não tem pai! – Ele exclamou.

Arisha tirou as mãos dele de sua camisa e levantou com raiva.

– Você não se atreva a fazer isso! Eu vou me casar com ela! Eu vou ser o pai daquela criança e vocês não vão impedir!

– Se você disser que é o pai... Eu vou matá-la. – Seu pai rangeu os dentes.

Arisha suou frio.

– Não se atreva. Você não vai conseguir, ela que vai te matar se tentar.

– Isso se eu fosse idiota de tentar agora. – Ele deu um sorriso malicioso.

Arisha arregalou os olhos.

– Se você disser que é o pai e ainda tentar se casar com ela... – Ele ameaçava calmamente – Vou atrás dela e matá-la quando essa criança nascer.

– Não faria... – Arisha rangeu os dentes.

– Experimente. – Seu pai concluiu, saindo do cômodo em seguida.

Arisha rangeu os dentes, socando a parede. As lágrimas caíram, sua franja tampava seus olhos.

– Nande... – Rangeu os dentes.

...

Yukino não sabia como contar, mas precisava ser logo. Seus pais estavam na mesa, lendo.

– Posso falar com vocês? – Ela perguntou sem expressão.

Eles a olharam. Ela sentou e os olhou, quase chorava.

– Yukino? – Sua mãe a fitou em dúvida.

– Nani? – Seu pai disse sério já desconfiando que era sobre o casamento.

– Por favor... – Yukino dizia – Me deixem casar com Arisha.

– Yukino eu já disse... – Seu pai dizia irritado.

– Otoosan, eu estou grávida! – Ela exclamou, apertando os olhos.

O pai dela ficou boquiaberto e sua mãe paralisada.

– Yukino! – Sua mãe pôs as mãos na boca, sem acreditar.

– Como você pôde fazer isso?! – Seu pai gritou agarrando em seu cabelo.

– Toosan! – Ela exclamou apavorada.

– Onegai! – Sua mãe exclamou tentando deter o marido.

Ele largou Yukino, jogando-a longe. Apontou para ela.

– Saia da minha casa! – Ele gritou – Você não é mais minha filha!

– Querido...

– Cala a boca! – Ele gritou – Você nem se atreva a protegê-la!

Yukino o olhava do chão, as lágrimas caíam.

– Sai! – Ele gritou pra ela.

Ela levantou chorando e saiu correndo. Sua mãe chorava, tampando a boca com as mãos. Yukino não sabia para onde ir, não tinha nem lugar para ir! Hiashi chegava em casa.

– Uh? Yukino! – Ele a viu andando de cabeça baixa.

Ela o fitou, seus olhos estavam marejados e o rosto molhado. Ele arregalou os olhos, surpreso. Ela contou que o pai a expulsara de casa e como eles eram amigos desde crianças, e ele sendo o líder do clã, a acolheu. Estavam num cômodo e a esposa de Hiashi acabara de trazer algo para ela beber e se acalmar.

– É do Arisha, ne? – Ele perguntou desconfiado.

Ela apertou o copo em suas mãos e balançou a cabeça, confirmando.

– Yukino... – Ela suspirou – Por que fez isso?

– Eu o amo e eles não querem que a gente se case.

– Você sabe por quê. – Ele disse – Mas agora não podemos fazer nada. – Ele suspirou.

Ela abaixou o olhar.

– Querido... – Sua esposa disse – Podemos ajudá-la, certo?

Ele a olhou, pensando.

– Hum. – Assentiu – Yukino.

Ela o olhou.

– Pode ficar conosco, mas... Você vai contar quem é o pai, certo?

– O que?

– Se não contar que é o Arisha, todos vão comentar. – Ele disse.

Ela abaixou o olhar, não respondeu. Alguém bateu forte na porta e logo uma das empregadas chegou no cômodo.

– Hiashi-sama, há alguém querendo falar com Yukino-san.

Eles ficaram surpresos. Hiashi pediu para sua esposa se retirar por um momento e logo a pessoa chegou no cômodo.

– Arisha! – Yukino levantou e correu, abraçando-o.

– O que houve? – Ele perguntou preocupado – Fui falar com seus pais e seu pai disse que não tinha mais filha.

– Ele me expulsou de casa quando contei. – Ela abaixou o olhar.

Ele arregalou os olhos, surpreso. Sentaram em volta de uma mesa baixa e começaram a conversar. Arisha contou o que seu pai disse.

– Yukino pode ficar conosco, mas ainda não sei o que farei quando a criança nascer. E nem mesmo quando a barriga dela começar a crescer... – Hiashi suspirava – Arisha, podemos protegê-la na hora do parto.

– Hum, arigatou. – Ele disse – Yukino, eu vou protegê-la. Não vou deixá-lo fazer nada com vocês. – Ele sorriu.

Ela sorriu, mas abaixou o olhar, cabisbaixa.

– Não...

– Uh? – Ele disse surpreso.

– Yukino! – Hiashi exclamou.

Ela olhou para Arisha, sorrindo.

– Não posso fazer isso com você.

– Hã?

– Eu também quero te proteger, ele vai acabar fazendo algo com você. – Ela disse.

– Mas...

– Onegai... – Ela pegou sua mão – Eu amo você e a gente vai ficar junto um dia, mas... – Ela pôs a mão na barriga – Estaremos em perigo até nosso bebê nascer.

Hiashi abaixou o olhar, sabia que ela tinha razão. Arisha encostou a testa no ombro dela.

– Yukino... – Ele suspirou – Nande...

Ela sorriu.

– Porque eu quero proteger vocês.


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Notas finais do capítulo

*Otoosan/toosan - pai (formal), ou papai" (forma mais íntima. Uma forma mais íntima ainda é "papa", mas somente as crianças a usam)
*Otooto/otootosan - irmão (mais jovem)



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