Hyuuga Yukino fez uma escolha a qual não se arrependeu: amar um Uchiha.

...

Yukino, da família principal do clã Hyuuga, tinha o cabelo longo e castanho. Se preparava para ir para o seu primeiro dia na academia ninja. Ela estava contente e arrumava suas coisas. Pôs tudo na bolsa e saiu correndo.

– Oe, Yukino!

– Hai! – Ela parou.

– Ganbatte ne!

– Arigatou, Hiashi! – Ela sorriu e voltou a correr.

Yukino estava ansiosa e animada. Seu objetivo era se tornar uma shinobi e ajudar a todos da vila. Ela chegou na sala e logo se sentou. Havia uma algazarra e os garotos falavam muito alto. Um em especial, sentado em cima da mesa logo atrás dela, conversava e com as risadas se inclinou para trás, esbarrando em Yukino e fazendo-a derrubar seu lápis.

– Etto! Gomen nasai! – Ele exclamou, descendo da mesa e agachando.

No momento que pegou o lápis, ela também o pegou.

– Uh... – Disseram ao tocarem o lápis ao mesmo tempo.

Ele levantou, pondo a mão atrás da cabeça.

– Gomen, gomen. – Deu um sorriso largo.

Ela o olhou e ele viu aqueles olhos claros de cor lavanda. Ambos paralisaram por um breve momento. Ele tinha o cabelo curto e preto, assim como seus olhos. Estava com os olhos levemente arregalados, alguma coisa nela chamou sua atenção.

– Oe, Arisha-kun! – Alguém o chamou.

– Hum? Hai! Ne, ja ne. – Ele sorriu e foi até a pessoa.

Yukino virou o rosto para onde ele foi e o fitou. “Arisha-kun.”, pensou. Nas aulas ela o observava, ele era habilidoso e tirava as notas mais altas da turma.

Os anos foram passando, as missões foram sendo cumpridas e Yukino observava Arisha, que a cada etapa que completada ficava mais habilidoso e forte. Ela por sua vez, sendo do renomado clã Hyuuga, possuía o Byakugan e era uma das melhores de seu clã. Arisha começou a notá-la também e no Exame Chuunin a observou detalhadamente. Seu estilo de luta, as palmas fortes aos quais ela acertava o oponente e suas estratégias de luta. Quando Yukino o observou lutar, ficou impressionada em como ele era habilidoso e principalmente por causa de seu Sharingan. Um tempo depois de ambos se tornaram Jounins, fizeram uma missão juntos. Yukino agora usava o cabelo preso com a bandana amarrada na cabeça e o cabelo de Arisha cresceu um pouco com ele amarrando a bandana no braço. Os dois corriam próximos à fronteira do país da terra, perseguiam ninjas.

– Cuidado! – Yukino exclamou.

Arisha desviou das shurikens que vieram em sua direção. Ele ficou em posição, Yukino usava o Byakugan e analisava os arredores.

– Ali! – Ela exclamou.

Ele ativou o Sharingan e pegou o oponente num genjutsu. Yukino desviou a atenção quando viu os olhos dele e não percebeu uma kunai vir em sua direção, no seu ponto cego. Ela despertou e percebeu a kunai, saltando e desviando. Porém ela acertou sua perna fazendo-a exclamar.

– Yukino! – Arisha exclamou.

– Daijoubu! – Ela disse.

Outro ninja saltou na direção dela. Mesmo sangrando, ela ativou novamente o Byakugan e desviou, o atingindo com a palma. Ele recuou e atirou várias kunais com selos de bombas.

– Hum! – Ela franziu a testa – Kaiten! – Começou a girar.

– Uhm! – Arisha a viu.

As kunais foram jogadas longe e as bombas explodiram no ar. Ela parou de girar e ficou em posição.

– *Juukenhou, Hakke Sanbyakurokujuuichi Shisa!

Ela correu e deu um soco forte com palma no oponente, onde foi lançado uma enorme quantidade de chakra, fazendo fechar todos os tenketsus dele. Com a força ele foi jogado longe e atingiu a parede rochosa, fazendo uma cratera e permanecendo imóvel. Arisha arregalou os olhos com uma gota de suor se formando em seu rosto. “Acho que nunca vou querer lutar com ela...”, pensou nervoso. Ele olhou para a perna dela e percebeu que ainda sangrava. Foi até ela.

– Oe, daijoubu?

– Hai... – Ela disse ofegante – E o outro?

– Não vai sair nem tão cedo do genjutsu. Vamos antes que esse acorde.

– Ele não vai acordar.

Arisha engoliu a seco tendo certeza do que havia pensando antes.

– Vamos.

– Uh?

Ele a pegou no colo de repente, fazendo-a corar.

– O-O que você está fazendo?! – Ela exclamou gaguejando.

– Tem que fazer um curativo. – Ele disse, pulando em seguida.

Ela corava enquanto o via. Começou a chover e Arisha encontrou uma caverna, entrando e pondo-a no chão. Ela não dizia nada, apenas não achava necessário ele tê-la carregado no colo. Suspirou enquanto ele acendia o fogo com pequenos gravetos que achara. Se aproximou dela, levantando sua bermuda.

– Uh! O-Oe...!

Ele a olhou.

– Run, não vou nada com você. Bakayarou...

Ela fez cara de tédio, não foi exatamente o que pensou, mas...

– Não foi profundo. – Ele disse pegando bandagens e uma agulha – Ne, preciso costurar.

– H-Hai... – Ela disse.

Ele pegou uma linha na bolsa e começou a costurar. Yukino ficou com o corpo ereto e mordeu o lábio quando ele pôs a agulha em sua pele. Arisha deixou uma risada escapar.

– Nani? – Ela resmungou – Não ria de mim!

– Não estou rindo de você. Estou rindo do que você está fazendo.

– Run. – Ela virou o rosto.

Ele terminou de costurar e enrolava a bandagem na perna dela. Ela corou um pouco e apertou os olhos enquanto ele tocava em sua perna para enrolar a bandagem.

– Pronto. – Disse ao terminar.

– Hum. – Ela assentiu sem olhá-lo – Ne.

– Hum?

– Arigatou.

Ele a fitou e percebeu que ela estava corada. Sentou ao lado dela.

– Ne, Yukino.

– Hai.

– Você é bem bonita.

– Uh? – Ela disse surpresa.

Quando o olhou, viu que ele estava um pouco corado com o rosto virado.

– Hum, arigatou. – Ela disse sem jeito – Você... É bem forte.

– Você também...

– Hum. – Ela corou.

Ele a olhava de vez em quando. Ela estava com o olhar baixo e começou a fitar a saída da caverna, vendo a chuva.

– Ne, eu sempre te observei. – Ela corou enquanto olhava a chuva.

Ele a olhou, surpreso. Abaixou a cabeça, acalmando o olhar.

– Também.

Ela sorriu, olhando as mãos em seu colo. Quando percebeu, Arisha estava olhando para ela, bem perto do seu rosto.

– Etto...! Nani?

Ele a observava até acalmar o olhar. Ela corava.

– Hum, posso beijar você?

– NANI?! – Ela exclamou.

Ele ainda a olhava. Ela fez cara de tédio, não tinha reação. “Que sincero...”, ela pensou. Corou, abaixando o olhar.

– Hum, hai...

Ele sorriu e aproximou mais o rosto, vendo como o rosto dela estava: corado e com a expressão envergonhada. Ele fechou os olhos e encostou os lábios nos dela, beijando-a. “Hum, quente... Sugoii...”, ela pensava, “Então é assim que é beijar ele...”.

...

Depois da chuva, eles voltaram para a aldeia. Yukino estava feliz e Arisha não conseguia olhá-la no caminho de volta por causa da vergonha. Ele foi para casa e ela o mesmo.

– Hum? O que houve? – Hiashi perguntou, vendo a perna dela ao chegar.

– Foi na missão. – Ela disse sorrindo.

– Uh? Nani? – Ele a olhou desconfiado.

– Nada! – Ela exclamou corando.

Ele deixou uma risada escapar.

– Baaaka!

– Run! – Ela resmungou, saindo andando.

Yukino e Arisha começaram a sair frequentemente para comer, passear, conversar... Começaram a namorar e aos poucos deixaram isso às claras para as pessoas da vila. Poucos anos se passaram e foi anunciado o Quarto Hokage. Arisha e Yukino ficaram felizes por Minato, que era amigo deles. Arisha estava deitado no quarto, esculpindo algo com a faca. Sorriu ao terminar. Ele correu pela vila, pulando pelos telhados. Havia marcado de se encontrar com Yukino na árvore deles. Uma grande árvore que havia no bosque ao lado da vila. Ele a avistou e sorriu.

– Gomen! Me atrasei. – Ele disse chegando.

Ela sorriu.

– Daijoubu.

Ele deixou uma risada escapar e sentou no chão. Ela se sentou ao seu lado.

– Parece animado. – Ela sorriu.

– Eu estou! – Ele deu um largo sorriso, pondo a mão atrás da cabeça – Ne, posso perguntar uma coisa?

– Uh? Hai! – Ela sorriu.

– Anou... Minato se casou, ne.

– Hum, hai. – Ela sorriu, deixando uma risada escapar por não entender.

– Eu queria saber se... Você...

– Uh? – Ela o olhava em dúvida, mas logo arregalou os olhos ao imaginar o que ele pretendia pedir.

Ele suspirou.

– Yukino, você quer... Casar comigo? – Ele deu uma risada sem graça, corando levemente.

Ela arregalou levemente os olhos, surpresa. Seus olhos marejaram e ela começou a sorrir.

– Hai! – Disse emocionada.

Ele riu sem acreditar e tirou algo do bolso. Pôs as mãos em volta do pescoço dela, pondo um colar.

– Nani? – Ela o tocou, sorrindo.

– Eu fiz pra você.

Ela o viu, era um colar preto e justo no pescoço com um pingente de pedra, vermelho e preto. Seria como um presente de noivado a ela.

– É lindo! – Ela sorria.

Ele sorriu e a beijou. Eles riram juntos logo depois.

...

Yukino estava feliz por se casar em breve com Arisha e não escondia a felicidade. Seus pais começaram a reparar e foi quando ela contou feliz que se casaria com ele. A reação deles à notícia não foi a que ela esperava.

– Você não pode se casar com ele! – Sua mãe disse abismada.

– Nani... – Yukino disse surpresa.