A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Só tenho algo para dizer: que orgulho de mim por estar escrevendo tão rápido *-*
Boa leitura!!



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Capítulo 6

Quanto tempo eu estive nessa tempestade?
Tão impressionado com o oceano sem forma
Está ficando mais difícil andar na água
Com essas ondas quebrando sobre minha cabeça

Lifehouse – Storm

Após assistir show, eu pude ver o porquê Stefan era tão amado pelas fãs. Sua voz era linda, igualmente as letras das músicas. Ele sempre se aproximava das fãs, entre uma música e outra ele aceitava presentes, pegava na mão...

– Você não acha que ele é bom? – Perguntei para Damon, que parecia entediado sentado em um sofá com o Ipad no colo, provavelmente nem prestava atenção no show.

– Ele poderia ser melhor – Damon deu de ombros – Você gostou? – Perguntou, colocando o Ipad ao seu lado no sofá e me encarando.

– Não gosto tanto assim de pop, mas ele é bom – Respondi.

Ele não respondeu mais, e voltei a prestar atenção ao show, só então percebi que Stefan falava de nós para os fãs.

– Eu queria dar os meus parabéns oficial para o meu irmão. Ele irá se casar, não é demais? E ela é incrível – Ele dizia, Damon também havia ouvido e agora estava ao meu lado, olhando-o indignado.

– O que aquele moleque está fazendo? – Chiou irritado.

– Por favor, palmas para eles – Stefan apontou para nós e os holofotes vieram em minha cara. Todos batiam palmas e gritavam “parabéns” para nós. Stefan me olhava descaradamente, mesmo sabendo que Damon via. O que ele pretendia?

– Vamos embora daqui – Damon segurou meu braço e me puxou.

– Hey! O que está fazendo? Damon! – gritei para ele me soltar, mas ele continuou me puxando.

Saímos da sala com os seguranças em nosso encalço. Haviam muitas pessoas do lado de fora que não puderam entrar, já que o show era para poucas pessoas, apenas cem ingressos foram vendidos. O carro já estava nos esperando, a porta foi aberta e eu entrei, logo depois ele.

– Não precisava ficar irritado só por isso – Eu disse.

– Você parece não saber de nada, Katherine – Ele suspirou irritado – Amanhã faremos o pronunciamento oficial sobre o meu noivado, era para manter sigilo até lá – Ele falava como se o casamento fosse um negócio... bom, no caso dele e de Katherine, era sim.

– Uma noite não faz diferença – Respondi, tentando acalma-lo – Por que não vamos a um lugar? Você gosta de parques?

Ele me encarou como se eu houvesse dito que alienígenas invadiram a Terra, seu olhar era um misto de surpresa e indignação, até que ele soltou uma risada irônica.

– Tenho cara de cachorro, por acaso?

– Ahh, tão mal-educado – sussurrei com uma careta. Ele revirou os olhos para mim – Moço, você pode por favor virar a direita?

O motorista olhou para Damon como se pedisse autorização. Damon estava com uma careta, e mesmo assim fez um movimento com a mão para que o ele fizesse o que eu havia dito.

Após minhas instruções, chegamos ao tal parque. Era um lugar que eu costumava vi quando era pequena. Havia arvores, bancos, animais soltos e mansos, e um grande lago que rodeava todo o parque.

Era noite e o céu estava estrelado e com uma linda lua cheia que refletia no lago.

– Não é bonito? – Eu sorria animada e encantada, mesmo que já tivesse vindo aqui tantas e tantas vezes.

Só percebi que Damon me encarava depois de não ouvir sua resposta e me virar para ele. Ele estava incrivelmente perto de mim, e já não possuía mais aquela careta indiferente ou irritada, ele estava sereno, calmo, a luz da lua fazendo seus olhos azuis brilharem ainda mais. Mesmo tendo sua personalidade difícil, Damon era lindo e sua beleza única.

– Eu não sabia que você gostava de lugares assim – Ele finalmente disse, depois de um longo tempo me encarando.

– Vem, tem um lugar que vende pipoca. Eu estou com fome – Disse pegando em sua mão e começando a andar com ele ao meu lado. Ele não reclamou do contato, nem me afastou.

– Se está com fome deveria ir a um restaurante, não comer pipoca de barraquinhas. Isso não é nojento? – Damon novamente estava fazendo careta, mas desta vez era por nojo e indignação. Eu gargalhei com sua expressão, e ele me olhou confuso – O que?

– Pare de ser tão mauricinho – Respondi. Olhando-o percebi que alguns fios caiam em seu rosto, então os arrumei, meus dedos tocando sua testa. Ele me olhou novamente com aquele olhar indecifrável – Me desculpe – Tirei a mão de sua testa, envergonhada.

– Você não para de me surpreender, Katherine Pierce – Murmurou, soltando uma leve risada. Quando ele ria sincero daquele jeito, ficava muito mais bonito.

– Vamos – Eu disse, sorrindo.

Fomos em um silencio confortável até a barraquinha de pipoca. Só quando me preparei para pegar o dinheiro na bolsa que percebi que ainda segurava sua mão. Tentei puxa-la, mas ele não pareceu querer soltar a minha.

– Damon... – Murmurei envergonhada.

– O que?

– Eu preciso...

– Me dê duas pipocas doces – Ele me interrompeu, pedindo ao vendedor. O vendedor entregou as duas pipocas e logo em seguida ele pagou – O que estava dizendo? – Indagou após pegar a sua pipoca e soltar minha mão.

– Nada – Respondi.

Caminhamos até um banco em frente ao lago e nos sentamos, observando os patos no lago.

– Você gosta de animais? – Perguntei.

– Você não leu o relatório? – Indagou.

– Relatório? – Repeti confusa.

– Ah, tão esquecida! – Ele reclamou – Duas semanas atrás eu te entreguei um relatório sobre mim, e você me entregou o seu.

O que? O que ele e Katherine esperavam ser do jeito que levavam as coisas? Fala sério, é até difícil de acreditar. Tudo bem que seja um casamento arranjado, mas eles ao menos poderiam tentar se conhecer melhor.

– Ah sim – Fingi que me lembrava quando na verdade eu não sabia sobre isso, até porque duas semanas atrás eu ainda era Elena Gilbert – Mas é diferente você ler algo sobre a pessoa e ouvir ela falando. Vamos lá, não seja chato – Eu disse, batendo meu ombro com o dele divertidamente, ele me olhou com um pequeno sorriso.

– Ok. Sim, eu gosto de animais, principalmente cachorros – Respondeu.

– Cachorros? Eu prefiro os gatos. Eles são tão fofinhos e amáveis – Enquanto falava, lembrei dos inúmeros gatos que tive ao longo da minha vida, mas que sempre acabavam morrendo ou fugindo.

– Você disse no relatório que tinha alergia a gatos – Ele me encarou confuso. Alergia? Katherine, você não me disse isso.

– Bom... – Tentei arranjar uma desculpa convincente – Eu tenho alergia, mas isso não me impede de gostar deles.

– Sim, faz sentido – Pareceu ponderar sobre isso e concordar.

– Isso não parece um encontro? – Indaguei enquanto olhava para o mar, só depois que falei que percebi o que falei. Coloquei a mão na minha boca chocada comigo mesma.

– Ahh, até parece que eu ia ter um encontro com alguém como você – Ele disse indiferente, olhando para o lado, e apesar das palavras maldosas, ele parecia levemente envergonhado.

– Tão desagradável! – Murmurei – Hey, o que você quis dizer com isso? Eu sou muita boa viu – Me levantei e fiquei na sua frente, vendo-o comer a pipoca – Vai me dizer que nunca comeu pipoca no saquinho?

– Nunca comi – Deu de ombros.

– Que tipo de infância você teve? – Perguntei divertida, vendo-o revirar os olhos – Nossos filhos virão todos os domingos para esse parque, ok?

– Nossos filhos? Já está pensando em possuir meu lindo corpo? Pervertida – Ele disse com um pequeno sorriso de canto. O olhei indignada.

– Quem você está chamando de pervertida? Ein? – Joguei uma pipoca em sua cara, ele arregalou os olhos e se levantou em um segundo, ficando muito próximo de mim.

– Você... – Sua voz era ameaçadora e confusa ao mesmo tempo. No fim, ele suspirou e se afastou – Vamos para casa.

– Você já acabou? – Perguntei apontando para o saquinho de pipoca.

– Sim – ele jogou o saquinho no lixo, e eu fiz o mesmo, mesmo que a minha não tenha acabado.

Caminhamos em silencio até o carro, mas mesmo com o silencio eu me sentia mais confortável com Damon agora, ele já não parecia mais o ogro que se mostrava ser. Quando ele sorria e fazia brincadeiras, ficava muito mais agradável, se ele fosse mais assim com certeza teria muitos amigos, e garotas verdadeiramente apaixonadas por ele e não simplesmente por sua conta bancaria.

Damon abriu a porta para mim, e após agradecer, eu entrei, ele logo se sentou ao meu lado. Reconheci o caminho, íamos para o meu apartamento, aí me lembrei da minha dúvida sobre ele morar com os pais.

– Por que você ainda mora com os seus pais? – Perguntei, ansiosa para saciar minha curiosidade.

– Minha família é aquele tipo de família que tem várias tradições, uma delas é que os filhos só podem sair da casa dos pais devidamente casados – Ele riu – Outra é que só podemos nos casar uma vez.

Seus olhos que observavam as ruas, se viraram para me encarar, e ele sorriu, um sorriso lindo e verdadeiro. Por tanto o observar, não percebi que havíamos chegado em minha casa, e a contragosto me despedi dele e entrei.


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Notas finais do capítulo

O capítulo 7 já está quase pronto, então comentem *--*