A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 28
Capítulo 27


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeee do céu, como eu estou feliz!
Hoje poderia ser um dia comum. Acordei e fui olhar minhas atualizações, quando de repente vejo TRÊS RECOMENDAÇÕES. Vocês têm noção do quanto eu fiquei feliz? Fui até falar para minha mãe que ficou boiando sobre o que é recomendação hahah
Muuuuuuito obrigada Sabrina, Victoria e Lorena Salvatore, vocês fizeram meu dia muito feliz S2
E claro, obrigada pessoas que comentaram e favoritaram a história.
Agora, sem mais enrolação, boa leituraaaa!



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Capítulo 27

Eu posso despertar a sua curiosidade
Dizendo palavras difíceis
Eu posso passar esta noite com o jogo comum
Mas eu quero que você saiba
Meu coração agora
Eu vou te amar mais do que ninguém neste mundo

HyoRin - I Choose To Love You

Em meus vinte e oito anos eu nunca havia sido tão feliz.

Quando vi Katherine pela primeira vez, em nossa apresentação, onde passamos uma ficha sobre nós para o outro, ela me pareceu uma mulher fria, fechada e grossa, mas a medida que fomos nos conhecendo, percebi o quanto ela era amável, sorridente, feliz.

Katherine possuía a habilidade de me fazer feliz. Em apenas um mês, ela me conquistou como ninguém fez em mais de vinte anos. Ela era a mulher da minha vida, meu tudo, a quem eu não seria capaz de viver sem.

Cada palavra dita no altar era verdade. Eu não me arrependia de ter aceito o acordo dos meus pais, pelo contrário, seria eternamente grato a eles. Cada momento, cada lembranças juntos, eu só queria multiplica-los muitas vezes, nunca a deixaria ir para longe de mim.

Acordei com um imenso sorriso, não havia notado quando dormi na noite passada. Tateei a cama em busca do seu corpo magro, mas não o encontrei. O seu lado da cama estava intacto como se ela não houvesse dormido ali. Franzi o cenho e me levantei.

Fiz minha higiene matinal e coloquei uma calça, ficando sem blusa já que fazia muito calor. Sai do quarto e fui em busca dela.

Katherine não estava em nenhum lugar da casa. Sobre a pia da cozinha havia uma xícara de chá suja, mas ela não gostava de chá. Franzi o cenho, confuso. Corri para fora, o sol brilhante em meu rosto, foi impossível não lembrar dela me chamando de seu sol. Com um sorriso no rosto, fui em sua busca sobre a grama verdinha.

De longe a avistei próxima dos estábulos, um campo alto que dava uma bela visão do que havia além da fazenda. Ela usava um robi sobre a camisola e o vento faziam seus cabelos balançarem e baterem em seu rosto pálido.

Corri até ela, ofegante depois de procura-la. Katherine não pareceu me notar, de braços cruzados e o olhar distante, ela parecia pensativa. A abracei por trás, fechando meus braços em torno de sua cintura.

– Que bom que eu te achei – Murmurei, suspirando em sua orelha – Você estava assustadora ontem, achei que te perderia.

Senti seu corpo enrijecer, e diferente do que imaginei, ela lutou contra meu abraço e se afastou. Eu achei que ela riria e me beijaria, como sempre fez...

– Do que está falando? – Ela me encarou, os lábios em um bico autoritário, mas não fofo como sempre achei quando ela tinha expressão... Não! Essa era a primeira vez que eu via aquela expressão em seu rosto – Por que está sem blusa?

Sua voz estava cheia de desdém, ironia e algo mais que eu não soube identificar. O que estava acontecendo?

– Ok, o que eu fiz? – Eu ri, achando que tudo aquilo era uma brincadeira. Antes que ela voltasse para casa, a puxei pelo pulso, trazendo seu corpo magro de encontro ao meu – Foi porque eu dormi cedo ontem?

– Não, você não fez nada – Katherine puxou sua mão, fazendo-me solta-la – Vamos embora?

Eu a olhava chocado enquanto ela caminhava com passos firmes até a casa.

Aquela expressão... Eu nunca a tinha visto assim! Eu teria feito algo e ela não queria me contar? Será que foi por que eu a “sequestrei” em nosso casamento? Mas antes ela não parecia chateada por isso.

Meus planos de passar a manhã com ela e ir embora apenas a tarde se foram quando ela exigiu que fossemos logo quando eu pisei os pés na entrada da casa. Autoritariamente, ela mandou a governanta da casa fazer suas malas, e sem me olhar ela entrou no chuveiro, trancando a porta.

Deixei meu corpo cair sentado na cama, confuso. O que estava acontecendo, de verdade? Por que ela estava assim? Ontem ela estava bem, apesar de parecer chateada, ou inconformada com algo.

Ela saiu do banheiro já vestida em um vestido preto e salto alto, o cabelo molhado enrolado em uma toalha. Novamente, sem me olhar, Katherine andou pelo quarto e elegantemente se sentou sobre o banquinho em frente a penteadeira e começou a arrumar o cabelo e passar maquiagem.

Eu bufei alto, achando tudo aquilo um absurdo e entrei no banheiro. Talvez por pirraça, eu não me vesti ali. Sai com uma toalha enrolada na cintura e gotas de água escorrendo pelo meu corpo. Me vesti quase de frente ao espelho, mas antes que eu tirasse a toalha e começasse a me vestir, ela gritou, se levantou irritada tapando os olhos com as mãos.

– Damon! Você está louco?

– O que? Você tem estado estanha a manhã inteira. Isso por acaso é algo que você não viu? – Eu me aproximei dela, segurando seus pulsos e os afastando de seu rosto para que ela pudesse me encarar.

– Me larga, Damon! – Ela se debateu de olhos fechados – Me solta, agora!

– Por que? – Eu gritei, não aguentando aquilo – Agora que estamos casados... Essa, por acaso, é a sua sentencia de morte?

Katherine finalmente abriu os olhos, me encarando ferozmente, irritada. Ela me empurrou e apontou o dedo para mim.

– Sim, me casar com você é a minha sentencia de morte – E sem dizer mais nada, ela deixou o quarto com passos firmes.

Sem perceber, uma lágrima escorreu pela minha bochecha. Era raiva? Bati com força na penteadeira, fazendo os produtos ali pularem e alguns caírem no chão. Encarei meu reflexo no espelho. Meu peito subia e descia em uma respiração raiva, tudo em mim gritava sobre como eu estava irritado com aquilo. Ela não percebia que a brincadeira perdeu a graça?

Me vesti rapidamente, coloquei a carteira no bolso e peguei as chaves do carro. As malas já estavam lá, assim como Katherine que parecia concentrada demais em seu celular.

Entrei no carro e sem nenhuma palavra à ela comecei a dirigir. Katherine não parecia se incomodar com o silencio, não como eu, pelo menos.

– Para onde vamos? – Ela perguntou, tirando um dos fones do ouvido.

– Nosso apartamento – Por algum motivo, chama-lo de “nosso” pareceu errado naquele momento.

– Aposto que foi coisa da sua mãe não me deixar a par disso – Ela bufou, tornando a colocar o fone.

Franzi o cenho, confuso. A forma como ela falara era como se não gostasse de Elizabeth, mas sempre que eu via as duas juntas, pareciam amigas pelo tanto que riam em meio as conversas. Aquilo era tudo atuação na frente da minha mãe?

Não disse nada, mas mordi o lábio inferior, apertando o volante, querendo a resposta do porque ela estava agindo assim. Onde estava a mulher com quem eu casei e dormi? De repente, a sensação dela acariciando meus cabelos na noite passada me veio a mente e senti meu coração se aquecer, e toda a raiva ir embora.

– Que expressão é essa? Parece que viu o Papai Noel – Ela desdenhou, mexendo no celular. Geralmente, ela diria aquilo rindo e passaria a mão pelos meus cabelos. Algo estava diferente naquela manhã.

– Apenas me lembrei de algo.

Minha resposta foi fria, como ela estava sendo. Eu não sei porque não lhe disse o motivo da expressão calma tão de repente, pareceu-me... errado.

Por que eu me sentia daquele jeito? E por que diabos eu sentia uma angustia no coração sendo que a mulher que eu amava estava ao meu lado? Eu não era de ficar assim por minha família ou alguém próximo, apenas... ela!

– Você vai para o escritório amanhã? – Indaguei, lembrando-me de quando ela disse que sempre cozinharia para mim e quando eu não pudesse estar em casa, ela iria até mim.

– Por que eu faria isso? – Katherine ergueu uma sobrancelha – Não, irei almoçar com a minha mãe, como sempre. Acho que você estará ocupado demais para voltar para casa, de qualquer forma.

Eu não perguntei mais, sabendo que receberia uma resposta fria em troca. Fiz o resto do caminho em silêncio, e quando percebi, Katherine dormia sobre o banco e com os fones nos ouvidos.

Parei o carro no acostamento e tirei meu cinto, virando-me para observa-la. Algo nela parecia diferente, como se de uma noite para outra ela houvesse mudado tudo. Katherine respirava calmamente, e antes que sua cabeça escorregasse do banco para o vidro do carro, eu a segurei, virando seu rosto para mim.

Sua aparecia não estava diferente, olhando-a assim, mas algo nela estava. Ela estaria estressada por causa do casamento? Estaria de TPM?

Aproximei-me, segurando seu rosto em ambas as mãos, e a beijei. Um simples roçar de lábios...

Um roçar de lábios que não fez meu coração palpitar como louco como sempre fazia quando eu a via e a beijava. Não senti borboletas no estomago, minhas mãos não soaram.

Assustado e um pouco chocado, eu soltei sua cabeça, ajeitando-a sobre o banco, e tornei a colocar o cinto em mim.

Suspirei pesarosamente, fechando os olhos por alguns segundos. Confuso, confuso... Era como eu estava. Quantas vezes já não disse isso? Nunca seria suficiente para como eu me sentia enquanto olhava aquela Katherine.

Neguei com a cabeça, tirando pensamentos absurdos da minha mente e voltei a dirigir. Em menos de quinze minutos paramos em frente ao nosso mais novo prédio.

– Katherine.

A chamei, cutucando seu braço, ela se remexeu e a alça fina do seu vestido escorregou, deixando à mostra sua clavícula e ombro. Ergui a mão para colocar a alça no lugar, e só então notei uma pequena marca de nascença que eu não tinha reparado antes. Franzi o cenho, observando a marca melhor. Ela sempre esteve ali? E por que eu nunca a notei? Deixei esses pensamentos de lado e tonei a tentar acorda-la.

Katherine abriu os olhos, me olhando confusa. Ela olhou para os lados e quando seu olhar caiu mais uma vez sobre mim, ela ignorou totalmente, saindo do carro. Revirei os olhos e saí também, a seguindo.

– Qual andar? – Ela perguntou quando entramos no elevador.

– Cobertura – Coloquei o cartão no elevador e digitei a senha, só então o elevador começou a subir.

– Achei que você iria reclamar – Murmurei, apoiado a barra do elevador, de olhos fechados.

– O que?

– Achei que diria que era muito caro.

– E desde quando eu não gosto de coisas caras?

Abri os olhos, ela possuía as sobrancelhas erguidas como se fizesse aquela pergunta com o olhar também. Desviei o olhar dela, cansado de tentar entender essa sua nova atitude.

Katherine foi a primeira a sair, seu olhar era satisfeito, o sorriso presunçoso estava presente também.

– Eu estou com fome, onde está a cozinheira? – Ela me perguntou após jogar a bolsa no sofá.

Eu a olhei divertido, negando com a cabeça e me aproximei. A medida que eu chegava perto, Katherine dava passos vacilantes para trás, até cair no sofá e eu ficar por cima dela.

– Cozinheira? Você me disse que cozinharia todos os dias para mim – Beijei sua bochecha e pescoço, demorando com os lábios ali.

– Disse? – Sua voz não parecia de alguém excitada que ficava confusa na hora, mas de alguém realmente confusa.

Eu ergui meu rosto para encara-la, olhando-a confuso.

– Disse sim.

Mas eu não insisti e me levantei, indo para o quarto. O quarto de casal. Por que parecia errado estar ali com Katherine naquele momento? Por que quando eu a beijei na sala, ela não riu como sempre fazia e não retribuiu? Por que ela estava tão fria?


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Notas finais do capítulo

Vocês acham que ele vai descobrir logo?
Só digo uma coisa: Vem bomba por aí hahah
Beijos e até os comentários S2