A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 18
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

Oiiii peaple! E aí, tudo bem?
O capítulo tá cheio de emoções, e eu achei algumas partes bem fofas *--*
~eu disse que não ia demorar pra postar u-u
Boa leituraa!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/629597/chapter/18

Capítulo 17

Como explorador que se aventura através de sua floresta profunda do mistério
Eu aprecio a obra-prima que é você, porque sua existência é uma arte
Eu imagino isso todos os dias
Porque é só um sonho sem sentido mesmo

BTS - Just One Day

Preparamos juntos ovos, bacon e panquecas para o café da manhã. O resultado da cozinha não foi um dos melhores, e tratamos de arrumar logo antes que seus pais acordassem e vissem aquela bagunça pela manhã. Rimos enquanto trabalhávamos e fazíamos piadas e brincadeiras, tornando tudo mais divertido, o que não era difícil junto com Damon.

Como alguém poderia surpreender tanto? Damon parecia ser tão frio e fechado e agora estávamos assim, como se nos conhecêssemos há anos, e claro, eu que não era boba de reclamar.

Colocamos tudo na mesa e fomos para a sala, esperar os pais dele acordarem, o que não demorou muito. Elizabeth já estava no clima de “fazenda”, usava uma roupa de montaria com direito a bota até o joelho e um chapéu. Já Giuseppe, usava uma camiseta vermelha com short jeans com tênis. Não parecia o mesmo, afinal sempre que eu o vi ele usava terno.

– Katherine, que bom que você veio – Disse Elizabeth vindo me abraçar.

– Eu adorei vir, Elizabeth – Eu respondi, retribuindo o abraço.

– Sim, sim, aposto que não se arrependerá. Aqui é o melhor lugar do mundo para mim – Ela sorriu como se guardasse memórias preciosas daquele lugar, e eu não duvidava que eu também as faria. Ela olhou para Damon e o abraçou sorrindo, o sorriso que mostrava outra coisa: a felicidade por tê-lo ali.

– Katherine, espero que aproveite seu tempo aqui – Cordial como sempre, o pai de Damon apenas me cumprimentou com um aperto de mão e todos juntos fomos para a sala de jantar, onde havia um copo usado, denunciando que Stefan já havia tomado café e saído.

– Eu não lembro de ter pedido para Marta fazer nosso café – Disse Elizabeth confusa, tirando o chapéu quando se sentou na mesa.

– Não foi preciso, Katherine e eu cuidamos disso – Disse Damon com um pequeno sorriso, pegando minha mão e a apertando por debaixo da mesa.

– Ah, isso é uma surpresa – Disse Giuseppe.

Depois nada mais foi dito e começamos a comer. Elizabeth contou muitas de suas aventuras de quando era jovem enquanto tirávamos a mesa, em que eu fiz questão de ajuda-la. Naquele pouco tempo eu percebi o quanto Elizabeth era diferente de Isobel. Elizabeth não esperava nada de ninguém, ela tinha confiança nela mesma e fazia suas próprias coisas com carinho e devoção.

Enquanto ela me contava sobre sua adolescência aventureira, eu notei que Damon tinha muito a ver com ela, mesmo nas pequenas coisas. Damon havia puxado muito mais dela do que do pai, e isso me deixou feliz. Não que Giuseppe foi chato, longe disso, mas ele era o tipo de homem que se devotava muito ao trabalho e acabava deixando a família um pouco de lado, eu pude perceber isso em muitas de minhas conversas com Damon, e só pelo modo que ele falava do pai, eu soube que Damon seria um pai diferente para seu filho: um pai presente. Essa convicção me fez ter ainda mais inveja de Katherine.

– O que acha de montarmos? – Elizabeth me perguntou, por mais que já fosse obvio que ela queria isso.

– OK – Eu ri e a segui até os estábulos.

Elizabeth entrou tocando a madeira das portinholas e fazendo carinho nos cavalos, conversando com eles. Ela sentia saudades daquele lugar, imaginei o quanto era difícil para viver sem os pais que amavam tanto aquele lugar mágico. Ela foi até a última baia e abriu a portinhola que rangia, era um cavalo lindo. Sua pelagem era tão preta que chegava a brilhar, ele possuía um olhar selvagem e destemido, mas quando Elizabeth começou a acaricia-lo, ele pareceu apreciar.

– Esse é um cavalo Mustang, meu pai o trouxe da Alemanha quando ele era um filhote, eu havia acabado de me casar com Giuseppe – Elizabeth começou a dizer, sorrindo para o cavalo – Ele foi um presente de meu pai para meu marido e eu. Eu o adorei logo de cara e dei o nome de Gavião, por ele ser muito selvagem.

– Vocês o domaram? – Perguntei.

– Muita gente acha que os animais só aprendem a nos obedecer com brutalidade, mas a única coisa que precisamos fazer é ama-los genuinamente, eles nos amarão de volta e por respeito nos obedecerá. Foi assim com o Gavião, ninguém conseguia doma-lo, até eu chegar e passar a ama-lo.

– Isso é lindo – Eu disse, emocionada pelas palavras de Elizabeth.

– É assim com as pessoas também, Katherine, você só precisava ama-las para elas te amarem de volta – Ela disse com sabedoria. Elizabeth possuía a aparência bem jovial, mas eu sabia que ela era muito vivida – Você ama meu filho, Katherine?

Arregalei meus olhos, surpresa com a pergunta. Eu tinha a resposta dela há muito tempo, mas seria correto dizer para ela?

– Sim – Respondi após um longo suspiro.

– Você não me parece feliz – Ela me disse, com as sobrancelhas juntas em confusão – O que há?

– Eu sinto que eu posso perde-lo a qualquer momento – Eu irei perde-lo, mas o amo demais para deixa-lo ir.

– Oh, minha querida – Elizabeth deixou o cavalo e veio até mim me abraçar, abraça-la novamente foi como abraçar minha mãe ou minha avó: possuía carinho ali – Damon a ama, e nunca a deixaria ir.

– Eu sei – Eu sorri, contendo minha vontade de chorar. Eu queria esconder eu mesma da verdade, mas querendo ou não, ela sempre voltaria e me deixaria triste – Então, vamos montar ou não?

Elizabeth não montou em Gavião, ela disse que ele já estava bem velho e que possuía um problema nas juntas, por isso ela tomava o máximo de cuidado com ele quando passeavam. Ela montou em uma égua marrom com a crina branca, muito bonita e jovem, ela disse que ela possuía apenas cinco anos, e seu nome era Celeste.

Elizabeth me apresentou ao Albino, um cavalo branco que havia chegado recentemente à fazenda. Ela me disse que ele era bem dócil, e eu me daria bem com ele.

Ela os preparou e os levamos para o campo. Eu montei Albino com cautela, para que ele não se assustasse comigo, mas como Elizabeth disse, ele era bem dócil.

Eu aprendi a cavalgar aos dez anos, quando meus pais me levaram para a fazenda de um amigo deles, lá haviam os mais diversos animais, e eu acabei me encantando por cavalos. Brian, o tal amigo deles, me ensinou a montar, e mesmo passando poucos dias lá, eu aprendi muito bem.

Elizabeth parecia mesmo sentir muita falta de tudo aquilo, pois logo quando montou em Celeste, a égua saiu galopando rapidamente enquanto sua dona possuía um sorriso maravilhado na boca.

Eu fui com mais calma, queria conhecer o lugar. A minha volta havia apenas verde: a grama, as árvores... Ali possuía aquele cheirinho de mato molhado e imaginei que a noite fosse possível ver as estrelas, o que eu não perderia.

Concentrada nas possibilidades, eu não notei quando um cavalo passou correndo ao meu lado. Eu acabei me assustando, e consequentemente assustando Albino. Ele relinchou e se colocou nas patas traseiras, levantando as dianteiras. Sem conseguir me segurar, eu caí para trás sobre a grama.

Mesmo sentindo algumas dores pelo corpo, eu tentei me levantar, mas ao ficar de pé, acabei caindo novamente por causa do meu pé.

– Ai! – Eu disse, sentindo dor ao tentar pisar.

– Katherine! – Stefan desceu do cavalo com rapidez e agilidade, sentando-se ao meu lado, ele possuía uma expressão preocupada – Você está bem? Está doendo?

– Meu pé – Respondi com uma careta. Estava realmente doendo, daqui a pouco eu me via chorando, mas pretendia segurar as lágrimas.

– Espere – Ele pegou meu pé delicadamente e tirou minha bota e a meia. Ele estava vermelho e começava a inchar – Consegue andar?

– Acho que não – Eu me levantei, mas acabei caindo novamente pela dor. Bom, eu não caí, pois antes disso acontecer Stefan me segurou pela cintura.

– Tudo bem, eu te levo – Ele disse, pegando-me no colo. Eu arregalei os olhos de surpresa e tentei descer.

– Stefan, me coloca no chão! – Eu mandei, envergonhada. Se Damon visse isso...

– Katherine, você não consegue andar, quer se arrastar até o cavalo ou até em casa? – Ele perguntou como se fosse óbvio, e como se eu pesasse tanto quanto uma pena, ele caminhou até seu cavalo, onde me colocou sentada de lado. Ele fez menção de subir também, mas eu o impedi com uma mão em seu peito.

– O que pensa que está fazendo? – Perguntei com o cenho franzido. Stefan não tinha limites.

– Estou subindo no meu cavalo – Respondeu revirando os olhos.

– Subindo? Stefan, você por acaso não tem noção? – Eu poderia bater nele se eu não estivesse com tanta dor – Se é para ser assim, eu prefiro ir sozinha.

Com toda a coragem que me restava, eu pulei do cavalo, mas antes que meu pé falhasse e eu caísse no chão, Stefan se colocou na minha frente e eu acabei caindo em seus braços. Ele sorriu cínico e eu o olhei raivosa.

– Katherine? – Olhei para trás e lá estava Damon sobre um cavalo cinza. Ele nos olhava desconfiado, e com a mesma postura, ele desceu do cavalo e veio até nós – Algo errado por aqui? – Damon olhava raivoso para o irmão, e antes que eu pudesse responder, ele me puxou pelo braço e me levantou em seus braços, me levando até meu cavalo, enquanto segurava as rédeas do seu próprio.

– Tudo certo, irmão – Stefan trincou os dentes e me encarou, mas desviou os olhos após receber um olhar cortante de Damon.

– Você está bem? – Damon me perguntou após me colocar sobre seu cavalo, ele possuía uma expressão preocupada.

– Meu pé está doendo – Eu disse com a voz embargada, depois de ser feita de boneca pelos dois irmãos, meu pé começara a doer muito mais.

– Vou te levar para casa, aguente um pouco mais – Ele disse. Damon montou atrás de mim e me segurou pela cintura. Seu cavalo começou a galopar, e Albino vinha atrás por Damon segurar suas rédeas.

Eu abracei Damon pelo pescoço, e deixei que ele guiasse. Damon deixou Albino nos estábulos com um homem um pouco de idade, e seguiu para a casa. Quando o cavalo parou na porta, Damon desceu e me segurou pela cintura, me levando para casa em seus braços.

Quando ele entrou, Elizabeth veio até nosso encontro extremamente preocupada.

– Damon, o que houve? – Ela perguntou.

– Mãe, pode ligar para algum médico? Katherine machucou o pé – Ele respondeu me levando até a sala e me colocando no sofá.

– Claro, claro!

Damon se sentou ao meu lado, e fez eu colocar o pé sobre a mesinha de centro. Ele me olhava preocupado enquanto acariciava minha bochecha.

– Dói muito? – Perguntou.

– Sim – Respondi com uma careta. Ele beijou minha testa, fazendo-me sorrir apesar da dor.

– Me desculpe – Ele disse de repente.

– Pelo que? – Indaguei confusa.

– Por não estar com você. Se eu estivesse, isso não teria acontecido.

– Não foi sua culpa, Damon – Eu disse, acariciando seus cabelos da nuca, ele pareceu gostar do carinho me dando um lindo sorriso em troca – Foi o Stefan. Ele passou correndo com o cavalo dele, acabou me assustando e ao Albino, ele ficou nervoso e me derrubou, nisso acabei torcendo o pé.

– Eu não sei o que há com o meu irmão – Damon me encarou confuso – Ele está sempre por perto de você, e o olhar dele... não parece o olhar que se dá para uma cunhada.

– Damon – Senti meu coração bater rápido no peito, com medo de que Damon descobrisse tudo e me acusasse, eu nunca deixaria ele descobrir sobre Katherine e Stefan, isso acabaria com ele – Não se preocupe com isso, o seu irmão... ele...

– Ele gosta de você, Katherine? – Damon me olhou desconfiado.

Eu arfei e senti meu coração falhar uma batida. Não, se acalme, Elena! Reaja, já!

– Claro que não, Damon, que absurdo! – Eu disse.

Foi quando Elizabeth entrou afoita na sala e atrás dela vinha um homem de cabelos grisalhos e jaleco. Salva pelo gongo! Ou pelo médico...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, e não se esqueçam de comentar!
Beijosss S2



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Esposa do Século" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.