A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 17
Capítulo 16


Notas iniciais do capítulo

Oláá pessoal!
O capítulo ficou grandinho, mas não tão emocionante 3
Mas prometo que o próximo será mais legal, e talvez os dois próximos ainda serão na fazenda, dependendo o seguimento da história.
Boa leituraaa!



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Há muita fumaça para vê-lo
Há muito a ser destruído para sentir isso
Bem, eu te amo, eu te amo
E todas as suas partes

In My Veins - Andrew Belle

Capítulo 16

Eu tive que acordar bem cedo. Arrumei minhas coisas em uma hora, era apenas uma mala pequena, já que passaríamos apenas o final de semana. Imaginei que se fosse Katherine, ela levaria bem mais coisas, dizendo que era o essencial.

Tentei não pensar em nada enquanto fazia a mala, coloquei uma musica e fiquei ouvindo. Tomei um banho quente, afinal havia amanhecido bem frio, e eu sabia que havia chovido pois as janelas estavam molhadas.

Vesti uma roupa bem quentinha, deixei meu cabelo liso como há tempos eu não deixava, desde que eu estava vivendo como Katherine, na verdade. Coloquei uma touca preta e luvas vinho, da cor da calça.

Minutos antes eu havia recebido uma mensagem de Damon, dizendo que ele passaria para me buscar. Elizabeth estava certa, ao aceitar, eu havia consequentemente garantindo o lugar de Damon na viagem, sorri com o pensamento.

Ele não demorou para chegar, e logo quando a campainha soou, eu corri para porta, para encontra-lo lindo como sempre. Ele usava calça jeans, botas e um moletom. Não parecia o Damon de sempre, mas não deixava de estar... elegante. Como ele conseguia essa proeza?

Ele percebeu que eu o babava, e pigarreou para chamar minha atenção. Eu corei na hora e abaixei o olhar, mas antes que eu pudesse sequer em deixa-lo entrar, ele me puxou pela cintura me beijou, prendendo-me em seus braços fortes. Quando apartamos o beijo, eu o abracei e não o soltei, encostando minha cabeça em seu ombro.

– Sentiu saudades? – Ele perguntou.

– Você é o remédio para minha loucura – Eu disse, mas ele não entendeu e me olhou confuso, eu só pude sorrir e o puxar para o quarto para ele poder pegar minha mala. Será que um dia ele entenderia?

Damon olhou desconfiado para a mala, provavelmente porque ali estava apenas uma mala. Ele me olhou divertido, sentando-se na cama.

– Achei que fosse levar seu guarda-roupa – Ele disse.

– Achei que seu carro não fosse caber por causa das suas coisas – Retruquei, entrando na brincadeira.

– Está dizendo que sou mais vaidoso do que você, Katherine Pierce?

– Não, estou dizendo que em uma fazendo existem muitas coisas que um homem possa gostar de fazer, então consequentemente ele vai querer levar mais coisas – Eu disse, sorrindo. Ele balançou a cabeça negativamente e andou até mim.

– Só você mesmo – Damon riu. Ele pegou a mala e saiu com ela.

Eu tratei de apagar todas as luzes e trancar a porta, conferindo-a algumas vezes antes. Damon revirou os olhos com toda minha preocupação com o apartamento, eu apenas dei de ombros para ele e juntos fomos pra o estacionamento.

Ele guardou a mala e eu entrei no carro, o esperando.

Conversamos o caminho inteiro. Era fácil manter assunto com Damon, talvez porque pensávamos iguais ou apenas por gostarmos da presença um do outro. Eu o conhecia há pouco tempo, mas me sentia à vontade como eu me senti depois de alguns meses de amizades com outras pessoas.

O caminho durou algumas horas até a Fazenda Salvatore, eu dormi, comi, ouvi música junto com Damon, tudo nesse tempo, enquanto Damon continuava de olho na estrada, concentrado.

– Você não está cansado de tanto dirigir? – Perguntei. Ele sorriu para mim.

– Não, eu gosto de dirigir – Respondeu.

– Mas você trabalhou até tarde ontem – Eu o lembrei.

– Eu sou acostumado a trabalhar muito, Katherine, não é como se fosse um grande esforço. Na verdade, depois de algum tempo, parou de ser esforço e agora eu apenas faço as mecanicamente – Ele explicou – E você, o que gostaria de fazer? Eu sei que você é formada em direito, mas você realmente quer seguir carreira como advogada ou qualquer coisa que envolva leis?

Eu fiquei em dúvida diante dessa pergunta, afinal Damon estava perguntando para Katherine, então eu teria que responder como tal. Mas no meu íntimo, eu queria que Damon me conhecesse, e se apaixonasse por mim, por mais que eu soubesse que ficar com ele era impossível.

– Eu fiz direito por causa da minha família – E eu acreditava que isso era uma verdade. Ao meu ver, Katherine nunca se tornaria uma advogada, ou gostasse da profissão – Eu gostaria de ter um restaurante!

– Um restaurante? – Ele perguntou divertido, como se não acreditasse – Isso é de se surpreender. Você cozinha bem, isso eu posso dizer com certeza e clareza, mas nunca achei que você gostasse tanto a esse ponto.

Eu sei que era errado falar sobre mim, mas eu queria, tinha a necessidade de mostrar para Damon o melhor de mim, de fazê-lo ficar surpreso com minhas habilidades e meus gostos.

– Sim, um restaurante – Eu ri diante de sua expressão cômica – Eu apenas não sei que tipo de restaurante seria, já que eu gosto de cozinhar tantas coisas diversas.

– Eu comeria qualquer coisa que você fizesse – Ele disse, sorrindo para mim após fazer uma curva na estrada deserta. Eu encostei minha cabeça em seu ombro, com as bochechas rubras, o que ele não podia ver – E viveria no seu restaurante.

– Você vai enjoar de mim. Quando nos casarmos, passaremos um bom tempo juntos – Eu disse, rindo. Era bom imaginar uma vida com ele, mesmo sabendo que era Katherine quem iria vive-la.

– Nunca enjoarei de você, na verdade, acho que nunca terei o suficiente de você – Ele beijou minha cabeça com ternura, e eu beijei seu ombro em resposta, me desencostando dele.

Logo depois o carro entrou em uma estrada de barro, e eu vi o desconforto dele pelo carro balançando tanto em cima das pedrinhas comuns nesse tipo de estrada.

Demorou um pouco, talvez quinze minutos, e finalmente eu pude ver a fazenda. Ela era enorme! Isso a descrevia muito bem. Damon parou o carro e antes que ele descesse para abrir a portinhola de madeira, eu o fiz. A abri, e esperei ele passar para eu fecha-la novamente.

Entrei no carro e ele circulou mais alguns minutos até finalmente parar de vez do lado de dois carros, provavelmente o carro dos pais de Damon, e o de Stefan. Pensar em Stefan me deixou um pouco desconfortável, ainda mais passar o final de semana com ele, imaginei que talvez ele pudesse tentar algo, e jogar para o ralo todo meu progresso com Damon.

– Você está bem? – Damon me perguntou com a mão pousada em minha coxa coberta pela calça jeans. Eu sorri para ele assenti.

– Sim, apenas um pouco pensativa – Respondi.

– Pensando em como será bom passar o final de semana inteirinho comigo? – Ele brincou, tirando seu cinto e o meu, sua mão indo para dentro da minha blusa.

Eu achei que ele estivesse tentando me seduzir, mas ao invés disso, ele começou a fazer cócegas em mim enquanto eu ria como uma condenada. Eu estava ofegante e soada quando ele parou, e quando ele parou, ele já se encontrava por cima de mim, em meu banco. Naquele instante eu percebi o quanto seu carro era grande.

Nos encaramos, nossos olhos e lábios sorriam, algo que ficava maravilhoso nele. E quando eu vi, já o estava puxando para mim, o beijando. Ele segurou minha cintura por dentro da blusa, seus dedos circulando minha barriga enquanto nossas línguas se exploravam.

Eu nunca achei que um homem pudesse deixar minhas pernas bambas e meu corpo quente apenas com um beijo, mas ali estava eu, diante do homem que conseguia essa e tantas outras proezas, como fazer-me ama-lo sem medidas.

Fomos obrigados a nos separar por causa da batida no vidro do carro. Eu me senti envergonhada, sentindo meu rosto esquentar. Damon me olhou divertido e saiu de cima de mim, voltando para seu banco e abrindo a porta para sair do carro. Eu estava petrificada demais para ter alguma reação, e acho que ele percebeu, pois deu a volta no carro e abriu a porta para mim. Eu saí com a mão no rosto. Damon riu e sussurrou em meu ouvido:

– Não se preocupe, os vidros são fumês – Isso me aliviou e eu pude olhar para frente, vendo Stefan.

– Vocês estavam demorando muito naquele carro – Ele resmungou.

– Não é como se você não soubesse o que duas pessoas fazem sozinhas por um longo tempo dentro de um carro, irmãozinho – Damon zombou, sorrindo irônico.

– Damon! – Eu bati em seu ombro, vermelha demais por ele ter falado aquilo, ainda mais para Stefan!

– Eu sei muito bem, irmão – Stefan disse, igualmente irônico, olhando para Damon, para logo depois me encarar e voltar o olhar para Damon, soltando uma risada de escarnio, que dez Damon o olhar desconfiado.

– Vamos continuar aqui, ou vamos entrar? – Perguntei.

Ainda era de manhã, talvez oito da manhã. Havíamos saído bem cedo do meu apartamento, e imaginei que os pais de Damon e Stefan tivessem vindo na noite passada.

A casa em si era enorme, apesar de possuir uma aparência bem interior mesmo, com arvores ao redor, e cercados de madeira.

Possuía quatro degraus e depois um hall com um balanço e alguns bancos. A porta era dupla e Stefan a abriu para mim passar, eu entrei e depois ele, que fez questão de fechar para Damon, que revirou os olhos com sua infantilidade.

A primeira coisa que fiz foi explorar a casa junto com Damon. Na entrada, havia a sala de estar com três sofás, e duas poltronas, com várias almofadas pelo chão e um tapete enorme bem fofinho, não seria um problema dormir sobre ele. Havia uma TV de plasma, DVD’s, e vídeo games que eu não soube identificar. Me perguntei se Damon gostava de jogar. Na casa haviam cinco quartos, com um banheiro em cada um, e também havia um na sala de estar. A cozinha também era enorme e bem equipada, nada “interior” como o resto da casa, que era tudo de madeira, praticamente,

Havia uma sala de filmes, além da sala de estar que possuía uma TV, com uma tela enorme digna de um cinema, com estofados espalhados pelo chão e iluminação especial. Além da sala de filmes, havia a sala de jogos, com jogos tanto eletrônicos, quanto jogos de mesa e de cartas.

E claro, havia a área de lazer... Três piscinas, quadra de tênis, quadra de futebol, salão de dança, além de um salão de festas, onde possuía banheiros e quartos, e por aí vai. Nunca antes eu vi tanta coisa junta.

– Uau... Essa casa é... Uau – Eu não conseguia descrever.

– Gostou? – Ele me abraçou por trás, apoiando o queixo na minha cabeça. Estávamos na beira de uma piscina, observando o lugar rodeado por arvores e verde.

– Sim, aqui é maravilhoso – Eu disse encantada pelo lugar.

– Lá atrás – Ele apontou para além das arvores – Há alguns animais também. Minha mãe adora esse lugar, era da família dela e ficou como herança quando meus avós morreram.

– Você vem muito aqui? – Perguntei.

– Eu vinha muito quando eu era criança, vivia aqui com os meus avós, afinal eles moravam aqui. Mas quando eu cresci, parei de vir – Respondeu com pesar – E tinha responsabilidades, escola e depois trabalho.

– Entendo. Bom, nossos filhos serão muito felizes aqui – Eu disse, me virando em seu abraço e rodeando seu pescoço com meus braços. Sorrimos um para o outro involuntariamente.

Na cidade estava frio, mas ali o sol começava a surgir e me dar calor, o que me fez tirar o casaco grosso e ficar apenas com a blusa preta de mangas longas e as luvas.

– Onde estão seus pais? – Eu perguntei enquanto voltávamos para a casa.

– Devem estar dormindo, eles vieram ontem à noite.

– Então o que acha de fazermos um café da manhã bem reforçado para eles?

Damon riu com a minha ideia e me abraçou de lado, não soltando minha cintura enquanto andávamos.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e não se esqueçam de comentar!
Bjs



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