A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 12
Capitulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oláá pessoal!
Quem aí gosta de uma original com triângulo amoroso?
Uma amiga minha está escrevendo e se vocês quiserem dar uma passadinha lá, está aí o link: https://fanfiction.com.br/historia/639617/Projeto_X/
Sem mais delongas, espero que gostem do capítulo S2
Boa leituraa!



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Capítulo 11

Quando seu raio-x de educação não pode ver
Debaixo da minha pele
Eu não lhe contarei nada que não possa contar aos meus amigos
Vagando agora por esta escuridão eu estou vivo, mas eu estou só
Parte de mim está lutando, mas parte de mim se foi

3 Doors Dawn - When I'm Gone

Meu coração batia acelerado, de saudade, de nervosismo...

Fazia menos de duas semanas que eu havia visto Caroline, mas estávamos acostumadas a nos vermos todo santo dia, éramos como gêmeas – não era nem como irmãs, simplesmente –, e esse era um dos motivos que eu me sentia horrível por mentir para ela.

O taxi parou e eu lhe paguei a viagem. Eu havia pegado um taxi porque não queria correr o risco de Caroline ver o carro de Katherine, não teria como lhe explicar o que eu fazia um carro daquele tipo, “muito chique e longe da nossa realidade”.

Eu entrei no café com as mãos soando, andei tão lentamente a mesa que meus saltos quase não fizeram barulho. Quase. Uma cabeleira loira se virou e um sorriso imenso cresceu em sua face. Caroline se levantou na mesma hora que me viu, correndo até mim e me abraçando. A abracei de volta, sentindo como se eu estivesse em casa, um abraço acolhedor, cheio de amor e saudade.

– Ah Eleninha, que saudade! – Ela disse, suas mãos acariciando meus cabelos.

– Eu também estava.

Nos sentamos e pedimos dois cafés expressos com dois cupcake, a paixão de Caroline, mas como ela dizia, engordava muito, então apenas um para cada era essencial.

– Onde você está trabalhando? O Jeremy me disse que você não contou para ele – Ela disse, comendo um amendoim que estava na mesa.

– Eu... Sou quase uma secretária – Pigarreei, querendo me bater pela desculpa estúpida, mas antes que Caroline pudesse dizer algo, uma garçonete nos trouxe nossos pedidos – E você e o Klaus, quando sai o casamento?

– Ah, o Klaus – Ela revirou os olhos, arqueei uma sobrancelha em dúvida e curiosidade – Ele é um idiota.

– O que aconteceu? – Perguntei, bebendo um gole do meu café.

– Nós namoramos há um bom tempo, na minha visão está na hora de casarmos, mas ele não está nem aí, só sabe falar de trabalho, trabalho, e mais trabalho. Desse jeito ele vai perder o negócio mais importante dele – Ela disse, apontando para si mesma.

– Por que você mesma não faz o pedido? – Indaguei, falando realmente sério, mas ela me olhou divertida.

– Elena – Retrucou – Se ele quisesse se casar, ele pediria, se eu pedir, ele vai recusar. Conheço esse homem.

– Bom, o Klaus é um cara complicado. Já que você não quer pedir, dê dicas para ele.

– Humm – Ela ponderou, mordendo o cupcake – Nada mal. Ahh Elena, eu senti falta disso. Nunca mais suma desse jeito, sua desnaturada.

Conversamos por longas horas, os clientes iam e vinham, e nós continuávamos ali, rindo e contando histórias, relembrando momentos, como se há anos não nos víssemos. Eram quase oito da noite quando vozes no estabelecimento me chamaram a atenção. Rodei meu olhar pelo café, até encontrar Stefan na porta, entrando com mais algumas pessoas.

Arregalei os olhos, sentindo meu coração acelerar de medo. O que ele fazia aqui? Eu seria descoberta, era agora! Joguei meu cabelo para o lado e abaixei a cabeça, tentando escondeu meu rosto. Caroline, na minha frente, me olhava confusa.

– O que foi, Elena? – Ela perguntou.

– Converse comigo – Eu pedi em uma voz baixa.

– Mas eu estou conversando com você – A olhei repreensiva, e com um riso ela continuou – OK, OK, vamos conversar então, doce Elena. Que tal falarmos do seu cachorro que morreu quando você tinha quinze anos?

– Katherine? – Ah não, não, não! Cadê o coelho? Cadê a fada madrinha? Cadê Aslan para me salvar? – Você está bem?

Me ajeitei na cadeira e respirei fundo. Era melhor mesmo Caroline saber...

– Oi Stefan – Eu sorri, tentando mostrar meu melhor sorriso, enquanto arrumava o cabelo que havia sido bagunçado.

– Se eu não te conhecesse, diria que está se escondendo de mim – Debochou – Não vai me apresentar sua amiga? – Ele olhou para Caroline de cima a baixo, como se a avaliasse. Esta me olhava confusa com tudo aquilo.

– Claro – Pigarreei, limpando a garganta – Esta é Caroline, e ele é o Stefan.

– Cunhado dela, um título que ela parece ter muito orgulho – Ele disse, provocativo, tentando me afetar, provavelmente pelo que eu havia dito a ele no dia do hospital em que ele me deu carona – É um prazer conhece-la, Caroline.

– O prazer é meu – Como eu conhecia Caroline, ela não fazia a mínima ideia de que Stefan era um cantor famoso, e por isso não deu nenhuma bola para ele, que irritado com esse fato, saiu pisando duro – para não dizer trotando – até uma mesa onde seus amigos estavam.

– Caroline...

– Katherine? Cunhado? O que foi tudo isso? Por que ele te chamou de Katherine? O que diabos está acontecendo aqui? – Ela me perguntou, em uma voz baixa para que ele não ouvisse da sua mesa.

– Eu...

Respirei fundo, e lhe contei tudo, tudo mesmo, desde meus motivos até o que eu vinha fazendo como Katherine, e também sobre os absurdos da vida de Katherine.

– Você está se passando por essa mulher por dinheiro? – Sua voz beirava ao inacreditável – Isso é um absurdo, Elena! Isso não é uma novela.

– Eu sei! – Suspirei – Eu sei disso, mas eu preciso do dinheiro, Care, minha avó precisa. E você não pode contar para ninguém, se alguém souber, eu estou ferrada, e todo meu esforço até aqui será em vão.

– Esse seu noivo é o Damon Salvatore, o mesmo da boate? – Indagou, eu assenti – Foi por isso que você pôde entrar sem pegar fila, o segurança te confundiu com essa mulher. Mas como vocês podem serem tão idênticas?

– Não sei – Respondi, sentindo-me derrotada – Mas se você a visse, não acreditaria na semelhança, mas ao mesmo tempo somos muito diferentes. Katherine é uma mimada nojenta. E sua mãe, só por Deus, é uma mulher insuportável. O irmão dela é um amor, e gosta muito dela.

– Não quero saber da família dela – Caroline revirou os olhos – Quero saber do noivo. Eu sei que esse homem é um pedaço pro mal caminho, mas como ele é de verdade?

– Ele é... – Sorri com as inúmeras lembranças que eu já tinha dele – Ele geralmente está sempre com uma carranca, e não gosta muito de estar com a família, mas ele também é gentil e carinhoso, e muito divertido, a ironia dele é palpável, ele está sempre fazendo piadas, mas...

– Ah. Meu. Deus! – Caroline me interrompeu, a olhei confusa.

– O que foi?

– Você está apaixonada – Ela deduziu com um sorriso de quem descobriu a América – Elena! Você se apaixonou por ele.

– Fala baixo – Pedi, sem conseguir tirar o sorriso dos meus lábios – Sim, eu me apaixonei. Mas em um mês, eu voltarei a ser apenas a Elena e nunca mais nos veremos de novo.

– Você não vai lutar por ele?

– Que chance eu tenho, Care?

– Todas! – Ela disse como se fosse óbvio – Porque ele é desse jeito com a Elena, não com a Katherine.

– Mas ele não sabe que existe uma Elena – Respondi, meus ombros caindo.

– Elena – Ela segurou meu queixo e o levantou – Se você o ama, lute por ele.

– Você não o conhece, ele nunca me perdoará por ter mentido. E talvez ele nunca saiba. As pessoas mudam, a Katherine pode mudar de uma hora para outra também.

– Já que você insiste nisso – Ela suspirou – Mas vocês serem idênticas é realmente estranho. Será que vocês são irmãs gêmeas?

– Deve ter alguma explicação, mas irmã não. Minha mãe não teve duas, e se tivesse, por que ela não estaria com as duas?

– Sim, isso é algo a se pensar – Ela pareceu pensar – Você deveria investigar isso. Você não é filha biológica do seu pai, não é?

– Não, minha mãe dizia que o conheceu no hospital, ele era médico, você sabe.

– Você pode ir ao hospital e ver os registros de nascimentos do ano em que você nasceu.

– Caroline, você está desconfiada dos meus pais? – Eu ri.

– Isso se chama precaução, mas que é estranho ter outra pessoa que é sua cara, isso é.

– Não diga absurdos.

Conversamos por mais minutos, até ela receber uma ligação e ter que voltar para casa. Eu me levantei da cadeira e coloquei a bolsa nos ombros, meus pensamentos voando para a conversa sobre meu nascimento com Caroline. Poderia minha mãe ter tido duas meninas e ter dado a outra para adoção? Isso era uma possibilidade, mas eu não via motivos para isso, afinal sua condição financeira não era ruim.

Caminhei por vários minutos, era noite e eu queria um tempo para pensar, de preferência, fora do apartamento de Katherine, aquele lugar me sufocava, principalmente por causa das lembranças que eu tinha ali com Damon envolvido.

Eu gostaria de conversar com Katherine, mas ela estava inalcançável para mim, já que seu celular estava comigo, e ela não havia deixado nenhum número.

– Você é realmente imprudente, uma garota não deveria estar caminhando sozinha a essa hora.

Virei-me completamente surpresa, vendo o único homem que poderia ser tão cordial e cavalheiro daquele jeito. Foi inevitável sorrir para ele.


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Notas finais do capítulo

Agora tem mais gente querendo saber o porque elas são parecidas. Alguma hipótese? Vou adorar saber a opinião de vocês haha
Bjs e até o próximo ^^



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