A Esposa do Século escrita por Yas


Capítulo 11
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Oi, oi, oi!!!!
Eu tô muito animada, me perdoem hahah
Quem aí gostou da nova capa? Qual vocês preferem? Eu queria muito agradecer ao Sherlock Design, obrigadaaa meninas S2
Esse capítulo é um dos melhores, na minha humilde opinião e o próximo promete muitas surpresas.
Espero que gostem
E boa leitura!!



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Capítulo 10

Mais um beijo poderia ser a melhor coisa
Mais uma mentira poderia ser a pior
E todos estes pensamentos nunca descansam
E você não é algo que eu mereço

3 Doors Dawn - Let Me Go

Admito que foi difícil dormir. Toda vez que eu fechava os olhos, vinha em minha mente a vida conturbada de Katherine, e suas escolhas erradas. Eu me perguntava se era correto eu tentar mudar e “salvar” essa garota. Eu deveria simplesmente ignorar tudo, fingir que nada disso me afetava?

E também havia tantos novos sentimentos em mim mesma que eu conseguia me reconhecer. Eu nunca fui alguém volúvel, fácil de se apegar. Mas agora... todas minhas barreiras pareciam abaixadas.

Eram três da manhã e eu ainda estava acordada, imersa em meus pensamentos. Levantei da cama e vesti o robe de cetim sobre a camisola, fui para a sala e me joguei no sofá, ligando a TV, mas claro, a esse horário nada de bom passava.

Encarei o celular em minhas mãos, o desbloqueei e fui para a lista de contatos. O primeiro número na discagem rápida era o de Damon, e sem pensar, eu cliquei, fazendo a ligação. Apenas quando começou a chamar que eu me toquei do que havia feito, e com pressa e totalmente desajeitada pela minha mente confusa, tentei encerrar a chamada, mas o celular escorregou da minha mão e no outro minuto ele estava no chão.

Me joguei no chão para pega-lo e desligar, mas foi quando eu ouvi sua voz rouca, e de quem não parecia ter acabado de acordar.

– Katherine?

– Ah... Oi... Desculpa, eu...Foi... Engano! Sim, engano! – Gaguejei, sentindo minhas bochechas quentes e eu sabia que eu estava vermelha que nem um pimentão.

– Engano? – Ele riu do outro lado – Aposto que tem muitos Damon’s na sua lista de contatos – Ironizou.

– Eu estava... Procurando o número do meu restaurante favorito! – Elena, o que você está fazendo? Algum passarinho cagou na sua cabeça? Que tipo de desculpa é essa? Bati em minha testa com a minha idiotice, e mordi os lábios para não falar nada inútil novamente.

– O seu restaurante favorito, é? – Novamente, Damon riu – Às três da manhã? Eu quero o número desse restaurante. Você sabe, eu tenho insônia as vezes, e seria ótimo poder pedir comida de madrugada.

– Eles não aceitam clientes petulantes como você. Obrigada.

– Então como eles tem você como cliente?

– Damon! – Chiei, mas nem de longe me senti ofendida, eu me sentia... Bem! Depois de tudo que eu estava passando, era bom estar assim com Damon – Para início de conversa, eu não sou petulante.

– Ah, você é sim – Ele parecia divertido – Você me fez comer pipoca de barraquinha em um parque. Isso foi bem petulante da sua parte.

– A vida é mais do que simplesmente trabalhar, Damon – Eu disse, deitando no sofá.

– Para alguém que nunca trabalhou, isso realmente faz sentido.

– É, eu nunca trabalhei – Quase soei irônica, sendo que desde a adolescência eu trabalhava, mas não Katherine, Katherine era uma princesinha que nunca usou as mãos para nada.

– Você parece nostálgica – Ele observou, muito bem observado, por sinal.

– Humm, então o poderoso Damon Salvatore sabe identificar as emoções da sua adorável noiva? – Ironizei, divertida, rolando para ficar de barriga para baixo no sofá e os pés levantados. Um sorriso brincava em meus lábios.

– Adorável? – Repetiu, parecendo ponderar sobre a palavra – Acho que não. Tente outra vez.

– Rá, rá, hilário – Revirei os olhos, não conseguindo parar de sorrir. O que ele estava fazendo comigo? Com apenas aquela conversa descontraída eu sentia meu coração se aquecer.

– Você não está com sono? – Me perguntou.

– Agora que você comentou, estou sim – Respondi, dando um longo bocejo.

– Então boa noite, Katherine, é melhor dormir ou então sua cara ficará ainda mais feia cheia de olheiras.

Revirei os olhos com sua infantilidade, sem conseguir ficar chateada com ele.

– Boa noite, Damon. Sonhe comigo.

– Não quero ter pesadelos, obrigado.

Após darmos boa noite, desliguei a chamada, e fiquei sorrindo que nem boba para o celular. Espera... sorrindo que nem boba? Não mesmo!

Bufei, com raiva de mim mesma. Joguei minhas pernas para fora do sofá e me levantei, voltando para o quarto. Foi questão de segundos para eu dormir quando caí na cama.

Conversar com Damon me acalmara os nervos, e eu me sentia novamente tranquila, era como se eu houvesse tomado o melhor calmante do universo, meu coração se acalmara rapidamente, mesmo com suas piadas ridículas e sem noção.

Quando eu acordei, já passava das onze da manhã. Isobel não ligou, nem Elijah, também não havia mensagens de Stefan. Estava uma manhã bastante calma, então resolvi fazer o almoço.

Vesti um shortinho jeans com uma blusa de alça. Na cozinha, tentei me lembrar de alguma receita fácil, já que ali não possuía nenhum livro de receitas. Por fim, resolvi fazer frango empanado com molho barbecue. Não era o melhor almoço do mundo, mas eu gostava de coisas simples, e essa receita me lembrava minha infância, quando minha mãe a fazia comigo e Jeremy em volta do fogão.

Quando terminei, limpei tudo e guardei os pratos, foi quando a campainha tocou. Me perguntando quem seria, levantei do banco do balcão e fui até a porta. Era uma mulher que eu diria ter mais de quarenta anos.

– Senhorita Katherine, me perdoe pela demora... E eu acabei perdendo a chave da porta dos fundos, então... Me perdoe mesmo, senhorita, eu juro que não foi minha intenção... – Ela continuou falando, tentando se “explicar”.

– Ei, calma – Toquei em seu ombro e vi ela tremer, e me olhar assustada. Na mesma hora tirei minha mão – Tá tudo bem.

– Sério mesmo? – Ela tinha os olhos arregalados – Ah, me perdoe por tomar seu tempo. Eu vou fazer o seu almoço...

– Eu já almocei – Respondi.

– Pediu em algum lugar? Ai meu Deus, me perdoe, eu sei quanto a senhorita odeia comida de entrega.

– Não, eu mesma fiz.

E ela estava surpresa antes, agora só faltou ela ter um ataque cardíaco. De uma hora para outra, ela correu para a cozinha, assustada, eu acho.

– A cozinha está inteira – Ela me disse, como se eu devesse ter explodido a cozinha – Eu pensei que a senhorita não soubesse cozinhar. Da ultima vez que tentou fazer uma pipoca quase explodiu a panela.

Caramba, o que você tem na cabeça, Katherine? Sim, é verdade, Katherine não sabe cozinhar. Então é compreensível que ela esteja surpresa desse jeito.

– Eu... Peguei uma receita – Dei de ombros – Limpe tudo isso – Mandei, tentando agir mais como Katherine, desviando a atenção da moça para outra coisa que não seja Katherine cozinhando.

Quando me virei para ir para o quarto, ainda pude ouvir ela dizer algo como “E as louças estão lavadas”, com uma voz muito surpresa, quase absurda. Dei de ombros para isso e fui para o quarto.

Foi quando recebi uma ligação no meu próprio celular. O celular de Elena. Surpresa, olhei o identificador de chamadas e quase caí para trás. Era Caroline. Eu atendia, ou não? Se eu atendesse, eu conseguiria manter minha mentira para ela?

Por fim, eu atendi, tentando esconder o nó que se formou em minha garganta.

– Elena? Menina, o que aconteceu? Por que você sumiu assim? Que emprego é esse? Elenaaa! – Sua voz era ansiosa e banhada em preocupação, do jeito que apenas Caroline conseguia ser.

– Eu estou bem – Eu disse, forçando um sorriso, por mais que ela não pudesse ver – Me desculpe não avisar para vocês. Foi muito de repente, mas está tudo bem.

– Você disse que está na cidade vizinha. Me dá o endereço, eu vou te ver, você não parece bem!

– O que? Não! – Eu tentei não soar desesperada, mas acho que não consegui. Me levantei da cama e comecei a andar pelo quarto, nervosa com a possibilidade dela me descobrir.

– Por que? Se for dinheiro, não se preocupe, eu já falei com o Klaus e ele...

– Não é dinheiro! Eu só...

– Então vem aqui! – Ela me interrompeu – No sábado ou no domingo, uma folga você tem que ter, então vem aqui.

Eu não tive como discutir, eu não tinha escolha a não ser me encontrar com ela no domingo. Suspirei, sentindo minha cabeça ser esmagada por uma força maior. Marcamos em um café no centro da cidade, mas mesmo sendo um lugar simples, era perigoso, e se eu visse alguém que conhecesse Katherine? Eu fingiria para a pessoa que não a conhecia, ou para Caroline? O que ela faria se descobrisse?

Com esses pensamentos, caí na cama e acabei adormecendo, tendo até alguns sonhos estranhos e horríveis com minha família e Katherine.

Despertei com uma sensação boa em meu cabelo, como uma caricia. Sorri em meio ao sono, adorando aquilo. Mas quem poderia ser? Com esse pensamento, abri os olhos, e me surpreendi.

Não era o Papa, muito menos a rainha da Inglaterra, e olha, se fosse um desses dois eu me surpreenderia mais, mas era Damon. Ele estava sentado ao meu lado na cama, a gravata desajeitada e um sorriso maroto nos lábios.

– Damon? O que...?

– Você é uma garota estranha – Ele disse, me interrompendo. Ergui uma sobrancelha.

– Eu, estranha? Por que?

– Não é da sua conta – Ele fez indiferença, me fazendo revirar os olhos.

Sorri com sua postura de mocinho mimado e baguncei seus cabelos. Ele arqueou uma sobrancelha e dei de ombros, me levantando e indo para o banheiro, dar um jeito na minha cara.

– O que você faz aqui? – Perguntei de frente ao banheiro, lavando o rosto.

– Achei estranho você não me importunar o dia inteiro, então achei que você pudesse ter morrido ou algo assim, aí vim aqui – Ele disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo.

Eu ri alto, atraindo sua atenção.

– Morta? Eu sei que você adoraria isso, mas não vai rolar tão cedo – Saí do banheiro ainda rindo e fui até a penteadeira do quarto, pentear os cabelos.

– “Não vai rolar”? Seu linguajar me assusta cada vez mais – Ele tornou a se sentar na cama, e pegou meu celular em cima do criado-mudo. Dei de ombros e não liguei, até que pelo espelho, vi a capinha rosa e branca, a capinha do celular de Elena, e não de Katherine.

Larguei a escova e corri para a cama, me jogando sobre ela e agarrando celular de suas mãos, vendo no que ele mexia. Ele estava prestes a entrar na galeria, e ver minhas fotos, com meus amigos e minha família. Suspirei aliviada, mas só então percebi o que acontecia de verdade ali: eu estava em cima de Damon, meu rosto a centímetros do dele, eu podia sentir sua respiração bater contra meu rosto. Meu coração acelerou e minhas mãos que seguravam ainda o celular, começaram a soar. Meus olhos castanhos encontraram aquela imensidão azul e eu me perdi ali. Joguei o meu senso para o alto, e agarrei sua nuca, aproximando nossos lábios.

Ele não hesitou nem por um segundo, suas mãos agarraram minha cintura e me viraram, deixando meu corpo por baixo, enquanto ele ficou por cima de mim, suas mãos deslizando entre minha cintura. Ele levantou minha blusa, tocando minha barriga enquanto sua língua explorava minha boca.

Minhas mãos agarraram seu paletó e sem paciência, eu o tirei, o jogando longe, deixando que meus dedos abrissem os botões de sua camisa para eu enfim poder tocar sua pele. Ele era cheio de músculos, e eu soube que aquele corpo e Damon todo seria minha droga e minha perdição.

Seus lábios se separaram dos meus e ele começou a beijar meu pescoço e minha orelha, adivinhando que ali era meu ponto fraco que me causava arrepios. Enlacei minhas pernas nuas em sua cintura, puxando-o para mais perto de mim.

– Ah Katherine... – Ele sussurrou rouco e completamente extasiado em meu ouvido. E foi aí que eu acordei e o empurrei para longe de mim, o olhando assustada, ele tinha os olhos arregalados e confusos – O que foi?

Levantei da cama e olhei para o chão, com a mão sobre a boca, meus pensamentos ainda nas nuvens, e meu corpo ainda fervendo por ele.

– Eu... Acho que... Eu acho que é melhor você ir embora – Eu disse, sem conseguir encara-lo.

Ele me olhou confuso e com uma raiva contida. Damon bufou e pegou o paletó no chão, e saiu do quarto sem o vestir nem fechar a camisa, seus passos fazendo barulho no chão, denunciando que ele estava furioso.

Eu deixei que meu corpo caísse no chão, e então comecei a chorar. Um choro desesperado. Meu coração doía, e meu corpo estava quente, queimando por Damon, mas eu não poderia o ter, não como Katherine.

Porque eu não queria que ele amasse Katherine, eu queria que ele me amasse, que ele conhecesse a Elena e a amasse, a amasse com todas suas forças, a amasse ao ponto de acordar na madrugada e atender seu telefone, ao ponto de sorrir como uma criança sem preocupações, ao ponto de... Esquecer tudo e ficar apenas comigo! Eu queria que nós houvéssemos nos conhecido em outra situação, porque nessa situação eu estava fadada a nunca tê-lo para mim, mas ama-lo até meus últimos dias!


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Notas finais do capítulo

E aí? O Damon já está gamado na Elena, como vocês acham que ele vai reagir quando descobrir que ela não é quem diz ser? O que vocês acham que vai acontecer pela frente?
Só digo uma coisa, não vai ser nada fácil para a nossa mocinha :(
Espero que tenham gostado e não se esqueçam dos comentários ^^



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