Marry Me? escrita por Nathyy Weasley


Capítulo 1
Marry Me?


Notas iniciais do capítulo

Hey, Hey, Hey, eu morri de amores escrevendo essa fic, a aniversariante merecia um long inteira, mas como não dá pra fazer uma long em um só dia aí vai.
Boa leitura!!!



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Ela não queria levantar, muito menos encarar a professora de Inglês, que sempre tivera marcação com ela. As outras deveriam estar em algum lugar não muito longe, tudo parecia silencioso, mas era relativamente cedo, por volta das seis da manhã. Ela tateou na cama, em busca do celular, ergueu os olhos de debaixo das cobertas para a tela, mensagens atrás de mensagens, queria voltar a dormir, mas não conseguiria pregar os olhos, talvez uma desculpa figindo estar doente fizesse a melhor amiga deixá-la em casa.

A primeira mensagem era justo da amiga, da noite anterior, existiam várias outras quase batendo o mesmo horário, talvez tivessem ficado bêbados e resolveram atormentar a ruiva, quando essa estava dormindo. A mensagem de Lauren era apenas perguntando se estava tudo bem em casa, e avisando que dormiria cedo. Anne e Dominique não voltaram para casa há dois dias, haviam mensagens das mesmas, pelo menos um sinal de vida. Elas achavam que poderiam passar o final de semana curtindo e esquecerem que na quarta teria aula? As férias estavam próximas, e Rose preferia esperar por elas.

A mensagem de Dominque falava claramente que ela estava pegando algum professor escondida e estava sendo encoberta, era engraçado, Dominique sempre fora louca; A mensagem de Anne era apenas um aviso de que dormiria de novo com o namorado, ela queria bater no primo por roubar tanto sua melhor amiga. Uma mensagem de Lily, que relatava o episódio em que encomendara vários doces e que talvez, mas só talvez, pudesse levar alguns para a prima, Lilian e seu coração bondoso, Rose não duvidava nada que ela e o namorado já tivessem engolido tudo. Uma mensagem de Hugo, ele falava sobre algum relatório de medicina, e pedia que a irmã avisasse a Alvo para ajudá-lo, mas nem para isso ela servia mais.

A mensagem de Scorpius, dizendo que Lily parecia uma esfomeada e definitivamente não iria dividir os doces com ela, e nem com o próprio namorado, aí estava Lily e seu coração "bondoso" distorcido. Uma mensagem de Harry, esse mês ele estaria em Londres e iria por breves momentos visitá-los, ela sabia que ele enviara aquela mensagem idêntica para todos os outros da família, Harry e Gina tinham o espírito aventureiro, precisavam se deslocar desde que os filhos saíram de casa. Uma mensagem de Roxy, que falava sobre o time de futebol, e o treino da sexta-feira das líderes de torcida. E por fim uma mensagem de James, com apenas uma frase "preciso falar com você", vai que ele aprontara alguma e precisasse de ajuda.

Aquela família era cheia de loucos, loucos e livres, prontos para enfrentar a vida. E Rose gostava disso, pelo simples fato de poder se orgulhar de carregar o sobrenome Weasley como uma herança valiosa, e nunca como um fardo como alguns pensavam. Ela escorregou da cama indo até o banheiro, pé ante pé, seu sono era imenso, e ela sabia que não podia demorar muito, tinha duas horas, duas horas pra estar entregando um relatório sobre educação nas mãos da professora, nem se lembrava onde tinha guardado aquelas folhas.

Era tão estranho saber que há poucos quilômetros a Universidade se encontrava, não precisava se apressar para nada, mas era sempre sua lei chegar na hora certa, apesar das reclamações de Lauren por acordá-la quando estava na melhor parte de seu sonho. Ela estacionou na vaga de sempre, do lado direito da Universidade, depois do poste de luz, exatamente cinco metros do poste.

Saiu do carro tentando de alguma forma manter o bom humor, depois de quatro dias descansando, longe de todas aquelas pessoas, ali estava ela mais uma vez, se esforçando para sorrir docemente para o diretor, quando o mesmo atravessou o corredor ao seu lado. Segundo andar, última porta a esquerda, sala de literatura, onde a professora já deveria estar planejando seu próximo plano de morte para os alunos, Holly sempre ria da ruiva por ter tantos problemas com a professora de inglês.

Ela não sorriu para a professora, apenas deixou o relatório em cima de sua mesa e se retirou, ainda havia algum tempo para que a aula começasse, e ela voou pelos corredores, sentando-se naquele certo lugar preferido. No Jardim, onde várias árvores viviam, ela preferia uma em especial, aquela que sempre lhe doava sombra enquanto lia atentamente um livro, ela olhou ao redor e respirou o ar puro, a grama sobre suas mãos era tão reconfortante quanto a brisa tocando em sua pele. Ela fechou os olhos e suspirou, tudo em movimento ao redor, e agora o mundo poderia parar enquanto ela e seus pensamentos a guiavam para longe dali

— pensei que estivesse lá dentro- Dominique resmungou sentando em sua frente, Rose se sobressaltou e a encarou

— que susto, você não estava...?!

— Eu já peguei ele, deu um rolo danado, e bola pra frente - a loira coçou a cabeça um tanto contente

— ele era bom? - Rose cruzou as pernas curiosa

— era, mas nem tanto assim, já vi melhores

— você ainda vai conhecer alguém que vai tomar as rédeas da sua vida, Nick

— assim como James encontrou ne - ela falou em tom irônico, a ruiva franziu o cenho

— como assim?

— ele falou com você?

— Não, se quer saber, não falou a três dias, só vi ele na casa de Lily, e mesmo assim, não falei com ele

— estranho, você viu ele por aí?

— não, por quê?

— ele vai falar com você, Rose

— depois de sexta acho que não quero conversar nem tão cedo

— vamos! Deixe de ser tão mal humorada, não é como se você fosse tão jovem, está há um passo da felicidade, querida- Dominique estalou os dedos animada, e se levantou- vamos!

— pra onde? -Rose suspirou se levantando

— ele não bateu no Lucas à toa- Dominique enlaçou seu braço no da amiga e as duas começaram a caminhar

— foi desnecessário! Eu não sei o que ele tem na cabeça- ela relaxou os músculos calmamente

— tudo é uma caixinha de surpresas- Dominique sussurrou enquanto a arrastava pelo corredor

— para onde você está me levando? - Rose encarou a loira que olhava para frente determinada.

As duas pararam em frente a sala de literatura, Dominique sorriu e Rose franziu o cenho sem entender nada, elas entraram, encontrando uma Lauren com balões vermelhos em forma de coração em uma mão, a professora não estava mais ali.

— Foi difícil, eu mesma sei o quanto foi difícil, e eu não faço ideia de como aguentei essas briguinhas idiotas por nada, mas no final, parece que está valendo a pena- Lauren exclamou sorrindo, como se as palavras tivessem sido decoradas, ela abraçou Rose e entregou os balões, para logo em seguida sair da sala

— o que está acontecendo? -Rose olhou para os balões surpresa e Dominique sorriu de canto, arrastando a prima mais uma vez para o refeitório.

O refeitório não estava cheio como o esperado, apenas um ou dois alunos comendo no canto e um Alvo sorridente em cima de uma das mesas, com um caixa de chocolates na mão

— Deus! O que eu tenho a dizer sobre tudo isso? Era tão divertido ver essa estupidez toda, sempre querendo ser a madura enquanto ele sabia perfeitamente quebrar suas regras- ele desceu da mesa e a entregou a caixa, a abraçando também e saindo dali sem dar respostas, Rose encarou Dominique assustada e a prima riu, lhe puxando para fora.

As duas seguiram para a aula de artes, onde por trás de um dos quadros surgiu uma Anne com um ursinho de pelúcia, ela sorriu animada e os olhos de Rose se encheram de lágrimas

— olha até onde chegaram! Estava com medo que virassem as costas um para o outro e nunca mais se falassem, eu estava com medo disso, mas vocês não se desgrudam de maneira alguma, fiquei tão feliz ao ouvir o boato de que estavam se pegando em algum dos corredores do Colégio- Anne sorriu carinhosa e entregou o ursinho a amiga, a abraçou e saiu da sala enxugando as lágrimas

Rose fungou tentando segurar os presentes em cada braço, Dominique a guiou mais uma vez pelos corredores, a sala de teatro, onde em cima do palco uma Lily com um buquê de rosas vermelhas a aguardava

— eu vou matar vocês dois! Por me fazerem quase perder a minha linda paciência umas quinhentas vezes, por que demoraram tanto? Todo mundo sabia disso! Estávamos ansiosos! Foram tantos anos de diferenças que as qualidades começaram a surgir - ela desceu do palco e entregou o buquê a Rose, a abraçando apertadamente, e saindo saltitante da sala.

Dominique enxugou as lágrimas no canto do olho e puxou a amiga dali, agora a trilha era em direção ao Jardim, onde a algum tempo Rose estava pensando em voar, elas se aproximaram da árvore, e ali encostado esperando estava um James claramente nervoso, Rose inclinou a cabeça para o lado confusa e Dominique pegou os presentes de sua mão, desaparecendo dali logo em seguida, deixando a prima perplexa de frente para o garoto, ele sorriu nervosamente e tirou uma caixinha de veludo do bolso, Rose levou as mãos a boca

— tudo bem, isso pode parecer estranho, e eu sinto que vou vomitar, mas não vou desistir porque não sou desses...

"Foram muitos anos, Rose, longos anos de ironias, gritos, apenas brigas bestas, e que no final sempre terminavam com um de nós tristes. Eu sei que não sou nenhum príncipe encantando, mas por você eu sou até uma reencarnação de Shakespeare. O meu mundo não tem cor quando não vejo seu sorriso, sua risada é o que me faz querer viver, seus olhos são o que me guiam durante pesadelos, você, simplesmente você e mais ninguém. Por isso eu estou aqui, como um plebeu diante de sua rainha, como um drogado pedindo pela sua única forma de vício, como um bobo apaixonado mesmo, para te pedir, que divida a sua alma comigo, seu coração, seu sorriso e sua essência, para que possamos ser não só um, mas dois em uma única emoção, por que somos apenas um coração que bate por dois, Rose Jean Granger Weasley, você aceita casar comigo?"

Suas palavras ecoaram em todo o local, onde alunos que chegavam aos muitos paravam para ver a cena. James ajoelhado de frente para a ruiva, com aquela linda caixinha de veludo revelando um anel de diamantes. Rose tomou fôlego enquanto soluçava, eram coisas para formular, o coração batendo tão forte que poderia pular para fora do peito, o sorriso que se formou em seu rosto que foi de orelha a orelha. Ela se ajoelhou em frente ao garoto e segurou seu rosto com as duas mãos, sorriu emocionada e o beijou, palmas foram escutadas de todos os lados, Rose riu baixinho e quebrou o beijo focando naqueles lindos olhos Castanhos envoltos em amor

— sim, como eu não poderia amar você? Sim! Sim! Sim! -Ela exclamou gargalhando entre as lágrimas, ele a beijou novamente e ergueu a mão como se dissesse "missão cumprida". As meninas suspiraram e os meninos assoviaram loucamente.

— Eu amo você... Eu amo muito você - James murmurou levantando junto a mais nova noiva, ele segurou em sua mão e colocou com muito cuidado o anel ali

— você me assustou, seu idiota, pensei que depois de sexta...

— você acha mesmo que eu deixaria eles beliscarem o que é meu? Mas nem em sonho!

— Eu amo você, eu amo tanto você- Ela enlaçou os braços ao redor de seu pescoço e ele a puxou pela cintura, tomando seus lábios apaixonadamente.

O mundo fez questão de parar para presenciar àquela cena, era incrível como algumas coisas se tornavam reais pela esperança, a fé que as pessoas colocavam em certas coisas as faziam reais, bastava acreditar, acreditar que um dia você sorriria bobamente como a Rose, ou que risse desacreditado como o James, assim descobririam, que a vida, não era nada, sem um coração, que batia para cada duas almas gêmeas.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Bem, Mah espero que tenha gostado, eu particularmente achei que faltou muita coisa, autora tem que ver defeito em tudo né...

Até a próxima! :*