Dracula Vs Jason: Terra Sangrenta escrita por fosforosmalone


Capítulo 7
Capítulo 7




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                                                              FLORESTA

 

Mark anda pela floresta, olhando para os lados. A névoa desapareceu totalmente. O rapaz esta nervoso, e pisa fundo no chão. De repente, ouve-se o som de galhos sendo pisados. Mark olha assustado para trás.

 

MARK

 

- Quem tá ai?

 

Algo cai atrás dele, e ao se virar, Mark vê o homem de sobretudo com quem brigara mais cedo, mas desta vez, ele ostenta presas enormes na boca. Drácula agarra Mark pelo pescoço, e o ergue no ar.

 

DRÁCULA

 

- Você não me parece tão corajoso agora, rapaz. Você não ia me quebrar, ou coisa parecida?

 

O Conde o arremessa contra uma arvore. O rapaz cai tonto no chão, e tenta se levantar, mas vampiro já esta na sua frente, e lhe da uma bofetada no rosto, jogando-o novamente no chão. Drácula percebe que manchou seu anel com sangue, e chupa o anel, limpando a mancha.

 

MARK

 

- Fica longe de mim, seu monstro! (O vampiro se abaixa, ficando perto do rapaz).

 

 DRÁCULA

 

- Você é um rato, Mark. Como a sua namorada pode ter se interessado por alguém como você, foge á minha compreensão. (Drácula volta a agarrá-lo pelo pescoço e o prensa em uma arvore). Ela vai ter um homem melhor em breve. Mas primeiro, eu preciso recuperar minhas energias, mas não vou encostar meus dentes em uma coisa imunda como você!

 

O Conde ergue a mão livre, e enterra seus dedos na jugular de Mark, que solta um grito rouco. O vampiro puxa a carne, enquanto o sangue começa a espirrar em profusão da garganta do rapaz. Drácula solta Mark, que cai no chão, com os olhos injetados, segurando o pescoço. Drácula o vira com o pé, e com as duas mãos, abre-lhe totalmente o pescoço, inclinando-se para beber o sangue que jorra.

 

 

PERTO DA ESTRADA

 

Lucy caminha decidida pela floresta, sendo seguida de perto por Vince e Van Helsing. O trio sai da mata, chegando ao acostamento da estrada.

 

VINCE

 

- Conseguimos (Diz ele com um suspiro). Agora é rezar pra que passe alguém.

 

LUCY

 

- Será que a Amanda esta bem? (Pergunta com preocupação na voz).

 

VINCE

 

- Tenho certeza que sim. (Diz Vince se aproximando para abraçá-la). Ela e o Mark devem ter conseguido sair.

 

LUCY

 

- Como pode ter tanta certeza? (Diz ela evitando o abraço).

 

VINCE

 

- Estou tentando ser otimista.

 

VAN HELSING

 

- Otimismo nunca salvou ninguém.

 

LUCY

 

- E você sugere o que? (Diz Lucy com raiva na voz).

 

VAN HELSING

 

- O nevoeiro já passou. Não sei se o sinal do celular chega à cidade, mas se ela estiver por perto, acho que você consegue falar com ela.

 

LUCY

 

- Mas é claro! (Disse Lucy amaldiçoando-se em pensamento por não ter pensado nisso antes). Vou fazer isso agora mesmo.

 

Antes que Lucy possa tirar o celular da bolsa, a luz de faróis ilumina a estrada, anunciando a chegada de uma caminhonete. Vince rapidamente se coloca no meio da estrada, fazendo sinal para o motorista parar. O veiculo freia, e um velho usando boné põe a cabeça para fora.

 

MOTORISTA

 

- Você tá maluco, garoto?! Tá querendo morrer?

 

  VINCE

 

- Precisamos de ajuda, senhor! Estávamos No Forest Green quando um maluco

 

LUCY

 

- Gorney? (Diz Lucy se aproximando da janela da caminhonete).

 

GORNEY

 

- Lucy? O que esta fazendo aqui, menina?

 

VAN HELSING

 

- Você o conhece? (Pergunta Van Helsing indicando o velho).

 

LUCY

 

- Claro que sim. Ele passa quase todo dia na loja lá do posto.  Gorney (Diz ela falando com o motorista da caminhonete) precisamos de ajuda! Tem um assassino á solta por ai!

 

GORNEY

 

- Entrem logo. (Diz ele sério).

 

 

                                                              FLORESTA

 

Amanda anda sozinha pela floresta. Ela olha para trás e para os lados á todo momento. Uma coruja alça vôo do alto de uma arvore, assustando-a.

 

AMANDA

 

- Que noite. Abandonada por um canalha, e perdida. (Diz Amanda olhando ao seu redor, com medo no olhar.)

 

- Talvez eu possa ajudá-la.

 

Amanda vira-se para o lado, e vê entre as arvores, há alguns passos dela, o homem de sobretudo, com quem dançara mais cedo.

 

AMANDA

 

- O que... O que esta fazendo aqui?

 

DRÁCULA

 

- O mesmo que você, procurando meus amigos, enquanto tento sair daqui em segurança. (Diz ele dando alguns passos na direção dela).

 

AMANDA

 

- Eu não disse que estava procurando meus amigos.  (Responde ela desconfiada).

 

DRÁCULA

 

- E não é obvio? (Diz ele com um sorriso perverso, aproximando-se um pouco mais). Posso ajudá-la se quiser.

 

AMANDA

 

- Não, obrigado. (Diz Amanda dando um passo para trás. Aquele homem era lindo, mas igualmente assustador).

 

  DRÁCULA

 

  - Eu insisto. (Diz ele aproximando-se mais um pouco).

 

AMANDA

 

- Não chega mais perto! (a garota recua alguns passos).

 

DRÁCULA

 

- Eu não preciso chegar mais perto, senhorita. (Responde o Conde seriamente).

 

Amanda agora consegue ver o rosto do homem, e principalmente, consegue ver seus olhos. São lindos. Algo dentro dela diz que ela deveria correr, mas aqueles olhos negros são muito lindos, ela precisa continuar olhando. Ela sente que precisa da atenção do dono daqueles olhos, de sua aprovação.

 

Amanda olha fixamente para o Conde, com uma mistura de medo e fascínio no olhar. Quando Drácula faz menção de se aproximar, ouve-se o som de um toque de um celular.

 

DRÁCULA

 

- Acho que seria educado atender, não concorda minha querida? (Ela não responde). Atenda, e lembre-se, você esta segura, a caminho de casa.

 

Ela pega a bolsa, e tira o celular de dentro dela, soltando a bolsa no chão.

 

 

                                      CAMINHONETE DO GORNEY: ESTRADA

 

Lucy esta sentada no banco de trás da caminhonete de Gorney, juntamente com Vince, enquanto Van Helsing esta no banco do carona, ao lado do motorista. A moça parece ansiosa, com o celular no ouvido.

 

LUCY

 

- Atende logo, Amanda.

 

Lucy escuta a linha entrar, e respira aliviada ao ouvir a voz da amiga.

 

AMANDA

 

- Alo?

 

LUCY

 

- Amanda! Onde é que você tá? Você esta bem?

 

AMANDA

 

- Eu estou segura, Lucy. Eu consegui sair de carro com o Mark. (Responde Amanda monotonamente).

 

LUCY

 

- Tem certeza de que esta bem? (Pergunta Lucy estranhando o tom de voz da amiga).

 

AMANDA

 

- Claro que estou! Eu preciso desligar agora, depois a gente se fala.

 

LUCY

 

- Tudo bem então. (Diz Lucy um pouco surpresa). Mas não se esquece de me lig... (O outro lado da linha é desligado).

 

 

                                                              FLORESTA

 

Amanda desliga o celular, e o deixa cair no chão. Ela não desvia os olhos do Conde. Drácula estica os braços, como se fosse abraçar alguém. A garota anda até ele, em passos lentos, até as mãos dele tocarem seus braços. O vampiro acaricia o rosto da moça.

 

DRÁCULA

 

- Nós não terminamos a nossa dança.

 

Ele segura uma das mãos dela com uma mão, e com a outra, segura sua cintura. O vampiro cantarola uma melodia, e dá alguns passos de valsa com Amanda, que mantêm uma mistura de medo e fascínio no rosto, sem nunca desviar o olhar do rosto de Drácula. Ele a rodopia, e com a mão livre, arranca a minissaia dela, deixando-a apenas de calcinha. Ele a segura pelos ombros, e levanta-lhe os braços, puxando sua blusa, e jogando a roupa no chão. Amanda esta seminua agora, usando apenas salto, sutiã e calcinha, seu belo e curvilíneo corpo totalmente exposto.

 

A garota esta parada agora, como uma estatua. Drácula a circunda, parando atrás dela.

 

DRÁCULA

 

- Você é realmente linda, minha querida. (Diz ele passando a mão em um dos seios da garota). Tem mesmo um belo corpo. (A mão do vampiro passeia por uma coxa da garota hipnotizada). Você sabe o que seu nome quer dizer?(O Conde dá a volta em Amanda, parando na frente dela. Ele a beija sensualmente. O corpo dela permanece estático). Amanda significa a que é digna de ser amada. Diga-me Amanda, você acha que é digna de ser amada?

 

    AMANDA

 

- Sim, mestre. (Responde ela com emoção na voz).

 

Com a mão, Drácula delicadamente vira o queixo dela, deixando o pescoço da moça exposto. O vampiro sorri, e expõe suas presas, aproximando-se lentamente, até morder o pescoço de Amanda. Uma leve expressão de dor surge no rosto dela. Ele começa lentamente a inclinar o corpo dela em direção ao chão.

 

 

                                CAMINHONETE DO GORNEY: ESTRADA

 

Lucy olha espantada para seu celular. Vince percebendo a preocupação da namorada pergunta:

 

VINCE

 

- Algum problema, Lucy? Tudo bem com a Amanda?

 

LUCY

 

- Eu não sei, ela tava muito estranha.

 

VAN HELSING

 

- Estranha como? (Pergunta o jovem virando-se para o banco de trás).

 

LUCY

 

- Não sei dizer ao certo. Ela nem perguntou se o Vince e eu estávamos bem. Não parecia a Amanda que eu conheço. Ela estava tão...

 

VAN HELSING

 

- Fria? Distante?

 

LUCY

 

- Isso mesmo. Tem algo de muito errado com ela! Aquele tom de voz me assustou.

 

VINCE

 

- É obvio que a morte do Edward mexeu com a Amanda. Ela precisa descansar agora, todos nós precisamos.

 

LUCY

 

- Mesmo assim, não parecia ela. (Diz Lucy pensativa). O que você acha Peter?

 

VAN HELSING

 

- Eu não saberia dizer. (Diz Van Helsing voltando sua atenção bruscamente para a estrada). Talvez seu namorado tenha razão.

 

  GORNEY

 

- O problema maior não é esse. O problema maior é que Jason esta de volta. (Diz ele nervosamente).

 

LUCY

 

- Acredita mesmo que seja o verdadeiro Jason, Gorney?

 

GORNEY

 

- Claro que sim. Jason é uma maldição para essa cidade. O maldito simplesmente se recusa a morrer!

 

 

                                                           FLORESTA

 

Jason anda pela floresta, segurando o cutelo que pegou da cozinha do clube. O assassino caminha com passos firmes, sem nunca olhar para os lados. É quando o mascarado pára em uma clareira, ao avistar um cenário assustador. Seis jovens estão espalhados pelo chão, três deles pendurados nos galhos das arvores. O mascarado se aproxima da cena, olhando desconfiado para os corpos. Quando passa pelo ultimo deles, o braço da moça se estica, e agarra a perna do assassino. Jason olha para baixo surpreso, e antes que possa revidar contra a moça, alguém o chama pelo nome.

 

PAMELA

 

- Jason, meu filho querido. Você não pode deixar esses jovens para trás.

 

Pamela Voorhees esta na sua frente, com a idade em que foi morta. Jason olha para baixo novamente, e a garota continua largada no chão, como se nunca o tivesse segurado pela perna.

 

PAMELA

 

- Eles foram tocados pelo mal, Jason. São um perigo para o nosso lar. Você deve arrancar a cabeça deles, meu filho. De todos os mortos!

 

Jason olha para baixo, e segura os cabelos da garota, erguendo-a. Ele ergue o cutelo, e mirando o pescoço, desfere o golpe.

 

 

                                   CAMINHONETE DE GORNEY: CIDADE

 

A caminhonete de Gorney estava passando pela entrada da cidade, quando uma viatura surge logo á frente, sinalizando para que eles parassem. Os dois veículos se emparelham, e o vidro da viatura se abaixa, revelando um homem de feições duras e cabelos pretos, que começam a ficar grisalhos.

 

GORNEY

 

- Como vai, Xerife Mathews?

 

XERIFE MATHEWS

 

- Boa noite, Gorney. Onde achou seus caroneiros?

 

GORNEY

 

- Eles me pararam na estrada, pedindo ajuda. Suponho que já saiba o que aconteceu no clube, não é? (Três viaturas surgem vindas da direção da cidade. Uma delas pára).

  

POLICIAL

 

- Tudo bem, xerife?

 

XERIFE MATHEWS

 

- Esta tudo certo. Vão indo na frente. Eu já vou.

 

O policial acelera, se juntando as outras duas viaturas, que somem na estrada. O Xerife olha para Gorney.

 

XERIFE MATHEWS

 

- Isso responde a sua pergunta, meu velho? (Gorney nada diz.) Então, quem são esses três? (Diz Mathews com voz autoritária.)

 

LUCY

 

- Sou eu Xerife, a Lucy, da loja do posto, lembra?

 

XERIFE MATHEWS

 

- Claro, Lucy Farmer! E o rapaz ao seu lado é Vince Tingwell, correto?

 

VINCE

 

- Eu mesmo, Xerife.

 

XERIFE MATHEWS

 

- E esse rapaz no banco do carona, quem é?

 

LUCY

 

- O nome dele é Peter Van Helsing, Xerife. Ele não é daqui.

 

XERIFE MATHEWS

 

- Estava lá quando aconteceu, forasteiro? (Pergunta olhando desconfiado para Van Helsing).

 

VAN HELSING

 

- Estava sim, Xerife. (Diz ele sério). Não foi algo legal de se ver.

 

XERIFE MATHEWS

 

- Eu imagino que não, rapaz, pelo que os outros me disseram. Quero os três na delegacia amanhã para prestar depoimento.

 

VINCE

 

- Lucy e eu estaremos lá, Xerife.

 

O Xerife dá a partida na viatura, e ruma em direção á cena do crime, com a sirene ligada. Gorney tambem liga o carro, seguindo seu caminho.

 

GORNEY

 

- E lá vamos nós pra esse inferno de novo. (Diz Gorney com rancor na voz). Policiais por toda parte, e jovens mortos. Nem quero imaginar como os pais vão se sentir.

 

O carro já adentra a pequena zona urbana de Cristal Lake, com suas casinhas, e alguns poucos predios.

 

VINCE

 

- Essa cidade esta enlouquecendo (Diz ele levando as mãos aos olhos). Ainda temos que ir á delegacia amanhã. Você pode parar aqui Gorney. (Diz Vince apontando para uma das casas).

 

Gorney estaciona em frente á uma casinha de dois andares com um pequeno portão de ferro.

 

VINCE

 

- Valeu pela carona, Gorney. Você salvou mesmo as nossas vidas! Lucy, você vai ficar aqui ou vai pra casa?

 

 LUCY

 

- Eu... vou até o hotel. Quero conversar mais algumas coisas com o Peter. Não quer ir até lá? (diz Luxy com tom de suplica na voz).

 

VINCE

 

- Como é que é? (Diz indignado). O que você ainda tem pra ouvir desse cara?!

 

LUCY

 

- Eu vou repetir. Tem algumas coisas que eu quero conversar com o Peter. Estou convidando você pra vir junto, mas se não quiser, estamos na frente da sua casa. É só descer do carro!

 

Gorney e Van Helsing trocaram um olhar constrangido. Vince fitava a namorada com uma expressão de raiva estampada no rosto.

 

VINCE

 

- Tá legal então! Vai ter a sua conversinha com esse europeu debil mental. Eu vou pra casa!

 

Vince desce do carro, e bate a porta com força. Lucy vê o namorado entrar em casa, lagrímas brilham nos olhos da moça.

 

VAN HELSING

 

- Talvez fosse melhor ir atrás dele.

 

LUCY

 

- Não, o Vince tem que crescer. (Diz ela tirando as lentes dos olhos, e colocando os oculos). Gorney ,pode nos levar ao hotel?

 

GORNEY

 

- Tudo bem, Lucy.

 

Gorney levou Lucy e Van Helsing até a frente do Hotel Cristal Lake. O trio ficou em silencio durante o caminho todo. Ao chegar ao hotel, Lucy e Peter descem do veiculo, e a garota vai até a janela do motorista.

 

LUCY

 

- Obrigado por tudo, Gorney. Não sei o que teria feito sem você. E me desculpe por envolvê-lo nisso.

 

GORNEY

 

- Eu nunca deixaria de ajudá-la Lucy. Te vejo todo dia naquele posto, e sei que é uma boa garota. Alem do mais, fui um grande amigo da sua mãe.

 

LUCY

 

- Eu sei, Gorney. Ela gostava muito de você.

 

GORNEY

 

- Tudo bem você ficar andando com esse forasteiro? (Pergunta baixando a voz).

 

LUCY

 

- Acho que posso confiar nele. (Diz olhando rapidamente para Peter). Alem do mais, tem o pessoal do hotel se eu precisar de ajuda, e eu mesmo sei me defender muito bem sozinha.

 

GORNEY

 

- Você é quem sabe, menina. Ei, você! (Diz o velho para Van Helsing). Quero que cuide bem dessa garota, ouviu bem, rapaz?

 

VAN HELSING

 

- Vou cuidar, senhor.

 

GORNEY

 

- Pro seu bem, é bom mesmo. (O velho liga o motor). Se cuida, Lucy!

 

Van Helsing observa a caminhonete dobrar a esquina e sumir, e se vira para Lucy. Ela o observa seriamente.

 

VAN HELSING

 

- Eu..  Acho que se você quiser conversar sobre alguma coisa, seria melhor entrar.

 

LUCY

 

- O que me escondeu na caminhonete?

 

VAN HELSING

 

- Como?

 

LUCY

 

- Quando liguei pra Amanda, você sabia exatamente como ela tinha sido estranha no telefone comigo, e quando pedi sua opinião, você desconversou. O que foi que você não me contou?

 

VAN HELSING

 

- Antes eu quero que saiba que eu posso estar errado.

 

LUCY

 

- Sobre o que? (pergunta nervosa).

 

VAN HELSING

 

- Eu acho que quando Amanda falou com você, ela estava hipnotizada.

 

LUCY

 

- Como assim? Hipnotizada como?

 

VAN HELSING

 

- Lucy, alguns vampiros possuem poderes mentais. Eles podem ler pensamentos, e controlar a mente dos outros. Se a vitima for do sexo oposto ao do vampiro que estiver usando essas habilidades, ela se torna uma presa ainda mais facil, devido aos feromonios. Drácula é o maiior vampiro que já existiu, é o vampiro original, e é mestre na hipnose. Se ele realmente se interessou por ela como me pareceu na festa...

 

LUCY

 

- Esta me dizendo que ela podia estar sendo controlada por um vampiro? Que a esta altura minha amiga pode estar morta?

 

VAN HELSING

 

- Não dá pra ter certeza de nada. Ela pode...

 

LUCY

 

- E você sabendo disso, ficou quieto mesmo assim?!

 

VAN HELSING

 

- Lucy, eu achei melhor...

 

A garota se aproxima, e com raiva, desfere um soco no rosto de Van Helsing. O rapaz se afasta, levando a mão ao nariz.

 

LUCY

 

- Quem você pensa que é , seu europeu filho da mãe?! A minha amiga podia estar sendo morta, e você resolve ficar quietinho!

 

VAN HELSING

 

- Merda! (diz Van Helsing com a mão no nariz, certificando-se de que o golpe não o fez sangrar.) Por que ultimamente as pessoas vivem me batendo? (Diz mais para si mesmo). Você queria que eu fizesse o que, garota? Do que ia adiantar falar naquela hora?  Se Amanda estivesse com Drácula, não haveria nada que pudessemos fazer daquele carro! O que você ia fazer ?sair procurando e gritando o nome dela? Nós nem sabiamos em que parte da floresta ela estava? Não falei na hora pra evitar reações como essa. Fiz, e faria de novo!

 

LUCY

 

- O Vince tem razão. Você é maluco! (Ela se vira, e dá alguns passos, mas Van Helsing a agarra pelo braço).

 

VAN HELSING

 

- Se você não acreditasse em mim um pouco que seja, não teria vindo aqui, pra começo de conversa. Eu quero mesmo explicar tudo, talvez até possamos salvar sua amiga, mas vamos discutir isso lá dentro, e não no meio da rua, ok?

 

Lucy olha para ele, ponderando a situação. Van Helsing sustentou firmemente o olhar. Os dois entram no hotel, sem dizer nada um ao outro.

 

 

                                                  CASA DE VINCE

 

Vince entra no quarto, vindo do banho. Ele mexe no mouse, religando a luz do monitor, que ilumina parcialmente o quarto, que até então estava mergulhado em escuridão. O rapaz leva o mouse até o ícone dos documentos, e acessa algumas fotos. Na tela do computador, ele vê algumas fotos dele com Lucy, e sorri melancólico. Com um novo clique, ele abre algumas fotos em que ele aparece junto com Edward. Vince leva as mão ao rosto.

 

VINCE

 

- Meu deus, Edward...

 

- Eu também vou sentir muito a falta dele, Vince. (Diz uma voz feminina vinda do canto do quarto).

 

O rapaz se vira assustado para trás. Ele acende a luminária ao lado do computador para ver quem falou, mas já havia reconhecido a voz, antes mesmo de ver Amanda encolhida no canto do quarto, com as roupas que estava usando na festa, mas sujas e rasgadas. A garota treme, e tem medo estampado no rosto.

 

VINCE

 

- Amanda! O que aconteceu com você?

 

Ele corre até ela, a recolhendo do chão, e fazendo a garota sentar na cama.

 

VINCE

 

- Fica aqui que eu vou chamar alguém. (Ela agarra o braço dele antes que ele possa se levantar).

 

  AMANDA

 

- Não me deixa sozinha, Vince, por favor. Fica comigo. (Diz ela em tom de suplica).

 

Ele nunca havia visto Amanda daquele jeito. Ele abraça a amiga, e ao fazer isso, sente um leve cheiro de sangue.

 

VINCE

 

- Você tá machucada? Me fala, o que aconteceu? Alguém te atacou na floresta? Foi o cara da mascara de Hockey? (Ela permanece em silencio). Cadê o Mark? Foi ele que fez isso com você? Como você chegou aqui? Fala alguma coisa, Amanda!

 

AMANDA

 

- Pára de me fazer perguntas! Comece a fazer perguntas pra você mesmo por exemplo, como por que a Lucy não te quer mais, por exemplo!

 

  VINCE

 

- Você definitivamente não tá bem. (Diz com certo rancor na voz.)

 

Ele tenta se levantar novamente, mas ela o segura pelos ombros, e o joga deitado na cama, subindo em cima dele.

 

VINCE

 

- O que você tá fazendo?

 

Ela ergue o rosto para o teto, e Vince pode ver horrorizado, duas marcas no pescoço da amiga. Ela revela presas afiadíssimas e morde o pescoço de Vince, tapando a sua boca com a mão. Nos olhos da garota, uma expressão de pesar. Algumas lagrimas caem dos olhos de Amanda, enquanto ela morde o pescoço de Vince.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo. Em breve, o capitulo 8. Até lá!